A linha de José Estaline vence no congresso dos sindicatos da URSS- Leon Trotsky é expulso do Partido
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No PCP não encontrei textos de José Estaline!!!
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27jan2015
Via Guilherme Antunes
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(…) Hoje, quando a crise económica mundial desenvolve a sua acção destruidora, (…) condenando à fome milhões de trabalhadores, todos perguntam: qual é a causa da crise, qual a sua origem, como combatê-la, como eliminá-la? Inventam-se as mais diversas «teorias» da crise. (…)
É evidente que todas estas «teorias» e projectos não têm nada a ver com a Ciência. É preciso reconhecer que os economistas burgueses revelaram a sua total falência ante a crise.(…) Esses senhores esquecem que as crises não podem ser vistas como fenómenos acidentais no sistema de economia capitalista. Esses senhores esquecem que as crises nasceram juntamente com o surgimento do domínio do capitalismo. (…)
(…) A origem da crise reside na contradição entre o carácter social da produção e a forma capitalista de apropriação dos resultados da produção. A expressão desta contradição fundamental do capitalismo é a contradição entre o crescimento colossal das capacidades produtivas, orientadas para a obtenção máxima do lucro e a diminuição relativa do poder de compra solvente das massas de milhões de trabalhadores, cujo nível de vida os capitalistas procuram a todo o momento manter nos limites do extremo mínimo. (…)
É preciso reconhecer que a presente crise económica é a mais grave e a mais profunda de todas as crises económicas que existiram até hoje. (…)
(NOTA: Pequeno excerto, de uma actualidade científica imbatível, do Relatório Político ao XVI Congresso do PCU(b) de 27 de Junho de 1930, apresentado por Stalin).
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24 de Fevereiro de 1956: Nikita Khrushchev denuncia "crimes de Estaline"
No dia 24 de
Fevereiro de 1956, em sessão secreta no 20º Congresso do Partido
Comunista da União Soviética, o primeiro-secretário Nikita Khrushchev
pronunciou um discurso que causaria profundo abalo na política
soviética e no movimento comunista internacional. Durante sete horas,
leu um relatório minucioso sobre as “purgas estalinistas”, questionou as
qualidades militares do “guia genial dos povos”.
Apenas
os delegados ao encontro puderam ver e ouvir, ao vivo, o relatório em
que o sucessor de Lenine foi acusado de ter "violado a legalidade
socialista" e desenvolvido a prática do "culto da personalidade",
contrário aos "princípios leninistas". Khrushchev citou
nominalmente as lideranças do PCUS que foram executadas nos famosos
"processos de Moscovo", na década de 1930, denunciou a violência
praticadas pela polícia política, os erros estratégicos de Estaline
durante a guerra contra o nazi-fascismo e o seu comportamento quase
paranoico depois da guerra até à morte, em Março de 1953.
Três meses depois, o relatório foi divulgado integralmente pelo jornal norte-americano The New York Times.
A
repercussão política foi enorme - não apenas na URSS, mas fora dela,
principalmente nos partidos comunistas ocidentais que, de uma hora para
outra, viram-se na urgência de rever as suas posições. O teor explosivo
das denúncias de Khrushchev gerou perplexidade nos dirigentes comunistas de todo o mundo, que chegaram a duvidar da sua existência.
As circunstâncias em que Khrushchev resolveu
denunciar os erros e os "crimes de Estaline" até hoje são obscuras.
Aparentemente, as suas revelações foram feitas no decorrer de uma
violenta luta interna do partido, onde se confrontavam os apegados ao
passado estalinista e os partidários de certa renovação das instituições
soviéticas - apelidados pelos primeiros de "revisionistas".
Constantemente pressionado internamente e ameaçado de ficar em minoria, Khrushchev teria jogado todas as suas fichas no congresso de 1956.
As
acusações provocaram, entre outras, uma cisão irreparável entre o PC da
URSS e o PC chinês de Mao Tsé-tung, que defendia a memória de
Estaline.
Derrubado do governo em 1964, Nikita Khrushchev morreu sete anos depois, esquecido.
Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
Khrushchev com Estaline em 1936
Nikita Khrushchev e John F. Kennedy, Viena, Junho 1961
Khrushchev com Mao, 1958
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9ouTUbro1944
STALIN, CHURCHILL E O MUNDO REPARTIDO EM IALTA (UMA FANTASIA HISTÓRICA)
Em 9 de Outubro de 1944 Churchill chegou a Moscovo para se encontrar com Stalin. Por causa das eleições presidenciais dos EUA, a conferência tripartida com Roosevelt foi temporariamente adiada e Churchill mostrava muita pressa.
A delegação soviética estava “com a pulga atrás da orelha”. A insistência de Churchill em viajar para Moscovo desconcertava-os. Que pretendiam os britânicos? Porque queriam reunir com eles sem a presença de Roosevelt?
Da primeira conversa entre ambos conhecemos a versão falsa de Churchill que aparece nas suas Memórias. É o famoso repartir percentual de influência nos Balcãs, onde os britânicos ficavam com 90% da Grécia e concediam 75% da Bulgária e 90% da Roménia aos soviéticos, enquanto a Jugoslávia e a Hungria era repartida em partes iguais.
Como era evidente, os países interessados não opinavam nada, os grandes repartem o mundo à custa dos pequenos, os soviéticos são iguais aos imperialistas britânicos, os soviéticos também repartiram a Polónia com os nazis em 1939 (Pacto Molotov-Ribbentrop), depois repartiram o mundo em Ialta com a cumplicidade de Roosevelt… Não há cretino que não tenha repetido estras tretas umas mil vezes. Não há que recorrer a um motor de busca para se convencer disso. É incrível que alguém possa dar algum significado ao facto de que dois países repartam entre si em percentagens quantitativas algo tão subtil como a “influência” sobre um país soberano. Mas tratando-se de Stalin ou da URSS qualquer coisa é possível (sobretudo se vem de um farsante como Churchill).
Quando se realiza a reunião de Moscovo, o Exército Vermelho já levava um mês na Roménia e Bulgária, pelo que Churchill não podia ceder nem negociar nada. Havia ficado completamente fora de jogo, assim como os Estados Unidos.
É verdade que os britânicos pateavam por causa disso e queixavam-se que a URSS havia agido unilateralmente durante a ocupação militar de ambos os países. Mas foi exactamente isso que eles fizeram em Itália, onde chegaram no Verão de 1943. Na Itália ocupada, Estados Unidos e Grã-Bretanha faziam e desfaziam sem contar com a URSS para nada e deixando no poder a maior parte dos quadros do regime fascista de Mussolini.
Além de mentir, nas suas memórias Churchill concede à reunião de Moscovo uma importância que ele não teve, em absoluto, porque Moscovo não estava disposta a falar de nada com ele sem a presença dos Estados Unidos. Para eles tratava-se de uma mera preparação da reunião de Ialta, onde Roosevelt estaria presente. Ao não estar presente, a URSS negou-se a adoptar qualquer acordo com Churchill, e muito menos uma repartição do mundo.
Quase tudo o que Churchill diz nas suas memórias sobre aquela reunião é falso. Mesmo a agenda foi muito diferente da que ele descrevia. A primeira questão que ele tratou com Stalin foi a das futuras fronteiras polacas e, quanto aos Balcãs, não chegaram a um acordo.
No dia seguinte as conversações não melhoraram, apesar das tentativas de Anthony Eden, também presente, em regatear com Molotov. Nem sequer concordaram nas preferências. Para um (Eden) interessava-lhe falar dos Balcãs; para o outro (Molotov) da Polónia. Ou seja: os britânicos queriam chantagear Stalin com a Polónia para chegar a um acordo sobre os Balcãs.
Mas Churchill deixou Moscovo com os bolsos vazios. Absolutamente vazios; não houve acordo, não houve partilha… Nada de nada.
Agora, o falso relato de Churchill sobre a sua entrevista com Stalin tem várias sequelas históricas. Uma delas é o Tratado de Ialta, que não seria mais do que a formalização da distribuição por escrito, de acordo com os golpistas. É uma calúnia idêntica à anterior: em Ialta ninguém repartiu nada porque não havia nada para repartir.
