10/12/2014

9.206.(10dez2014.13.44') Dia Mundial do Turismo...A fundação de PORTUGAL...Mosteiro de Alcobaça 25 anos Património Mundial

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 hj é dia de porTUgal...portugALCOBAÇA tem de saber valorizar a sua importância, como centro do mundo de cister e como essencial na fundAÇÃO de Portugal...+1 10junho em que nada de nada FOI (é) proMOVIDO pelo município...
hj é dia das comUNIdades...alcobaça tem de abRRaçarr a diáspora...somos +22% de alcobacenses...envolver + e + os nossos emigrantes...criar rede...proMOVER congresso da emigrAÇÃO...estabelecer laços...ECOA: embaixadores d' ALCOBAÇA...atrair para criar empresas...
 Alcobaça tem de ser, em breve, palco das comemorações do dia de PortugALCOBAÇA.(Lembro 2010...Repetimos tds os anos seguintes)... A nossa história e o nosso património é indiscutível...
O município tem de melhorar a sua prática em relação à sua presença e relevância nas questões nacionais. A Câmara DEVIA valorizar os poetas alcobacenses e
também deveria UNIR a nossa comunidade alcobacense que vive pelo mundo fora...
 A CDU tem proposto/sugerido e o PSD tem colocado no caixote de lixo...Até quando?
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Batalhas da Fundação de Portugal
Ver a postagem especial da Batalha de Aljubarrota...
 https://uniralcobaca.blogspot.com/2014/07/843515jul20141738-14-17.html
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Ver as postagens:
https://uniralcobaca.blogspot.com/2018/08/930716agosto201899-batalha-de-ourique.html?fbclid=IwAR2u6KbC9HpQdOuzvfey2yf06TsBflRyc8tx9Q1UjqFTFj0oxdWHA3B7Ozk
https://uniralcobaca.blogspot.com/2014/05/808421maio20141020-arqcarlos-gil.html
 https://uniralcobaca.blogspot.com/2012/05/569211maio201288-alcobaca-que-t.html
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A CDU bateu-se sempre por colocar Alcobaça
no centro de Portugal
e no centro de mundo de Cister...
Daí ser fundamental saber a história de todas as batalhas...
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 27seTEMbro2018...
17.17.17”...Passaram a primavera e quase todo o verão com esta obra fechada... Abriram e ontem foi DM do turismo...Jardim com juventude a aproveitar.... + o WC a servir crianças e famílias do parque infantil...e parque de autocaravanas... ninguém para falar com os turistas que chegam... perguntam a que horas fecha? Podemos pernoitar?... água potável fechada...não há regulamentação...A sala que devia ser de recepção é onde se guarda utensílios de jardinagem
FOTOS BY MIM
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14dez2017
postei de manhã:
"2014...o face traz-me memórias deste dia: Mosteiro de Alcobaça iniciou comemorações 25 anos de Património Mundial...AS GRANDES QUESTÕES QU' INTERESSAM A ALCOBAÇA, que vos abRRaça, continuam todas por resolver em relação ao património da humanidade..."
(e coloquei esta nove mil duzentos e  seis)
acrescentei diálogo com Rui Coelho em 2014:
Rogério Manuel Madeira Raimundo Rui Coelho É pena, é ninguém responsável, quer da política, quer dos media ou da cultura, se lembrar que, hoje, faz 25 anos que o Mosteiro de Alcobaça foi declarado, pela Unesco, Património da Humanidade...
14 de Dezembro de 2014 às 17:10 · Gosto · 1
G
erir
Mario Docarmo
Mario Docarmo Uma efemeride para recordar, mesmo que a UNESCO nao de grande relevancia a essas coisas, muito biqueira para aceitar, mas depois nao da' continuacao nem apoio algum !!!
14 de Dezembro de 2014 às 17:46 · Gosto
Gerir
Rogério Manuel Madeira Raimundo
Rogério Manuel Madeira Raimundo Rui Coelho: não andas a ler o meu blogue!!! 9.169 e 9.206.unir alcobaça
14 de Dezembro de 2014 às 21:10 · Editado · Gosto
Gerir
Rui Coelho
Rui Coelho Não, RR, não li e não soube mas tinham a obrigação de convidar a pessoa que, mais se envolveu e lutou para se chegar aonde se chegou em 14 de Dezembro de 1989. Ao fim da manhã desse dia, o então embaixador, enviou-me um telegrama a anunciar a boa nova e a felicitar... Esse facto, foi nessa noite comunicado na mesa redonda que tivemos na Sinfonia, lembras-te???
14 de Dezembro de 2014 às 21:30 · Gosto · 1
Gerir
Rogério Manuel Madeira Raimundo
Rogério Manuel Madeira Raimundo O TEU COMPANHEIRO só saudou o PC Miguel Guerra...Falta de história interna e concelhia!!!
14 de Dezembro de 2014 às 21:31 · Editado · Gosto
Gerir
Rogério Manuel Madeira Raimundo
Rogério Manuel Madeira Raimundo a iniciativa, acho eu, foi d'iniciativa do Mosteiro...
14 de Dezembro de 2014 às 21:32 · Gosto
Gerir
Rogério Manuel Madeira Raimundo
Rogério Manuel Madeira Raimundo e vão haver +..esta foi a 1ª...prepara-te para futuras...
14 de Dezembro de 2014 às 21:33 · Gosto
Gerir
Rui Coelho
Rui Coelho Vou ficar à espera do cinquentenário e, talvez, do centenário!!! Qual companheiro é que te referes?

que respondeu hj:
Rui Coelho Lembraste e relevaste tu, valha-nos isso! Há três anos, a iniciativa foi do Jorge Sampaio, então director do Monumento que, penso, fez o que pôde, não sendo de lhe assacar as grandes "gaffes" conhecidas. .. A própria comunicação social local até se dá ao luxo de trocar as datas e não lembra a efeméride. . . E, depois, há as estórias em torno de todo o processo! É o que temos! ! ! Vai mantendo a chama viva! ! ! Abraço!

