05/05/2014

7.967.(5maio2014.17.30') Palestina...Arafat...Crimes hediondos... Só no Israel apoiado pelos EUA e Cª!!!

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19seTEMbro2018
 +1 trumpalhada...Ai a Palestina... A opinião de José Goulão!!!

“ACORDO DO SÉCULO” OU CRIME DO SÉCULO?
Por José Goulão; com Edward Barnes, Beirute, e Martha Ladesic, Nova Iorque
Chamam-lhe “acordo do século” ainda antes de ter sido divulgado publicamente; o que dele se vai sabendo, porém, revela antes um plano para cometer o crime do século impondo a capitulação total do povo palestiniano perante a arbitrariedade israelo-norte-americana, à custa do direito internacional, dos direitos humanos e espezinhando as Nações Unidas.
O chamado “acordo do século” não passa de um projecto elaborado no interior da Administração norte-americana para impôr de vez “a paz no Médio Oriente” e cujo conteúdo esteve várias vezes para ser divulgado ao longo dos últimos meses. Porém, e apesar de não ser conhecido na sua globalidade, o plano tem levantado tantas reservas, mesmo entre os principais aliados de Washington, que os autores ainda não se atreveram a revelá-lo.
Consta que isso acontecerá durante a próxima Assembleia Geral das Nações Unidas, que se inicia em 18 de Setembro, pela voz do próprio presidente norte-americano, Donald Trump. Como tal não é ainda seguro, torna-se fundamental ter ideia da gravidade do que se prepara fazendo eco de elementos avulsos obtidos junto de fontes oficiais e oficiosas conhecedoras do essencial do processo.
A base estratégica do “acordo do século” é fazer tábua rasa de todo o acervo histórico e jurídico do problema israelo-palestiniano, desde as resoluções do Conselho de Segurança aos termos resultantes das várias fases de negociações de paz, incluindo o princípio da coexistência de dois Estados na Palestina.
Os responsáveis
O plano reflecte a cada vez mais absoluta fusão estratégica entre a Administração norte-americana e a extrema-direita sionista no poder em Israel, exemplificada pela transferência da Embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém.
Uma das provas mais fortes de que o “acordo” é do tipo “esqueça tudo o que ficou para trás nos processos de paz no Médio Oriente” – como diz um responsável do Departamento de Estado que pediu para não ser identificado – está relacionada com uma actividade comum aos autores: todos eles estão envolvidos na colonização israelita da Cisjordânia, especialmente no financiamento do colonato ortodoxo de Beit El, nas vizinhanças de Ramallah, capital da Autonomia Palestiniana.
Além da associação ao expansionismo sionista, nenhum dos autores do “acordo do século” tem experiência em qualquer outro dos temas determinantes no conflito israelo-palestiniano. Jared Kushner era consultor de investimentos imobiliários antes de entrar na Administração norte-americana para trabalhar sob as ordens do sogro, Donald Trump presidente dos Estados Unidos; Jason Greenbatt, enviado especial do presidente norte-americano para o Médio Oriente, era anteriormente o principal conselheiro jurídico dos negócios privados de Trump; David Friedman, embaixador dos Estados Unidos em Israel, ganhava a vida como advogado de falências.
Uma colónia
Quais são então os caminhos para a “paz no Médio Oriente” idealizados por este trio, a rogo do presidente dos Estados Unidos, do primeiro ministro de Israel, do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed bin Salman, e do príncipe herdeiro dos Emirados Árabes Unidos. Mohamed bin Zayed?
O plano aborda as questões essenciais – Jerusalém, refugiados palestinianos, colonização, medidas de segurança e traçado de fronteiras – mas de uma maneira “inovadora” e que ambiciona ser definitiva.
Não há no documento qualquer alusão explícita à solução de dois Estados, a base do processo negocial existente até agora, assumida pelas instâncias da ONU e mesmo pelos principais aliados dos Estados Unidos da América – ao menos em termos de discurso oficial.
A Cisjordânia terá um estatuto de “quase-Estado”, isto é, segundo o criativo trio sionista, uma entidade desmilitarizada, com soberania limitada e capital em Abu Dis, uma aldeia nos subúrbios de Jerusalém na qual, durante os anos noventa do século passado, a direcção palestiniana admitiu construir o Parlamento Autónomo - à mesma distância dos lugares santos da cidade que está o Parlamento israelita.
Os colonatos judaicos – ilegais por definição - e outras estruturas de domínio israelita na Cisjordânia permanecerão intocados, sendo o plano omisso quanto ao destino do muro de separação. O “quase-Estado” continuaria a ser, deste modo, uma entidade sem continuidade territorial, fraccionada em comunidades praticamente sem comunicação entre si, na qual Israel conservaria o domínio sobre todo o Vale do Jordão. Do documento desaparecem alusões ao respeito pelas fronteiras de 1967 e ao estabelecimento da capital palestiniana em Jerusalém Leste, linhas mestras das principais decisões da ONU em relação ao conflito israelo-palestiniano.
O suporte financeiro deste projecto seria assegurado pela Arábia Saudita, os Emirados árabes Unidos e, eventualmente, outras petroditaduras do Golfo. Em algumas entrevistas que tem dado, Jared Kushner salienta que os palestinianos terão tudo a ganhar com os contornos económicos do plano, “pois são vizinhos do Silicon Valey do Médio Oriente – Israel”; tratando-se, além disso, “de um povo laborioso e educado, será capaz de beneficiar rapidamente da prosperidade israelita, desde que haja paz”. Quanto ao presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, que recusa quaisquer conversações nesta base, o genro de Trump acusa-o de “estar apegado a negociações velhas de 25 anos que não desembocaram em qualquer acordo de paz”.
O formato pretendido por Trump e Netanyahu para uma Cisjordânia “em paz”, em suma, é o de uma colónia de Israel fornecedora de bolsas de mão-de-obra escrava para os projectos económicos de Israel e dos colonatos israelitas, funcionando estes de maneira integrada.
Um emirado e um apêndice
A solução de dois Estados na Palestina, estabelecida desde 1948 e que reúne o apoio maioritário da chamada "comunidade internacional”, prevê ainda hoje que o Estado Palestiniano independente seja criado nos territórios ocupados de Cisjordânia e Gaza, com capital em Jerusalém Leste. Este é o resumo dos conteúdos de múltiplas resoluções do Conselho de Segurança da ONU e de projectos de acordo entre Israel e a parte palestiniana estabelecidos desde 1993. É também esse o objectivo inscrito na “iniciativa árabe de paz” apresentada em 2001 pelo príncipe herdeiro da Arábia Saudita.
O “acordo do século” tutelado por Donald Trump e Benjamin Netanyahu prevê, contudo, que a Faixa de Gaza se transforme num “mini-estado” independente ou autónomo, rigorosamente fechado a Israel e à Cisjordânia e aberto ao Egipto.
Até ao momento, tanto quanto se sabe nos bastidores diplomáticas, este plano envolvendo abusivamente o Egipto, não resulta de consultas efectuadas ao Cairo, nem tem sequer o acordo das autoridades egípcias.
Gaza é um imenso campo de concentração ferreamente encerrado por Israel e pelo Egipto, transformando a vida de quase dois milhões de pessoas num verdadeiro inferno.
Ao que consta, não existem da parte de Israel, dos Estados Unidos e dos príncipes herdeiros da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos reservas de maior em que o Hamas continue a controlar o território, que assim se transformaria numa espécie de “emirado”. Sabe-se que o movimento islamita e Israel continuam a negociar uma trégua de longa duração, processo que não será alheio a estes desenvolvimentos; e que dirigentes do Hamas têm manifestado a opinião de que é preferível “falar directamente com Israel em vez de negociar com os seus intermediários de Ramallah”. Não é novidade que todos os acordos anunciados entre a Autoridade Palestiniana e o Hamas para formar um governo “de unidade nacional” têm fracassado e que Israel multiplica esforços para que isso continue a acontecer.
Gaza teria um apêndice territorial, segundo a idealização de Kushner, Greenbatt e Friedman: uma “zona franca” a criar na Península do Sinai, entre a fronteira da faixa palestiniana e a cidade egípcia de El-Arich. Nesse território de soberania “híbrida” seriam construídos um porto e um aeroporto internacionais, uma estação de dessalinização de água do mar, uma central de energia eólica e cinco zonas industriais, representando tudo um investimento de mil milhões de dólares, mais uma vez a cargo das petroditaduras do Golfo, com Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos à cabeça.
Tanto quanto se percebe dos elementos conhecidos, Gaza e o seu apêndice poderiam ficar sob controlo do Hamas, em coordenação com o Egipto, que seria responsável pela administração do porto e do aeroporto internacionais.
Dois terços da força de trabalho necessária para o levantamento e manutenção destes projectos teriam origem em Gaza; um terço seria assegurado por El-Arich e outras regiões egípcias. Gaza e Cisjordânia tornar-se-iam duas entidades absolutamente estanques, institucionalizando-se a separação entre os dois territórios palestinianos nos quais, segundo o direito internacional vigente, deverá assentar o Estado Palestiniano.
O “acordo do século” resolve de uma penada o problema dos refugiados, as vítimas da mais longa limpeza étnica dos tempos modernos, a tragédia de milhões de pessoas expulsas dos seus lares e espoliadas dos seus bens iniciada em meados dos anos quarenta do século passado - e que prossegue sob os olhos cúmplices do mundo.
Trump, Netanyahu e os executores das suas ordens determinam que será excluído qualquer regresso de refugiados ou seus descendentes, ainda que simbólico. Cada vítima desta catástrofe receberá um subsídio de instalação no país de exílio ou de reinstalação num outro, dos quais adquirirão a nacionalidade. Cumprir-se-ia assim a máxima da antiga primeira-ministra israelita Golda Meir segundo a qual “os palestinianos não existem”. Também os subsídios sairiam dos sacos sem fundo das petroditaduras.
Armadilhas e ambições
No Departamento de Estado reconhece-se que um tal “acordo” é “uma armadilha diplomática” e equivale “a ditar a paz à força” no meio de um amplo conjunto de problemas entretanto agravados entre Washington e aliados, e não apenas os do Médio Oriente.
Em primeiro lugar, os milhares de milhões de petrodólares a investir pelas monarquias do Golfo para tornar possível este projecto não aparecem sem contrapartidas. O príncipe herdeiro saudita, por exemplo, exige a tutela partilhada dos lugares santos islâmicos de Jerusalém – até agora da responsabilidade da Jordânia – e o apoio norte-americano e israelita à ofensiva diplomática, económica, eventualmente militar contra o Irão, com a qual ele sonha permanentemente.
Porém, nem no interior das estruturas do poder fundamentalista da Arábia Saudita existe sintonia quanto às incidências do “acordo do século”. O velho rei Salman já declarou que a estratégia para a questão palestiniana em que o país continua oficialmente envolvido é a da “iniciativa árabe” de 2001, assente na solução de dois Estados. O príncipe herdeiro estaria, portanto, a correr em faixa própria, sem autoridade institucional para se envolver em transformações regionais desta envergadura.
O Egipto, a Jordânia e a Autoridade Palestiniana estão declaradamente contra o plano. O soberano jordano já o fez saber a Donald Trump; o Cairo e Ramallah nem sequer foram consultados. Como seria possível ver o Egipto actual, na sua guerra contra a Irmandade Muçulmana, assumir um projecto de soberania partilhada com um braço dessa mesma Irmandade, o Hamas?
O Qatar poderia ser um cofinanciador dos enormes investimentos desejados; o príncipe herdeiro saudita, porém, nem quer ouvir falar nessa hipótese, porque seria “introduzir o Irão no projecto, e pela porta das traseiras”.
Basta um breve enunciado destes problemas para se ter a noção das razões pelas quais a divulgação do “acordo do século”, prometendo a milagrosa “paz no Médio Oriente”, tem sido sucessivamente protelada.
Será chegada a hora de isso acontecer na próxima sessão da Assembleia Geral da ONU? Ousará Trump anunciar a intenção de anular e enterrar importantíssimas decisões das Nações Unidas em plena reunião magna dos membros da organização?
As contradições entre os “corpos gerentes” da actual ordem global são muitas e profundas. Se Trump insistir no seu plano para tentar cometer o crime do século, um dos resultados garantidos à partida é o agravamento da turbulência internacional.
Publicado em: https://www.oladooculto.com/noticias.php?id=11
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aGOSTO2018
O PCP condena os brutais bombardeamentos da aviação israelita na Faixa de Gaza que nos últimos dois dias deixaram um rasto de morte e destruição, e que constituem mais um dos muitos crimes e provocações de Israel numa sistemática violação da legalidade internacional e dos direitos do martirizado povo palestiniano.
Condena igualmente o criminoso ataque conjunto de forças da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, com o apoio activo dos EUA, contra um autocarro escolar perto da cidade de Dahyan, no Iemén, provocando, pelo menos, 50 mortos, na sua maioria crianças, e muitas dezenas de feridos.
Estes dois acontecimentos evidenciam, de forma dramática, a brutalidade da ofensiva do imperialismo norte-americano contra os povos no Médio Oriente, em articulação com o regime sionista de Israel e as monarquias corruptas e obscurantistas do Golfo.
Conhecer a Nota de Imprensa:
http://www.pcp.pt/pcp-condena-crimes-no-medio-oriente
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13jul2018...+1 escola derrubada, nos colonatos de Israel,
 no criminoso/sistemático roubo do território da martirizada Palestina!!!
Via Renato Teixeira
 "Em Yatta, perto de Hebron, uma criança olha o que sobra da sua escola"

 https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2033140613371672&set=a.274584152560669.73890.100000272592915&type=3&theater
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 "Women Wage Peace"
 https://www.youtube.com/watch?v=ZcLNPI0dSq4
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 https://www.youtube.com/watch?v=YyFM-pWdqrY&list=RDYyFM-pWdqrY&start_radio=1
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Via António Barros:
 "Está acontecendo um pequeno grande milagre, quase completamente ignorado pelos meios de comunicação: milhares de mulheres judias, muçulmanas e cristãs têm caminhado juntas em Israel pela paz. Em um novo vídeo oficial do movimento "Women Wage Peace" a cantora israelense Yael Deckelbaum canta a canção "Prayer of the Mothers", junto às mulheres e mães de todas as religiões, mostrando que o mundo está mudando e deve mudar. Um milagre todo feminino que vale mais que mil palavras. Compartilhe! Shalom! Salam! Peace! Paz!"
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18mAIo2018...postei no facebook:
 70 anos de guerra.colonatos.ocupação.agressão.mortos.feridos...O verde (Palestina) e o amarelo(Israel)...Uma vergonha internacional para a ONU para os democráticos estados... Israel sempre apoiado pela mais poderosa força de guerra...
 https://www.facebook.com/watch/?v=1554216324658550***
14mAIo2018... embaixada dos EUA passa de Tel Aviv para Jerusalém, completamente em desacordo com a maioria dos países e da ONU...EUA dão mostras do apoio que sempre deram a esta política...
Os judeus através do Estado de Israel passaram a ser opressores e todo o Médio Oriente continua sem solução à vista...
 "A Nakba refere-se à «campanha premeditada que acompanhou o processo de criação de Israel em 1948», em que as milícias sionistas destruíram mais de 500 aldeias, cometeram inúmeros massacres e expulsaram das suas casas cerca de 750 mil palestinianos»,
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2014/10/88352out2014d0220h0220-jerusalem.html
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 Refugiados palestinianos durante a Nakba de 1948
Refugiados palestinianos durante a Nakba de 1948Créditos / agenciapacourondo.com.ar 
https://www.abrilabril.pt/internacional/nos-70-anos-da-nakba-liberdade-para-palestina-e-paz-no-medio-oriente
À iniciativa, que é promovida pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), o Movimento Democrático de Mulheres (MDM), o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) e a CGTP-IN, estão a aderir muitas outras organizações, segundo revela o MPPM numa nota publicada na sua página de Facebook.
Em Lisboa – dia 14, às 18h – e no Porto – no dia seguinte, à mesma hora –, os propósitos que as organizações promotoras pretendem vincar são os mesmos, tendo presente que, no próximo dia 15 de Maio, se assinala o 70.º aniversário da Nakba – a «catástrofe», como é designada pelo povo palestiniano (associada ao processo de criação do Estado de Israel).
De acordo com a nota divulgada pelos promotores, nos 70 anos da Nakba, pretende-se: «condenar a política de colonização, limpeza étnica, ocupação e repressão» que é praticada por Israel contra o povo palestiniano há 70 anos; exigir a paz no Médio Oriente; denunciar o reconhecimento, pelos Estados Unidos, de Jerusalém como capital de Israel, bem como a transferência da sua embaixada para essa cidade.
Os promotores querem, para além disso: reclamar ao Governo português que «defenda o direito internacional e as resoluções da ONU respeitantes à Palestina», e que «reconheça formalmente o Estado da Palestina», tendo a sua capital em Jerusalém Oriental; expressar a sua solidariedade com «a justa luta do povo palestiniano pelos seus inalienáveis direitos nacionais, pela edificação do Estado da Palestina livre, independente, soberano e viável nas fronteiras anteriores a 1967, com capital em Jerusalém Oriental», e exigir «uma solução justa para a situação dos refugiados palestinianos».

