6mar2017
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"Os imperialistas estrangeiros têm nas suas mãos os principais recursos nacionais, predominam no mercado interno e dominam o comércio externo, vendem-nos caro e compram-nos barato, pilham as nossas riquezas, exploram o nosso trabalho e reduzem Portugal à condição de um país dependente e semicolonial."
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“Se todo o aborto é um mal, a clandestinização do aborto é uma catástrofe.”
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«Discursos», 1980)
«É uma visão idílica imaginar que o Mercado Comum é uma associação de países ricos e filantrópicos, prontos a ajudar os países mais atrasados. O PCP tem assumido a defesa das relações económicas e comerciais com a CEE. Mas tem considerado que uma integração provocaria ainda maiores dificuldades à economia portuguesa… Os países do Mercado Comum defendem os seus interesses próprios e por eles estão prontos a sacrificar os interesses dos outros. Mesmo quando admitem o alargamento da comunidade a Portugal, Espanha e Grécia, não é para ajudarem os países que estão de fora mas para que a entrada destes sirva os interesses dos nove que já estão lá dentro... Nós, comunistas, não aceitamos que as decisões acerca dos problemas nacionais caibam ao imperialismo, caibam ao estrangeiro!»
«Discursos», 1980)
«É uma visão idílica imaginar que o Mercado Comum é uma associação de países ricos e filantrópicos, prontos a ajudar os países mais atrasados. O PCP tem assumido a defesa das relações económicas e comerciais com a CEE. Mas tem considerado que uma integração provocaria ainda maiores dificuldades à economia portuguesa… Os países do Mercado Comum defendem os seus interesses próprios e por eles estão prontos a sacrificar os interesses dos outros. Mesmo quando admitem o alargamento da comunidade a Portugal, Espanha e Grécia, não é para ajudarem os países que estão de fora mas para que a entrada destes sirva os interesses dos nove que já estão lá dentro... Nós, comunistas, não aceitamos que as decisões acerca dos problemas nacionais caibam ao imperialismo, caibam ao estrangeiro!»
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É BOM LEMBRAR
O ESSENCIAL
É BOM LEMBRAR
O ESSENCIAL
https://www.marxists.org/portugues/cunhal/2001/09/15.htm
As Seis Características Fundamentais de um Partido Comunista
Álvaro Cunhal
15 de Setembro de 2001
Primeira Edição: Intervenção
enviada ao Encontro Internacional sobre a "Vigencia y actualización del
marxismo", organizado pela Fundación Rodney Arismendi , em Montevideo,
de 13 a 15 de Setembro de 2001, por ocasião do 10º aniversário da sua
constituição. O Encontro abordou três grandes temas: "Una concepción y
un método para enfrentar los desafíos del nuevo milenio"; "Democracia,
democracia avanzada y socialismo"; "Por la unidad de la izquierda a la
conquista del gobierno".
Fonte: Portal Vermelho.
Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo, fevereiro 2008.
Fonte: Portal Vermelho.
Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo, fevereiro 2008.
O quadro das forças revolucionárias existentes no mundo alterou-se nas últimas décadas do século XX.
O movimento comunista internacional e os partidos seus componentes
sofreram profundas modificações em resultado da derrocada da URSS e de
outros países socialistas e do êxito do capitalismo na competição com o
socialismo.
Houve
partidos que renegaram o seu passado de luta, a sua natureza de classe,
o seu objectivo de uma sociedade socialista e a sua teoria
revolucionária. Em alguns casos, tornaram-se partidos integrados no
sistema e acabaram por desaparecer.
Esta
nova situação no movimento comunista internacional abriu na sociedade
um espaço vago no qual tomaram particular relevo outros partidos
revolucionários que, nas condições concretas dos seus países, se
identificaram com os partidos comunistas em aspectos importantes e por
vezes fundamentais dos seus objectivos e da sua acção.
Por
isso, quando se fala hoje do movimento comunista internacional, não se
pode, como em tempos se fez, colocar uma fronteira entre partidos
comunistas e quaisquer outros partidos revolucionários. O movimento
comunista passou a ter em movimento uma nova composição e novos limites .
Estes
acontecimentos não significam que partidos comunistas, com a sua
identidade própria, não façam falta à sociedade. Pelo contrário. Com as
características fundamentais da sua identidade, partidos comunistas são
necessários, indispensáveis e insubstituíveis , tendo em conta que assim
como não existe um “modelo” de sociedade socialista, não existe um
“modelo” de partido comunista.
Entretanto,
com diferenciadas respostas concretas a situações concretas, podem
apontar-se seis características fundamentais da identidade de um partido
comunista, tenha este ou outro nome.
1ª - Ser um partido completamente independente dos interesses, da ideologia, das pressões e ameaças das forças do capital.
Trata-se de uma independência do partido e da classe, elemento
constitutivo da identidade de um partido comunista. Afirma-se na própria
acção, nos próprios objectivos, na própria ideologia.
A ruptura com essas características essenciais em nenhum caso é uma
manifestação de independência mas, pelo contrário, é, em si mesma, a
renúncia a ela.