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1
2 h
Gerir
Rogério Manuel Madeira Raimundo aquel'abRRaaaaaaAÇÃO
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https://www.facebook.com/mosteirodealcobaca.monumentonacional/
site do Mosteiro de Alcobaça (à tarde deste dia 15h30'):
A 14 de dezembro de 1989, o Comité do Património Mundial, na sua 13ª sessão, em Paris, inscrevia o Mosteiro de Alcobaça na Lista do Património Mundial da Humanidade. Hoje é o dia para, mais uma vez, relembrar e expressar o nosso profundo agradecimento às pessoas que instruíram o dossier de candidatura e que contribuíram para o reconhecimento do Mosteiro de Alcobaça como um Bem de toda a Humanidade: Dr.ª Maria Augusta Trindade Ferreira, antiga Diretora do Mosteiro de Alcobaça, e Arqt.º Flávio Lopes.
Pode consultar todo o processo em http://whc.unesco.org/en/list/505/documents/
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2016
ontem 26
insisti no Castelo...No muro suporte
na resolução das vergonhas da cidade: passeio pedonal e ex-Fétal
Saudei o facto de haver visitas guiadas no Mosteiro de Coz
Saudei Terra Mágica
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27SETEmbro2016
Via
O Dia Mundial do Turismo celebra-se anualmente a 27 de setembro. A data começou a ser celebrada no ano de 1980, após decisão da Organização Mundial de Turismo.
Este dia visa mostrar a importância do turismo e do seu valor cultural, económico, político e social, através de iniciativas realizadas em vários países do mundo.
O tema do Dia Mundial do Turismo 2016 é: "Turismo para Todos – promover a acessibilidade universal”. A Tailândia foi a nação escolhida para acolher oficialmente o Dia Mundial do Turismo (WTD) em 2016. O Qatar será o país acolhedor de 2017. Em Portugal realiza-se uma cimeira em Lisboa.
Considerado um dos maiores setores económicos do mundo, o turismo assume-se de importância vital para a economia de muitos países, que têm neste setor um elemento essencial para o crescimento e desenvolvimento económico, e para a promoção da cultura, língua e costumes de um país, povo ou população.
Na BMA sugerimos hoje, algumas obras relacionadas com este tema (Livros no átrio em destaque e sujeitos à requisição habitual).
Venha visitar-nos e tenha um excelente dia.
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27sete2015
foto do JERO
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10203808722373103&set=a.1029365188983.3914.1670949754&type=3&theater
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Dia Mundial do Turismo
Alcobaça urge ter outro dinamismo nesta frente
que está interligada com a Cultura
e com o Património...
tanto tempo perdido pelo PS.PSD.CDS para esta frente estratégica d'ALCOBAÇA que vos abRRaça, interligada com a Cultura (Terra d'arte e d'artistas) e com o extraordináRIO património que o município tem...
a envolvente e o interior do Mosteiro...As ruínas...o desleixo do passeio pedonal
a falta do parque de campismo na cidade
o castelo e os rios
o farol de São Martinho do porto
a perda de bandeiras azuis
a qualificação das praias do norte
os fornos de cal
a escola e os campos de golfe 
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Na reunião de 9dez2014
Presidente da Câmara informou que as comemorações começam
no dia 14dez2014
17h
no Mosteiro
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14dez1989
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As faltas à cerimónia foram um mau sinal:
Nem Secretário de Estado da Cultura
Nem Secretária Geral da UNESCO...
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O Presidente Câmara, Paulo Inácio, falou no Presidente da Câmara Miguel Guerra QUANDO CLARAMENTE FOI RUI COELHO...como grande promotor desta inscrição como Património Mundial na UNESCO...1 lapso grave!
A 14dez1989...Houve debate na Rádio Cister...O Presidente da Câmara era Rui Coelho e ele anunciou na Sinfonia que tinha acabado de receber essa bela notícia...Nessas eleições perdeu para Miguel Guerra...Eu estava lá no debate como 1º da lista da CDU à Câmara...Nessas eleições
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Curiosa história do Bispo Traquina conta que rezou, no mosteiro de Alcobaça, para entrar para o seminário, ao mesmo tempo que outro rezava (d' Aljubarrota) para sair de seminarista...
O que saiu tem um filho que via ser ordenado padre muito em breve!!!
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DGPC compromete-se em 2015 a fazerem mais algumas obras
nomeadamente a limpeza do jardim do obelisco...
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A representante da UNESCO
lembrou a Fundação de Portugal
e como o Conselho da Europa, em 1989, onde ela estava a trabalhar, conhecia tão bem a abadia de Cister...
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José Eduardo Oliveira fez fotogravAÇÕES
neste dia 14dez2014

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10202316137699419&set=np.102345632.1576428905&type=1&theater
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10202316121179006&set=a.10202316120979001.1073742003.1670949754&type=1&theater
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10202316129099204&set=a.10202316120979001.1073742003.1670949754&type=1&theater
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https://www.facebook.com/Mosteiro.de.Alcobaca/photos/pb.593866447366576.-2207520000.1418557014./717804964972723/?type=3&theater
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=861735657189640&set=t.1293130217&type=1&theater
Luís Peças e João Santos

https://www.facebook.com/oalcoa/photos/pcb.890037951014661/890035821014874/?type=1&theater
Foto da Sara Susano (Alcoa)
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https://www.facebook.com/municipioalcobaca/photos/t.1006578991/694273353988562/?type=1&theater
Filipe de Moura
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https://www.facebook.com/oalcoa/photos/pcb.890037951014661/890035831014873/?type=1&theater
Foto da Sara Susano (Alcoa)
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=772314546169087&set=a.355600661173813.76537.100001716462017&type=1&theater
João Paulo Ferreira
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e uma apoteose
com o trio Luís, João e Filipe!

