tem o descaramento de afirmar:
"Alguém que está desempregado algum problema deve ter, senão teria conservado o seu emprego"
***
11dez2014
Rita Rato e Diana Ferreira
deputadas do PCP
acutilantes:
https://www.youtube.com/watch?v=lhg7NG4-PzE#t=162
Intervenção de Rita Rato na Assembleia de República
"Apelamos aos jovens portugueses para que não desistam de lutar pelos seus sonhos"
11 Dezembro 2014
Sr. Presidente,
Sr. Deputados,
Sr. Deputados,
Os problemas da juventude são os problemas do país.
E os problemas do país são os problemas da juventude.
E os problemas do país são os problemas da juventude.
Analisar a realidade com que hoje os jovens portugueses estão confrontados, obriga-nos a identificar os problemas, as causas, os responsáveis e as respostas alternativas a este caminho de retrocesso.
O que o PSD aqui vem hoje fazer, é afirmar falsas preocupações com a juventude, utilizando a política de juventude para apagar a sua responsabilidade direta no agravamento das condições de vida dos jovens portugueses, na negação do direito à educação, à emancipação e à autonomia.
Afirmam falsas preocupações com a juventude para esconder o ataque que têm desenvolvido contra os jovens com a política de direita, a política da precariedade, da emigração forçada, do desemprego para embaratecer o trabalho, do desmantelamento das funções sociais do Estado e de violação da Constituição.
Sr. Presidente,
Sr. Deputados,
Sr. Deputados,
Passados mais de 3 anos de imposição do Pacto da Troika, subscrito por PS, PSD e CDS, e aplicado pelo atual Governo a situação do país é de retrocesso civilizacional.
Os tempos que vivemos são marcados pelo empobrecimento, agudização da pobreza e exclusão social, desemprego, precariedade, trabalho gratuito e não remunerado, pela emigração forçada de mais de 50.000 jovens.
O desemprego e o desemprego jovem é pelas piores razões o resultado mais expressivo do projeto político deste Governo e do Pacto da Troika: empobrecimento generalizado, agravamento da exploração, tentativa de aniquilar direitos laborais e sociais.
É que de facto, o desemprego não é um acaso do destino que por azar havia de calhar ao país.
O desemprego é o resultado direto de políticas executadas por sucessivos governos PS, PSD e CDS de destruição do aparelho produtivo nacional, de ruína dos sectores primários da economia da agricultura e das pescas.
É o resultado do processo de integração capitalista da União Europeia de subordinação das necessidades de desenvolvimento económico e social do país aos interesses de domínio económico e financeiro das potências europeias.
De facto, para o Governo PSD/CDS o desemprego não é um dano colateral do ajustamento.
É um instrumento de concretização do seu projeto político de concentração da riqueza e benefício do poder económico e financeiro.
É um fator de pressão sobre os salários, é um instrumento para reduzir os custos do trabalho, é uma chantagem para aqueles que ainda têm emprego e um desespero para aqueles que todos os dias sobrevivem sem emprego.
Sr. Presidente,
Sr. Deputados,
Sr. Deputados,
Hoje, no nosso país mais 400.000 jovens não trabalho nem estudam. O desemprego real dos jovens ultrapassa os 50%.
E isto é um flagelo individual de cada um dos que se encontra nesta situação, mas é também um problema do país que vê desperdiçada a geração mais qualificada de sempre.
E é exatamente pelas necessidades reais do país que estes jovens deveriam estar ao serviço do progresso e do desenvolvimento nacional, e não a ser forçados a emigrar para fugir ao desemprego e à miséria.
Hoje, cerca de 1 milhão e 500 trabalhadores, sobretudo jovens, vivem na intermitência dos estágios não remunerados, dos estágios profissionais, do emprego sem direitos e do desemprego.
Hoje, milhares de jovens saltam de estágio em estágio, de empresa em empresa suprindo necessidades permanentes.
O Programa Garantia Jovem visa criar uma “ocupação”, não criar emprego.
Na verdade, este programa é um passaporte a prazo para o desemprego, porque apenas gera emprego precário e mal pago.