A outra sequela é o fracasso da revolução na Grécia, um dos tópicos favoritos do trotskismo desde há 70 anos. A explicação é que Stalin devia e podia ajudar a revolução na Grécia em 1945 e não o fez distribuindo o bolo que ele havia anteriormente realizado com Churchill. Mais especificamente, Stalin é acusado da sua passividade diante do massacre cometido contra os antifascistas e comunistas gregos em Dezembro de 1944 em Atenas.
Explicar aquele acontecimento é complexo, como é complexo tudo o que respeita aos Balcãs. Em meados de Setembro, o Exército Vermelho estava na Bulgária, na fronteira com a Grécia. As tropas alemãs corriam o risco de ficar cercadas. Só podiam fugir através da Jugoslávia. Então, segundo outras memórias, as do nazi Albert Speer, o general Alfred Jödl pactuou com os britânicos. Os alemães mantinham o porto de Salónica contra o Exército Vermelho para dar tempo aos britânicos de desembarcarem no sul da Grécia e ocupar a península. Os britânicos comprometiam-se a não atacar os alemães para que pudessem retirar-se ordenadamente. Os nazis só deviam preocupar-se com o Exército Vermelho e a guerrilha.
Graças ao acordo, os britânicos puderam desembarcar sem oposição, aliviar os ocupantes nazis e esmagar a guerrilha. Para sermos mais exactos, a matança de Atenas foi cometida por tropas britânicas transportadas em barcos norte-americanos desde Itália, onde os aliados deixaram de combater os nazis para atacar os antifascistas gregos.
A estratégia militar do Exército Vermelho era muito diferente da britânica. Consistia em esmagar os nazis. Por isso, da Bulgária não se dirigiu para a Grécia mas sim para a Jugoslávia, onde uniu as suas forças à guerrilha antifascista.
Desde o século XIX a Grécia era um ponto estratégico de grande importância para o Império Britânico. Durante toda a guerra Churchill havia insistido em desembarcar no Mediterrâneo e, mais concretamente, nos Balcãs.
Ao fracassar os seus planos, desde Maio de 1944 que vinha a realizar enormes esforços diplomáticos para que lhe deixassem as mãos livres na Grécia, o que deu uma troca de correspondência entre os três dirigentes (Churchill, Roosevelt e Stalin) durante mais de dois meses, onde não se depreende nenhum tipo de acordo.
É possível que Churchill interpretasse o silêncio dos outros (Roosevelt e Stalin) como uma aceitação tácita dos planos que perseguia desde Setembro de 1943. Mas, tanto na Grécia como em Itália, a guerra impôs o facto consumado: nos territórios ocupados mandava o primeiro a chegar.
Sobre a Grécia Churchill não alcançou nenhum acordo com Stalin. Ao contrário, pactuou com o III Reich. Ele pensava mais no pós-guerra que na própria guerra. O verdadeiro inimigo não era o III Reich mas os comunistas gregos. Para implementar a sua política, Londres voltava ao ponto de partida: havia que romper a aliança e procurar uma paz em separado com os alemães, sem a presença da URSS.
O relato de Churchill serviu, também, para eximir de responsabilidade o único responsável do massacre dos antifascistas em Atenas em Dezembro de 1944: o próprio Churchill, com a cumplicidade de Roosevelt.
Fonte: Resistencia Popular
https://www.facebook.com/960198530674380/photos/a.960209104006656.1073741828.960198530674380/2025360430824846/?type=3&theater
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https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/03/05-de-marco-de-1953-morte-de-estaline_5.html?fbclid=IwAR3bL0B1t7Bulp9KTmtDEcNnHi3cj1StqwCC6uFbb5p-E7vz4KBresH7yO8
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wikipedia (imagens)
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/01/06-de-janeiro-de-1930-decreto-de_6.html?fbclid=IwAR0T1MUQDhMxSpIsSaTGHexWhBvttg89-At5-3mSUPmaGxxn81z6HOXBsws
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05 de Março de 1953: Morte de Estaline
Nos
últimos anos de vida, Estaline só ia ao Kremlin à tarde e à noite.
Depois de assinar a correspondência e receber visitantes, recolhia-se na
sua datcha de Kuntsevo, em plena floresta, a 15 minutos de carro
do Kremlin. Incapaz de suportar a solidão depois do suicídio da sua
segunda esposa, costumava convidar três ou quatro colaboradores para um
jantar interminável e copiosamente regado.