https://www.facebook.com/oalcoa/photos/pcb.890037951014661/890036021014854/?type=1&theater
Foto de Sara Susano (Alcoa)
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TAMBÉM NÃO PREVISTA
A DECLAMAÇÃO DE 3 APROPRIADOS POEMAS DO
 RUI RASQUILHO

https://www.facebook.com/oalcoa/photos/pcb.890037951014661/890035591014897/?type=1&theater
Foto da Sara Susano (Alcoa)
pelo próprio autor:
Serra dos Candeeiros
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O Mosteiro
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Pedro e Inês
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1 comentário que merece o registo
o da Marta Luís:
"Nesta cerímónia, confesso que houve alguns momentos em que me emocionei... primeiro quando o representante do sr se estado reconheceu que sem os alcobacenses e o nosso envolvimento nada faz sentido neste mosteiro.... depois quando o dr Rasquilho declamou, e depois, quando os nossos liricos me encantaram... tres rapazes fantásticos, parabéns ao Luis Luis Manuel Coelho Peças, ao Filipe De Moura e ao João de Pernanbuco... amei....
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Via face do Cipriano Simão
"O canto lírico no fecho da cerimónia dos 25 anos de classificação do Mosteiro de Alcobaça como património mundial da Unesco, com Luis Manuel Coelho Peças, João Ferreira e Filipe de Moura.
Lindo demais!"
https://www.facebook.com/video.php?v=10203423601686374&set=vb.1102354099&type=2&theater
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Via alcoa
jornalista
Sara Susana

Hoje, dia 14 de dezembro, tiveram início as comemorações dos 25 anos de elevação do Mosteiro de Alcobaça a Património Mundial. Na sessão de abertura das comemorações marcaram presença: Nuno Vassallo e Silva, Diretor-Geral do Património Cultural; Maria José Morais Pires, substituta da presidente da UNESCO; o Bispo auxiliar de Lisboa, D. José Traquina; o presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Paulo Inácio e o diretor do Mosteiro de Alcobaça, Jorge Pereira de Sampaio. No final da sessão solene foi apresentado um vídeo promocional do Mosteiro oferecido pelo município de Alcobaça. Rui Rasquilho, antigo diretor do Mosteiro leu três poemas da sua autoria e Luís Peças, Filipe De Moura e João Paulo Ferreira, acompanhados ao piano por João Santos, presentearam o público com um momento musical.
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via tintafresca.net

Comemorações prolongam-se durante 2015
    Mosteiro de Alcobaça comemora 25 anos
    de elevação a Património da Humanidade
     Foi 
    Jorge Pereira de Sampaio, D. José Traquina, Nuno Vassallo
                  e Silva,  Maria José Morais Pires e Paulo Inácio
    no dia 14 de dezembro de 1989 que o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça foi classificado pela UNESCO como Património da Humanidade. Segundo os responsáveis do monumento o balanço é positivo, mas o futuro traz algumas preocupações, sobretudo, relacionadas com a necessidade da preservação constante, a ocupação dos espaços devolutos e a necessária instalação de condições de acessibilidade para pessoas com deficiências motoras. As comemorações prolongam-se durante 2015 e, embora o programa ainda não esteja totalmente definido, é certo que haverá concertos, exposições e colóquios internacionais.

       Estiveram presentes na cerimónia de arranque das comemorações, que decorreu na Sala do Capítulo, o Diretor da DGPC - Direção Geral do Património Cultural, Nuno Vassallo e Silva; o diretor do monumento, Jorge Pereira de Sampaio; o Bispo Auxiliar de Lisboa, Dom José Traquina; a Embaixadora da Comissão da UNESCO, Maria José Morais Pires; o presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Paulo Inácio, além de outras individualidades da região.

       O arranque das comemorações começou com a declamação de poesia por parte de Rui Rasquilho, que trouxe aos presentes os poemas “Serra dos Candeeiros”, “Mosteiro” e “Pedro e Inês”. A finalizar a cerimónia foi a vez dos contratenores Luís Peças e João Ferreira e do tenor Filipe De Moura, acompanhados por João Santos ao piano, se associarem com o seu canto à efeméride, perante uma plateia de uma centena de pessoas presentes.

       No seu discurso, Jorge Pereira de Sampaio começou por agradecer a todos que com o seu trabalho, esforço e empenho tornam possível a manutenção do monumento, onde inclui todos os funcionários e os antigos diretores Maria Augusta Trindade Ferreira, Isabel Costeira, Rui Rasquilho e Cecília Gil.

       Para o diretor do monumento “os critérios que levaram a esta enorme honraria foram a sua importância como obra-prima do génio criativo do Homem e por ser uma construção arquitetónica excecional”, uma vez que “o complexo arquitetónico que aqui veio a ser construído após 1178 representa o melhor de vários estilos, acompanhando a própria história do País. Símbolo da austeridade e simplicidade que regiam a vida da comunidade religiosa cisterciense, a arquitetura gótica do período inicial de construção deste Monumento foi dando lugar a novas formas e técnicas de construção e de arte, deixando sempre exemplos estéticos que, testemunhos do labor e do génio humanos, permitem ao observador contemplar a passagem das eras na primeira pessoa”.

       Segundo Jorge Pereira de Sampaio, “o Mosteiro de Alcobaça apresenta-se hoje como uma das casas monásticas cistercienses mais bem conservadas da Europa”, mas “preocupa-nos o futuro. A necessidade da preservação constante em bom estado destas sagradas pedras. A ocupação dos espaços devolutos. A necessária instalação de condições de acessibilidade para pessoas com deficiências motoras. A recuperação das esculturas em terracota obras dos barristas de Alcobaça, a ser protocolada com o Município, e a sua musealização, bem como das esculturas de grande dimensão em madeira e que constituem do maior que existe no género em Portugal, datadas ainda de finas do século dezasseis e que permanecem, ainda, nas reservas”, explicou.

       Outro das questões é a “a criação da nova loja a ser instalada na Sala das Conclusões, como ponto de saída do monumento, permitindo uma oferta mais qualificada aos visitantes”, bem como “a reabertura da Capela do Desterro e, com aumento de pessoal, seria fundamental a criação de novos percursos de visita, incluindo a a referida Capela com a Sacristia e Capela Relicário”, referiu.

