17/03/2014

7.668.(17mar2014.8.18') Mário Dinis Marques

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Mário Dinis Marques
nasceu em 1972...Alcobaça
 1973?
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Estudou saxofone na ES de Música de Lisboa
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2015...Doutorou-se na Universidade de Évora
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Frequentou diversos cursos e masterclasses com professores: Jean-Ives Fourmeau, Daniel Deffayett, Amsterdam Saxophone Quartet, James Houlik, Claude Delangle.
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A solo tocou com: orquestradas Beiras, Orquestra do Centro, Banda Sinfónica Portuguesa, Banda Sinfónica da PSP, Banda da Armada portuguesa, Sinfomnieta de Lisboa e a Banda Sinfónica de Alcobaça (recentemente a 23fev2019, no aniversário de Adolphe Sax)
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Colaborou em vários programas de TV e Teatro Musical e gravou com diversos grupos portugueses: The Gift, Silence4, Bernardo Sassetti, Amália Hoje,...
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Compositores que lhe dedicaram obras: Daniel Bernardes, António Vitorino d' Almeida, Luís Cardoso, Cristopher Bochmann, Howie Smith, Petri Kestikalo, Jon Hansen, ...
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Grupos pessoais: Tubax, Rondó da Carpindeira, The Postcard Brass band, Mário Marques/Gonçalo Pescada e o Quarteto de Saxofones Saxofínia (onde produz e edita discos).
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Vários artigos em diversas conferências.
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Prof. Auxiliar no Dep. Música da UÉvora, onde é director do mestrado em Música.
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É membro da recente Associação Portuguesa do Saxofone.
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É artista da marca Cannnonball saxofones e D' áddario palhetas
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 Mário Marques:
Banda sonora para o vídeo da clínica de fisioterapia "Physioclem".
Observações sobre a música.
Os elementos ocidentais da ciência moderna estão reflectidos na música com os acordes do piano em constante marcha harmónica de ritmo definido que atravessam o video, relembrando que a precisão rítmica se associa à precisão da ciência, a espinha dorsal da fisioterapia . O relaxamento e descompressão na fisioterapia está nos instrumento orientais que aqui e acolá têm uma intervenção que reforça determinados gestos presentes no video. A textura do video foi um desafio constante porque a métrica estava permanentemente contra a música, tentei assim texturas musicais que ligassem um bébé intervencionado com uma rapariga a correr ou um idoso que com dificuldade faz um exercício que o fisioterapeuta lhe propõem. Este foi o verdadeiro desafio elementos musicais que liguem imagens que nos impulsionam para diferentes tipos de musica e ao mesmo tempo manter um fio condutor que unifique o vídeo..
Se repararem o ritmo é feito em grande parte por palmas, um dos principais instrumentos de trabalho de um fisioterapeuta.
O resultado?.....oiçam!

https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=-bs3O4jv4z8
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17mar2014
Para quando no nosso cine teatro João d' Oliva Monteiro???
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http://www.youtube.com/watch?v=x0JGrqgoFzo
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http://ppl.com.pt/pt/prj/rondodacarpideira
"Vamos a isso pessoal, sabemos que os tempos estão difíceis mas 1€ por todos não custa assim tanto. Agradecemos a ajuda e esperamos poder vos orgulhar pela a ajuda que deram a este projecto..."