O cardiologista Vinogradov, que tratava dele havia 15 anos, recomendou-lhe cuidar da saúde e parar de fumar. Estaline não gostava de receber ordens; tinha medo da morte e, para evitar que o envenenassem, recusava-se a tomar medicamentos.
No dia 13 de Janeiro de 1953, o jornal Pravda denunciou os " médicos assassinos", professores de medicina, na maioria judeus, suspeitos de actuar sob as ordens do serviço secreto inglês ou americano e de uma organização sionista, a Junta, que, segundo os boatos, se infiltrara nos mais altos escalões do partido.
Não passava um dia sem que os jornais denunciassem novos escândalos, novas prisões. Cochichava-se que jovens oficiais não saíam vivos de certos hospitais. Aparentemente, as enfermeiras sabiam que ocorriam coisas estranhas, mas não se atreviam a dizer nada por medo dos médicos judeus. O processo destes médicos estava previsto para 5 a 7 de Março. Quanto à sentença, não havia a menor dúvida, já se tinham tomado providências para que as execuções ocorressem a 11 e 12 de Março.
Por um motivo ou outro, todos se sentiam ameaçados. Viatcheslav Molotov, por ser casado com uma judia. Nikita Kruschev, por causa do partido na Ucrânia. Estaline não poupava os colaboradores mais próximos. Demitiu o seu fiel secretário Proskrebychev depois de mandar fuzilar a sua esposa judia. Mandou prender o chefe da sua guarda pessoal, o general Nikolai Vlassik, suspeito de ter "favorecido os médicos envenenadores". Prometeu poupar a vida do seu médico Vinogradov, "desde que ele reconhecesse os seus crimes e delatasse todos os cúmplices", mas só conseguiu arrancar-lhe uma confissão depois de vários dias seguidos de espancamento.
O cardiologista Vinogradov, que tratava dele havia 15 anos, recomendou-lhe cuidar da saúde e parar de fumar. Estaline não gostava de receber ordens; tinha medo da morte e, para evitar que o envenenassem, recusava-se a tomar medicamentos.
No dia 13 de Janeiro de 1953, o jornal Pravda denunciou os " médicos assassinos", professores de medicina, na maioria judeus, suspeitos de actuar sob as ordens do serviço secreto inglês ou americano e de uma organização sionista, a Junta, que, segundo os boatos, se infiltrara nos mais altos escalões do partido.
Não passava um dia sem que os jornais denunciassem novos escândalos, novas prisões. Cochichava-se que jovens oficiais não saíam vivos de certos hospitais. Aparentemente, as enfermeiras sabiam que ocorriam coisas estranhas, mas não se atreviam a dizer nada por medo dos médicos judeus. O processo destes médicos estava previsto para 5 a 7 de Março. Quanto à sentença, não havia a menor dúvida, já se tinham tomado providências para que as execuções ocorressem a 11 e 12 de Março.
Por um motivo ou outro, todos se sentiam ameaçados. Viatcheslav Molotov, por ser casado com uma judia. Nikita Kruschev, por causa do partido na Ucrânia. Estaline não poupava os colaboradores mais próximos. Demitiu o seu fiel secretário Proskrebychev depois de mandar fuzilar a sua esposa judia. Mandou prender o chefe da sua guarda pessoal, o general Nikolai Vlassik, suspeito de ter "favorecido os médicos envenenadores". Prometeu poupar a vida do seu médico Vinogradov, "desde que ele reconhecesse os seus crimes e delatasse todos os cúmplices", mas só conseguiu arrancar-lhe uma confissão depois de vários dias seguidos de espancamento.
Às 11 horas da noite de 28 de Fevereiro de 1953, quatro habitués chegaram à datcha: Gueorgui Malenkov, Nikolai Bulganin, Kruschev e Beria.
Às
4 horas da madrugada, Estaline deitou-se. Os quatro convidados saíram.
Dias antes, Beria tinha conseguido afastar o guarda-costas mais chegado a
Estaline, Alexei Rybin, nomeando-o chefe da guarda do Teatro Bolshoi, e
substituí-lo por um homem da sua confiança, Krustalev.