       A finalizar, Jorge Pereira de Sampaio recordou que “o espaço do Mosteiro de Alcobaça não é estático e perene, encontrando-se permanentemente reconcetualizado enquanto espaço de fruição cultural que afirma a transversalidade epocal do Monumento. Neste âmbito, acolhe frequentemente iniciativas culturais e artísticas de cunho vincadamente contemporâneo, assumindo-se como um lugar de transversalidade”.

       Por seu turno, Paulo Inácio salientou a “espiritualidade do monumento que é de todos”. O autarca lembra, no entanto, que “essa espiritualidade não deve ser inibidora, mas sim potenciadora de desenvolvimento”, sendo seu desejo que “as cercas do Mosteiro sejam cercas de desenvolvimento de uma cidade que quer evoluir com espiritualidade”, e que “o Mosteiro de Alcobaça seja cada vez mais uma âncora de desenvolvimento da cidade”.

       O autarca salientou ainda que “estamos todos conscientes da importância da requalificação e manutenção deste património, mas também da sua necessidade de desenvolvimento” pelo que deixou um desafio para que, após a conclusão da iluminação exterior do monumento, a DGPC e a autarquia estudem uma nova iluminação interior do monumento.

       Já Maria José Morais Pires lembrou o orgulho de todos os diplomatas portugueses que em 1989 acompanharam o processo de elevação a Património da Humanidade. Segundo a representante da UNESCO, “o processo decorreu naturalmente, pois estamos perante um conjunto único de edifícios monásticos da Ordem de Cister que representam a época”.

       Segundo a embaixatriz, esta distinção “é uma honra, uma responsabilidade e um compromisso que Alcobaça tem sabido respeitar”. Segundo Maria José Morais Pires, “o Mosteiro tem promovido um conjunto de iniciativas para divulgar e animar o monumento, onde a música tem um papel de destaque”, que “têm sido muito bem recebidas na UNESCO”.

       Por seu turno Nuno Vassallo e Silva admitiu que “as condições que estiveram na origem da sua classificação alteraram-se substancialmente podendo mesmo afirmar que o balanço é bastante positivo”. O diretor da DGPC afirmou que “a enorme responsabilidade de gerir e conservar um Monumento que é Património do Mundo é uma tarefa infindável” e que “o Mosteiro de Alcobaça é um monumento que mantém o valor excecional e universal da arquitetura e construção que motivou a sua inscrição na lista do Património Mundial”.

       Nuno Vassallo e Silva destacou as intervenções mais significativas já concretizadas no monumento, nomeadamente a recuperação das coberturas, com destaque para a da Biblioteca; a iluminação da Sacristia, Capela do Relicário e Sala do Capítulo; o restauro de esculturas em terracota; o restauro do teto da Sala das Conclusões; a recuperação dos claustros da portaria, da prisão e do Claustro principal e a demolição dos armazéns do Jardim do Obelisco, mas afirmou que “queremos agora, também olhar para as áreas não visitáveis, o antigo sistema hidráulico cisterciense e para a cerca, reabilitando estes elementos fundamentais, de modo a permitir a adequada leitura e fruição desta joia símbolo maior da Ordem de Cister e património de toda a humanidade”.

       Até ao final de 2014, o programa das comemorações contempla o Concerto de Natal, a realizar no dia 20 de dezembro, pela Academia de Música de Alcobaça. Já no ano de 2015, em janeiro o Mosteiro de Alcobaça recebe a Banda Sinfónica da PSP.

       De salientar ainda, mas sem datas definidas, a realização de um colóquio internacional onde os mais importantes Reis de Portugal ligados a este Mosteiro serão aqui recordados, bem como a realização de exposições: uma de arte contemporânea, da autoria de Cristina Rodrigues, que dará cor e vida à zona medieval deste Mosteiro e outra na Galeria de Exposições Temporárias, e sobre as vivências deste monumento ao longo dos séculos.

       Além disso o Cistermúsica, a decorrer entre Junho e Julho, será todo ele dedicado a estas comemorações que se iniciaram neste dia. As diversas iniciativas programadas recebem o Alto Patrocínio do Presidente da República.
       Mónica Alexandre
       
    16-12-2014
    ***
    É BOM RECORDAR ESTAS POSTAGENS

    04/09/2010


    3.319. Sobre a História do Mosteiro...2 postagens incontornáveis do Prof. António Delgado no "Ecos e Comentários"

    http://ecosecomentarios.blogspot.com/
    Quarta-feira, Setembro 01, 2010
    FÉLIX LICHNOWSKY: descrição do Mosteiro de Alcobaça,1842
    (foto no blogue)
    https://ecosecomentarios.blogspot.com/2010/09/felix-lichnowsky-descricao-do-mosteiro.html
    A viagem nos séculos XVIII e XIX esteve muito em voga entre as elites aristocráticas da Europa e pode dizer-se que esta se associava à formação do gentleman, que não era mais do que o adulto delicado, elegante e cosmopolita. Este personagem foi muito popularizado no séc. XVIII, na Inglaterra vitoriana, como a literatura nos revela. No caso dos jovens aristocratas, as viagens, alicerçava-os no contacto com o mundo real e eram um complemento da educação para além da vida académica e livresca, e assinalava a entrada do jovem no mundo adulto, como se a viagem fosse o rito de iniciação entre aristocratas.

    Mas, as viagens não tinham só fim educativo e complementar para jovens distintos; muitas destas viagens eram feitas com fins comerciais e militares e foram precisamente os aspectos económicos que trouxeram a Portugal o príncipe Felix Lichnowsky. As experiencias militares teve-as na vizinha Espanha, nas guerras Carlistas. Na sua biografia consta ainda que se dedicou à política e foi um excelente parlamentário, exercendo em vários países europeus. Na Prússia, onde nasceu e mais tarde na Alemanha, desenvolveu actividades ligadas à economia e à política externa (com bastante habilidade) de forma muito experimentada.

