Os fornos no litoral de Pataias
Mais um excelente contributo do Tiago Inácio para o conhecimento da nossa história.
As fotografias são do Nuno Reis.
Produção de cimento romano e cal hidráulica no litoral da Freguesia de Pataias no séc. XIX
Os primeiros registos encontrados para a produção de cimento no nosso litoral remete-nos a 1857. É provável que outras explorações tenham existido no litoral da freguesia de Pataias antes do Séc. XIX, mas um facto é que o fundo de registo de Minas existente actualmente no Arquivo distrital de Leiria, apenas tem o seu início em meados do séc. XIX,
A 26 de Fevereiro de 1857, Filippe Calderon, engenheiro Civil de Lisboa regista “substâncias próprias para fabrico de cimento denominado Romano” na “Costa do mar desde Valle de Paredes até à rocha de São Pedro de Muel, aceiro do lado do poente do pinhal da marinha até às arêas do Camarção”. De referir ainda que Fillipe Calderon foi engenheiro da Mina do Azeche de 1856 a 1857.
Em Março de 1858, a administração da Mina do Azeche, pede a demarcação de terreno na Polvoeira em direcção à pedra do ouro para a construção de dois fornos para a produção de cimento romano e Cal Hidráulica. Em Abril do mesmo ano o pedido é aceite e os fornos são construídos. Em 1879, um dos fornos é alugado a particulares.
A 20 de Junho de 1961, Luiz de Sousa Prado Lacerda (n.1829), casado, natural de Torres Vedras, regista uma exploração de cal Hidráulica na Polvoeira. A 8 de Julho do mesmo ano regista uma exploração de cimento romano na Pentelheira (actual Pedra do Ouro).
Firmino Leal de Almeida (administrador da Mina do Azeche de 1857 -1861/62) regista a 4 de Agosto de 1862, um forno de cal hidráulica na Polvoeira. A 12 de Agosto, Luís de Sousa Lacerda, regista um novo forno de produção de Cimento Romano na Pentelheira.
A 24 de Janeiro de 1899, “João da Silva Ferreira, casado, proprietário e residente no lugar da freguesia de Pataias, pretende obter licença para estabelecer na referida freguesia de Pataias, no sítio da Pentelheira, à beira-mar, à distância de mais de 1000 metros da povoação mais próxima, três fornos para fabrico de cimento.” A 28 de Fevereiro do mesmo ano a licença é autorizada.
As fotografias são do Nuno Reis.
Os primeiros registos encontrados para a produção de cimento no nosso litoral remete-nos a 1857. É provável que outras explorações tenham existido no litoral da freguesia de Pataias antes do Séc. XIX, mas um facto é que o fundo de registo de Minas existente actualmente no Arquivo distrital de Leiria, apenas tem o seu início em meados do séc. XIX,
A 26 de Fevereiro de 1857, Filippe Calderon, engenheiro Civil de Lisboa regista “substâncias próprias para fabrico de cimento denominado Romano” na “Costa do mar desde Valle de Paredes até à rocha de São Pedro de Muel, aceiro do lado do poente do pinhal da marinha até às arêas do Camarção”. De referir ainda que Fillipe Calderon foi engenheiro da Mina do Azeche de 1856 a 1857.
Em Março de 1858, a administração da Mina do Azeche, pede a demarcação de terreno na Polvoeira em direcção à pedra do ouro para a construção de dois fornos para a produção de cimento romano e Cal Hidráulica. Em Abril do mesmo ano o pedido é aceite e os fornos são construídos. Em 1879, um dos fornos é alugado a particulares.
A 20 de Junho de 1961, Luiz de Sousa Prado Lacerda (n.1829), casado, natural de Torres Vedras, regista uma exploração de cal Hidráulica na Polvoeira. A 8 de Julho do mesmo ano regista uma exploração de cimento romano na Pentelheira (actual Pedra do Ouro).
Firmino Leal de Almeida (administrador da Mina do Azeche de 1857 -1861/62) regista a 4 de Agosto de 1862, um forno de cal hidráulica na Polvoeira. A 12 de Agosto, Luís de Sousa Lacerda, regista um novo forno de produção de Cimento Romano na Pentelheira.
A 24 de Janeiro de 1899, “João da Silva Ferreira, casado, proprietário e residente no lugar da freguesia de Pataias, pretende obter licença para estabelecer na referida freguesia de Pataias, no sítio da Pentelheira, à beira-mar, à distância de mais de 1000 metros da povoação mais próxima, três fornos para fabrico de cimento.” A 28 de Fevereiro do mesmo ano a licença é autorizada.
Planta dos fornos da Pedra do Ouro
Arrecadação
Fornos
Anúncio no jornal "Semana Alcobacence", em fevereiro de 1899