2ª - Ser um partido da classe operária, dos trabalhadores em geral, dos explorados e oprimidos .
Segundo a estrutura social da sociedade em cada país, a composição
social dos membros do partido e da sua base de apoio pode ser muito
diversificada. Em qualquer caso, é essencial que o partido não esteja
fechado em si, não esteja voltado para dentro, mas, sim voltado para
fora, para a sociedade, o que significa, não só mas antes de mais, que
esteja estreitamente ligado à classe operária e às massas trabalhadoras.
Não
tendo isto em conta, a perda da natureza de classe do partido tem
levado à queda vertical da força de alguns e, em certos casos, à sua
autodestruição e desaparecimento.
A
substituição da natureza de classe do partido pela concepção de um
“partido dos cidadãos” significa ocultar que há cidadãos exploradores e
cidadãos explorados e conduzir o partido a uma posição neutral na luta
de classes – o que na prática desarma o partido e as classes exploradas e
faz do partido um instrumento apendicular da política das classes
exploradoras dominantes.
3ª - Ser um partido com uma vida democrática interna e uma única direcção central.
A democracia interna é particularmente rica em virtualidades
nomeadamente: trabalho colectivo, direcção colectiva, congressos,
assembleias, debates em todo o partido de questões fundamentais da
orientação e acção política, descentralização de responsabilidades e
eleição dos órgãos de direcção central e de todas as organizações.
A aplicação destes princípios tem de corresponder à situação política e histórica em que o partido actua.
Nas
condições de ilegalidade e repressão, a democracia é limitada por
imperativo de defesa. Numa democracia burguesa, as apontadas
virtualidades podem conhecer, e é desejável que conheçam, uma muito
vasta e profunda aplicação.
4ª - Ser um partido simultaneamente internacionalista e defensor dos interesses do país respectivo.
Ao contrário do que em certa época foi defendido no movimento comunista,
não existe contradição entre estes dois elementos da orientação e acção
dos partidos comunistas.
Cada partido é solidário com os partidos, os trabalhadores e os povos de
outros países. Mas é um defensor convicto dos interesses e direitos do
seu próprio povo e país. A expressão “partido patriótico e
internacionalista” tem plena actualidade neste findar do século XX.
Pode, na atitude internacionalista, incluir-se, como valor, a luta no
próprio país e, como valor para a luta no próprio país, a relação de
solidariedade para com os trabalhadores e os povos de outros países.
5ª - Ser um partido que define, como seu objectivo, a construção de uma
sociedade sem explorados nem exploradores, uma sociedade socialista.
Este objectivo tem também plena actualidade. Mas as experiências
positivas e negativas da construção do socialismo numa série de países e
as profundas mudanças na situação mundial, obrigam a uma análise
crítica do passado e a uma redefinição da sociedade socialista como
objectivo dos partidos comunistas .
6ª - Ser um partido portador de uma teoria revolucionária, o
marxismo-leninismo, que não só torna possível explicar o mundo, como
indica o caminho para transformá-lo.
Desmentindo todas as caluniosas campanhas anticomunistas, o
marxismo-leninismo é uma teoria viva, antidogmática, dialéctica,
criativa , que se enriquece com a prática e com as respostas que é
chamada a dar às novas situações e aos novos fenómenos. Dinamiza a
prática, enriquece-se e desenvolve-se criativamente com as lições da
prática.
Marx no “O Capital” e Marx e Engels no “Manifesto do Partido Comunista”
analisaram e definiram os elementos e características fundamentais do
capitalismo. O desenvolvimento do capitalismo sofreu porém, na segunda
metade do século XIX, uma importante modificação. A concorrência
conduziu à concentração e a concentração ao monopólio.
Deve-se a Lénine, na sua obra “O imperialismo, fase superior do capitalismo”, a definição do capitalismo nos finais do século XIX.
Extraordinário
valor têm estes desenvolvimentos da teoria. E igual valor têm a
investigação e a sistematização dos conhecimentos teóricos.
Numa síntese de extraordinário rigor e clareza, um célebre artigo de Lénine indica “as três fontes e as três partes constitutivas do marxismo”.
Na filosofia, o materialismo-dialéctico, tendo no materialismo histórico a sua aplicação à sociedade.
Na economia política, a análise e explicação do capitalismo e da exploração, cuja “pedra angular” é a teoria da mais-valia.
Na teoria do socialismo, a definição de uma sociedade nova com a abolição da exploração do homem pelo homem.
Ao
longo do século XX, acompanhando as transformações sociais, novas e
numerosas reflexões teóricas tiveram lugar no movimento comunista.
Porém, reflexões dispersas, contraditórias, tornando difícil distinguir o
que são desenvolvimentos teóricos, do que é o afastamento revisionista
de princípios fundamentais.
Daí
o carácter imperativo de debates, sem ideias feitas nem verdades
absolutizadas, procurando, não chegar a conclusões tidas por
definitivas, mas aprofundar a reflexão comum.
É
de esperar que o Encontro Internacional na Fundação Rodney Arismendi de
Setembro do ano corrente dê uma contribuição positiva para que este
objectivo seja alcançado.