A «catástrofe» prossegue

A Nakba refere-se à «campanha premeditada que acompanhou o processo de criação de Israel em 1948», em que as milícias sionistas destruíram mais de 500 aldeias, cometeram inúmeros massacres e expulsaram das suas casas cerca de 750 mil palestinianos», afirma-se no texto.
Contudo, a Nakba não terminou e uma «prova eloquente» disso são «os massacres cometidos pelas forças armadas de Israel desde o dia 30 de Março», na Faixa de Gaza cercada, no contexto das manifestações pacíficas da Grande Marcha do Retorno.
Os promotores consideram ainda «inaceitável e ultrajante que os EUA, pela voz do seu presidente, Donald Trump, tenham decidido reconhecer Jerusalém como capital de Israel e transferir para aí a sua embaixada precisamente quando se assinalam os 70 anos» da Nakba.
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31MAR2018
 http://www.pcp.pt/pcp-condena-brutal-repressao-israelita-no-dia-da-terra-palestiniana
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6feVER2018
Forças israelitas destruíram, 4fev2018, duas salas de aula em Abu Nuwar, perto de Jerusalém. Rami Hamdallah, primeiro-ministro palestiniano, condenou Israel por «negar às crianças palestinianas o direito à Educação» e «pressionar as comunidades a sair, para confiscar as suas terras».
Crianças palestinianas dos 3.º e 4.º anos a estudar nos escombros das salas de aula demolidas no domingo pelos israelitas em Abu Nuwar
https://www.abrilabril.pt/internacional/autoridade-palestiniana-condena-israel-por-demolicao-de-salas-de-aula
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25jan2018
José Goulão

A falsa ira e a cruel factura palestiniana
















Em Israel, segundo um insuspeito sionista, progride «um racismo próximo dos primeiros tempos do nazismo». Os palestinianos pagam caro a indiferença ocidental. José Goulão soma os factos e apresenta a factura.

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Forças de segurança israelitas carregam sobre manifestantes palestinos que protestam contra a decisão de reconhecimento unilateral pelos EUA de Jerusalém como capital de Israel. 15 de Dezembro de 2017, Jerusalém.
Forças de segurança israelitas carregam sobre manifestantes palestinos que protestam contra a decisão de reconhecimento unilateral pelos EUA de Jerusalém como capital de Israel. 15 de Dezembro de 2017, Jerusalém.CréditosThomas Coex / AFP/Getty Images

Já se diluíram por completo os ecos dos brados de indignação que responderam ao anúncio feito pelo presidente norte-americano de que irá transferir a embaixada do seu país de Telavive para Jerusalém.
A vaga de indignação correu mundo; extravasou mesmo de Paris e Berlim, de Londres e Roma, onde se escutam habitualmente vozes síncronas com os efeitos da «indestrutível aliança» entre os Estados Unidos e Israel – e que mudaram energicamente de tom nessa ocasião.
Porém, foi ira de pouca dura. Assentou em soundbites, empolgados é certo; os quais, uma vez cumprida a missão de abastecer os emissores oficiais e oficiosos da propaganda global, deram lugar ao habitual desfiar monocórdico do discurso carregado de balofas intenções em relação ao Médio Oriente e ao ritual de uma agenda internacional sem novidades. Como se nada se tivesse passado.
É impossível esconder que o ritmo das malfeitorias de Trump excede – pelo menos a nível verbal – os hábitos dos seus antecessores, o que vai instalando algum incómodo no interior da velha confraria dos aliados sob a bandeira da NATO. Nada que não seja inconsequente, enquanto os grandes interesses transnacionais comuns continuarem a superar minudências como o respeito pelos direitos humanos, o direito internacional ou a ameaça de uma guerra generalizada.
«Israel [...] continua a ultrapassar os limites de arbitrariedades e comportamentos marginais, mesmo quando isso parece difícil ou impossível»
No entanto, se a Ocidente nada de novo depois da tempestade sobre a anunciada transferência da embaixada norte-americana de Telavive para Jerusalém, o mesmo não se passa no Oriente Médio. Aqui, Israel confirma a conhecida argúcia para não desperdiçar uma única das múltiplas oportunidades concedidas pela relação de forças mundial; e continua a ultrapassar os limites de arbitrariedades e comportamentos marginais, mesmo quando isso parece difícil ou impossível.
Acresce que a oportunidade proporcionada por Trump foi de ouro. Pelo que, como seria de prever, a ofensiva constante contra os palestinianos no sentido de completar e tornar irreversível a ocupação de toda a Palestina redobrou de vigor – perante a impunidade de sempre – sob o comando de dirigentes israelitas com as costas aquecidas como nunca. Uma segurança que os soundbites emitidos contra Trump não perturbaram minimamente, sabendo o governo israelita, melhor do que ninguém, que tais emproadas reacções seriam de efeito passageiro e jamais perturbariam a concretização dos seus objectivos estratégicos anexionistas - enquanto o resto do mundo continua embalado pela ladainha da «solução de dois Estados».
Nas semanas seguintes ao anúncio feito por Trump, e na sequência de manifestações por ele suscitadas em toda a Palestina ocupada, a repressão militar israelita provocou pelo menos 20 mortos, quatro deles abatidos sumariamente por snipers, e cinco mil feridos. Mais de mil pessoas foram presas, situação implicando a sujeição a comportamentos que, a coberto da designação «justiça militar» (do ocupante), se caracterizam pela violação das mais elementares normas do direito, como por exemplo o recurso à tortura e ao isolamento, a inexistência de acusação e a indefinição do tempo de prisão preventiva – que pode ser prorrogada arbitrariamente por períodos de seis meses, sem julgamento, portanto sem sentença, até ao fim da vida do detido.
















Ahed Tamimi, uma activista palestina de 17 anos contra a ocupação de Israel, aparece num tribunal militar israelita durante uma audiência. Betunia, Cisjordânia, Palestina, 15 de Janeiro de 2018. CréditosAbir Sultan / EPA
Entre as pessoas nesta situação está Ahed Timimi, uma adolescente com 16 anos de Nabi Saleh, localidade muito próxima de Ramallah, onde está sediado o governo da «Autonomia Palestiniana». Ahed Timimi foi presa juntamente com a mãe, Narriman, depois de ter esbofeteado um soldado israelita integrando o grupo de militares que invadiram o quintal e a residência da família. Os acontecimentos ocorreram meia hora depois de a jovem ficar a saber que o primo Mohamed, de 15 anos, fora atingido na cabeça pelo disparo de um soldado e estava entre a vida e a morte. Mãe e filha continuam detidas, sujeitas a tortura e interrogatórios consecutivos. Deputados da maioria governamental de Netanyahu, demonstrando uma notável consciência da separação dos poderes nos Estados democráticos, exigem que o tabefe dado por Ahed Timimi num soldado protegido por equipamento anti-motim seja punido com prisão perpétua.
«[A situação traduz] a progressão de um fascismo israelita, mais especificamente de um racismo próximo dos primeiros tempos do nazismo»
ZEEV STERNHELL, HAARETZ, 19/01/2018
A situação nos territórios palestinianos, onde as perseguições «a ferro e fogo» criam um clima generalizado de terror, traduzem «a progressão de um fascismo israelita, mais especificamente de um racismo próximo dos primeiros tempos do nazismo». Esta é a opinião insuspeita do historiador israelita e sionista Zeev Sternhell, estudioso dos fascismos europeus e ele próprio um sobrevivente do tenebroso genocídio hitleriano.
Sternhell sublinha no jornal Haaretz que, à luz daquilo em que Israel se transformou, a Declaração de Independência tornou-se uma «obra de museu», uma «relíquia que explicará ao visitante o que o país poderia ter sido se não fosse desintegrado pela decadência moral provocada pela ocupação e o apartheid nos territórios».
Conhecendo o tipo de posições oficiais assumidas pelos representantes de Israel, não custa deduzir que também o historiador israelita e sionista Zeev Sternhell foi enviado para o heterogéneo índex do antissemitismo, onde jazem hoje os que manifestam opiniões discordantes das práticas do regime instalado no Estado hebraico.
Os principais dirigentes mundiais, porém, não correm o risco de figurar nessa lista negra, mesmo quando têm algum esporádico acesso de ira. Desta feita, a sua indignação perante o anúncio da transferência da Embaixada norte-americana para Jerusalém esgotou-se poucas horas depois de proferido. Pelo que já não abrangeu a situação agravada dos palestinianos decorrente da declaração de Trump. Macron não toma conhecimento das actividades dos snipers que fuzilam extrajudicialmente civil após civil dos territórios ocupados, incluindo Jerusalém Leste; à diligente senhora Merkel e aos eternos parceiros sociais-democratas não chegaram novas sobre os 20 mortos e cinco mil feridos vítimas da ressaca gerada pela iniciativa norte-americana; no meio da incomensurável verborreia oficial produzida pela União Europeia, suas instituições e Estados membros, não se detectam um parágrafo, uma linha ou mesmo um simples caracter que remetam para a inquietante situação da adolescente Ahed Tamimi, de sua mãe Narriman ou de qualquer um dos milhares de seres humanos que penam sob uma caricatura de justiça nas masmorras israelitas.
E a ONU? E o seu secretário-geral? Deles também nada reza nesta situação ainda mais crítica do que a crítica situação comum dos palestinianos. Foi lesto António Guterres quando, ainda entronizado de fresco, se apressou a repudiar o atropelamento de soldados israelitas por um camião nas ruas de Jerusalém, em Janeiro de 2017.
O episódio, vitimando militares que são agentes de uma guerra imposta por quem os comanda e deles se serve, e não civis que defendem as suas casas, os seus bens, uma pátria que lhes é negada, parece ter esgotado a indignação de Guterres tal como se desvaneceu, num ápice, a ira de Macron, Merkel e companhia perante o fogo ateado por Trump.
Depois da ininteligível declaração sobre a transferência da Embaixada norte-americana, no meio da qual se diluiu uma apenas ciciada passagem sobre as perturbações que tal decisão provoca ao «processo de paz», morto e enterrado, o secretário-geral remeteu-se a um silêncio conventual sobre o agravamento da tempestade que flagela o povo palestiniano.
«[...] são os palestinianos, indefesos e impotentes para projectar no mundo a sua voz carregada de razão, resumidos a uma desumana insignificância perante o insensível poder transnacional sionista, quem paga a factura cruel»
Nestas circunstâncias, o reconhecimento da unificação ilegal de Jerusalém pelos Estados Unidos da América representa mais um facto consumado no extenso rol de acontecimentos do mesmo tipo que vai forçando uma «solução» da chamada questão israelo-palestiniana contrária às decisões que foram sendo tomadas pela comunidade internacional, principalmente as grandes potências, a partir de 1947. Por isso, a configuração imposta por Israel no território da Palestina histórica, com a cumplicidade, de facto, das principais instâncias mundiais, é absolutamente ilegal à luz do direito internacional e esmaga os direitos do povo palestiniano, apesar de formalmente reconhecidos. Ou seja, ao longo de setenta anos, os senhores do mundo, tornados joguetes de uma conjugação onde avultam a submissão aos interesses financeiros e estratégicos dos lobbies sionistas sem fronteiras e uma intrigante má consciência perante a hecatombe que vitimou seis milhões de judeus, reconheceram os direitos do povo palestiniano ao mesmo tempo que os negaram – e continuam a negar. E são os palestinianos, indefesos e impotentes para projectar no mundo a sua voz carregada de razão, resumidos a uma desumana insignificância perante o insensível poder transnacional sionista, quem paga a factura cruel.
O secretário-geral das Nações Unidas, entretanto, confessa que vive com «um sonho»: ver concretizada a «solução de dois Estados» na Palestina. E poucas pessoas no mundo estão na posição privilegiada do Eng. António Guterres, que tem ao seu dispor os instrumentos necessários para transformar um sonho tão belo numa realidade compatível com a mais elementar justiça entre os homens. Lamentavelmente, porém, não os usa. Se tentasse, por exemplo, mobilizar os meios da ONU para estancar a colonização israelita dos territórios palestinianos talvez preservasse ainda alguma área onde coubesse o prometido Estado palestiniano viável. Talvez seja tarde, mas nunca o saberemos se não tentar, assim permitindo que a imaterialidade do seu sonho degenere no pesadelo real de mais de sete milhões de seres humanos, tantos quantos são os palestinianos – condenados arbitrariamente a ser os párias dos párias deste mundo onde burlar as leis se tornou doutrina institucional.
https://www.abrilabril.pt/falsa-ira-e-cruel-factura-palestiniana
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17jan2018
As forças de ocupação mataram, esta segunda-feira, um estudante palestiniano de 28 anos, durante confrontos registados na região de Qalqiliya. Ainda na Margem Ocidental ocupada, esta madrugada as tropas israelitas prenderam 21 palestinianos, cinco dos quais menores.
Detenção de jovem palestiniano por forças israelitas (imagem de arquivo)
https://www.abrilabril.pt/internacional/forcas-israelitas-matam-jovem-palestiniano-em-qalqiliya
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8jan2018
O Sindicato dos Jornalistas Palestinianos apresentou o seu relatório de 2017 para as liberdades, em que regista 909 agressões ou violações de direitos perpetradas contra jornalistas palestinianos – um aumento de 37% relativamente a 2016.
O número de agressões a jornalistas palestinianos aumentou em 2017; Dezembro foi o mês com o maior número de casos registados
https://www.abrilabril.pt/internacional/aumentam-agressoes-jornalistas-palestinianos
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27dez2017
As forças israelitas procederam à detenção de mais de 600 palestinianos desde que os EUA anunciaram o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, informa a Sociedade de Prisioneiros Palestinianos (SPP).
Um jovem palestiniano é preso na Cisjordânia, na sequência dos protestos contra a decisão norte-americana sobre Jerusalém
https://www.abrilabril.pt/internacional/forcas-israelitas-prendem-mais-de-600-palestinianos-em-tres-semanas
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21dez2017
mesmo com a coacção dos EUA
EUA condenado por 128 países
na ONU pela decisão de Jerusalém capital de Israel
35abstenções de medo
ao lado de Israel e EUA
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20dez2017

A embaixadora dos EUA junto das Nações Unidas, Nikki Haley, avisou os países-membros do organismo que Donald Trump irá acompanhar «cuidadosamente» a votação prevista para esta quinta-feira sobre o reconhecimento norte-americano de Jerusalém como capital de Israel.
https://www.abrilabril.pt/internacional/haley-ameaca-quem-votar-na-onu-contra-decisao-sobre-jerusalem
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16dez2017
Quatro palestinianos foram mortos esta sexta-feira pelas forças israelitas, num dia marcado por fortes protestos contra o reconhecimento, pelos EUA, de Jerusalém como capital de Israel. Em solidariedade com a Palestina, o CPPC promove, com outras organizações, iniciativas em Lisboa e no Porto.
Um grupo de palestinianos leva um homem ferido perto da fronteira com Israel, na Faixa de Gaza
https://www.abrilabril.pt/internacional/forcas-israelitas-matam-4-palestinianos-em-nova-jornada-de-protestos
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14dez2017.avante
by Gustavo Carneiro

Davides contra Golias
Image 24126
Na tradição judaica, o jovem pastor David, dispondo de uma simples funda e da fé inquebrantável no seu Deus, matou de um só golpe o gigante soldado filisteu Golias, tornando-se mais tarde num dos mais celebrados reis dos hebreus. Entre as narrativas do Antigo Testamento e a realidade do nosso tempo sobressaem profundas diferenças.