Na verdade, este programa é um passaporte a prazo para o desemprego, porque apenas gera emprego precário e mal pago.
O Programa Garantia Jovem não visa resolver o problema do desemprego jovem, nem tampouco garantir condições de autonomia e emancipação.
Sr. Presidente,
Sr. Deputados,
Sr. Deputados,
Hoje muitos jovens casais adiam a decisão de ter filhos, porque amanhã não sabem se ainda vão ter emprego; porque amanhã sabem que não têm direito ao subsídio de desemprego; não sabem qual será o seu horário laboral; porque o salário mal dá para 2 quanto mais para 3; porque sabem que a seguir aos contratos a prazo, aos recibos verdes, aos estágios e ao trabalho temporário vão novamente apresentar-se quinzenalmente no Centro de Emprego.
A precariedade do emprego é a precariedade da família, é a precariedade da vida, mas é igualmente a precariedade da formação, das qualificações e da experiência profissional, é a precariedade do perfil produtivo e da produtividade do trabalho.
Por isso mesmo, o PCP defende que o combate ao desemprego é inseparável do combate à precariedade.
Desemprego e precariedade são as 2 faces da mesma moeda.
A alternativa ao desemprego não é a precariedade é o emprego com direitos.
Sr. Presidente,
Sr. Deputados,
Sr. Deputados,
Os direitos da juventude são conquistas da Revolução de Abril.
Nenhum direito foi oferta de ministros ou secretários de estado.
Os direitos da juventude foram todos conquistados com a sua luta, muitos, em momentos particularmente difíceis da vida do país.
Por isso, daqui apelamos aos jovens portugueses para que não desistam de lutar pelos seus sonhos, têm direito a ser felizes no seu país e o país precisa de todos os jovens!
O país não precisa é deste Governo e desta política.
Os jovens portugueses e o país precisam de uma política patriótica e de esquerda, que crie e defenda o emprego com direitos, as funções sociais do estado, um rumo de progresso e justiça social e coloque os valores de Abril no futuro de Portugal.
Disse.
*
Diana Ferreira
https://www.youtube.com/watch?v=GLdfgvS1bi4Intervenção de Diana Ferreira na Assembleia de República
"O Governo PSD/CDS é responsável pela emigração forçada de milhares de jovens"
11 Dezembro 2014
Sra. Presidente,
Srs. Deputados,
Srs. Deputados,
Hoje, a escola é um espaço menos inclusivo, que não garante a igualdade de oportunidades, que reproduz e agrava as desigualdades sociais.
Hoje, há alunos do Ensino Secundário que, meses depois do início das aulas, não têm os manuais escolares nem a totalidade do material que necessitam para as aulas. Há alunos que não têm dinheiro para o passe ou para a senha da cantina. Este Governo acabou com o passe escolar e cortou na Ação Social Escolar, prejudicando diretamente milhares de jovens.
Sra. Presidente,
Srs. Deputados,
Srs. Deputados,
A realidade de milhares de estudantes do Ensino Superior continua a agravar-se dia após dia. O subfinanciamento do Ensino Superior transfere para os jovens a responsabilidade de arcar com as despesas associadas à sua educação. Nos últimos quatro anos foi reduzido em mais de 24% a atribuição de Bolsas aos estudantes do Ensino Superior. Muitos são os estudantes que se veem obrigados a trabalhar para pagar aquele que deveria ser um seu direito. Muitos são os estudantes que abandonam o Ensino Superior – sem dinheiro para propinas, para refeições ou para material.
Negam-se Bolsas, reduz-se a Ação Social Escolar indireta, corta-se o financiamento ao Ensino Superior, e assim se trabalha para a elitização do Ensino Superior e para empurrar para fora dele milhares de jovens. É assim, com estas políticas, que resultam nesta realidade, que o governo garante o direito dos jovens à educação?
São as opções políticas de sucessivos governos que dificultam e impedem o acesso e as condições para o sucesso de todos os jovens portugueses à Educação. E o Governo PSD/CDS é responsável pela emigração forçada de milhares de jovens e por hipotecar o futuro dos que cá ficam.
