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Nasceu a 30out1910
e morreu a 28março1942
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Miguel Hernández Gilabert
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Via Blogue Falcão de Jade
http://falcaodejade.blogspot.pt/2012/04/miguel-hernandez-morreu-ha-70-anos.html
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http://samuel-cantigueiro.blogspot.pt/2010/10/miguel-hernandez-1910-2010-para-la.html
Hoje faria 100 anos o imenso poeta Miguel Hernandez. Viveu apenas 31 anos, mas fê-lo como se fosse um raio de luz. Demos uma curta vista de olhos ao meteórico caminho, que o levou de pastor de cabras a eterno pastor de palavras e sonhos.
Nasceu em 1910, em Orihuela, filho de pastor e criador de gado. Aos oito anos, é-lhe permitido, finalmente, começar a estudar. Em 1925 tem que abandonar os estudo, para ajudar mais a família, afundada em problemas económicos, mas não desiste de aprender, ler, ler muito, recorrendo à biblioteca, onde trava os primeiros “conhecimentos com os grandes da poesia.
A partir dessa data começa a produzir os seus versos juvenis, de temática fundamentalmente campestre, em publicações locais.
Em 1931 tenta a sua primeira incursão a Madrid, que falha... mas já não parará mais. A partir daí sucedem-se as publicações e o convívio com poetas como Alberti ou Neruda. Em 1936 entra para o Exército Popular da República e é nomeado Comissário de Cultura.
Em 1937 é, na Andaluzia, o “Porta voz da Frente”. Casa com a sua amada Josefina. Viaja para a União Soviética, integrado numa delegação do Ministério de Instrução Pública. Em 1938 morre o seu filho.
Em 1939, nasce o seu segundo filho. Em Abril, o general Franco declara terminada a Guerra Civil de Espanha. Miguel Hernández tenta escapar para Portugal, mas é impedido pela polícia portuguesa, que o entrega à Guarda Civil fascista na fronteira. É libertado por um curto espaço de tempo, voltando a ser preso na sua terra, Orihuela. Em 1940 é transferido para uma prisão de Madrid, prisão onde é condenado à pena de morte.
Pouco mais tarde, a pena de morte é comutada para uma pena de trinta anos. Em 1941 é transferido para a prisão de Alicante, onde adoece gravemente. Em 1942 não resiste à tuberculose e morre na prisão. Tinha 31 anos de idade.
Já disse... viveu como um raio de luz. Ao longo deste curto, sufocante e heróico caminho deixou semeada uma obra poética notável!
Seria impossível não escolher para o lembrar, esta fabulosa canção “Para la libertad”, musicada por Joan Manuel Serrat... ainda por cima, tendo à mão esta versão “luminosa”, cantada em duo por Serrat e Joaquín Sabina.
Viva a poesia! Viva a liberdade!
Para la libertad
Miguel Hernández
(O poema completo, incluindo a parte que não é cantada, está no “BAÚ”)
Para la libertad sangro, lucho y pervivo.
Para la libertad, mis ojos y mis manos,
como un árbol carnal, generoso y cautivo,
doy a los cirujanos.
Para la libertad siento más corazones
que arenas en mi pecho. Dan espumas mis venas
y entro en los hospitales y entro en los algodones
como en las azucenas.
Porque donde unas cuencas vacías amanezcan,
ella pondrá dos piedras de futura mirada
y hará que nuevos brazos y nuevas piernas crezcan
en la carne talada.
Retoñarán aladas de savia sin otoño,
reliquias de mi cuerpo que pierdo en cada herida.
Porque soy como el árbol talado, que retoño
y aún tengo la vida.
“Para la libertad” – Serrat e Joaquín Sabina
(Miguel Hernández / Joan Manuel Serrat)
https://www.youtube.com/watch?v=iL5CuLPnjSE
***"Jamás renunciaremos ni al más viejo de nuestro sueños"
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' nunca renunciaremos nem ao mais velho do nosso sonhos '
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poemas traduzidos em Português
http://www.miguelhernandezvirtual.es/new/images/pdf/portugues.pdf