Hoje, o pequeno, frágil, praticamente desarmado, munido apenas da sua unidade e apego à liberdade e à terra que é sua é o povo palestiniano (a palavra Palestina deriva de filastin, relativo a filisteu); o opressor, gigante no poderio militar e ambições territoriais, é o Estado de Israel. Quanto aos pequenos lançadores de pedras, chamam-se agora Hassan, Ibrahim, Youssuf, Majdala, Fatma. Não são e nunca serão reis, mas filhos e netos dos refugiados de 1948 e 1967, residentes dos degradados campos de Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Faixa de Gaza.

Tal como ainda hoje sucede nos frequentes recontros com as forças de ocupação sionistas, durante a primeira Intifada (iniciada há precisamente 30 anos) as pedras foram, mais do que armas de guerra, símbolos de dignidade de um povo que persiste em resistir e da sua determinação em viver livre no seu próprio país. Ou não fossem elas, na sua maioria, lançadas contra carros blindados, peças de artilharia e checkpoints militares.

O dia 9 de Dezembro de 1987 marca o início da primeira Intifada (do árabe «sacudir») palestiniana. Nesse dia, no campo de refugiados de Jabalia, na Faixa de Gaza, um veículo militar israelita embateu contra um carro civil palestiniano, provocando a morte a quatro pessoas. Os protestos que então se iniciam alastram rapidamente a toda Palestina ocupada, assumindo o carácter de insurreição nacional visando pôr fim à ocupação. Às pedras somaram-se a desobediência civil, as greves, os boicotes. As mulheres e os jovens assumiram, com os homens, a vanguarda do movimento.

A repressão brutal provocou centenas de vítimas, mas não conseguiu abafar a revolta, que prosseguiu até bem adentro da década de 90.

Tomar nas mãos o seu destino

Como é evidente, os lamentáveis acontecimentos de 9 de Dezembro, por mais graves e reveladores que tenham sido, e foram, não explicam o levantamento palestiniano e a dimensão que este acabou por assumir. Constituíram, sim, a gota que fez transbordar um copo que se encontrava há muito demasiado cheio.

O historiador israelita anti-sionista Ilan Pappe, na sua História da Palestina Moderna – Uma Terra, Dois Povos (publicado em Portugal pela Caminho), nota que «após vinte anos de ocupação, a vida da maioria dos palestinianos consistia numa rotina familiar mas quase intolerável. No início de 1987, era já claro que nenhum factor externo ajudaria a libertar o povo da situação difícil em que se encontrava». Os palestinianos não tinham, portanto, qualquer outra alternativa que não tomar nas suas mãos os seus próprios destinos. Para o mesmo autor, a cooperação e convergência entre os refugiados, os palestinianos que viviam sob ocupação e os chamados «árabes israelitas» contribuiu também, em grande medida, para a dimensão e duração dos protestos.

Ao contrário do simbólico disparo de David, a revolta palestiniana iniciada em Dezembro de 1987 não derrotou ainda o poderoso inimigo. Mas contribuiu decisivamente para o enfraquecer e isolar perante o mundo – embora não da chamada «comunidade internacional», que é coisa bem diferente. Se até então a face mais visível da resistência palestiniana eram os corajosos guerrilheiros fedayin da Fatah ou da FPLP, a partir desse momento foi todo o povo que a assumiu. Algo que, com altos e baixos, continua a fazer até hoje.
 http://www.avante.pt/pt/2298/argumentos/147921/
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13dez2017
o contraste:
Foto de Cláudia Cláudio.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10215533011304776&set=a.1220801526549.2035433.1424263286&type=3&theater
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dez2017
Trump anuncia Jerusalém como capital de Israel
e há protestos em todo o mundo
inclusive nos EUA e em Israel
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29NOvemBRO2017

Palestina vencerá, mas é de sofrimento e heroicidade que se cantam os seus hinos de resistência.

Palestina, Canto e Luta!

Há 70 anos, neste dia de 29 de Novembro, a ONU declarava unilateralmente e sem consulta popular, a instauração do Estado de Israel no território da Palestina, decretando assim a divisão daquele território árabe entre um Estado Árabe e um Estado judaico.
recusa do povo Árabe desta ocupação administrativa levou a que desde aquele ano de 1947 o território histórico da Palestina se tenha transformado num palco de guerras, de violações de direitos e de promessas nunca cumpridas por parte das potências ocidentais e da ONU, assim como a transformação do povo palestiniano num povo refugiado e ocupado na sua própria terra.
É urgente, nestes 70 anos da ocupação vergonhosa da Palestina e da dívida histórica da ONU para com o seu povo martirizado, afirmar a solidariedade com a luta heróica do povo palestiniano e cantar as suas dores, as suas mortes e desmascarar a cumplicidade sangrenta do Ocidente com Israel, que nos territórios ocupados mantém até hoje um apartheid criminoso e anacrónico. Palestina vencerá, mas é de sofrimento e heroicidade que se cantam os seus hinos de resistência.
O poeta dub Benjamin Zephaniah transforma as palavras em balas libertadoras da causa palestiniana no seu disco de 1995, «Back to The Roots». Um poeta, escritor, compositor e cantor britânico, Benjamin Zephaniah é um apoiante da causa palestiniana e desde sempre envolvido na luta pelo reconhecimento do Estado da Palestina, das suas fronteiras históricas e da aplicação de sanções a Israel.
Figura central da cultura de resistência árabe e da unidade em defesa da causa palestina, o que o chegou a levar às prisões egípcias de Nasser e Sadat, o cantor cego Sheik Iman Isa é um símbolo do compromisso com a luta da independência do povo irmão da Palestina.
Reza a história que quando Yasser Arafat visitou o Egipto em 1968, uma das suas principais exigências foi conhecer pessoalmente o autor de «Ya Flastiniyyeh».
Iqrit é uma aldeia cristã do Norte da Galileia, junto à fronteira com o Líbano, cuja população foi expulsa em 1948 com a invasão militar de Israel e a promessa vã de que poderiam voltar dentro de semanas.
Nunca mais puderam voltar e passaram a ser refugiados para sempre, vagueando como fantasmas entre os países árabes vizinhos. «Iqrit Files» é o nome do disco do grupo militante Checkpoint 303 e conta com a voz profunda de Jawaher Shofani a interpretar canções tradicionais da Palestina, cortadas por electrónica e discursos políticos alusivos à causa da Palestina.
O canto pungente de Shofani, rasga a paisagem de silêncio e faz estremecer os que não desistem da luta pela justiça e liberdade.
https://www.youtube.com/watch?v=iqMRVBbnnNw
Do Líbano, o músico Marcel Khalife estabeleceu nas década de 70 e 80 um importante trabalho através dos escritos do poeta palestiniano Mahmoud Darwish, num esforço de resistênciapela preservação da identidade e da cultura do povomártir da PalestinaPassport, de 1976, descreve a luta diária contra o esquecimentode um povo condenado ao exílio.
https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=PDRKsmiFQJI
Kofia foi um grupo sueco e árabe de refugiados residentes em Gotemburgo, na Suécia, que durante a década de 70 compôs alguns dos hinos mais fortes da luta internacional pela libertação da Palestina. «Viva a Palestina, Esmaga o Sionismo, libertemos a nossa terra do imperialismo» é a mensagem forte e clara deste hino da luta do povo palestiniano.
https://www.youtube.com/watch?time_continue=2&v=aaUA_7LH_ZQ
Por fim, vibramos com a música tradicional de Mohammad Assaf cujo título afirma orgulhosamente «O meu sangue é Palestiniano». Dabke é o nome da música e da dança (significa «bater com os pés») do folclore da zona do Levante, que abarca a Palestina, o Líbano, a grande Síria.
Na antiga Palestina, ao contrário do mito sionista de que os territórios ocupados eram pouco mais que desertos, antes da ocupação fervilhava uma cultura dinâmica e diversa, livre da opressão e do fundamentalismo de tantas ditaduras árabes aliadas do Ocidente. 
https://www.youtube.com/watch?v=pcLONPS2hmE
É na cultura, nas danças e na música, mesmo debaixo de ocupação militar, que se lançam as sementes do futuro e que se preserva a identidade única de um povo que luta por ser livre na sua própria pátria.
Por isso mesmo, e porque é justa a sua luta, sabemos que a Palestina vencerá!
Crianças refugiadas brincam nos destroços de um carro no campo Khan Younis, Faixa de Gaza, Palestina
https://www.abrilabril.pt/cultura/palestina-canto-e-luta
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4noVEMBro2017
O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) apresentou o manifesto «Justiça para a Palestina», numa altura em que se cumpriram 100 anos da Declaração Balfour, que apoiou a criação de um país para os judeus na região.
Foto de Arquivo: parentes de Saad Salah durante os funerais de Saad e Aws Salame, palestinianos que foram mortos a tiro durante confrontos com o exército israelita no campo de refugiados de Jenin, 12 de Julho de 2017, Jenin, Cisjordânia, Palestina.
Foto de Arquivo: parentes de Saad Salah durante os funerais de Saad e Aws Salame, palestinianos que foram mortos a tiro durante confrontos com o exército israelita no campo de refugiados de Jenin, 12 de Julho de 2017, Jenin, Cisjordânia, Palestina.CréditosJaafar Ashtiyeh / AFP / Getty Images
 O manifesto foi apresentado pelo MPPM na passada quinta-feira, dia em que se assinalaram os 100 anos em que Arthur Balfour, então chefe de diplomacia britânico, redigiu uma carta em que prometia ao movimento sionista «o favorecimento por parte de Inglaterra do projecto de fixação de emigrantes da Europa na Palestina, prometendo uma terra que não controlava, nem administrava, a um povo que não vivia nela e ignorando a secular existência de uma sociedade fortemente enraizada nessa terra», explicou à Lusa, citado pelo Diário de Notícias, o historiador Carlos Almeida, vice-presidente do movimento.
O diário informa ainda que este ano também se assinalam os 70 anos do plano de partilha da Palestina, com a adopção de uma resolução pela ONU em 1947 que deu origem ao Estado de Israel, e os 50 anos do início da ocupação por Israel da margem ocidental, de Jerusalém oriental e da faixa de Gaza, na guerra de 1967.
«E é em nome da justiça que a comunidade internacional deve a este povo que nós decidimos em Portugal suscitar a voz da opinião pública nacional para que, numa tomada de posição, digamos que é tempo da comunidade internacional assumir as suas responsabilidades relativamente à causa nacional do povo da Palestina», afirmou ainda Carlos Almeida, defendendo que Portugal deve dar o seu contributo para o reconhecimento «dos direitos legítimos do povo palestino a ter um país independente, livre, soberano».
O historiador destacou, sobre a situação vivida pela Palestina, «a continuação da colonização e o avanço dos colonatos», o «aprofundamento das medidas de descriminação e segregação da população palestina por parte do Estado de Israel», assim como a persistente impunidade que  este vai tendo no plano da comunidade internacional.
Segundo Carlos Almeida, este manifesto é subscrito por uma centena de individualidades da vida pública portuguesa, entre os quais se encontram professores universitários, deputados, cantores, escritores, sindicalistas e jornalistas, e será entregue nos próximos dias a todos os órgãos de soberania em Portugal.
https://www.abrilabril.pt/internacional/posicao-publica-em-defesa-da-palestina
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12OUtu2017
Hanan Ashrawi, membro do Comité Executivo da Organização de Libertação da Palestina (OLP), condenou os planos do governo israelita para construir cerca de 4000 novas unidades habitacionais em colonatos ilegais da Margem Ocidental ocupada.
Sob a batuta de Netanyahu, Israel prossegue a política expansionista de ocupação
https://www.abrilabril.pt/internacional/olp-condena-planos-de-israel-para-construir-4000-casas-em-colonatos
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24aGOSTO2017
O início do novo ano lectivo estava marcado para 23 de Agosto, mas na aldeia de Jubbet al-Dhib, na Margem Ocidental ocupada, teve de ser adiado, depois de a Administração Civil israelita ter confiscado as casas móveis que iam servir de salas de aula a 64 alunos.