No dia 1 de Março, Estaline que costumava acordar às 11 horas, não deu sinal de vida. Mas ninguém estava autorizado a entrar nos seus aposentos sem ordem expressa dele. O tempo passou. Meio-dia. Duas horas. Seis horas da tarde. Dez horas da noite. Os empregados e os guarda-costas já estavam preocupados. No entanto, havia telefones instalados em todos os quartos, em todos os salões, em todas as casas de banho, para que Estaline pudesse pedir o chá, a correspondência, os jornais. Mas não havia utilizado nenhum. Essa rede telefónica era complementada por um sistema de alarme.
No dia 1 de Março, Estaline que costumava acordar às 11 horas, não deu sinal de vida. Mas ninguém estava autorizado a entrar nos seus aposentos sem ordem expressa dele. O tempo passou. Meio-dia. Duas horas. Seis horas da tarde. Dez horas da noite. Os empregados e os guarda-costas já estavam preocupados. No entanto, havia telefones instalados em todos os quartos, em todos os salões, em todas as casas de banho, para que Estaline pudesse pedir o chá, a correspondência, os jornais. Mas não havia utilizado nenhum. Essa rede telefónica era complementada por um sistema de alarme.
Às 11 horas da noite, depois de muita hesitação, Starostin, o chefe da guarda pessoal da datcha,
ganhou coragem. Usando como pretexto a chegada da correspondência do
Comité Central, ousou bater à porta do chefe. Nenhuma resposta. Ele
entrou e encontrou Estaline caído no chão, de pijama, os olhos
arregalados, incapaz de articular uma palavra. Starostin pediu socorro.
Na datcha, não havia médico nem enfermeira. Em vez de chamar um médico, como queriam os empregados, ele achou mais sensato avisar Ignatiev, seu superior hierárquico. Este, por sua vez – e em defesa da própria pele – tomou uma sábia precaução. Em vez de alertar Beria, avisou Kruschev e Bulganin e levou-os à casa da guarda da datcha, onde Starostin expôs a situação.
Na datcha, não havia médico nem enfermeira. Em vez de chamar um médico, como queriam os empregados, ele achou mais sensato avisar Ignatiev, seu superior hierárquico. Este, por sua vez – e em defesa da própria pele – tomou uma sábia precaução. Em vez de alertar Beria, avisou Kruschev e Bulganin e levou-os à casa da guarda da datcha, onde Starostin expôs a situação.
À
meia-noite, eles saíram discretamente, sem ter entrado nos aposentos de
Estaline. Graças a essa antecipação com relação a Beria, Bulganin,
ministro da Defesa, tomou algumas providências: reservadamente, mandou
deslocar para as proximidades do Kremlin alguns batalhões em que tinha
plena confiança, e Kruschev deu ordem de suspender imediatamente a
campanha antissemita na imprensa, o que lhe valeria favores de Molotov.
Só então Ignatiev pôde prevenir Malenkov. Este saiu à procura de Beria e juntos foram levados ao quarto de Estaline. Receando acordar o chefe, Malenkov tirou as botas novas, que rangiam no soalho. Diante do corpo inerte de Estaline, Beria voltou-se para os guarda-costas: "Lozgachev, por que esse pânico? Não vê que o camarada Estaline está a dormir profundamente?. Somente às 7 horas da manhã telefonou para o ministro da Saúde, pedindo-lhe médicos. Duas horas depois, portanto, às 9 da manhã de 2 de Março, Beria e Malenkov retornaram à datcha, seguidos por Bulganin e Kruschev, depois por Tretyakov, acompanhado de quatro médicos. Para evitar inconvenientes quando se divulgasse o boletim médico, Beria contou-lhes que Estaline acabava de sofrer um ataque. Na verdade, ele ficara 14 horas sem socorro.