    Terão sido estas razões que em 1842 levaram D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha-Kohary, seu conterrâneo e marido da rainha D. Maria II, a convidá-lo a vir a Portugal para analisar a situação económica e politica portuguesa e assessorá-lo. O país estava mergulhado numa depressão derivada do enorme endividamento de Portugal à Inglaterra sua aliada de sempre.

    No seu parecer, o príncipe Lichnowsky fez recomendações para que Portugal diversificasse o seu comércio com outros países para não ficar cativo comercialmente de Inglaterra, que no seu parecer derivava do Tratado de Methuen entre os dois países. Chocou-o também a miséria em que vivia o povo português e o atraso flagrante de todo o país, onde só algumas zonas do litoral tinham capacidade para exportar e explorar parte dos seus parcos recursos. A análise de Lichnowsky é um mosaico interessante do país numa época e revela aspectos ainda hoje visíveis, como as assimetrias entre litoral e interior e as comunicações. Estas impressões ficaram expressas no livro “Portugal: Memórias de 1842”. Que foi publicado um ano depois da visita que nos fez entre 24 de Junho e Agosto de 1842. É desse livro que extraio uma passagem dedicada a Alcobaça, uma povoação onde se vinha apenas para ver o mosteiro e partir logo de seguida tal como ainda hoje se faz. Ficar era, ao que parece, um suplício e os atractivos, nenhuns. Apesar desta ideia do “ver, olhar, andar e nada gastar” estar presente em quase todos os escritos dos estrangeiros e nacionais que visitaram Alcobaça e se mantém no turismo da actualidade, o facto nunca incomodou ninguém para alterar este princípio em beneficio da povoação do concelho e pessoas. E continua a não incomodar, porque parece suficiente ter esplanadas, cadeiras, areais e insignificâncias similares, que dão para ver, comodamente sentados, os turistas passarem ao longe. É por efeitos destes que os encantadores de serpentes se vêm sucedendo de forma dinástica, em benefício pessoal e dos compagnons de route, mas em prejuízo da povoação e do concelho, impunemente.

    Texto do príncipe Felix Lichnowsky sobre o Mosteiro de Alcobaça
    Nessa tarde chegámos a Alcobaça, que fica a três léguas da Batalha. Alcobaça e Batalha são os nomes que usualmente são pronunciados pelos portugueses e pelos estrangeiros quando se trata de urna digressão no interior do país, ou quando se vem a falar acerca das suas coisas notáveis; contudo, é pena que estes dois pontos capitais da grande história portuguesa se achem tão perto um do outro; porquanto necessariamente um deles deve enfraquecer a impressão do outro. E o que acontece principalmente quando se vem da Batalha. Apesar de grandes recordações históricas e poé­ticas, Alcobaça perde muito na comparação que inevitavelmente tem de fazer-se, quando ainda se conserva profun­damente gravada a lembrança da régia Batalha. O túmulo da formosa D. Inés e de seu esposo, D. Pedro I, que o amor tornou cruel, é naturalmente a primeira coisa em que se pensa em Alcobaça, onde as sepulturas, como geralmente em todo o Portugal, são objectos de grande consideração, grande principalmente em relação ao quanto é apoucado o presente; todavia, o exterior de Alcobaça não corresponde de modo algum a sua alta antiguidade, a sua celebridade e as grandes recordações que se ligam ao seu nome.



    Esta abadia cisterciense foi erigida por D. Afonso Henriques em memoria da tomada de Santarém, como o indica na denominada sala dos reis a noticia da fundação, que se acha traçada em azulejos, e a qual contém um anátema contra aquele de seus sucessores que tratasse de abolir o mosteiro. Acha-se também ali o célebre documento que tem dado que pensar a muitos historiadores e pelo qual D. Afonso Henriques declara o seu reino tributário ao Convento de Clairvaux, segundo se pretende, em paga da intercessão de São Bernardo em Roma. Em contraposição a estes significativos monumentos dos primeiros períodos do reino de Portugal, a facha­da do mosteiro corresponde ao pensamento de urna edificado do último século. A parte central é formada por urna igreja flanqueada de duas torres e cujo frontão sustenta urna grande imagem de Nossa Senhora; de uma e outra parte da igreja prolongam-se dois corpos laterais de grandes dimensões, de 18 janelas de comprimento e de 1 andar de altura, que con­tém os aposentos do mosteiro, e semelham de algum modo a quartéis de tropa. Tudo se acha em estado de grande deterioração, principalmente os alojamentos do mosteiro; a igreja, para onde se entra subindo alguns degraus, é alta e vasta, de um estilo normando -gótico puro e simples, e construída com a mesma pedra branca empregada na Batalha. Um grande espelho (rosace) acha-se sobre a porta principal e, semelhante a um caleidoscópio, é cheio de vidros de varias cores. Na igre­ja não há obra alguma de escultura, a excepção de um órgão de madeira; e, como em todas as igrejas de Portugal, não se encontra ai também nenhuma estátua, nem quadro. Cinco capelas colaterais no cruzeiro, com pesadas douradoras em madeira, um altar-mor branco e dourado com figuras de pau, que se nao podem chamar estatuas, e tendo a roda 10 grandes colunas jónicas, formam todo o ornato desta igreja, aliás nobre, formosa e de mérito arquitectónico. Um sol, ou glória dourada e colossal, que por trás do altar-mor se prolonga em todas as direcções, não se pode dizer que tenha notável beleza, porém produz grande impressão, principalmente quando, ao descer o Sol ao horizonte, essa grande massa brilhante se ilumina e cintila. Em geral nesta igreja tudo parece dis­posto com o fim de produzir efeito; deste modo, por detrás do altar-mor, e em semicírculo, acham-se, em 7 nichos, ou capelas, outros tantos altares, que se conservam obscuros e que, através de uma grade de ferro, se observara como sepul­tados numa profundidade; é isto de um efeito singular, e parece de algum modo urma ilusão óptica. Ali repousa tam­bém o primeiro abade de Alcobaça, irmão do fundador.