Crianças palestinianas têm aulas ao ar livre, depois de Israel ter destruído uma escola na Margem Ocidental ocupada (imagem de arquivo)
https://www.abrilabril.pt/internacional/israelitas-roubaram-escola-de-jubbet-al-dhib
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5jun2017
PCP reafirma solidariedade com o Povo palestiniano
http://www.pcp.pt/node/296411
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Por uma Palestina livre e independente!
No dia em que se assinalam 50 anos da ocupação militar israelita, em 1967, dos territórios palestinianos da Cisjordânia, da Faixa de Gaza e de Jerusalém Oriental, e também dos Montes Golã sírios, de parte do Sinai egípcio e das Quintas de Shebaa libanesas, o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) reafirma a sua solidariedade e determinação de prosseguir a sua histórica intervenção pela justa causa do povo palestiniano.
Evocar meio século de ocupação da totalidade da Palestina, que se seguiu a uma primeira vaga de expulsão dos palestinianos com a criação do Estado de Israel, em 1948, é denunciar os sucessivos crimes e massacres cometidos contra a população palestiniana; é recordar as aldeias arrasadas, as terras roubadas, as casas demolidas; é lembrar os milhares de presos, incluindo crianças, e os milhões de refugiados espalhados pelo mundo; é ter presente a humilhação diária que é imposta às populações palestinianas, com os colonatos, os postos de controlo, o muro de segregação, o cerco à Faixa de Gaza, e as dramáticas condições de sobrevivência que são impostas pelas autoridades israelitas e a sua política sionista ao povo palestiniano.
Estas últimas décadas ficam ainda marcadas pela tenaz resistência do povo palestiniano, que se bate corajosamente contra a ocupação israelita e prossegue a sua luta quotidiana pelos seus inalienáveis direitos nacionais. Uma firme e inabalável resistência que tem contado no mundo com a solidariedade das forças da paz, da libertação nacional e do progresso social. Incluindo em Israel, onde o movimento pela paz e as forças progressistas lutam pelo fim da ocupação israelita, pelo cumprimento do direito internacional, pela paz e a estabilidade no Médio Oriente.
O CPPC assumiu desde sempre a defesa dos direitos do povo palestiniano, ao dinamizar um vasto conjunto de acções – de dimensão e expressão nacional e internacional – de denúncia e condenação da ocupação israelita, de afirmação do direito do povo palestiniano ao seu Estado e por uma paz justa no Médio Oriente. Pela sua importância e impacto internacional a realização, destaca-se a realização da Conferência Mundial de Solidariedade com o Povo Árabe e a Palestina, em Lisboa, em 1979, na qual participou Yasser Arafat, Presidente da Organização da Libertação da Palestina (OLP), que se deslocou então e pela primeira vez a um país Ocidental da Europa. O CPPC promoveu, por iniciativa própria ou em parceria, inúmeras conferências, seminários, debates, manifestações, concentrações e petições, visitas e missões ao Médio Oriente, incluindo aos territórios palestinianos ocupados, e, sobretudo, uma regular acção de esclarecimento que contribuiu para alargar o campo dos portugueses solidários com a Palestina e a luta do seu povo contra as agressões e ocupação militares de Israel.
Seguro da justeza da causa do povo palestiniano e do caminho de solidariedade trilhado, o CPPC reafirma o seu compromisso de continuar a intervir pelo fim da ilegal ocupação israelita e a criação de um Estado palestiniano independente e viável nas fronteiras anteriores a Junho de 1967, com capital em Jerusalém Oriental e o respeito pelo direito ao regresso dos refugiados, no cumprimento do direito internacional e de sucessivas resoluções das Nações Unidas.
5 de Junho de 2017
Direcção Nacional do CPPC
https://www.facebook.com/conselhopaz/posts/1517145101639812?ft[tn]=K&ft[qid]=6428831238419833135&ft[mf_story_key]=7483220299443574446&ft[is_sponsored]=1&ft[ei]=AI%402b62c550bd6692917247b4b4adf06c54&ft[top_level_post_id]=1517144361639886&ft[page_id]=172967316057604&ft[fbfeed_location]=1&ft[insertion_position]=19&__md__=1
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o processo de roubo de terras da Palestina
feito pelos sionistas de Israel!!!
PALESTINA
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Hoje enviei um artigo de opinião para o RNazaré, triangulando, os temas locais, regionais/nacionais e o vértice internacional. Neste último avancei com novos dados que merecem inclusão neste espaço que se puxa para UNIR.
o II e o III vértices, como podem ver, é uma síntese do que já postei a 3 e 4de jan...
aqui vai o artigo na totalidade:

Triangulando
OUTRAS MAIORIAS POLÍTICAS em 2009
I. 2009 é o Ano Internacional da Astronomia. (A Nazaré, com o expert Máximo Ferreira e o espaço de planetário, na nova Biblioteca, merece belos encómios.) Há dias que estou com uma frase, duma das vítimas da Inquisição. Galileu além de ter a ousadia de demonstrar que era a Terra que se movia e não o Sol, dizia que não se podia ensinar nada a ninguém. O que se pode fazer é ajudar a que, cada um, se encontre consigo mesmo. Daí que siga esse recado galileano e vá continuar, em 2009, permanentemente, a ajudar a unir vontades, a construir pontes, sempre com muita paciência. O exemplo mais flagrante da actualidade, mas que é uma das mais velhas divisões de povos em conflito: Israel/Palestina, também nos divide. Os comentadores das Tv’s, na sua grande maioria acham que Israel ataca numa atitude defensiva e que o Hamas é que é o mau da fita. Acho que falta muita informação básica. Quase ninguém se lembra como era a Palestina. Recordo um dado fundamental, que quase ninguém explicita. No acto de concepção do estado de Israel, Ben Gurion, o seu 1º chefe de governo, escreveu e foi posto em prática durante estes anos todos: “ O status quo não será mantido. Fundámos um Estado dinâmico, empenhado na expansão.” E disse, vergonhosamente, mais: “Devemos usar o terror, o assassínio, a intimidação, a confiscação da terra e o corte de todos os serviços sociais, para libertar a Galileia da sua população árabe.” O mapa actual é o contrário de há 40 anos. Israel tem a dimensão do que era a Palestina. A faixa de Gaza, com quase 2 milhões de pessoas tem menos que a área do concelho de Alcobaça! Eu compreendo que se estivesse nas Caldas ou em Leiria de lá, a ser bombardeado por rockets artesanais, eu estaria furioso com o Hamas. Mas se eu estivesse onde estou, lá, a ser perseguido e bombardeado, por aviões sofisticados, helicópteros, navios de guerra, tanques e milhares de militares armados com as melhores electrónicas armas, e se quisesse ir à Nazaré, de lá, não podia, nem sequer para ir ao Hospital. Há dezenas de anos a ver mortes e feridos! Eu confesso, que estaria na luta, na Fatah ou na Organização de Libertação da Palestina. Como, felizmente, estou em Alcobaça, a escrever para o Região da Nazaré, posso ser gandhista, adepto da não violência e posso acusar a ONU, os EUA, e tantos outros países que, à Pilatos, vão lavando as mãos, mas não a mente. Estamos num novo tipo de Holocausto, estamos numa espécie de Guernica da guerra civil espanhola, estamos em mais uma barbárie, comandada pelos senhores da guerra e do grande capital, que não ligam aos mais básicos direitos humanos: a Vida e a Paz!
II. No vértice regional. O Jornal Região de Cister, da última semana, tinha um opúsculo sobre saúde em Alcobaça. Como Vereador eleito pela CDU, na câmara de Alcobaça, tenho defendido boas práticas com os concelhos vizinhos e uma outra vivência política na Associação de Municípios do Oeste, agora OESTECIM. Não pude aceitar que o Presidente da Câmara ataque, nessa edição estranha, o colega das Caldas como sendo desleal e tendo falta de ética. Também não aceitei que falasse dos números de população da Nazaré, para justificar o Hospital Oeste Norte, em Alfeizerão, ignorando que o executivo Nazareno, já expôs publicamente, uma grande aposta de investimento privado num Hospital de 300 camas. Precisamos de ter uma prática nova entre os municípios vizinhos que não pode ser só, como tem sido, entre os seus Presidentes. Temos de saber o que cada um defende e quer para que possamos numa perspectiva regional, transversal, responder às necessidades das pessoas, rentabilizar recursos e desenvolver com qualidade as nossas terras. Temos de praticar no concreto mais os verbos cooperar, concertar, dialogar, ligar, unir…

III. Este ano, temos o triangulando, em 3 eleições: locais, nacionais e europeias. Neste início de 2009, de mensagens simpáticas, rotineiras de "bom ano", de "boas entradas", leva-me ao voto essencial deste 2009: temos de ter OUTRAS MAIORIAS POLÍTICAS que passem a servir a maioria do povo, que acabem com estas violentas desigualdades, promovam justiça, emprego com direitos e que estejam efectivamente a servir e não a utilizarem-se do poder para benefício próprio, com esbanjamentos incríveis, para os atentos ladrões gananciosos. As novas maiorias políticas têm, na minha opinião, de Unir, de ser Criativas, Justas e terem Mente tranquila e ordenada ao serviço do povo que os elegeu! Para as eleições autárquicas, é preciso alimentar as forças que querem uma ALCOBAÇA UNIDA, à volta de causas, de valores, de princípios, de práticas, assentes numa estratégia, onde todos se revejam. Sendo Vereador eleito pela CDU, há 11 anos, muito do meu trabalho individual e do colectivo, que procuro interpretar com lisura, está disponível e será trazido à colação. Na nova equipa teremos, com certeza, muitas pessoas independentes, honestas, competentes, dedicadas e com espírito de servir. Procuraremos auscultar e actualizar o nosso programa alternativo, ao PSD/Sapinho, que provou, nestes 11 anos, não ser capaz de mobilizar e unir os alcobacenses. Eu estou na equipa que vai ajudar a unir os alcobacenses!
Rogério Manuel Madeira Raimundo
Vereador CDU
CMAlcobaça
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23DEZ2016
Trump contra a ONU
Donald Trump disse hoje que "as coisas serão diferentes na ONU", depois de sua chegada à Casa Branca, em reação à adoção de uma resolução do Conselho de Segurança contra os colonatos nos territórios palestinianos.
"Em relação à ONU, as coisas serão diferentes depois de 20 de janeiro",afirmou o presidente eleito dos Estados Unidos, no 'twitter'.
 http://www.dn.pt/mundo/interior/trump-e-a-decisao-historica-da-onu-sobre-israel-as-coisas-serao-diferentes-a-partir-de-janeiro-5569733.html

Numa inversão da sua posição habitual sobre esta questão, os Estados Unidos abstiveram-se, em vez de vetaram a resolução, o que permitiu que fosse aprovada pelos restantes 14 membros do Conselho de Segurança.
O texto exorta Israel a "parar imediatamente e completamente toda a atividade de colonização em território palestino ocupado, incluindo Jerusalém Oriental."
A votação foi reivindicada pela Nova Zelândia, Malásia, Senegal e Venezuela.
Estes quatro países decidiram submeter o texto depois do Egito, sob pressão do Presidente eleito norte-americano, Donald Trump, ter aceitado um adiamento da votação na quinta-feira, segundo fontes diplomáticas.
O Egito pediu na quinta-feira um adiamento da votação, um dia após ter apresentado o texto ao Conselho de Segurança. O projeto de resolução apresentado pelo Egito provocou protestos de Israel, que pediu o veto do texto aos Estados Unidos.
No entanto, os israelitas pediram ao presidente eleito norte-americano, Donald Trump, para intervir, depois de saberem que o Governo do Presidente Barack Obama não vetaria a resolução.
Uma das promessas de Trump na campanha é de reconhecer Jerusalém como a "capital indivisível" de Israel.
"Os responsáveis israelitas contactaram os membros da equipa de transição de Donald Trump" no sentido de obter a ajuda do presidente eleito", disse à agência France Presse (AFP) um responsável israelita que pediu anonimato.
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12DEZembro2014
O ministro estava num acção pacífica, simbólica...Plantavam Oliveiras...Na Cisjordânia!!!
Resistiam à progressão de colonatos!!!
Sacanas nazistas-sionistas!!!
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PCP:

Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

PCP condena assassinato de Ministro Palestiniano

O PCP condena o assassinato de Ziad Abu Ein, Ministro da Autoridade Palestiniana, Presidente do Comité Contra o Muro do Apartheid e os Colonatos, pelas forças militares ocupantes de Israel. Ziad Abu Ein foi assassinado quando participava numa manifestação de activistas palestinianos, próximo de Ramallah, contra o roubo de terras palestinianas e a destruição de culturas agrícolas e oliveiras nos territórios ocupados da Palestina.
Trata-se de um verdadeiro crime que se junta a muitos outros e que confirma como, após o massacre de Gaza, Israel tem intensificado um conjunto de acções que visam consolidar a ocupação e anexação, nomeadamente por via da política de colonatos.
Tal como a evolução da situação em Israel demonstra – marcada por novas derivas de natureza racista, xenófoba e fascizante – as autoridades israelitas não estão empenhadas num processo de paz, e que, pelo contrário, levam a cabo uma política que desrespeita o direito internacional, os inalienáveis direitos do povo palestiniano e os mais elementares direitos humanos.
O assassinato de Ziad Abu Ein constitui uma inqualificável provocação ao povo Palestiniano que deve ser condenado de forma clara e inequívoca pelo Governo português. O PCP considera que este acto vem colocar ainda mais premência à necessidade de avançar no reconhecimento do Estado da Palestina e à exigência perante Israel do fim da ocupação e da criação das condições para que esse Estado possa ser possível e viável, verdadeiramente independente e soberano, edificado nas fronteiras anteriores a 1967 e com capital em Jerusalém.
O PCP endereça a todo o povo Palestiniano, à Autoridade Palestiniana e à FATAH – organização palestiniana a que Ziad Abu Ein pertencia, sendo membro do seu Conselho Revolucionário - as condolências dos comunistas portugueses bem como a sua inabalável solidariedade para com a causa palestiniana.
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Tive de ir ao Brasil para colher notícias deste crime hediondo:

Ministro palestino morto em confronto é enterrado na Cisjordânia

Governo palestino considerou Israel responsável por morte de ministro. 
Ziad Abu Ein morreu após protestar contra colonização israelense.

Soldados palestinos carregam caixão com corpo do minsitro Ziad Abu Ain nesta quinta-feira (11) na Cisjordânia (Foto: AP Photo/Majdi Mohammed)
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/12/ministro-palestino-morto-em-confronto-e-enterrado-na-cisjordania.html
O ministro palestino morto em confrontos com soldados de Israel na última quarta foi enterrado nesta quinta-feira (11) na cidade de Ramallah, na Cisjordânia.

Ziad Abu Ein, de 55 anos, faleceu depois de participar em um protesto contra a colonização israelense, perto de uma localidade da Cisjordânia ocupada, que acabou provocando incidentes.
A morte revoltou os palestinos e provocou temores de uma nova espiral de violência. O clima é de grande tensão há alguns meses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Nesta quinta, o exército israelense anunciou oenvio de reforços para a Cisjordânia ocupada, para enfrentar eventuais manifestações.

O governo palestino considerou Israel "completamente responsável pela morte" do dirigente Ziad Abu Ein, segundo o porta-voz governamental, Ehab Besaiso, em Ramallah.
"Em virtude dos resultados da necropsia, o governo palestino considera Israel completamente responsável pela morte de Ziad Abu Ein", disse o porta-voz em uma entrevista coletiva, ao lado do legista Saber al-Alul.
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http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/12/ministro-palestino-morre-depois-de-ser-atingido-por-soldados-israelenses.html
Ministro palestino Ziad Abu Ein briga com guarda de fronteira israelense perto de Ramallah pouco antes de ser morto nesta quarta-feira (10) (Foto: Mohamad Torokman/Reuters)
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http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/12/governo-palestino-acusa-israel-pela-morte-de-ministro.html
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Via Observador

http://observador.pt/2014/12/10/ministro-palestiniano-morto-por-soldados-israelitas/


Um ministro palestiniano morreu esta quarta-feira depois de confrontos com soldados israelitas durante um protesto perto de Ramallah, na Cisjordânia. A autópsia vai revelar se Ziad Abu Ein, 55 anos, morreu por lhe terem batido no peito com uma arma, por inalar gás lacrimogéneo ou com um ataque cardíaco.
Segundo o El Pais, que cita os media locais, o governante estava a plantar árvores, num ato reivindicativo pacífico, quando os soldados terão começado a barrar os manifestantes. Os testemunhos no local são contraditórios: há quem diga que soldados empurraram o ministro e um deles bateu-lhe com uma arma no peito. Foi ainda lançado gás lacrimogéneo para fazer dispersar os manifestantes. Ziad Abu Ein foi depois visto já combalido no solo, com as mãos no peito.
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Expresso conta assim suavemente para o lado Israelita

Ministro palestiniano morre após confrontos com militares israelitas





























Ziad Abu Ein morreu pouco tempo depois de se ter envolvido num conflito com soldados israelitas ,durante uma ação de protesto na Cisjordânia ocupada.




