Só então Ignatiev pôde prevenir Malenkov. Este saiu à procura de Beria e juntos foram levados ao quarto de Estaline. Receando acordar o chefe, Malenkov tirou as botas novas, que rangiam no soalho. Diante do corpo inerte de Estaline, Beria voltou-se para os guarda-costas: "Lozgachev, por que esse pânico? Não vê que o camarada Estaline está a dormir profundamente?. Somente às 7 horas da manhã telefonou para o ministro da Saúde, pedindo-lhe médicos. Duas horas depois, portanto, às 9 da manhã de 2 de Março, Beria e Malenkov retornaram à datcha, seguidos por Bulganin e Kruschev, depois por Tretyakov, acompanhado de quatro médicos. Para evitar inconvenientes quando se divulgasse o boletim médico, Beria contou-lhes que Estaline acabava de sofrer um ataque. Na verdade, ele ficara 14 horas sem socorro.
Os
médicos diagnosticaram hemorragia cerebral. Se tivessem sido chamados
na véspera, certamente poderiam prolongar a agonia em alguns dias, mas,
sem dúvida, não tinham condições de salvar o doente. Pediram para ver o
prontuário médico. Nada encontraram nem na datcha nem no Kremlin. Pouco depois, o moribundo vomitou sangue, como nos casos de envenenamento.
Os
quatro dignitários deixaram o enfermo com os médicos e voltaram para o
Kremlin. Tudo se resolveu no dia 5 de Março. A sucessão de Estaline
foi aprovada unanimemente, sem debate.
Malenkov,
Beria Bulganin, Kruschev, dessa vez acompanhados de Molotov e
Vorochilov, puderam voltar à cabeceira do agonizante. Na datcha,
encontraram, além dos médicos, Svetlana e Vassili, os filhos de
Estaline, assim como Istomina, a sua empregada, que parecia ser a mais
abalada. O grande homem acabava de expirar. Beria conseguiu dissimular a
alegria durante alguns minutos.
No dia 6 de Março, um boletim oficial anunciou o falecimento de Estaline, atribuído a uma hemorragia cerebral causada pela hipertensão, que provocou paralisia, a perda da fala e da consciência. Um segundo ataque teria afectado o coração e os pulmões. O boletim omitiu o vómito de sangue.
No dia 6 de Março, um boletim oficial anunciou o falecimento de Estaline, atribuído a uma hemorragia cerebral causada pela hipertensão, que provocou paralisia, a perda da fala e da consciência. Um segundo ataque teria afectado o coração e os pulmões. O boletim omitiu o vómito de sangue.
No
dia 9 de Março, na praça Vermelha, uma multidão imensa desfilou para
saudar o caixão aberto em que repousava Estaline. Na multidão, várias
centenas de homens e, sobretudo, de mulheres morreram sufocados, como no
dia da coroação do czar Nicolau II.
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06 de Janeiro de 1930: Decreto de Estaline sobre kolkhozes suprime exploração agrícola individual
Em 6 de Janeiro
de 1930, um decreto de Estaline sobre os kolkhozes suprime a exploração
agrícola individual. Com isto, pôs fim à NEP (Nova Política Económica)
inaugurada por Lenine 9 anos antes.
Ao flexibilizar
as obrigações que pesavam sobre as pequenas empresas russas e ao pôr
fim a uma gigantesca escassez alimentar, a NEP salvou o poder comunista.
O seu sucesso, em contrapartida, ameaçava doravante o mesmo poder ao
convidar os cidadãos a estender a sua esfera de liberdade.
Estaline
restabelece a ortodoxia comunista nacionalizando a agricultura e o
conjunto das actividades económicas. A forte reacção de opositores
obriga o Estado a estender a repressão.
Idealizada por
Lenine, a NEP entrou em vigor em 1922. Ela restabelecia práticas
capitalistas vigentes antes da revolução e revertia em parte as
políticas económicas adoptadas no "Comunismo de Guerra", como a
suspensão da nacionalização de fábricas, o abandono da requisição
forçadas de víveres agrícolas e matérias primas, a interrupção do
racionamento de alimentos e produtos industrializados, o fim da
distribuição de talões de racionamento.
Os camponeses
agora venderiam uma pequena parcela da sua produção ao Estado a preço
fixo e o restante da produção poderia ser lançado no mercado.
Permitiu-se também a criação de empreendimentos capitalistas na pequena
indústria e no comércio. O estímulo pelo ganho pessoal foi reintroduzido
e a igualdade social teve que ceder temporariamente à hierarquia e aos
privilégios materiais.