    Visitamos depois algumas capelas, uma das quais, for­mando notável contraste com a igreja, é coberta por toda a parte com as mais ricas esculturas e árvores com folhas e frutos; outra, muito antiga, é inteiramente dourada e cheia com alguns centenares de bustos de madeira pintados, que são efígies de santos, que cobrem todas as paredes como se fora um gabinete de historia natural e trazem sobre o peito bocetas de vidro, onde se acham relíquias; algumas destas figu­ras, que se achavam mais no interior, foram dali arrancadas pelos franceses, que esperavam poder nelas encontrar tesouros; porém, como só achassem pequenos fragmentos de ossos, deixaram intactas todas as outras. Numa grande sacristia meio queimada, achei notável unicamente um tecto muito belo, azul e branco com rosas douradas.

    Ultimamente, para concluir as nossas investigações, viemos (3) ao carneiro, ou antessala, onde repousam D. Inês e D. Pedro. Em frente um do outro, acham-se dois sarcófagos de mármore branco de 16 palmos de comprimento, 7 de alto e 5 de lar­gura; são ambos cobertos com os mais delicados arabescos e altos-relevos; as figuras dos dois amantes, de grandeza mais que natural, estão colocadas, por ordem expressa de D. Pedro, com os pés de urna contra os da outra, de maneira que no dia de Juízo, se ressuscitarem na mesma posição, vêem-se imediatamente um ao outro, logo depois de terem visto o Céu. D. Inês tem um vestido franzido, cujas mangas curtas deixam ver dois braços redondos que se cruzara sobre o peito; as mãos são compridas, estreitas, mas pequenas para a grandeza da figura; uma delas tem calçada uma luva sem dedos; o corpo do vestido é justo e preso por meio de ala­mares e botões antigos, a semelhança dos da Hungria; com uma das mãos pega num fio de pérolas que lhe cinge o pescoço, e na outra tem uma luva. Como a descortesia dos fran­ceses não poupou nem o nariz daquela formosa dama, é impossível formar urna ideia completa das suas feições, as quais o artista (que era contemporâneo) manifestamente quis representar belas; o rosto é algum tanto cheio, mas não deixa de ter graça, as orelhas estão quase inteiramente cobertas por um toucado muito justo; uma pequena boca e uma covazinha na barba dão a essa fisionomia de pedra um não sei quê de chistoso. Quando se reflecte que el-rei D. Pedro, que seguramente era entendedor na matéria, mandou cinzelar à sua vista este mausoléu, deve presumir-se que pelo menos haverá alguma semelhança com o original. Tem na cabeça urna coroa real, e superiormente estende-se um pequeno baldaquino; seis pequenos anjos estão dispostos em torno de D. Inês, protegerá a sua cabeça, fazem mover turíbulos e pegam na cauda do seu vestido. O túmulo é sustentado por seis figuras em forma de esfinges, das quais, porém, somente duas são de mulher; as outras apresentam rostos de homem com barba ou sem ela. Ao longo do friso alternam-se as armas reais portuguesas com os seis dinheiros da casa dos Castros. O sarcófago de D. Pedro é sustentado por seis leões; o seu rosto severo e barbado (ao qual felizmente deixaram intacto o nariz, alias bem feito) mostra as mesmas feições nobres e ternas que Ihe dão todos os retratos; é coberto por um longo trajo franzido, e com ambas as mãos pega na espa­da; os seus pés está deitado um cão da raça que em Inglaterra tem o nome do rei Carlos II; infelizmente falta urna parte da cabeça daquele formoso animal. As quatro faces de ambos os túmulos são cobertas de pequenos altos-relevos que repre­sentara o Juízo Final, o Purgatório, a Ressurreição e os padecimentos de muitos mártires; a execução destas obras indica de algum modo a infância da arte; geralmente poderão notar--se muitos erros artísticos, ou contra a verdadeira beleza, nestes dois monumentos; mas quem se lembrará de fazer tais observações ai, onde campeiam tão romântica poesia e, ao mesmo tempo, tanta verdade histórica?

    Em alguns cantos do carneiro e da igreja acham-se também as sepulturas dos três filhos de D. Inês e de D. Urraca, esposa de D. Afonso II (em 1220), e muitos outros de mui pouca importância e que contêm infantes e infantas falecidos nos séculos XIII e XIV.35 Contudo, os dois mausoléus, célebres no mundo inteiro, tinham de tal sorte absorvido todo o interesse da nossa observação que aos outros somente pudemos conceder ligeira atenção. Uma coisa porém deve surpreender depois de uma tal viagem ao reino dos mortos, e vem a ser que em todo o país haja tantas sepulturas de reis espalhadas por toda a parte. A impressão torna-se absoluta­mente maior e mais solene, e é historicamente mais justo, e mais verdadeiro, que esses príncipes repousem onde quiseram repousar, onde lidaram ou triunfaram, ou onde fizeram (5) fundações : pára-se numa pequena povoação de urna montanha, ou numa solitária abadia, a fim de grave, conscienciosa e solenemente visitar a lousa de um rei, ou de um herói, que ai faleceu; enquanto os jazigos gerais, como São Dinis, a Capela de São Jorge e a dos Capuchinhos deixam frio o observador e chegam a enfadar depois de urna longa demora. Coimbra, Guimarães, Batalha, Alcobaça, e outros lugares que infelizmente não pudemos ver, conservarão provavelmente os seus túmulos reais, porquanto nenhum interesse momentâneo exigirá imperiosamente que o espírito de centralização se faça também extensivo aos mortos.