RONDÓ DA CARPIDEIRA - EDIÇÃO DE CD E DVD

SEPARADORES PRIMÁRIOS

Portugal é um dos poucos países em todo o mundo no qual as suas fronteiras estão inalteradas há centenas de anos, nunca sofrendo por isso uma ocupação capaz de alterar com ruptura o seu património cultural.
Nele, a riqueza etno-musical foi preservada com uma virtude e pureza popular que o isolamento de centenas de anos lhe conferiu.
Nos anos 60 e 70 o etnólogo Corso Michell Giacometti fez uma recolha do que esse legado a todos ofereceu, sobrevivendo os seus registos à influência de uma globalização também ela cultural.
O pianista, Daniel Bernardes –, o saxofonista Mário Marques- e o editor de imagem Gonçalo Tarquínio –-, trataram de emoldurar em poesia musical e imagens, alguns dos momentos que registam essa cultura tradicional.
O Rondó da Carpideira é uma homenagem ao trabalho de Michel Giacometti com base nas suas recolhas etno-musicais em Portugal, apresentadas no programa de televisão "Povo que Canta". Espectáculo multidisciplinar de música e vídeo, o Rondó da Carpideira  é assim, uma espécie de museu itinerante que ilumina e realça nos registos de Giacometti, a dignidade de uma tradição popular quase esquecida.
Depois de estabelecido o propósito deste projecto chegou a hora do mesmo ter o seu próprio registo e contribuir assim com que não mais seja esquecida uma cultura que é de todos nós, para que por meros  momentos nos lembremos de quem somos e de onde viemos.
A tradição e a modernidade num registo de concerto gravado no centro de congressos das Caldas da Rainha numa dupla edição de Cd e DVD  é o projecto que propomos para o  vosso apoio,  tão necessário a uma música que quer mais do que entreter, numa  arte viva e genuinamente reinventada.

SOBRE O PROMOTOR

Daniel Bernardes
 É um jovem pianista e compositor. Recebe o Prémio de Instrumentista na Festa do Jazz 2010.Toca nas principais salas portuguesas. Recebe encomendas enquanto compositor para variados contextos musicais como o Prémio Jovens Músicos, Orquestra de Sopros ESML e BigBand do Hot Club.
Mário Marques
É saxofonista com larga experiência em diversos palcos e projectos nacionais. Orquestra Gulbenkian, The gift; Amália Hoje; Deolinda; Bernardo Sassetti; Big Band do hot club de Portugal são alguns dos quadrantes musicais com que tem trabalhado. É também professor de saxofone na Universidade de Évora e produtor musical de diversos discos.
Gonçalo Tarquínio
Licenciado em Artes Plásticas, participa em exposições com instalações, video-arte e projetos multi-disciplinares. Torna-se professor de Artes Visuais, Desenho e História da Cultura e das Artes. Mentor e produtor do Rabiscuits - Bienal de Arte Experimental, artista residente da Fundação Armazém das Artes e cria a produtora de vídeo Olho de Boi.

IMAGENS

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15mar2013
 Boa sugestão para a véspera do 25 de abril CCCaldas.
21.30 ' RONDÓ DA CARPIDEIRA

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  • Carta escrita a um programador cultural de uma conhecida sala de espectáculos da nossa capital, como resposta à avaliação que faz do projecto "Rondó da Carpideira" e que aqui publico por entender que serve também, à esmagadora maioria dos Gestores culturais pelo desprezo com que tratam o produtores de cultura. Mais uma vez o problema está na distribuição do produto, que tem o poder todo.... ( para preservar a sua identidade aqui será: Zacarias).

    Caro Zacarias

    Muito obrigado pelo seu email, pela resposta e pela análise sincera com que abordou o nosso projecto. Estou ciente de que tal maneira de estar é um primeiro passo, para que a gestão cultural melhor represente as pessoas que produzem arte e/ou produtos culturais que despertem consciências, estimulem intelectos ou inflamem paixões.

    Todavia e, consciente de que não o convenci, e sem o intuito de continuar nesse caminho, escrevo-lhe para dar conta do nosso ponto de vista.
    Espero que obviamente não me leve a mal, mas pretendo dar voz ao que sinto ser necessário dizer-lhe.

    Tenho a plena consciência que na música, existe o lado do entretenimento e a vertente artística e, que esta dicotomia se separa por um extenso universo de maneiras de estar e produzir música.
    Pretendo situar-me dentro do âmbito do espectro artístico e, é nessa qualidade que também o “Rondó da carpideira” luta para encontrar o seu espaço.