A NEP deveria
ser acompanhada pela formação de uma tecnocracia eficiente forjada nos
quadros operários e ideologicamente ligada aos ideais da revolução e
baseada nos seguintes princípios: liberdade de comércio interno;
liberdade de salário aos trabalhadores; autorização para o funcionamento
de empresas particulares; permissão de entrada de capitais estrangeiros
para a reconstrução do país.
O país passou a
ter uma estrutura produtiva anacrónica, medidas socialistas convivendo
com medidas capitalistas. Deu-lhe, no entanto, uma sobrevivência e folga
necessária para a reordenação de forças. O próprio Lenine classificava a
NEP, ironicamente, como "uma mistura de czarismo com práticas
capitalistas besuntadas por um verniz soviético".
Lentamente a
produção agrícola foi sendo restabelecida; o sistema rodoviário voltou a
funcionar com maior regularidade e as pequena indústrias começaram a
lançar os seus produtos no mercado.
Todavia,
surgiram críticas à NEP, apontando as suas limitações e concluindo que a
continuidade da liberalização dos negócios privados poderia levar a
URSS a graves crises. Segundo elas, a permanência da NEP também deveria
levar ao fortalecimento do kulak (camponês rico) e à emergência de uma
burguesia rural. Defendiam o fim da NEP e que se deveria implantar o
planeamento centralizado e a industrialização acelerada pelo Estado
soviético.
Em Março de
1922, Ievguêni Preobrajenski, Comissário de Finanças, apresenta ao
Comité Central um conjunto de teses sobre o problema agrário, defendendo
a formação de fazendas estatais e de grandes cooperativas e o estímulo a
complexos colectivos agro-industriais inseridos no conjunto de uma
economia planificada, como forma básica de transformação de uma economia
camponesa em economia socialista. Desenvolve inclusive um plano de
industrialização do país. Paradoxalmente, visto que o comissário era
ligado a Trotsky, esse plano seria parcialmente aproveitado, anos mais
tarde por Estaline no I Plano Quinquenal e na política de
industrialização.
Em 1923 tem
início a primeira crise económica da NEP, já em vigor fazia dois anos,
que implicou reduções dos salários e supressões de empregos, motivando
uma onda de greves espontâneas. Havia uma desfasagem entre os preços dos
produtos agrícolas e manufacturados decorrente da recuperação da
produção agrária e o volume de produtos das indústrias soviéticas,
dependentes da actuação do Estado.
A situação
económica grave levou a graves tensões dentro do Partido. De um lado
Preobrajenski e outros líderes bolcheviques importantes em torno de
Trotsky, e de outro a Troika, composta por Estaline, Zinoviev e
Kamenev.
Surge assim em
1923 a Oposição de Esquerda e em 1926 a Oposição Unificada dentro do
Partido Comunista, cujo diagnóstico no campo ideológico era que a NEP
colocava em risco a Aliança Operário-Camponesa. Os problemas de inflação
e do financiamento do investimento que a União Soviética viveu ao longo
da década de 1920 seriam resolvidos pela industrialização, financiada
pela transferência do excedente da agricultura e do pequeno comércio
para o investimento industrial.
Grupos
oposicionistas, acusavam que se o Estado Soviético não realizasse
rapidamente a colectivização, os kulaks continuariam a fortalecer-se, e a
aliança operário-camponesa seria rompida no sentido cidade campo - e
não no inverso como os estalinistas afirmavam - , à medida que os
camponeses não seriam atraídos em oferecer produtos agrícolas à cidade
diante da carência de produtos industriais oferecidos ao campo.
Para a Oposição
havia outro grupo social inimigo do socialismo, os NEPmen, indivíduos
que eram autorizadas a instalar negócios privados, tornando-se
empresários e ameaçando a preservação da Revolução e de seu carácter
socialista.
A alternativa
seria a aceleração da industrialização e a planificação para viabilizar a
acumulação socialista primitiva, que marcaria os passos de transição da
economia soviética de uma economia capitalista subdesenvolvida numa
economia socialista. Defendiam a necessidade de colectivização para
resolver os problemas agrários e permitir a captação de recursos
excedentes da agricultura para a industrialização. Embora defendessem
que o processo se desse em bases progressivas, mediante concordância dos
mesmos e fossem efectuados por meio de incentivos económicos e
ideológicos, e não por meio da acção violenta do Estado.