Via I+Lusa
11dez2014
http://www.ionline.pt/artigos/portugal/oposicao-alerta-emigracao-desemprego-precariedade-dos-mais-jovens
Oposição alerta para emigração, desemprego e precariedade dos mais jovens
Em cima da mesa estava um projecto de resolução do PSD com recomendações ao governo
Emigração, desemprego e precariedade dos mais jovens foram hoje os temas escolhidos pela oposição para confrontar a maioria no plenário da Assembleia da República, inteiramente dedicado à discussão de um diploma do PSD sobre política de juventude.
Num debate que começou com uma hora de atraso devido ao "intenso cheiro tóxico" que se sentia na sala das sessões à hora marcada para início dos trabalhos, a discussão foi ‘morna', com os deputados mais novos a darem a cara pelas bancadas que representam.
Em cima da mesa estava um projecto de resolução do PSD com recomendações ao Governo, nomeadamente a criação da profissão do Animador de Juventude.
Contudo, o diploma acabou por merecer muito pouca atenção por parte dos parlamentares, com a oposição a centrar-se nas críticas à ausência de políticas da juventude por parte do executivo de maioria PSD/CDS-PP.
Mariana Mortágua, por parte do BE, Rita Rato, do PCP, e o socialista Pedro Delgado Alves alinharam os discursos pelos mesmos temas, focando os problemas da emigração, desemprego, a precariedade e pobreza dos mais jovens.
"Os estágios não são empregos, são apenas outra forma de precariedade", sustentou Mariana Mortágua, corroborada pela deputada do PCP Rita Rato que lembrou que hoje mais de 300 mil jovens estão desempregados.
"Praticamente um em cada dois jovens está desempregado", acrescentou o deputado do PS Rui Pedro Duarte.
Pelo Governo esteve presente o secretário de Estado da Juventude, Emídio Guerreiro, que recordou as medidas já tomadas pelo actual Governo, destacando, entre outras, os estágios emprego que já abrangeram 55 mil jovens.
No encerramento do debate, o deputado do PSD Hugo Soares aproveitou para deixar um apelo ao PS "no início da época festiva", desafiando os socialistas para no próximo ano colocarem o interesse nacional acima do seu próprio interesse.
"Só assim vão ganhar o respeito do povo português", disse Hugo Soares.
Com Lusa
Num debate que começou com uma hora de atraso devido ao "intenso cheiro tóxico" que se sentia na sala das sessões à hora marcada para início dos trabalhos, a discussão foi ‘morna', com os deputados mais novos a darem a cara pelas bancadas que representam.
Em cima da mesa estava um projecto de resolução do PSD com recomendações ao Governo, nomeadamente a criação da profissão do Animador de Juventude.
Contudo, o diploma acabou por merecer muito pouca atenção por parte dos parlamentares, com a oposição a centrar-se nas críticas à ausência de políticas da juventude por parte do executivo de maioria PSD/CDS-PP.
Mariana Mortágua, por parte do BE, Rita Rato, do PCP, e o socialista Pedro Delgado Alves alinharam os discursos pelos mesmos temas, focando os problemas da emigração, desemprego, a precariedade e pobreza dos mais jovens.
"Os estágios não são empregos, são apenas outra forma de precariedade", sustentou Mariana Mortágua, corroborada pela deputada do PCP Rita Rato que lembrou que hoje mais de 300 mil jovens estão desempregados.
"Praticamente um em cada dois jovens está desempregado", acrescentou o deputado do PS Rui Pedro Duarte.
Pelo Governo esteve presente o secretário de Estado da Juventude, Emídio Guerreiro, que recordou as medidas já tomadas pelo actual Governo, destacando, entre outras, os estágios emprego que já abrangeram 55 mil jovens.
No encerramento do debate, o deputado do PSD Hugo Soares aproveitou para deixar um apelo ao PS "no início da época festiva", desafiando os socialistas para no próximo ano colocarem o interesse nacional acima do seu próprio interesse.
"Só assim vão ganhar o respeito do povo português", disse Hugo Soares.
Com Lusa