    Porque senti uma acentuada décalage entre o que o Zacarias percepciona e aquilo que fazemos, tomo a liberdade de expulsar os critérios do nosso trabalho.

    Somos dois músicos de formação eclética, o Daniel é licenciado em piano pela Escola Superior de Jazz de Lisboa, tendo anteriormente feito um percurso de piano clássico durante vários anos em Portugal e França. É simultaneamente compositor e intérprete, a conquistar o seu espaço no mercado ( sim no “mercado”, não vale a pena chamar-lhe outra coisa) nacional.
    Eu, o Mário, sou saxofonista, professor deste instrumento na universidade de Évora e produtor de discos (por exemplo: o ilustre desconhecido Sérgio Carolino, que recentemente ganhou o prémio da Spa para música erudita). Tenho um percurso, diria interessante, pelo ecletismo dos trabalhos que já fiz, desde Orquestra Gulbenkian, festival Misomusic, the Gift, Bernardo Sassetti, quarteto de saxofone Saxofínia, Postcard brass band , Tubax para citar alguns. Estou neste momento a fazer doutoramento em performance musical que, espero acabar este ano.

    Sentimos que temos legitimidade, formação e capacidade de fazer algo, que, em torno da música Portuguesa fosse artisticamente progressivo.

    Não queremos tocar música portuguesa, que o quotidiano do povo rude nos deixou nos vídeos do Giacometti, nem tão pouco pretendemos fazer música na mesma linha do “ Fausto” ou “ Gaiteiros de Lisboa”.
    Com o nosso conceito estético, pretendemos dizer em música e só música ( repare que não temos voz nem letra, para além do que retiramos dos vídeos) aquilo que o legado da musica tradicional nos despoleta como criadores artísticos. Atropelando um pouco a modéstia, poder-lhe-ei dizer que, sendo um Português com raízes ainda rurais,( o meu avô era oleiro, tocava harmónica e vivia paredes meias com o rancho das Pedreiras) tenho a legitimidade de sentir algo, quando vejo aquele espólio e de, consequentemente, transmitir o que sinto com música, mostrando em concerto essa ligação.

    Assim e resumidamente, tratam-se de dois criadores que mostram o que sentem, com o que lhes estimulam aqueles vídeos e que, por sua vez, estes são manipulados pelo Gonçalo de forma a que o espectador veja e sinta o Leitmotiv do nosso concerto.
    Todo o processo começa sempre por uma justaposição interpretativa, apoiada tecnicamente, numa harmonização e/ou variação melódica construtiva e um desenvolvimento musical após esse estimulo inicial.


    O que lhe posso eu dizer e os que já viram é que, resulta. Ao contrário do Zacarias que nunca viu e que afirma que não resulta.
    No meu entender resulta e resulta bem, porque se transmite de uma forma equilibrada uma estética musical que é facilmente percepcionada pelo público.
    Acredito que a música que “resulta”, é premiada pelo significado que o interprete e autor lhe conferem e pela percepção que o espectador tem do que estes lhe querem transmitir. É aí que nasce o “Arrepio na pele”. Sou um fervoroso adepto desse momento tão raro e é com um tremendo regozijo que lhe digo que o rácio de espectadores que confessaram esse momento me deixam.... MUITO FELIZ.

    O que me leva a chamar de equilibrada a estética musical?
    Para que se possa perceber do que estamos a falar é preciso desmontar as dimensões de que é feita a própria música e no que se constrói em estética.
    A música é feita de diversos componentes bem concretos são perfeitamente analisáveis por qualquer pessoa basta estar atento. A forma como estes se equilibram entre si resultam numa determinada estética. A forma com esta estética interage com o público define o seu resultado.
    Nos componentes da própria música, devemos à nossa formação a capacidade de avaliar o bom e o mau. Não se pode chamar de boa melodia “ Os contentores” dos Xutos e Pontapés quando se conhece “Pavane pour une infante défunte “ de Maurice Ravel, como me parece natural, é facilmente identificável um projecto que, com vários componentes “fracos” não se lhe pode chamar boa música. Penso que este raciocínio é unânime, não pretendendo ser provocador.