Em 1924,
Bukharin tornou-se um dos maiores incentivadores da NEP, que acabou
abandonada em 1928 por Estaline para a adopção dos Planos Quinquenais,
visando a rápida industrialização do país. Dessa forma se deu início à
economia planificada. Estaline, quando os rumos do desenvolvimento
socialista estavam a ser alvo de enorme polémica dentro do Partido,
sempre se colocou contrário à ideia de uma colectivização dos pequenos
produtores, especialmente os agrícolas, afirmando que isso causaria o
rompimento da aliança operário-camponesa (a Smytcha). Opôs-se também às teses da oposição, tachando-as de "superindustrialismo".
Em 1928, após
uma nova e forte crise agrícola e uma série de ataques de sectores
ligados aos NEPmen e aos kulaks, Estaline põe em prática o Primeiro
Plano Quinquenal, baseado na industrialização acelerada, na
colectivização forçada e na planificação centralizada.
As empresas
comerciais e industriais foram nacionalizadas e deu-se início a grandes
empreendimentos. Grande parte do capital para esses vultuosos
empreendimentos foi obtida com a exportação de alimentos confiscados.
Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
Coletivização. Um desfile com os cartazes: "Vamos liquidar os Kulaks como classe" e "Tudo pela luta contra os sabotadores da agricultura
José Estaline
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3abril2018
03 de Abril de 1922: Estaline é eleito secretário-geral do Partido Comunista da URSSPoucos políticos ampliaram o seu poder de forma tão despercebida como José Estaline. No início de 1922, mal era conhecido na Rússia. Já nessa época, ocupava quatro cargos no Partido Comunista. Lenine, líder do governo revolucionário, criticava a lentidão do processo pós-revolucionário e sugeriu ao politburo a escolha de um secretário-geral para coordenar as actividades no partido. Estaline foi candidato único.
As suas responsabilidades no cargo eram mais burocráticas que políticas. Ele tinha que coordenar a organização de todo o aparato partidário. Os conhecidos e destacados bolcheviques da época viam nisso uma tarefa incómoda. Eleito no dia 3 de Abril de 1922, Estaline foi incumbido de mediar os interesses entre a liderança do partido e os correligionários. No princípio, ninguém viu nele um concorrente ao poder.
Ninguém acreditava que as ambições de Estaline os afectasse. Ele, entretanto, foi conquistando espaço, pouco a pouco, quase sem ser percebido. Dois meses depois da eleição de Estaline, Lenine sofreu o seu primeiro derrame cerebral e o secretário-geral foi incumbido pelo partido de preparar uma nova Constituição, que ligasse mais a Federação das Repúblicas Socialistas a Moscovo. O tratamento que deu aos povos não russos era severo. Na Geórgia, a sua república de origem, ele não permitiu a manutenção de uma identidade própria.
Enfermo, Lenine ouvia apenas as versões passadas por Estaline. Depois de recuperado, entretanto, teve de ouvir as queixas dos habitantes da Geórgia. Até Leon Trotski, organizador e comandante-em-chefe do Exército Vermelho, acusou Estaline de bloquear o trabalho do partido. As dúvidas de Lenine quanto ao secretário-geral começaram a aumentar.
Enquanto se recuperava de um segundo derrame, sugeriu no seu testamento político que os companheiros encontrassem uma maneira de substituir Estaline por alguém mais tolerante, leal, cortês e atencioso.
Lenine considerava o companheiro político muito perigoso e queria sugerir a sua substituição no Congresso do Partido. Isso, entretanto, não chegou a acontecer, pois Lenine não se recuperou do quarto derrame, morrendo em 1924. Enquanto isso, Estaline ascendera para a segunda força política na Rússia, conseguindo eliminar o seu principal crítico no partido, Leon Trotski.
Ao completar 50 anos, em 1929, Estaline havia conseguido fazer do cargo de secretário-geral a principal função política na União Soviética. Em 1941, pouco antes da invasão dos alemães, nomeou-se chefe do governo, assumindo oficialmente a liderança política.
Fontes: DW
wikipedia (imagens)
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Estaline, Lenine e Kalinin, em 1919