Um ministro palestiniano morreu esta quarta-feira depois de se ter envolvido num violento confronto com soldados israelitas, na aldeia de Turmus Ayya, na Cisjordânia ocupada.
Expresso apurou junto do diário israelita "Haaretz" que Ziad Abu Ein, ministro sem pasta responsável pela questão dos colonatos israelitas e do muro da separação na Cisjordânia, morreu depois de ter sido atacado com gás lacrimogéneo, durante uma ação de protesto.
Segundo um fotógrafo da Reuters, o ministro palestiniano foi agredido por dois soldados israelitas, tendo sido atingindo no pescoço por um deles. Ahmed Bitawi, diretor de um hospital em Ramallah, citado pela France Press, diz que o ministro "foi martirizado depois de ser espancado no peito".
Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestiniana, considera que o ataque foi uma "ação bárbara, que não pode ser aceite ou tolerada". "Vamos tomar as medidas necessárias depois de termos os resultados da investigação ao incidente", referiu  à BBC.
O ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano, Riyad al-Maliki, também condena o ataque e garante que "Israel vai pagar pelo assassínio" do seu colega de governo.
Um grupo de ativistas palestinianos da organização governamental liderada por Abu Ein, o Comité para a Resistência aos Colonatos e ao Muro, dirigia-se a um terreno agrícola perto da cidade de Turmus Aya para plantar árvores (oliveiras), quando foi atacado com gás lacrimogéneo por soldados israelitas.
Ziar Abu Ein, que se encontrava no grupo, envolveu-se no confronto. Ainda foi levado de ambulância, mas acabaria por morrer a caminho do hospital.
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8jun2010
Escrevi para o Região da Nazaré que sai amanhã:
III – Tema internacional


http://latuff2.deviantart.com/
A 16 de Março de 2003 a jovem americana de 24 anos, activista dos direitos humanos, de megafone na mão, Rachel Corrie, foi trucidada, esmagada por uma retroescavadora, das Forças Armadas de Israel, quando tentava impedir mais uma demolição de casas de palestinianos na famosa Faixa de Gaza e a ampliação de mais e mais colonatos. É bom lembrar que desde 2007, 1 milhão e meio de pessoas sobrevivem num território de 360 km2, privados das mais elementares condições de vida. Não esquecer que a brutal agressão de Dez 08 e Jan09 além dos milhares de mortes e feridos destruiu todas as infra-estruturas básicas.

A hipocrisia e a violência criminosa de Israel é igual na actualidade quando há dias mata activistas, um crime hediondo, num barco (Frota da Liberdade) que levava comida para Gaza ou quando ontem, o barco da ONG Free Gaza, “RACHEL CORRIE” é impedido de chegar e entregar alimentos e bens de extrema necessidade. A Paz está longe no conflito Israel/Palestiniano e em muitas zonas do mundo e no entanto é o bem mais importante que temos. A luta continua também pela PAZ no mundo!
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ARAFAT
24ag1929
nasceu Arafat
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Voto de pesar

Falecimento de Yasser Arafat


Sr. Presidente, Srs. Deputados, Em nome da bancada do PCP, quero manifestar o nosso pesar pelo falecimento de Yasser Arafat, dirigente histórico do povo palestiniano fundador e dirigente de sempre da OLP Organização de Libertação da Palestina, criada no final dos anos 60 com o objectivo de libertar o povo palestiniano da ocupação ilegal a que está submetido por parte do Estado de Israel.
Já foi dito que Yasser Arafat, como dirigente político, não era uma figura isenta de controvérsia dentro da própria Palestina. A Palestina é uma sociedade complexa, os seus dirigentes são eleitos, mas há uma controvérsia política envolvendo vários partidos e várias correntes políticas. Mas todas as correntes políticas e todos os partidos da Palestina, integrando-se na OLP, reconheceram sempre em Arafat o dirigente maior da causa de libertação do povo palestiniano.
Assim como as razões do povo da Palestina foram amplamente reconhecidas em numerosas resoluções das Nações Unidas, também a dimensão de estadista de Yasser Arafat foi reconhecida por todo o mundo. Atestam-no a sua participação na Assembleia Geral das Nações Unidas e as honras de Chefe de Estado que lhe foram tributadas em numeroso países que visitou como Presidente da OLP.
No momento em que lamentamos a morte de Yasser Arafat temos de condenar a reclusão forçada a que as autoridades israelitas o obrigaram, confinando-o a permanecer, desde há vários anos, e nas mais difíceis condições, em condições indignas, na sede da Autoridade Nacional Palestiniana, constantemente cercado por tanques israelitas e sujeito a permanentes ameaças de expulsão e, até, de assassínio, dificultando, tantas vezes, a prestação de assistência médica de que, como se sabe, carecia.
Lembrou Saeb Erekat que "Arafat morreu e a ocupação israelita continua". Por isso, também é tempo de lembrar a tragédia do povo da Palestina e a brutal ocupação ilegal a que continua submetido; os crimes cometidos contra a sua população indefesa; o muro do apartheid que está a ser construído; os assassinatos, ditos selectivos; a destruição de casas; as humilhações e os bloqueios. Não há dentes», a que assistimos quase todos os dias.
E é preciso lembrar que há uma ocupação ilegal da Palestina, há colonatos ilegais, há crimes contra a Humanidade, há carrascos e há vítimas. E é preciso lembrar que Arafat estava precisamente do lado das vítimas.
E é despropositado, em nome de qualquer demarcação política que se pretenda fazer dafigura de Yasser Arafat, que se minimize a tragédia de todo um povo, a cuja causa de libertação Arafat dedicou a sua vida.
Ao contrário do que insidiosamente afirmam as autoridades israelitas e norte-americanas, Arafat não era um obstáculo à paz. De certa forma, essa ideia está implícita no texto do voto do PSD.
Arafat foi laureado com o prémio Nobel da Paz.
Celebrou os acordos de Oslo com o malogrado Isaac Rabin, assassinado por um fanático da extrema-direita israelita. Por sua vez, Sharon foi judicialmente condenado em Israel pelo seu envolvimento nos massacres de Sabra e Chatila e tem inviabilizado qualquer esforço de paz para o Médio Oriente.
Há uma diferença fundamental.
Sr. Presidente e
Srs. Deputados, ao manifestar o nosso pesar pela morte de Yasser Arafat, queremos manifestar a nossa solidariedade ao povo palestiniano e à OLP, através da sua representação de Lisboa, queremos exigir o respeito pela legalidade internacional, com o fim da ocupação, o desmantelamento dos colonatos e o fim do muro do apartheid e queremos fazer votos para que, com a ajuda e o empenhamento da comunidade internacional, seja retomado o processo de paz para que o povo da Palestina e o povo de Israel possam viver em condições de boa vizinhança e de segurança, com o reconhecimento do Estado da Palestina.
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via avante 18nov2004:
Morreu Arafat, a luta continua!
Nestes dias a atenção do mundo inteiro voltou-se para a Palestina. Primeiro com a espectacular mediatização da misteriosa doença de Arafat e a iminência do seu desaparecimento. Depois com a notícia da sua morte e as extraordinárias e comoventes manifestações de pesar que rodearam os funerais do líder histórico da resistência palestiniana, sobretudo em Ramallah. A coesão da liderança palestiniana em torno da determinação combativa do seu povo emerge nestes dias como questão crucial para o futuro da causa nacional palestiniana.

O desaparecimento de Arafat constitui uma grande perda mas o povo palestiniano provou com a sua resistência heróica que, por maiores que sejam as dificuldades, está em condições de prosseguir a luta libertadora à qual ele dedicou toda a sua vida. E podemos afirmar, com o conhecimento que as estreitas relações do PCP com a Fatha, a FDLP, a FPLP e o PPP autorizam, que nesta hora difícil é particularmente importante preservar e reforçar a unidade da OLP. Esta é sem dúvida a maior conquista do povo palestiniano, uma conquista que o imperialismo e o sionismo tudo têm feito para enfraquecer e destruir, favorecendo descaradamente o desenvolvimento do Hamas e de outras correntes obscurantistas. Criminalizada e apodada de «terrorista» a OLP impôs-se como a única e legítima representante do povo palestiniano, ganhou representação na ONU e Arafat tornou-se o seu líder carismático. Mas a OLP é uma construção colectiva que não desaparece com a morte do seu Presidente. Sem essa força conseqüente, lutando simultaneamente pelos direitos nacionais e as aspirações progressistas do povo palestiniano, não é possível a vitória.

O PCP, que sempre esteve ao lado do povo palestiniano e da sua causa libertadora, que deu uma contribuição fundamental para a Conferência Mundial de Solidariedade que em 1979 trouxe pela primeira vez Arafat a Portugal, que se orgulha de ter posto o prestígio da revolução de Abril e a autoridade internacional dos comunistas portugueses ao serviço da unidade das principais componentes da OLP e da solidariedade com a sua justa luta, que em momentos difíceis deslocou delegações a Beirute, a Damasco, a Ramallah para encontrar Arafat e outros altos dirigentes palestinianos, insiste numa verdade essencial que não pode esquecer-se na hora actual: sem a solução da questão nacional palestiniana, sem o reconhecimento de um Estado Palestiniano independente e soberano com capital em Jerusalém, não haverá uma paz justa e duradoura no Médio Oriente.

É por isso necessário alertar para que o imperialismo e o sionismo, que aprisionaram Arafat na Muqata e ameaçaram com o seu assassinato, estão já, como se viu com a cimeira Bush-Blair, a desenvolver pressões inaceitáveis sobre o povo palestiniano e a sua liderança. É por isso necessário denunciar sem hesitação a criminosa política de terrorismo de Estado praticada por sucessivos governos israelitas, obrigar Israel a cumprir as resoluções da ONU, impor-lhe sanções, isolar e condenar os seus criminosos dirigentes a começar por Sharon, derrubar o muro da infâmia, desmantelar todos os colonatos, retirar as tropas de ocupação, libertar os milhares de presos políticos e resolver o gravíssimo problema de milhões de refugiados que há longos anos aguardam o regresso às suas casas e às suas terras de que foram violentamente expulsos. A nossa solidariedade por estes objectivos tem de intensificar-se.

As espantosas imagens do funeral de Arafat em Ramallah não se apagarão facilmente da nossa memória. Ali está a maior homenagem a que pode aspirar um combatente que entregou a vida à libertação do seu povo. Mas estão sobretudo uma causa e a determinação revolucionária de todo um povo, recordando-nos com força que são as massas que escrevem a História. Morreu Arafat mas a luta continua.
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17ag2014
8ag2014
Foto: How much more is there left to destroy in Gaza? This is a question that cannot afford to be answered. Nearly one in three people in the country fled their home to escape the onslaught of bombing, and are now facing an uncertain future. 

SHARE this post if you believe that enough is enough in Gaza, and to demand that the international community works harder to forge a lasting peace.
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7ag2014

https://www.facebook.com/MPPM.Movimento.Palestina
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ISRAEL: The country where God does not exist

https://www.facebook.com/photo.php?v=710056495725160
actos criminosos do exército contra jovens 
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The Holocaust's visit to Yad Vashem

https://www.youtube.com/watch?v=flfUvPyLVZI&feature=youtu.be
6ag2014

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4agosto 2014
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partilhou a foto deONU Brasil.
3/8 · Editado
O nobel da paz preocupadíssimoooooo com o soldado israelita...a desproporção...ONU continua a ser só teoria...
Queremos paz!!! Mas sem ilusões: só com outros governantes, que não estejam ao serviço do sionismo.fascismo e dos agiotas.capitalistas
Ataque de Israel a abrigo da ONU em Gaza mata crianças, mulheres e funcionário das Nações Unidas.

Secretário-geral da ONU condenou veementemente ação israelense que deixou pelo menos 15 mortos e informou que as Nações Unidas estão buscando cessar-fogo. Ele pediu respeito ao direito internacional:http://bit.ly/1mJIqIz

Foto: Ataque de Israel a abrigo da ONU em Gaza mata crianças, mulheres e funcionário das Nações Unidas.

Secretário-geral da ONU condenou veementemente ação israelense que deixou pelo menos 15 mortos e informou que as Nações Unidas estão buscando cessar-fogo. Ele pediu respeito ao direito internacional: http://bit.ly/1mJIqIz
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25julho2014

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10202449292613090&set=a.2983278900486.41777825.1217383542&type=1&theater
"Picasso no seu Guernica denuncia o horror de todos os massacres do mundo. É um grito comovente contra a guerra !!!!
Hoje assistimos à morte de um povo, o povo palestiniano, sem que "o mundo" grite e imponha a "PAZ".
Estou horrorizada com o silêncio e a apatia do mundo com o que está a acontecer." Ariana Cosme*

https://www.facebook.com/290463280451/photos/a.10150220651005452.349639.290463280451/10152617860680452/?type=1&theater
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Na minha vida diplomática, dei-me conta de que criticar a acção internacional de Israel obrigava sempre a um “disclaimer”, implícito ou explícito, sem o que se erguia o risco de cair, de imediato, na jurisdição dos atentos polícias do espírito: cuidar em não poder ser acusado de anti-semitismo e nunca deixar de referir que o povo judeu foi vítima da violência nazi.
A ajudar a este temor reverencial soma-se, desde o primeiro momento, um racismo anti-árabe, que condicionou o discurso popular. Tutelados por regimes retrógrados, embrulhados em panejamentos que os indiciavam noutro patamar da civilização, os árabes são-nos mostrados como uma espécie de bárbaros, apenas desejosos de “deitar os judeus ao mar”. Por isso, e porque não eram aceitáveis os métodos extremistas da Fatah ou o não são os dos vários grupos em que a revolta palestiniana se balcaniza, aos olhos de muito mundo passou a “valer tudo” por parte de Israel, desde os assassinatos da Mossad (“extra-judicial killings”, na linguagem eufemista das Nações Unidas) às incursões sem limite pelas terras vizinhas. Ninguém ousa lembrar que Israel se recusa a cumprir as resoluções que a ONU (já agora, sem oposição dos EUA) aprovou, muito embora se levante um escarcéu se outros países procederem de forma similar (desde logo, o Iraque).
Durante a “guerra fria”, Israel estava do lado “de cá” e os árabes do “outro lado”, embora se soubesse que as coisas não eram bem assim. Os judeus eram o povo perseguido, rodeado de “facínoras” que aproveitariam o seu menor descuido para o esmagar. Por isso, para o ocidente, era de regra apoiar, sem limites, tudo o que pudesse ser apresentado em favor desse “enclave” não árabe, que “dava jeito” quando era necessário (sem que ninguém tivesse de “sujar as mãos”), por exemplo, para dar uma lição às ambições nucleares iranianas ou ver-se livre de alguns “terroristas”, esquecendo leis. É que, neste “racismo nuclear” que por aí anda, o Irão não pode ter a arma atómica, mas Israel está aparentemente “isento” da observância do Tratado de não-proliferação.
Os EUA, mobilizados pelo lóbi judaico, neutralizam toda a atitude que possa limitar a liberdade do Estado israelita. A Europa, com o ferrete da guerra a marcar-lhe a memória, vive entre piedosos protestos perante os “exageros” de Telavive e os negócios com a constelação dos governos árabes. Estes, com os conflitos entre si a prevalecerem hoje sobre a sua acrimónia face a Israel, vivem mais preocupados em fazer sobreviver os seus heteróclitos regimes do que se sentem mobilizados para a causa palestiniana.
O absurdo de tudo isto é que, se alguém se atrever a afirmar que Israel tem o indeclinável direito de ver respeitadas as fronteiras que lhe foram consagradas pelas resoluções da ONU, é imediatamente acusado de ser inimigo jurado do Estado judaico. E se ousar dizer que, em troca da segurança desse território, garantida, por exemplo, pela colocação de forças internacionais de paz, protectoras dessas mesmas fronteiras, Israel deve prescindir de quaisquer ambições territoriais e recuar na construção de colonatos em territórios que ninguém reconhece como seus, de imediato fica crismado de anti-israelita, provavelmente de anti-semita e, ainda com alguma probabilidade, sei lá!, de simpatizante nazi. Dei-me conta que não falei de Gaza. Para quê?
Francisco Seixas Costa (Embaixador)
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24jul2014
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avante
http://www.avante.pt/pt/2121/internacional/131390/
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22jul2014
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7 premiados com o Nobel da Paz reclamam embargo de armas a Israel
como se fez com o apartheid
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20jul2014

http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT74233
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19jul2014
reportagem de franceses sobre 4 crianças assassinadas
http://videos.tf1.fr/jt-20h/2014/enfants-tues-a-gaza-le-bombardement-filme-par-une-equipe-de-tf1-8453439.html
18jul2014
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Os palestinos nos livros escolares de Israel (Como se faz a desumanização de um povo)

https://www.youtube.com/watch?v=GCcV7AtYgwo&feature=share
Neste documentário, Nurit Peled-Elhanan fala de sua pesquisa relacionada com o conteúdo dos livros didáticos de Israel. Ela expõe em detalhes como estes livros são elaborados com o objetivo de desumanizar o povo palestino e fomentar nos jovens estudantes israelenses a base de preconceitos que lhes permitirá atuar de forma cruel e insensível com o mesmo durante o serviço militar.