    Dentro dos vários componentes que definem a música como forma de expressão artística, temos então (de uma forma muitíssimo sintética) duas valências, a criadora e a interpretativa:

    Criadora ( relacionada com a obra criada)
    Melodia – definição desnecessária

    Harmonia – organização simultânea de vários sons (ex: melodia acompanhada, polifonia, contraponto, progressão harmónica, tensão e repouso, entre outras possibilidades)

    Ritmo – organização dos sons no tempo ( ex: polirritmia, omoritmia, isoritmos entre muitos outros)

    Timbre – característica sonora que permite dar a cada instrumento e muitas vezes a cada interprete uma identidade única, que depende da organização dos harmónicos dentro de cada som e da forma da onda por eles produzida.

    Dinâmica - organização do volume e intensidade do som. (ex:piano, forte, crescendo, diminuendo, forte-piano entre muitos outros)

    Forma – A maneira como se organiza no tempo uma obra musical (Ex: ABA, Fuga, Rondó, variações, concerto, sonata entre muitas outras)

    Textura – a forma como se organizam os sons em número, qualidade, timbre e intensidade. (ex: Orquestra sinfónica, quarteto de jazz, Orquestra de 100 metrónomos, piano solo, dois pratos de DJ, entre muitíssimos outros).


    Interpretativa ( relacionada com a prestação interpretativa)

    Articulação – a forma como a organização dos sons de determinada música é posta em prática pelos interpretes com o intuito de dar a maior clarividência e recorte possível e de acordo com o autor.

    Agógica – a forma como o tempo fluí entre o momento que antecede e o que sucede ao actual. (música tecno, não tem agógica, uma cadência de concerto tem muita agógica)

    Intensidade – a forma como os intérpretes colocam na sua interpretação a capacidade de transmitir tensão ou repouso na produção de som. No caso dos compositores podem fazê-lo por exemplo, dando mais intensidade, atribuindo uma melodia de um instrumento grave num registo agudo ao invés de um instrumento agudo num registo normal. ( Ex: solo de fagote no inicio da Sagração da primavera de Stavinsky).

    Improvisação – A forma como o interprete canaliza as suas emoções através de aprendizagem aliada a treino prévio, a uma construção musical inédita e criada no momento em que a executa.

    Simultaneidade- A forma como todos os sons são sincronizados na prestação interpretativa

    Afinação – A forma como as frequências de todos os sons são fielmente interpretadas de encontro ao escrito pelo compositor.



    Acredito que colocamos na consciência que temos de cada um destes componentes de âmbito universal, a lógica do que construirmos num conteúdo musicalmente rico, ao mesmo tempo perceptível e comunicador de emoções através do legado cultural da música tradicional portuguesa e, que acaba por ser uma fonte de inspiração para as nossas abordagens musicais.
    Assim sempre aconteceu na história de arte.
    Não fazemos um exercício académico de colocar em todos eles o que melhor sabemos mas sim o equilíbrio entre pares.
    Acreditamos que este equilíbrio, pautado por esse legado é, a nossa estética.

    Não temos agente, gabinete de imagem ou de comunicação, somos independentes apaixonados pelos projectos que abraçamos e por isso peço desculpa por nunca ter ouvido falar de nós, nem de nós lhe terem falado, ainda assim, espero poder vê-lo no nosso concerto de dia 24 de Abril de 2013 no Centro de Congressos de Caldas da Rainha ou no Museu da Música Portuguesa dia 17 de Maio de 2013.
    Acredito que é bom haver programadores culturais e que tenham uma linha condutora, um critério, uma opinião.
    Acredito que um dia haverá por todo o lado programadores despegados do seu gosto pessoal e com capacidade de reunir condições para avaliar pragmaticamente os projectos em que o seu apetite musical possa ser sustentado por critérios e não dogmas pessoais, é mais justo para o espectador e já agora para o artista.