    A hospedaria em Alcobaça era tão má que ainda durante a noite tivemos de partir, e, depois de uma marcha de três horas, chegámos à povoação, célebre pelos seus banhos, cha­mada as Caldas da Rainha, que tem a reputação de ser uma terra interessante, e onde obtivemos, em recompensa do nosso trabalho, a vantagem de mais algumas comodidades. Não era porém então a estação própria, e por isso o melhor que pudemos fazer foi montar de novo a cavalo, logo depois de algumas horas de descanso. Caminhámos com vento, chuva e um tempo fresco, por urna estrada sofrivelmente calçada e através de um território agreste, coberto de pinheiros e mato, até que finalmente chegámos a Vila Nova da Rainha, estação superior dos vapores do Tejo, onde o Sertorius nos recebeu e nos desembarcou em Lisboa, ainda antes de findar a tarde
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    Segunda-feira, Agosto 23, 2010
    O Conde Raczynski e uma descrição do mosteiro

    https://ecosecomentarios.blogspot.com/2010/08/o-conde-raczynski-e-uma-descricao-do.html
    (ver no blogue o retrato pintado do Conde de Raczynski  por Gemälde von Carl Wilhelm Wach)
    À excepção de alguns ambientes diplomáticos e dos meios académicos, poucos são aqueles que ouviram falar do conde Raczynski. Este ilustre aristocrata polaco desembarcava em Lisboa no ano de 1843, numa missão diplomática, como ministro do rei da Prússia em Portugal, onde residiu até 1846. Além de diplomata era um insigne académico, amante da cultura e da arte. Durante o período que esteve em Portugal, estudou e pesquisou a arte portuguesa antiga, elaborando o mais importante corpo da história artística alguma vez feito em Portugal nessa época. Ao ser polaco, era imune às apreciações localistas. Reviu com imparcialidade certas autorias fantasiosas e aplicou métodos inovadores num país com escasso desenvolvimento artístico e uma cultura estética caracterizada por uma instrução assaz reduzida. Profundamente ilustrado e estudioso, as suas análises eram experientes e com independência crítica, aliando rigor de método onde dominava ainda a apreciação histórica e a arte coeva. O seu rigor metodológico levou-o a percorrer o país, visitando monumentos, igrejas, bibliotecas e as galerias particulares mais famosas, para decantar uma visão abrangente da arte portuguesa como foi a sua. Neste trabalho conviveu com importantes bibliotecários, arquivistas, e eruditos de nome sobressaliente como: Alexandre Herculano, Vasco Pinto de Balsemão, o visconde de Juromenha, Francisco de Sousa Loureiro, Manuel-Francisco de Barros, e Lucas José dos Santos Pereira ou Ferdinand Denis, conservador da biblioteca Sainte-Geneviève,
    Pode afirmar-se com propriedade que os dois estudos que elaborou: Les arts au Portugal (1846) e Dictionnaire Historico-artistique du Portugal (1947), em termos históricos, surgem como rotura metodológica e critica ao que até então se fazia, por cá, em que o estudo e a sistematização da arte e do património como campos próprios eram, por assim dizer, quase inexistentes senão nulos. Com o seu trabalho tentou dar acesso a uma documentação inédita sobre a arte portuguesa do século XVI para diante. A ele se deve o primeiro inventário geral dos bens culturais portugueses, com a elaboração de um relatório das obras de arte e a publicação de documentos inéditos, como os diálogos romanos de Francisco da Hollanda, traduzidos por Auguste Roquemont. Tentou ainda restabelecer a verdade histórica sobre o mítico pintor português, Grão Vasco, aferindo as fontes e comparando sistematicamente as obras. Este trabalho publicado em francês em 1846 e prolongado no Dictionnaire historico-artistique du Portugal em 1847, foi inicialmente considerado inferior e feito às “três pancadas”. No entanto, hoje é apreciado como fonte essencial para a história da arte portuguesa
    Como inovador, as suas estimações críticas esbarraram com um modus vivendi, onde não havia experiência nem metodologia, e foi por isso alvo de uma reacção violenta, como é costume acontecer contra quem tenta inovar. Este facto tê-lo-á levado a suspender um terceiro volume sobre arte em Portugal.
    Escusado será dizer que no campo da arte em si (da história, da critica, da sociologia, da filosofia sobre arte, …,) continuamos a não ser especialmente dotados, senão a Unesco não recomendaria ao Estado Português, que investisse mais no campo artístico em todos os níveis de ensino e posteriormente as Artes tal como a Medicina, serem declaradas prioritárias pelo governo da República.
    Quanto ao conde Raczynski, é no contexto das viagens por Portugal, feitas para o estudo da arte portuguesa, que surge uma sua pequena apreciação sobre o mosteiro de Alcobaça, no seu livro “Les Arts au Portugal” e por simpatia com pequenos juízos da povoação, gentes e os monges.
    O texto de Raczynski, deve ser entendido como expressão própria de uma época e numa visão imparcial, mas com um olhar artistico e intelectualmente bem formado.