Conforme explica Nurit Peled-Elhanan, as construções de mundo feitas a partir dos livros didáticos, por serem as primeiras a se sedimentarem na mente das crianças, são muito difíceis de serem erradicadas. Daí a importância que o establishment israelense dedica à ideologia a ser transmitida nos livros didáticos. Neles, os palestinos nunca são apresentados como seres humanos comuns. Nunca aparecem em condições que possam ser consideradas normais. Segundo Nurit Peled-Elhanan, não há nesses livros nem sequer uma fotografia de um palestino que mostre seu rosto. Eles são sempre apresentados como constituindo uma ameaça para os judeus.
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Ana Sara Cruz:
O holocausto sobre o povo palestiniano continua. A comunidade internacional assobia para o lado com indiferença, Obama, esse "democrata" diz que está "preocupado" com o conflito e a ONU, essa organização de cariz "independente" pediu a israel uma trégua.
Os "generosos" israelitas concederam aos palestinianos uma trégua "humanitária" de cinco horas para depois iniciarem uma ofensiva terrestre, de forma a arrasarem o que não caiu com os bombardeamentos.
Há centenas de feridos e mortos, sendo que a grande maioria são palestinianos, num conflito criminosamente desigual.
Dois morteiros israelitas atingiram um grupo de crianças numa praia de Gaza, diante dos olhos de vários jornalistas. Quatro meninos, com idades entre 9 e 11 anos, todos primos, morreram. Pelo menos cinco outras crianças ficaram feridas. O exército israelita disse apenas que houve um "trágico erro de identificação do alvo".
Segundo o último balanço, 230 pessoas morreram do lado palestiniano, que teve 259 casas destruídas, enquanto do lado de Israel apenas uma vítima fatal foi registada.
Os nossos noticiários são enganosos, mentirosos e tendenciosos, como acontece geralmente, e até as terminologias usadas pelos arautos do regime discriminam os palestinianos. Ainda esta noite, num serviço noticioso, uma jornalista dizia: "Três palestinianos foram "abatidos" hoje durante um raide aéreo israelita que atingiu a Faixa de Gaza...", "... israel, respondeu assim ao assassínio de um jovem israelita...".
Não sei se estão a ver a diferença - os israelitas são "assassinados"; os palestinianos são "abatidos".
Pois...
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COMEÇOU A INVASÃO TERRESTRE
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O HISTERISMO DO HITLERISMO BEM À VISTA NO CEGUISMO DO SUINISMO, PERDÃO!, NO CEGUISMO DO SIONISMO
...E, ao cabo de dez indecentes dias de cobardes bombardeamentos, eis a tão propalada invasão terrestre de Israel sobre Gaza.
O pretexto, desta vez, como se sabe (e é preciso não esquecer), é o alegado "rapto", em Hebron, no Sul da Cisjordânia ocupada, de três jovens israelitas, que viriam a ser encontrados mortos - dias depois, em "retaliação", um jovem palestiniano seria "queimado vivo".
Assim o ponto de partida para esta nova avalanche de atrocidades de Israel contra a população palestiniana da Faixa de Gaza: Telavive acusou o Hamas, o Hamas negou a acusação; Telavive disse haver detido supostos "suspeitos", mas logo nessa noite destruiu-lhes as casas - e, até hoje, não voltou a falar sobre o assunto nem, claro está, apresentou quaisquer provas para que os tais "suspeitos" supostos pudessem ser incriminados.
A verdade, porém, é que a escalada de violência soma e segue, subindo de tom e de som, no dia-a-dia, dia a dia: os bombardeamentos e o terror, os mortos e os feridos (homens e mulheres, crianças e velhos), as destruições e os refugiados - mas, depois, aqui d'el rei que há "rockets" na costa a provocarem virais "pânicos" em "casamentos israelitas" (ai, còrror!, qu'inda m'entornam o copo-d'água...).
Não tenhamos dúvidas, amigos: o Povo Palestiniano terá, um dia, a Pátria a que tem direito (o Estado de Israel, esse, existe já desde 14 de Maio de 1948) - e os sórdidos suinistas, perdão!, os sórdidos sionistas acabarão, varridos, no caixote do lixo da escória, desculpem!, no caixote do lixo da História. - A.-M.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=886184158062575&set=a.589433561070971.147822.100000129987784&type=1&theater
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17jul
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=810324049000023&set=a.225300687502365.62221.100000673071319&type=1&theater
“O escritor e o fotógrafo utilizam as mesmas ferramentas, mas enquanto um descreve uma imagem com mil palavras o outro descreve mil palavras com uma imagem.” 

Jefferson Luiz Maleski
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avante
1.
O «conflito» na Palestina
No momento da redacção deste artigo circula na comunicação social a possibilidade de um «cessar-fogo» no «conflito israelo-palestiniano». Mas o que significa de facto este «cessar-fogo»? Significa que duas partes em conflito, com partes iguais de responsabilidade, munidas de meios proporcionais, levando a cabo actos de guerra proporcionais decidem, mesmo que temporariamente, cessar as operações militares de um «conflito» neste caso «israelo-palestiniano»?
Não! E o problema da abordagem do problema palestiniano começa exactamente aqui. Não existe nenhum «conflito israelo-palestiniano», o dito «cessar-fogo» será, se confirmado, apenas a suspensão de mais uma dantesca e criminosa expressão da política de terrorismo de estado de Israel – potência ocupante da Palestina. Dirão alguns que existe um conflito, porque de Gaza e de outros territórios partem «rockets» direccionados contra o território de Israel. Vejamos então quais as razões desse «conflito» e como ele ocorre.

A Palestina é um País ocupado há mais de sessenta anos. Sete milhões de palestinianos são refugiados ou deslocados. Aquando da formação do Estado de Israel em 1948 os acordos de cedência de territórios preconizavam 55% para Israel e 45% para a Palestina. Hoje Israel ocupa 82% destes territórios e mantém os restantes sob férreo controlo. A Faixa de Gaza é um dos territórios vítima desse cerco e controlo. Cercado por ar, mar e terra (nomeadamente pelo muro racista), sujeito a um bloqueio, este território de 40km de comprimento e de seis a 12 km de largura, onde tentam sobreviver 1,8 milhões de pessoas, é a maior prisão a céu aberto do mundo. A Faixa de Gaza não tem um exército, aliás como o não tem a Palestina. Do outro lado, Israel é, qualitativamente, um dos mais (senão o mais) poderosos exércitos do mundo.
Há seis dias (ao momento da redacção deste artigo) que este território – onde 80% da população vive abaixo do limiar da pobreza – é bombardeado pelas mais sofisticadas armas à semelhança de 2008 e 2012 quando foram assassinados 3000 palestinianos. Apenas no primeiro dia deste novo massacre os ataques aéreos deram-se ao ritmo de 11 por hora. Um terror inimaginável.

Esta é a realidade de seis dias de «conflito»: 700 ataques aéreos israelitas, mais de 1100 mísseis disparados, mais de 100 disparos de tanques de guerra e cerca de 330 bombardeios navais. Um autêntico inferno que já matou mais de 180 palestinianos (dos quais cerca de 40 crianças) e fez 1250 feridos na sua maioria mulheres e crianças. Segundo dados da ONU, 5600 pessoas (940 famílias) estão deslocadas; 60 000 pessoas não têm acesso a comida; 400 000 pessoas estão sem electricidade; 1/3 da população tem acesso restrito a água potável; foram danificadas oito unidades de saúde, quatro ambulâncias e 36 escolas; 940 unidades residenciais foram arrasadas e 2500 casas estão danificadas. Foram incendiados 32 barcos de pesca, 3600 pescadores estão há sete dias sem acesso ao mar. Do lado de Israel foram destruídas duas casas e nove pessoas ficaram feridas.

Não foi o assassinato de três jovens colonos, em condições ainda por esclarecer, ocorrido numa zona controlada civil e militarmente por Israel, que está na origem deste «conflito». E muito menos os «foguetes» de Gaza. Não! O que motiva o poder sionista é o racismo, a ocupação e a tentativa de fazer «explodir» o processo de unidade entre as forças da resistência palestiniana de cada vez que ele dá um passo em frente. Não estamos perante um conflito. Estamos perante uma agressão, perante uma das mais escandalosas violações de direitos humanos, levada a cabo com o apoio dos EUA, com a silenciosa cumplicidade da União Europeia e de governos como o português. Há que tomar partido! Pela vítima, pelo povo palestiniano, reconhecendo o seu direito à resistência!
(escrito pelo ÂNGELO ALVES)
2.
Agressão de Israel à Palestina
Barbárie sionista

Israel continuou a bombardear a Faixa de Gaza apesar de o Egipto ter proposto a suspensão da ofensiva que, em sete dias, já provocou mais vítimas que a agressão de 2012 e agravou o drama humanitário no território.

Só na madrugada de terça-feira, 15, a aviação israelita efectuou 25 ataques, fazendo o número de mortos resultantes dos bombardeamentos disparar para 185 e o total de feridos para mais de 1280. Segundo informações difundidas por agências de notícias, o governo de Telavive estará disposto a interromper as hostilidades contra a Faixa de Gaza e a negociar a entrada de ajuda de emergência no enclave, mas o facto é que a proposta egípcia de um cessar-fogo, apresentada anteontem, foi espezinhada por Israel escassas horas após ter sido tornada pública.
O Hamas, por seu lado, rejeita um armistício sem negociação dos termos e condiciona a trégua ao fim dos bombardeamentos, ao levantamento do bloqueio à Faixa de Gaza, à abertura da passagem de fronteira de Rafah e à libertação de prisioneiros.
Os desenvolvimentos diplomáticos podem suspender a campanha que os responsáveis políticos militares israelitas denominaram de «Margem Protectora» e que se previa que culminasse com uma invasão terrestre, mas nada pode apagar a barbárie sionista.
Drama humanitário 
O balanço de uma semana de agressão revela que foram efectuados cerca de 1400 bombardeamentos, incluindo com bombas de fragmentação. O total de vítimas mortais ultrapassou o registado em Novembro de 2012, quando Israel realizou a operação «Pilar Defensivo» a pretexto da destruição da capacidade do Hamas em disparar foguetes a partir de Gaza – o que, aliás, não foi conseguido, uma vez que nos últimos dias o movimento disparou centenas de artefactos sem, no entanto, provocar qualquer vítima mortal entre os israelitas.
De acordo com dados divulgados pela Oficina das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários, 80 por cento dos mortos da actual ofensiva são civis palestinianos. Entre estes, mais de um terço são crianças e mulheres. No rol de feridos, cerca de metade são também mulheres e menores de idade.
Centenas de edifícios estão em escombros obrigando milhares de palestinianos a procurar abrigo nas ruínas de um território exíguo. Calcula-se que 75 por cento da população não tenha electricidade e que, onde a rede não foi destruída, o fornecimento seja muito limitado. As infraestruturas de saneamento básico colapsaram, assim como as de distribuição de água potável, cuja contaminação atinge proporções catastróficas. Os combustíveis e os alimentos são muito insuficientes.
 
Castigo colectivo 
Na sexta-feira, 11, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos revelou ter «relatórios perturbadores sobre o facto de numerosas vítimas civis serem resultado de ataques a habitações». A estrutura branqueia, no entanto, os crimes cometidos por Israel, falando em «dúvidas sobre se estes ataques estão em conformidade com o Direito Internacional», referindo-se a «ataques proporcionados» mesmo quando os edifícios albergam «militares», e na tomada de «precauções para proteger civis». A máquina de guerra sionista encontra assim margem para continuar a acusar o Hamas de se esconder atrás de civis, para justificar os ataques indiscriminados e defender o sistema de avisos prévios com o objectivo de evitar processos por crimes de guerra.
A brutalidade não conhece limites e no quadro da ofensiva contra uma população de 1,8 milhões, realça-se o terror psicológico provocado pelas mensagens, chamadas telefónicas e panfletos enviados antes dos bombardeamentos, ou pelos obuses sem carga explosiva disparados sobre habitações a precederem o fogo mortal. Ainda que o Alto Comissariado para os Direitos Humanos expresse «dúvidas», a condenação internacional é inequívoca.
O presidente palestiniano, Mahmud Abbas, pediu protecção à ONU, considerou que se está perante um genocídio e que a guerra é «contra todo o povo».

PCP repudia «agressão ilegal e ilegítima» 
«O PCP condena veementemente a criminosa ofensiva militar contra a faixa de Gaza e a sua população», lê-se numa nota divulgada quarta-feira, 9. No texto, os comunistas realçam que a «ofensiva de bombardeamentos sucessivos e indiscriminados (…) culmina um período de intensificação da constante acção repressiva do exército de ocupação de Israel em todo o território da Palestina, agravada, desde o dia 12 de Junho – alegadamente em consequência do desaparecimento e da posterior confirmação da morte de três jovens de um colonato israelita, em circunstâncias não esclarecidas – com uma campanha de punição colectiva contra as povoações palestinianas, com a demolição indiscriminada de casas, assassinatos e a prisão de centenas de pessoas, incluindo dezenas de crianças e deputados do Conselho Legislativo Palestino».
Para o PCP, «a acção criminosa de Israel contra o povo palestiniano – que agora adquire a forma de mais uma agressão armada de grande envergadura – vem confirmar aquilo que já era uma evidência: o chamado processo negocial encenado pelos EUA não tinha outro objectivo senão o de tentar impor e consagrar a aceitação da efectiva ocupação da Palestina e a capitulação e abdicação dos direitos nacionais do povo palestiniano».
A este respeito, o Partido nota ainda que as declarações de altos responsáveis norte-americanos confirmam que «a campanha militar israelita em curso é suportada no continuado apoio político, diplomático e militar dos EUA e na atitude da UE, que se esconde no seu silêncio ou dissimula sob um falso discurso equidistante a cumplicidade efectiva com a política de terrorismo de estado de Israel».
 