    Registei com as suas palavras “ Nunca houve, provavelmente, tanta produção artística como atualmente. Um dos problemas da gestão cultural que se começa a assinalar é que há mais oferta que procura. Há mais gente a produzir e os públicos não aumentam significativamente. Esse é um problema atual que não é de Portugal, é de todos os países mais desenvolvidos”.

    Pretende fazer alguma coisa para combater esse problema? Não se pode pedir aos autores que deixem de produzir, nem ir buscar o público pelas orelhas a casa.
    Será que a responsabilidade também está do vosso lado?
    Porque não uma equipa de trabalho tecnicamente qualificada para identificar, produzir e promover potenciais em que se acredita? ( Sim... dá mais trabalho!)
    Produzir é, na minha opinião, um trabalho bem mais enriquecedor para uma equipa de gestão do que pura e simplesmente contratar.
    Programar com fundos generosos, projetos confirmados é a profissão mais aliciante deste mundo, aproveite caro Zacarias, nem todos têm um quarto de brinquedos como esse.
    Acredito que um dia iremos a esse e a outros auditórios, porque por enquanto, poucos são os que ainda acreditam em projectos que apenas são desconhecidos e que é necessário coragem para acreditar neles.
    Acreditamos que a dimensão humana deve muito à música, forma de arte que nos impulsiona para um equilíbrio social e individual e que, por sua vez, este equilíbrio faz de nós melhores Indivíduos.

    Continuaremos a acreditar que a qualidade prevalecerá, porque pouco nos sobra senão acreditar.
    De alguém que sente o que lhe vai na alma...
    Com os melhores cumprimentos

    Mário Marques
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20maio2013
Mário Dinis Marques escreveu:
"Vídeo da estreia da peça "Xel'naga Towers" de Daniel Bernardes com os caríssimos Sergio Carolino Telmo Marques eu próprio e com a projecção video do Gonçalo Tarquínio!
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JORNADAS EUROPEIAS DO PATRIMÓNIO 2012

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intervim junto do Presidente da Câmara e vereadora via mail e diretamente 
a 21set2012
UMA CARTA DO MÚSICO MÁRIO MARQUES DINIS
QUE MERECE A NOSSA ATENÇÃO
Vereadora Mónica Baptista a um pedido de apoio para um concerto que eu, o Daniel Bernardes e o Gonçalo Tarquíno vamos oferecer à comunidade local no dia 28 de setembro de 2012 no mosteiro de Alcobaça pelas 21:30.

apoio pedido foi:
Cartazes A3 e flyers
Um piano afinado.
300€

A resposta foi:

A Câmara Municipal de Alcobaça apoia na divulgação através da impressão dos cartazes e flyers.

Cara Dra. Mónica Batista.

Agradeço-lhe o seu email.
Agradeço-lhe também os cartazes e os flyers.
Depreendo que por não responder as outras solicitações por mim referenciadas, isso significa que a Câmara Municipal de Alcobaça na pessoa da Sra. vereadora, não apoia o encargo de emprestar um piano desafinado,que necessita de afinação e que está duas salas ao lado do local onde faremos o concerto .

Permita-me que esta minha apresentação legitime um pouco do meu desabafo:

O meu nome é Mário Dinis Marques e este é o meu currículo resumido:
O interesse por diversas áreas e estilos de expressão musical, fazem de Mário Marques um dos mais versáteis saxofonistas Portugueses da atualidade.

Nos últimos anos tem colaborado regularmente com a Orquestra Gulbenkian; Orquestra Sinfónica Portuguesa; Orquestra Nacional do Porto; Orquestra Metropolitana entre outras, executando as principais obras Orquestrais que incluem o saxofone como solista.