    DESCRIÇÃO DO MOSTEIRO POR RACZYNSKI
    (ver no blogue ecos e comentários Aguarela de James Holland)
     https://ecosecomentarios.blogspot.com/2010/08/o-conde-raczynski-e-uma-descricao-do.html
    "No dia 25 saí muito cedo das Caldas e necessitei cinco horas para chegar a Alcobaça, que está a 4 léguas. O dia era lindo e fazia muito tempo que não dava um passeio tão grande a cavalo e com tanto calor. Apesar do cansaço fui directamente até à igreja e coloquei-me numa janela para desenhar o túmulo de Inês de Castro.
    Alcobaça está bastante bem construída e os seus habitantes não parecem miseráveis. Os preços dos produtos de primeira necessidade são mais altos que na nossa região: um par de bois custa aproximadamente 15 moedas (450 francos ou 120 thaleres de Prússia).
    Um advogado fez-me alguns relatos sobre os monges que não os deixa em bom lugar; eram vistos como os tiranos no país. É verdade que as propriedades e os privilégios de que desfrutavam eram enormes e que os seus fazendeiros, rendeiros ou serventes só ganhariam com uma mudança que lhes outorgava a livre posse do que lhes custava antes tanto trabalho, sacrifícios e muita sujeição. Até que ponto os monges abusaram dos seus direitos? Até que ponto esses direitos tinham sido justamente adquiridos? São perguntas que requerem um exame em profundidade. O que é certo é que todas as pessoas imparciais, salvo um aldeão bêbado, estavam de acordo em que a supressão desta comunidade beneficiava o país. O que também é certo é que os monges eram grandes adeptos de D. Miguel e que, se não me engano, apetrecharam, pela sua própria conta, um batalhão de voluntários para a defesa da sua causa. Por sua parte, D. Miguel demonstrou muita simpatia por eles, foi visitá-los e passou vários dias no convento. Não se pode negar que apoiando-o, os monges mostraram muita subtileza e discernimento; os assuntos de D. Miguel apenas terminados foram expulsos da sua antiga habitação. A biblioteca era valiosa e muito rica em manuscritos. Todos esses tesouros da ciência, todo esse material da História foram levados para Lisboa. Não me atrevo a afirmar que estejam guardados, classificados e conservados com cuidado. Conta-se que um número importante foi roubado mas não sei muito a esse respeito, porque se a imoralidade dos que se envolvem em revoluções aumenta pelo frequente regresso das comoções, sua inclinação para a calúnia aumenta certamente ainda mais. Devemos acrescentar que as propriedades dos monges ocupavam uma extensão de várias “léguas” quadradas, quase desde Leiria às Caldas e que os seus rendimentos estavam calculados em várias centenas de milhais de cruzados. Tendo as persecuções que sofreram começado antes do domínio de D. Miguel, os monges exerceram duras represálias contra os que se mostraram sôfregos em melhorar sua posição a expensas do convento.
    Pode-se dizer que a ala da igreja de Alcobaça é magnífica; embora não tenha ornamentações, parece maior que a da Batalha. Os túmulos que se encontram dentro de uma das capelas constituem a parte mais rica e mais interessante. Destacaremos na primeira linha os de Inês de Castro e D. Pedro I, que morreu em 1367 e que foi chamado o Justiceiro por causa do seu inexorável rigor com os malfeitores. Prova disso foi a maneira cruel em que mandou matar os executores da sentencia pronunciada pelo pai contra Inês de Castro. O coração de um deles foi arrancado pelas costas e o do outro pelo peito, enquanto D. Pedro assistia a execução. Estes dois sepulcros estão bem conservados, salvo uma parte onde os soldados do exército de invasão fizeram buracos esperando encontrar algum tesouro. Estas marcas do vandalismo e da cobiça inseparáveis das guerras civis ou estrangeiras foram cobertas de gesso. Também devemos acrescentar que em Coimbra os que combatiam pela liberdade trataram com menos respeito ainda as suas próprias relíquias históricas.
    As tumbas estão ricamente ornamentadas com esculturas representando acontecimentos da vida de D. Pedro e Inês. Na mesma capela estão também outros sarcófagos: o de Beatriz, mulher de Alfonso II, (1220), o dos filhos de Inês e mais alguns. O claustro parece bastante deteriorado, embora ainda não esteja completamente em ruína. A biblioteca tem uma fama que não é merecida; o espaço que ocupa é amplo, mas é tão pouco elevada que as suas proporções não deixam nenhuma impressão de grandeza. Nada se fez para a conservação deste monumento. Não é assim para a Batalha onde foram dedicados cada ano 2 contos (3.200 thaleres ou 11.900 francos) para reparações, que deram resultados bastantes mais satisfatórios do que se podia pensar com tão pouco dinheiro. A sala que contém as estátuas de todos os reis de Portugal não me satisfaz; têm todas um ar moderno, o estilo e o carácter estão faltos de veracidade cronológica e todos estes reis parecem ter encontrado os trajes no guarda-roupa do Theâtre-Français no tempo de Luís XIV (ver N.T.)
    Um grande painel lateral, que segundo o sacristão foi pintado por Joseph de Obidos (1684) pareceu-me bastante medíocre. Salvo este painel, não vi nada em Alcobaça que se parecesse a um quadro.
    O aspecto exterior da igreja é bastante grandioso, embora a fachada acrescentada no século XVII seja um “monstro” de anacronismo arquitectónico, um conjunto esquisito de todos os estilos, desde o gótico até ao rococó. In "Les Arts En Portugal, Lettres adressees a la societé artistique et scientifique de Berlin". pp. 453 a 456.
    N.T. Théâtre- Français (ou Comédie française) é um teatro nacional subsidiado pelo Estado. Foi fundado em 1681

    15/06/2010


    2.883. Na reunião de câmara d' ontem intervim no paot propondo que o município se candidate às comemorações do Dia de Portugal pela especificidade Mosteiro de Alcobaça

    Tivemos mais um Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades.
    Quero relevar o discurso do sociólogo António Barreto (de que tenho má memória como ministro da Agricultura pelo ataque à reforma agrária) sobre os ex-combatentes. Tenho muitos amigos ex-combatentes e ele disse o que era necessário.
    Eu até sou pacifista, adepto da não-violência, contra os milhões gastos em exércitos, armada e força aérea, mas tudo isso não me impede de compreender o que cada ex-combatente deve sentir por ter estado a servir Portugal (com políticas que discordo) e como tem sido tão mal tratado ao longo dos tempos.(2861)

    Mas o essencial que queria propor ao Sr. Presidente da Câmara é que prepare uma candidatura do município para uma das próximas comemorações do Dia de Portugal. temos especificidade que o justifica.
    Nós temos uma batalha que tem de nos mobilizar a todos: O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, Património da Humanidade. A importância histórica no nosso concelho no nosso Portugal tem que ser relevada.  
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    cister.fm postou em 23.6.2010
    2010-06-23 11:00:00


    Rogério Raimundo defende comemorações do Dia de Portugal em Alcobaça

    Rogério Raimundo sugeriu que a Câmara Municipal de Alcobaça se candidate a receber as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades.

    De acordo com vereador da CDU, o facto do Mosteiro de Santa Maria ser Património da Humanidade e de estar ligado à fundação do país justifica este interesse na celebração do 10 de Junho.

    Esta candidatura seria para "uma das próximas comemorações do Dia de Portugal" e permitiria a união de Alcobaça, de forma a envolver-se numa "batalha" que mobilize também toda a região.
    A "especificidade do Mosteiro" é o ponto de partida para esta sugestão da CDU que teria como propósito "relevar toda a região entre Coimbra e Lisboa".