Perigo 
«A agressão ilegal e ilegítima de Israel contra a Palestina é indissociável da ofensiva geral do imperialismo, no quadro da agudização da crise estrutural do capitalismo, que visa submeter os povos ao seu domínio e interesses e assegurar em seu benefício a exploração dos recursos naturais e o controle de posições geoestratégicas», sublinha igualmente o Partido, antes de salientar que «tal operação, que se estende do centro da Europa ao Extremo Oriente, de África à América Latina, e que assume em alguns casos contornos fascizantes, tem no Médio Oriente um dos seus principais alvos» visando «impor um novo mapa político para a região, favorável aos intentos do imperialismo, por via da desestabilização permanente e “balcanização” da região. Neste quadro a acção de Israel constitui um elemento acrescido de preocupação que eleva, de forma particularmente grave, os riscos já existentes de uma confrontação militar generalizada de contornos e dimensões imprevisíveis», adianta-se igualmente no documento. 
Solidariedade 
O PCP concluiu a nota de imprensa expressando «a sua activa solidariedade com o povo palestiniano, com a sua heróica e determinada resistência e luta de libertação nacional frente à política genocida do Estado de Israel», bem como com «os povos da região, nomeadamente o povo Sírio, vítimas da política de ingerência e guerra levada a cabo pelos EUA e seus aliados da NATO». O Partido exige também ao «Governo português uma posição firme de condenação de mais esta ofensiva militar do exército israelita contra a população palestiniana», e «apela à mobilização da opinião pública na expressão dos sentimentos de solidariedade activa do povo português com o heróico e martirizado povo da Palestina, expressão essa tão mais importante quanto 2014 foi declarado Ano Internacional de Solidariedade com a Palestina.»
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16jul

https://www.facebook.com/Desinformemonos/photos/a.202976149744085.45845.180812578627109/725983290776699/?type=1&theater
Está a chover fogo na Palestina. Incrível foto de uma bomba caindo no cluster de Gaza. Este tipo de bomba de fósforo para o impacto sobre o corpo humano não é curado com nada. 

Foto: Twitter. Fonte: Cuba Debate (Traduzido por Bing)
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15 jul
7º dia de bombardeamentos: 1.300 alvos atingidos. 869 casas destruídas. 17.000 palestinos desabrigados. 1.280 feridos. 187 mortos, entre eles 31 crianças. 
15jul
GAZA: NOTÍCIAS DO VENTRE DA MORTE
2014-07-14 - Jornalistas Sem Fronteiras
Gaza é um cemitério de vivos. Aqui não é possível escapar à matança, o campo de tiro tem uma área de 320 quilómetros quadrados onde o mais difícil é não acertar simultaneamente num ou vários alvos do milhão e meio de entes disponíveis, cercados, concentrados. Sobretudo quando se ensaiam os novos ou renovados instrumentos de extermínio colectivo rotulados como meios avançados de “eliminação selectiva”. Gaza é, também e por isso, um laboratório de morte.
“Não temos para onde fugir, não sabemos como fugir, nem queremos fugir”, confessa Ghada, mulher de 35 anos, refugiada de nascença, mãe de cinco filhos, dois assassinados pelas acções israelitas de guerra. “A minha família é originária de Simsim”, prossegue “e teve de refugiar-se quando os israelitas arrasaram a aldeia, em 1948. Agora dizem que o lugar se chama Gevaran enquanto nós estamos confinados aqui, à espera da morte nestes lugares tornados infectos”.
“Aqui” é o campo de refugiados de Jabalia, um inferno quotidiano de dificuldades e incertezas nos arredores da cidade de Gaza e que, como quinto maior campo de refugiados do mundo, é um alvo preferido das tropas israelitas pois alberga quase 200 mil potenciais terroristas do Hamas e afins.
“Agora mandam aviõezinhos de milhares de dólares bater-nos às portas para nos obrigaram a partir outra vez como refugiados, como se isso fosse um aviso humanitário”, afirma Mustafa, patriarca de uma família amputada em quase metade dos seus membros por operações israelitas durante e depois da ocupação do território de Gaza. “Pois que venham e arrasem, daqui já não saio, a não ser para fazer companhia aos meus que já partiram. Tinha jurado que só haveria de abandonar este campo para regressar à minha aldeia de Najd, mas há mais de 60 anos que ela foi eliminada do mapa, agora os ocupantes chamam-lhe Siderot. Portanto podem ameaçar à vontade, executar-me sem julgamento, vir apanhar-me à mão, podem até chamar-me escudo humano que não me mandam para o inferno porque no inferno estamos há muito”, diz Mustafa sem um sinal de
hesitação na voz.
Cheguei a Jabalia vindo de Khan Yunis, um pouco mais ao norte, cruzando um cenário de terror e destruição entre colunas de fumo, explosões intermitentes, chamas espalhadas pelos recantos que a vista consegue percorrer. Em todos os locais habitados revolvem-se ruínas e sucedem-se enterros.
“Somos vítimas de uma engrenagem de extermínio humano”, acusa uma médica nórdica trabalhando em Jabalia no âmbito da UNRWA, a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos”. Ingrid considera uma “mentira cruel” a versão israelita de que se trata de uma operação militar para “eliminar comandantes terroristas”.
Em Jabalia, como no resto de Faixa de Gaza, não há água, a energia eléctrica é apenas acessível a espaços, há falta de medicamentos, alimentos básicos escasseiam.
“As bombas chegam-nos do mar, de terra, dos ares; estamos a ser sobrevoados por enxames de drones que explodem e exterminam toda a vida em seu redor”, descreve Ingrid. “Sabemos que os operacionais do Hamas e outros grupos islâmicos salvaguardam as suas posições e o número das suas baixas é uma pequena minoria nos números da matança”.
Segundo a médica nórdica, citando números da UNRWA, o número de vítimas mortais dos mais recentes ataques israelitas aproxima-se de 200 e o de feridos já ultrapassa os mil. “Cerca de um terço dos hospitalizados são crianças; entre os mortos identificados estão, até agora, 34 crianças. “Não consigo entender como os principais dirigentes mundiais, especialmente os da União Europeia, que tanto falam dos direitos humanos, conseguem ficar impávidos perante um extermínio organizado metodicamente através do funcionamento do mais eficaz laboratório terrorista destes tempos”, declara Ingrid. “Não há eliminações selectivas”, afirma a médica. “Cada vez que os israelitas montam uma acção para liquidar um suposto operacional da resistência morrem dezenas de pessoas, desaparecem famílias inteiras, numerosas casas são arrasadas”, acrescenta.
“Em Gaza, os que não estamos mortos apenas esperamos a nossa vez”, diz Hashem Kassim, um médico de Khan Yunis que se desdobra através de vários postos clínicos onde se prestam primeiros socorros e se organiza o envio dos feridos para o hospital de Shifa, em Gaza. “Socorremos hoje uma pessoa e ela, amanhã, pode sucumbir num outro ataque. Há poucas horas nada pude fazer para salvar a vida a duas crianças vitimadas pela onda de choque da explosão de um drone, engenhos programados para matar em massa – é importante que o mundo tenha a noção disso”.
“Pelo mundo fora parece que as pessoas se esquecem de que estamos cercados”, sublinha o dr. Kassim. “Como é que podem acreditar quando Israel diz que nos avisa antes de bombardear para escaparmos aos ataques? Se saímos de onde estamos só podemos ir para qualquer outro local onde continuamos a ser alvos. Esses avisos são uma mascarada para tentar disfarçar o indisfarçável, isto é, que está em curso, sob o nome de ‘barreira de protecção’, uma operação de extermínio e limpeza étnica”.
Fatma é uma enferneira egípcia radicada há muitos anos em Gaza e que acompanha o dr. Kassim nas suas missões. “Lembro-me do rosto de cada criança que já vi morrer durante estas agressões israelitas para ‘matar terroristas’, mas não me pergunte quantas foram, o assassínio de uma só já seria crime imperdoável”, revolta-se.
“Repugna-me saber que a poucos quilómetros daqui, numa sofisticada base com todos os confortos, jovens pouco mais que adolescentes manejam estes aviões e as armas teleguiadas atrás de ecrãs, como se fossem jogos de computadores, observando ao pormenor os rostos dos seres humanos que vão assassinando. Esta gente consegue sempre exceder o que supúnhamos ser os limites da degradação humana”, acusa Fatma.
Christopher Wadi, Gaza – in Jornalistas Sem Fronteiras

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14jul

APELO URGENTE DA SOCIEDADE CIVIL DE GAZA

13 de Julho de 2014 às 23:48
Nós, Palestinianos enclausurados numa Gaza cercada e ensanguentada, apelamos às pessoas de consciência de todo o mundo para que ajam, protestem e  intensifiquem os boicotes, desinvestimentos e sanções contra Israel até que o mesmo cesse este ataque homicida ao nosso povo, e por ele seja responsabilizado .
Com o mundo a virar-nos as  costas novamente, nos últimos quatro dias, nós, em Gaza fomos deixados para trás para sofrer massacre após massacre. Enquanto lêem estas palavras,  mais de 120 palestinianos foram mortos, incluindo 25 crianças. Mais de 1000 pessoas foram feridas, inúmeras com ferimentos horríveis que irão limitar as suas vidas para sempre - mais de dois terços dos feridos são  mulheres e crianças.
Nós sabemos, de facto, que muitos mais não verão o dia de amanhã. Qual de nós será a próxima vítima enquanto, acordados,  nas nossas camas ao longo da noite, ouvimos o som da  carnificina? Seremos nós a próxima foto irreconhecível, uma amálgama de carne rasgada e desmembrada pela máquina de  destruição israelita?
Apelamos ao fim dos crimes e da opressão sobre nós. Apelamos a:
  • Embargo de armas contra Israel, sanções que cortarão o fornecimento de armamento e o fim da ajuda militar por parte da Europa e dos Estados Unidos, já que Israel deles depende para cometer estes crimes de guerra;
  • Suspensão de todos os acordos de livre comércio e acordos bilaterais com Israel, como o Acordo de Associação UE-Israel;
  • Boicote, Desinvestimento e Sanções respondendo ao apelo feito pela esmagadora maioria da sociedade civil palestiniana em 2005.
Sem pressão e isolamento, o regime israelita tem vindo a provar continuamente que irá persistir em cometer massacres como o que se desenrola neste momento, manterá por décadas a sistemática limpeza étnica, a ocupação militar e as políticas de apartheid.
Estamos a escrever isto na noite de Sábado,  mais uma vez presos  nas nossas casas enquanto as bombas caem sobre nós em Gaza. Como saber  quando o actual ataque irá acabar? Para qualquer um de nós com mais de sete anos  de idade, estão gravados nas nossas mentes os rios de sangue que correram pelas ruas de Gaza quando, por mais de três semanas, em 2009,  mais de 1400 palestinianos foram assassinados, incluindo mais de 330 crianças.
Fósforo-branco e outras armas químicas foram usadas em  áreas civis e contaminaram as nossas terras, contribuindo para um  visível aumento de casos cancro. Em Novembro de 2012, mais 180 civis foram assassinados em ataques que perduraram por uma semana inteira.
E desta vez? 200, 500,  5000? Perguntamos: quantas  vidas serão necessárias para que o mundo tome uma atitude? Que quantidade do nosso sangue precisam? Antes dos bombardeamentos israelitas, um membro do Knesset  (parlamento israelita), Ayelet Shaked, do partido ultra-conservador HaBayit HaYehudi («Casa Judaica») apelou ao genocídio do povo palestiniano.
Disse: "Devem desaparecer, bem como as suas casas onde criaram as suas cobras", e continuou: "Caso  contrário, mais cobrinhas aparecerão." É impossível ir-se mais longe dentro da natureza assassina do estado israelita, já que nós, uma  população maioritariamente formada por crianças, mais não somos, para eles, que meras cobras.
Como disse  Omar Ghraib em Gaza: "Foi de despedaçar o coração ver  fotos de meninos e meninas cruelmente assassinados. Ou ver como uma  idosa foi morta enquanto cozinhava o seu iftar durante as orações do Maghreb, ao bombardearem a sua casa. Morreu de colher na mão, uma imagem que não vai sair da minha cabeça tão facilmente".
Lares inteiros estão a ser atacados e famílias inteiras a ser assassinadas. Quinta-feira, cedo pela manhã, toda a família al-Hajj foi dizimada - o pai Mahmoud, a mãe Bassema, e os seus cinco filhos. Sem aviso, uma família inteira varrida da face da terra. Quinta-feira à noite, o mesmo,  outra vez sem aviso, mais cinco mortos incluindo quatro membros da família Ghannam, contando-se entre as vítimas uma mulher e uma criança de sete anos.
Na manhã de terça-feira, a família Kaware recebeu um telefonema a avisá-la de que a sua casa de três andares seria bombardeada. A família começou a sair quando o depósito de água foi atingido, mas regressou com vizinhos e amigos, que se juntaram no terraço da casa para resistirem com eles.
Os caças israelitas bombardearam, portanto,  o terraço de uma casa cheia de pessoas, sabendo bem que eram civis. Sete pessoas morreram instantaneamente, incluindo cinco crianças com menos de 13  anos. Mais vinte e cinco foram feridas, e Seraj Abd al-Aal, de oito anos, acabou por não resistir aos ferimentos e faleceu nessa mesma noite.
Talvez a família estivesse  a apelar à humanidade do regime israelita, crendo que eles não  bombardeariam um terraço cheio de gente. Mas quando assistimos a famílias sendo despedaçadas à nossa volta, torna-se claro que as acções de Israel nada têm a ver com humanidade.
Outros alvos  atingidos incluiram um veículo de imprensa claramente identificado, matando  o jornalista independente Hamed Shehab, ferindo outros oito, ainda um  ataque a uma ambulância do Crescente Vermelho, bem como ataques a  hospitais que causaram evacuações forçadas e mais feridos.
Esta última sessão de barbárie israelita está firmemente inserida no contexto do cerco  desumano de sete anos a Gaza por Israel, que cortou a principal linha de  abastecimento de bens e de movimento de pessoas para dentro e fora de Gaza, resultando numa severa escassez de material médico e alimentar de que os nossos hospitais e clínicas desesperadamente precisavam agora.
O cimento para reconstruir os milhares de casas e hospitais destruídos pelos ataques israelitas foi banido, e muitas pessoas feridas e doentes ainda não são autorizadas a viajar para fora para receberem tratamento médico urgente, o que já causou a morte a mais de 600 doentes.
Enquanto mais notícias chegam, e os líderes israelitas fazem promessas de uma fase seguinte na brutalidade, sabemos que mais horrores estão para vir. Por isso apelamos para que não nos virem as costas. Apelamos para que se ergam pela justiça e pela humanidade, e o demonstrem apoiando os nossos corajosos homens, mulheres e crianças na Faixa de Gaza, que enfrentam mais que sombrios tempos.
Apelamos para a acção internacional:
  • Encerramento dos laços diplomáticos com Israel;
  • Julgamentos por crimes de guerra;
  • Proteção internacional imediata para os civis de Gaza.
 Reiteramos o apelo para que se unam à crescente campanha internacional de boicote, desinvestimento e sanções deste estado pária que está,uma  vez mais, a provar a sua extrema violência, continuando, no entanto, a beneficiar de uma impunidade total.
Juntem-se à crescente massa crítica que se vem espalhando pelo mundo no compromisso do dia em que os palestinianos não terão mais de viver no meio de inomináveis assassinatos e implacáveis destruições por parte do regime israelita.
Pelo dia em que nos poderemos movimentar livremente, quando o cerco for levantado, a ocupação acabar e aos refugiados palestinianos espalhados pelo mundo possa, finalmente, ser feita  justiça.
ACTUEM AGORA, antes que seja tarde demais!
Assinado por:

Federação Geral dos Sindicatos Palestinianos
Associação dos Professores Universitários da Palestina
Rede de ONGs Palestinas (Conjunto de 133 organizações)
Sindicato Geral das Mulheres Palestinianas
Assembleia Médica Democrática
Sindicato Geral dos Trabalhadores Palestinianos
Sindicato Geral dos Funcionários dos Serviços de Saúde
Sindicato Geral dos Funcionários Públicos
Sindicato Geral dos Funcionários Petroquímicos e do Gás
Sindicato Geral dos Funcionários Agrícolas
União dos Comités da Luta das Mulheres
Pal-Cinema (Fórum de Cinema da Palestina)
Movimento Jovem Herak
União das Sinergias - Unidade Feminina
União dos Comités das Mulheres Palestinianas
Sociedade Estudantil Feminina
Sociedade das Mulheres Trabalhadoras
Casa da Imprensa
Campanha dos Estudantes Palestinianos para o Boicote Académico de Israel
Grupo BDS Gaza
Grupo «Um Estado Democrático»

Carta publicada originalmente pelo website Electronic Intifada [http://electronicintifada.net/content/urgent-call-gaza-civil-society-act-now/13558]
Tradução Colectiva Online 
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13 jul2014



11jul2014

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=894877667194527&set=a.100484259967209.979.100000169061831&type=1&theater
"Ocuparam a minha pátria
Expulsaram o meu povo
Anularam a minha identidade
E chamaram-me terrorista

Confiscaram a minha propriedade
Arrancaram o meu pomar
Demoliram a minha casa
E chamaram-me de terrorista

Legislaram leis fascistas
Praticaram odiada apartheid
Destruíram, dividiram, humilharam
E chamaram-me de terrorista

Assassinaram as minhas alegrias,
Sequestraram as minhas esperanças,
Algemaram os meus sonhos,
Quando recusei todas as barbáries

Eles… mataram um terrorista!"