Como solista concertante apresentou obras como o “Concerto for Stan Getz” de R. R. Bennett ; “Concertino for tenor saxophone” de Bob Mintzer; “ Duplo Concertino Op.22” de Luís Cardoso, “Concerto para saxofone alto” de Mike Mower, recentemente apresentado na Festa do Jazz no teatro S. Luiz e brevemente “ Concerto para saxofone alto” de Anne Vitorino d´ Almeida.

A sua atividade musical leva-o para áreas diversas de expressão artística atuando nos principais palcos em diversos festivais de música nacionais e internacionais.

A televisão: “ hermansic”; “ Cabaret”, ” Grande noite” o teatro musical: “ passa por mim no rossio”, “ Maldita Cocaina”, o cinema: “ Dáqui para a alegria””Quaresma””Maria e as Outras” , o inevitável estúdio, são também áreas onde colaborou com nomes como: “Big Band do Hot Club de Portugal”,” Bernardo Sassetti”,”L.U.M.E.”, " Fá-fa´de Belém", " Valdemar Bastos", Sérgio Godinho",“The Gift”, “Deolinda” , “Xutos e Pontapés”, “Sérgio Godinho”, “Amália Hoje”, “Silence4” entre outros.

Desde alguns anos a esta parte, tem estado envolvido em projetos musicais próprios de diferentes âmbitos e linguagens tais com: “Quarteto Saxofínia”, “The Estradalhaço Brass Band”,” The Postcard Brass Band”, “ Saxteto”, “ Tubax” e “Rondó da Carpideira”.

Para além de saxofonista, Mário Marques é também produtor discográfico de projetos como: “European Tuba Trio”, “Saxofínia”,” António Vitorino d´Almeida” ,“ The postcard Brass Band”, “ Duo Xasonaip”,” 2tubas & Friends”, “Avondano Emsemble”,” Concertos para Bebés” “ Estardalhaço da Geringonça” com os quais ganhou alguns prémio internacionais.

Atualmente, Mário Marques é professor de saxofone na Academia de Música de Alcobaça e na Universidade de Évora onde simultaneamente frequenta um Doutoramento em performance Musical.

Penso que o facto de ser Alcobacense, munícipe, eleitor, ex-artista residente, músico, professor de música, produtor e sobretudo pessoa interveniente e dedicada á cultura de uma forma 100% profissional, mereço pelo menos uma justificação para o mesmo não apoio.

A equidade é um valor maior quando se desempenham cargos público a favor de uma população, sobretudo quando se gere o pelouro da cultura de um qualquer município periférico dos grandes centros de cultura.
Numa altura de grandes constrangimentos financeiros é, no meu entender, necessário preservar valores importantes do nosso património cultural ( se quiser explico-lhe com calma qual a diferença entre cultura em música e o entretenimento da música ).Ter algo para dizer mais do que a palavra fácil, mostrar algo que está esquecido mais do que relembrar o que todos os dias nos entra pela vida dentro, mostrar algo que se desconhece mais do que divulgar a banalidade.
A cultura é mais do que sustentar financeiramente o divertimento.
Pedir-lhe um piano afinado, não deveria ser uma submissão honrosa que não obteve resposta, mas sim um direito de utilização que me deveria ser assistido.
Recusa um autocarro camarário a um condutor camarário?
Recusa uma maca a um enfermeiro?
De quem é o piano municipal senão daqueles que provam poder e saber dar-lhe uso .
Depois de um mês de Agosto cheio de Aureas; QUIM ROSCAS E ZECA ESTACIONANCIO ; Anas Nuchas e Mónicas Sintras, Pedros Migueis; Sidewalkers; Black Leathers ;Meus e Teus Rubens Palmeiras - Tributo a Tonys Carreiras ; Filipes Pintos e todos os/as seus “partners” não acredito que um piano municipal afinado seja um encargo que não mereço.
Se é um encargo que não pode financiar, então tudo o que eu atrás disse, está por demais comprovado e significa que gastou mais do que devia naquilo que não devia, o que me devia no entanto era somente uma explicação.

Sem outro assunto

Mário Dinis Marques
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