Mahmud Darwish

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13jul2014


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11jul 2014


*
recolhi via Cláudia Cláudio:
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/11/eduardo-galeano-israel-gaza-direito-de-negar-todos-os-direitos.html


























Eduardo Galeano: "Quem deu a Israel o direito de negar todos os direitos?"

O exército israelense, o mais moderno e sofisticado do mundo, sabe a quem mata. Não mata por engano. Mata por horror. As vítimas civis são chamadas de “danos colaterais”, segundo o dicionário de outras guerras imperiais. Em Gaza, de cada dez “danos colaterais”, três são crianças


Para justificar-se, o terrorismo de estado fabrica terroristas: semeia ódio e colhe pretextos. Tudo indica que esta carnificina de Gaza, que segundo seus autores quer acabar com os terroristas, acabará por multiplicá-los.
eduardo galeano gaza israel
Eduardo Galeano: “Este artigo é dedicado a meus amigos judeus assassinados pelas ditaduras latinoamericanas que Israel assessorou”
Desde 1948, os palestinos vivem condenados à humilhação perpétua. Não podem nem respirar sem permissão. Perderam sua pátria, suas terras, sua água, sua liberdade, seu tudo. Nem sequer têm direito a eleger seus governantes. Quando votam em quem não devem votar são castigados. Gaza está sendo castigada. Converteu-se em uma armadilha sem saída, desde que o Hamas ganhou limpamente as eleições em 2006. Algo parecido havia ocorrido em 1932, quando o Partido Comunista triunfou nas eleições de El Salvador. Banhados em sangue, os salvadorenhos expiaram sua má conduta e, desde então, viveram submetidos a ditaduras militares. A democracia é um luxo que nem todos merecem.
São filhos da impotência os foguetes caseiros que os militantes do Hamas, encurralados em Gaza, disparam com desajeitada pontaria sobre as terras que foram palestinas e que a ocupação israelense usurpou. E o desespero, à margem da loucura suicida, é a mãe das bravatas que negam o direito à existência de Israel, gritos sem nenhuma eficácia, enquanto a muito eficaz guerra de extermínio está negando, há muitos anos, o direito à existência da Palestina.
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10JUL2014
VIA AVANTE:
Israel agrava ofensiva
Palestina exige justiça
A Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) pretende que a ONU investigue os crimes cometidos por Israel, isto depois de o assassinato de um jovem palestiniano ter desencadeado uma onda de protestos populares a que Telavive responde com mais violência.

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Num encontro com o enviado especial para o Médio Oriente, Robert Serry, o presidente da ANP exigiu das Nações Unidas a formação de um comité para investigar as atrocidades cometidas por Israel contra o seu povo. Segundo a agência Wafa, Mahmud Abbas pediu ainda «protecção internacional» para os palestinianos, justificando os apelos com a ofensiva de Telavive contra a Cisjordânia e a Faixa de Gaza desencadeada a pretexto do rapto de três jovens israelitas, e agravada depois do assassinato de Mohamad Abu Khdeir, um jovem palestiniano queimado vivo na quarta-feira, 2, em Jerusalém Leste.
Paralelamente, o governo palestiniano acusou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de incitar à violência ao falar em «vingança divina» durante o funeral dos colonos israelitas, cujo sequestro e homicídio é atribuído por Telavive ao Hamas, apesar de o movimento ter repetidamente negado responsabilidades, e, a par de outras organizações palestinianas, ter condenado o sucedido.
Em comunicado, o Ministério da Informação da Palestina denunciou que, após as declarações do chefe do executivo israelita, colonos invadiram as ruas «escoltados por soldados fortemente armados para destruir e danificar carros e propriedades e torturar palestinianos». No texto, citado pela Lusa, a ANP critica igualmente a conduta das autoridades sionistas em torno do linchamento de Mohamad Abu Khdeir, sublinhando que o corpo do adolescente de 16 anos foi retido durante dias com o intuito de impedir «que se soubesse a verdade sobre o porquê da morte e como foi torturado e assassinado». O governo palestiniano salienta também a chantagem feita sobre a família, pressionada a aceitar um relatório que garantia que o adolescente faleceu na sequência de uma rixa familiar.
Espiral criminosa
Mohamad Abu khdeir desapareceu na madrugada de quarta-feira, 2, em Jerusalém Leste ocupada, tendo sido encontrado horas depois numa floresta na parte Ocidental da cidade. O crime desencadeou uma onda de indignação que alastrou em Jerusalém e noutras cidades, às quais Israel responde com o recrudescimento da violência. Para além de dezenas de detenções e pelo menos 150 palestinianos feridos nas manifestações realizadas desde meados da semana passada – alguns dos quais atingidos com munições de guerra, segundo fontes médicas palestinianas citadas pela Prensa Latina –, há a destacar a prisão e espancamento de um outro jovem palestiniano de 15 anos. Tariq Abu Khdeir, primo do malogrado Mohamad Abu Khdeir, foi detido e brutalmente agredido pela polícia, facto atestado por um vídeo postado na Internet. Entretanto, e enquanto decorre uma investigação oficial, um tribunal de Jerusalém condenou Tariq a nove dias de prisão domiciliária por lançar pedras contra a polícia, acusações que o jovem que também detém nacionalidade norte-americano recusa.
A ministra da Justiça israelita, Tzipi Livni, afirma que o espancamento de Tariq «não reflecte a política de manutenção da ordem no país», mas a verdade é que «no país» a «ordem» é esmagar a revolta dos palestinianos, que desde o dia 12 de Junho, quando os colonos desapareceram em território controlado por Telavive nas proximidades de Hebron, contam já mais de 700 detidos, (cerca de um terço dos quais menores de idade), um número de feridos que cresce a cada dia, e quase duas dezenas de mortos, incluindo crianças, em resultado dos bombardeamento contra a Faixa de Gaza e da repressão dos protestos legítimos
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10jul2014
Tive acesso a esta canção do Roger Waters
https://www.youtube.com/watch?v=lMntMJ21tZo
Roger Waters tornou-se ativista pela libertação da Palestina quando foi fazer um show em Tel-Aviv (Israel) e acabou visitando a Cisjordânia (Território Palestino). Na ocasião presenciou o terror vivido pelo povo palestino e decidiu dar seu apoio.
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10jul2014
PCP na linha certa:
http://www.pcp.pt/pcp-condena-agress%C3%A3o-israelita-contra-o-povo-palestiniano

Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

PCP condena agressão israelita contra o povo palestiniano


1 - O PCP condena veementemente a criminosa ofensiva militar contra a faixa de Gaza e a sua população. Uma ofensiva de bombardeamentos sucessivos e indiscriminados que se salda em, desde a madrugada do dia 8 de Julho, cerca de 30 mortos, entre os quais 8 crianças, 150 feridos e centenas de desalojados.
Esta ofensiva culmina um período de intensificação da constante acção repressiva do exército de ocupação de Israel em todo o território da Palestina, agravada, desde o dia 12 de Junho - alegadamente em consequência do desaparecimento e da posterior confirmação da morte de três jovens de um colonato israelita, em circunstâncias não esclarecidas - com uma campanha de punição colectiva contra as povoações palestinianas, com a demolição indiscriminada de casas, assassinatos e a prisão de centenas de pessoas, incluindo dezenas de crianças e deputados do Conselho Legislativo Palestino.
2 – A acção criminosa de Israel contra o povo palestiniano - que agora adquire a forma de mais uma agressão armada de grande envergadura - vem confirmar aquilo que já era uma evidência: o chamado processo negocial encenado pelos EUA não tinha outro objectivo senão o de tentar impor e consagrar a aceitação da efectiva ocupação da Palestina e a capitulação e abdicação dos direitos nacionais do povo palestiniano.
3 - Como as declarações de altos responsáveis da Administração Norte Americana confirmam, a campanha militar israelita em curso é suportada no continuado apoio político, diplomático e militar dos Estados Unidos da América e na atitude da União Europeia que se esconde no seu silêncio ou dissimula sob um falso discurso equidistante a cumplicidade efectiva com a política de terrorismo de estado de Israel.
4 – A agressão ilegal e ilegítima de Israel contra a Palestina é indissociável da ofensiva geral do imperialismo, no quadro da agudização da crise estrutural do capitalismo, que visa submeter os povos ao seu domínio e interesses e assegurar em seu benefício a exploração dos recursos naturais e o controle de posições geoestratégicas. Tal operação, que se estende do centro da Europa ao Extremo Oriente, de África à América Latina, e que assume em alguns casos contornos fascizantes, tem no Médio Oriente um dos seus principais alvos. Operação que visa impor um novo mapa político para a região, favorável aos intentos do imperialismo, por via da desestabilização permanente e “balcanização” da região. Neste quadro a acção de Israel constitui um elemento acrescido de preocupação que eleva, de forma particularmente grave, os riscos já existentes de uma confrontação militar generalizada de contornos e dimensões imprevisíveis.
5 - O PCP expressa a sua activa solidariedade com o povo palestiniano, com a sua heróica e determinada resistência e luta de libertação nacional frente à política genocida do Estado de Israel. O PCP expressa igualmente a sua solidariedade aos povos da região, nomeadamente ao povo Sírio, vítimas da política de ingerência e guerra levada a cabo pelos EUA e seus aliados da NATO e na região.
6 – O PCP reclama do Governo Português uma posição firme de condenação de mais esta ofensiva militar do exército israelita contra a população palestiniana e apela à mobilização da opinião pública na expressão dos sentimentos de solidariedade activa do povo português com o heróico e martirizado povo da Palestina, expressão essa tão mais importante quanto 2014 foi declarado Ano Internacional de Solidariedade com a Palestina.
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9jul2014

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=264593340412395&set=a.105207236351007.1073741828.100005851924269&type=1&theater
Childhood in Palestine ... this is enough to make you understand what kind of monster is Israel? What else do you need? Open your eyes and shout to the world what is going on, silence is complicity, if you don't indignant you'll also attended to slaughter every one of those kids!

via Free Palestine
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9jul2014

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1501530166747171&set=a.1392029421030580.1073741828.100006706060604&type=1&theater
ENQUANTO MEIO MUNDO DISCUTE O DESAIRE DO BRASIL FRENTE À ALEMANHA, EM GAZA ACONTECE ISTO...
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9julho
manifesto74 - António Santos
Isto é genocídio - Somos todos palestinos

Na Palestina, a cada três dias uma criança é assassinada por Israel. Nunca conheceremos os seus nomes, nunca ouviremos entrevistas com os seus pais, nunca veremos as suas caras. Porque um rocket palestiniano ser interceptado pelo escudo anti-misséis é mais relevante do que a vida de uma criança ser interceptada por uma bomba inteligente. Porque as lágrimas dos palestinianos valem menos que as de um israelita. Agora está a recomeçar o massacre. Já chovem as bombas nos prédios de habitação da Faixa de Gaza, misturando a carne dos homens com a cinza das casas e o pó do cimento. E enquanto a comunicação social nos pasma com as farsas e façanhas do Mundial de Futebol, o genocídio continua: 20 mortos em 20 horas. 1 cadáver por hora. 5 crianças. 12 civis. Número desconhecido de feridos, amputados e desaparecidos. Onde estariam os olhos da TVI, da SIC e da RTP se estas explosões fossem em Telavive, em São Francisco ou em Berlim? Como começariam os seus pivôs se os mortos fossem ingleses, israelitas ou islandeses? Porque a comunicação social vai calar, é a nossa obrigação denunciar o que está prestes a acontecer: uma invasão terrestre sem precedentes, com mais de 40 000 reservistas convocados para espalhar a morte e a destruição nos guetos de um povo ocupado, desarmado e ocupado. Que ninguém peça nada de “ambos os lados” sem a nossa indignação. Não há “ambos os lados”. Há um agressor e um agredido, um ocupante e um ocupado, um genocida e uma vítima. Que todos tomem partido. Que ninguém seja neutro sob o risco de ser cúmplice. Nesta guerra desigual não se está do lado da paz sem estar do lado dos palestinianos nem se pode estar ao mesmo tempo com os israelitas e com os direitos humanos. Que cada um de nós amplifique a verdade óbvia e crua: Israel é um Estado Terrorista, uma criação de fanáticos religiosos construída sob o racismo nas terras de palestinianos expulsos das suas casas. Que se cale o futebol, que não sobrem mais risos, que acabem os comentários e cessem os voos dos pássaros. A Palestina está a morrer. Que se fechem as torneiras de águas mornas e as imparcialidades criminosas. Que o mundo detenha Israel ou a faça desaparecer. Para que os dois povos possam viver em paz. - See more at: http://manifesto74.blogspot.pt/2014/07/isto-e-genocidio-somos-todos-palestinos.html#sthash.yWlNMuey.dpuf
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http://somostodospalestinos.blogspot.com.br/2014/04/israel-dita-sentenca-de-prisao-perpetua.html

QUINTA-FEIRA, 10 DE ABRIL DE 2014


Israel dita sentença de prisão perpétua contra 5 crianças palestinas por apedrejarem um veículo


Palestina - La República - [Tradução de Adrián Magro para o Diário Liberdade] Ali Shamlawi, Kleib Mohamad, Mohamad Suleiman, Tamer Ammar Souf Souf e todos os menores enfrentam uma pena de prisão perpétua no território palestino ocupado. São acusados de atirar pedras contra um veículo colono israelense que teve um acidente. Todas as crianças recusam serem envolvidas e suas famílias apelam à justiça internacional.

 O carro em que colonos israelenses foram colidiu com um camião que estava parado perto do assentamento ilegal de Yakir. Embora o motorista do camião alegou estar parado porque tinha um pneumático furado , os colonos testemunharam contra o grupo de crianças palestinas .
As organizações de direitos humanos e direitos da criança denunciam que o 74% das crianças palestinas presas pelo regime de Israel sofrem violência física durante detenção, a sua transferência a prisão e o interrogatório.

A autoridade israelense é a única autoridade no mundo que julga crianças em tribunais militares sem se sequer garantir um julgamento justo e que respeite a legalidade.
De acordo com as últimas estatísticas, há 173 crianças palestinianas nas prisões israelitas, 16 delas tenham entre 12 e 16 anos.

Postado :http://www.diarioliberdade.org/artigos-em-destaque/409-repressom-e-direitos-humanos/45498-senten%C3%A7a-de-pris%C3%A3o-perp%C3%A9tua-israel-5-crian%C3%A7as-palestinas-por-atirar-pedras-a-um-ve%C3%ADculo.html
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16set1982
milhares de palestinos são massacrados nos acampamentos de refugiados no Líbano (Sabra e Chatila) por direitistas do exército libanês articulados com o a invasão dos israelitas...

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