25/01/2015

9.475. (25jan2015.2'.20') Grécia

11julho2015
hj (amanhã tb) sou td grego...+1resgate para pagar juros e as prestações dos agiotas da dívida ilegítima...o garrote continua...a austeridade continua com pequenas prendas...daqui vai o meu OXI!!!
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Parlamento da Grécia
http://www.infogrecia.net/2015/07/proposta-de-acordo-aprovada-com-abstencoes-de-peso/
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Sobre as «últimas» da Grécia

Um artigo de Jacques
Sapir a ler com atenção
http://otempodascerejas2.blogspot.pt/2015/07/sobre-as-ultimas-da-grecia.html
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10julho2015
hj (amanhã tb) sou td grego...os amgs direitinhas apressaram-se a divulgar o formidável deputado liberal, belga, que se opôs ao 1.º ministro grego...afinal ele é 1 comparsa dos agiotas...
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Eurodeputado anti-Tsipras foi candidato às privatizações da troika na Grécia

Guy Verhofstadt. Foto Parlamento Europeu.
http://www.infogrecia.net/2015/07/eurodeputado-anti-tsipras-foi-candidato-as-privatizacoes-da-troika-na-grecia/
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CRISE NA GRÉCIA

22:55 10.07.2015
Milhares de gregos protestaram contra a proposta enviada aos credores
http://sicnoticias.sapo.pt/especiais/grecia2015/2015-07-10-Milhares-de-gregos-protestaram-contra-a-proposta-enviada-aos-credores

Milhares de pessoas manifestam-se, esta noite, em frente ao parlamento grego antes da votação da proposta enviada aos credores internacionais. O protesto foi organizado por sindicatos e apoiantes do partido grego Syriza que entendem que as medidas de austeridade que estão em causa humilham o povo grego e que o objetivo das negociações não pode ser o de ficar no euro a qualquer custo. A praça Sintagma foi-se enchendo desde o início da noite. Nos cartazes podiam ainda ler-se mensagens que diziam que "A Grécia não é uma colónia". 

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Via resistir.info:
469747.jpg?type=L
https://abrildenovomagazine.wordpress.com/2015/07/10/a-traicao-de-tsipras-ao-povo-grego/
A traição do sr. Tsipras ao povo grego consumou-se dia 10 de Julho nesta carta à Troika. A carta é importante tanto pelo que diz como pelo que não diz: já nem sequer menciona a sua exigência anterior de um haircut de 30% da dívida grega. A capitulação é total e abjecta.
Ela poderá dar lugar a um 3º memorando, ainda pior que os anteriores.
Este triste desenlace corrobora as prevenções lúcidas do KKE quanto à pergunta do referendo.
Os que estavam tão entusiasmados com a vitória do “Não” frente às exigências da Troika vêem assim este “Não” transformado num “Sim”.
Como reagirão?
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Tsakalotos lança último apelo aos deputados gregos: “O que nós pedimos vai acontecer”


http://expresso.sapo.pt/internacional/2015-07-10-Tsakalotos-lanca-ultimo-apelo-aos-deputados-gregos-O-que-nos-pedimos-vai-acontecer
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Papa Francisco denuncia "neocolonialismo" dos programas de austeridade

http://expresso.sapo.pt/internacional/2015-07-10-Papa-Francisco-denuncia-neocolonialismo-dos-programas-de-austeridade
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22jun2015
 outra conversa sobre a dívida grega...a Portuguesa tb merecia 1 análise destas:
"Amigos da Auditoria Cidadã da Dívida no Brasil e a todas as pessoas interessadas em conhecer verdades que estão sendo reveladas sobre o Sistema da Dívida na Grécia,
Acabamos de iniciar, hoje, a apresentação pública do relatório preliminar do Comité de Auditoria da Dívida Grega. Ao todo, o relatório contém 9 capítulos, dos quais 4 foram apresentados hoje, inclusive o que tive a honra de preparar, sobre os mecanismos do sistema da dívida na Grécia. A apresentação prossegue amanhã, com os demais 5 capítulos.
Estou muito contente diante da oportunidade de participar desse momento histórico aqui na Grécia. A partir do trabalho que realizei, pude desvendar alguns mecanismos muito importantes para desmascarar esse esquema odioso que vem submetendo a Grécia e o povo grego nos últimos anos. Tais mecanismos estavam muito bem escondidos nos contratos que veem regendo a dívida grega desde 2010. O mais escandaloso deles é o contrato Master (MFAFA ), feito em 2012.
Para operar, tais mecanismos utilizam uma companhia criada no auge da crise financeira em 2010, em Luxemburgo, sob a justificativa de urgente necessidade de garantir estabilidade financeira na Europa: EFSF . Na verdade, EFSF é um veículo para desviar recursos públicos, ou títulos garantidos pelos países europeus para bancos privados, ao mesmo tempo em que direciona os ativos tóxicos dos bancos privados para bancos públicos.
Um dos mecanismos inicia com o lançamento de ativos tóxicos (securities tipo “Pass-through”, por exemplo, alvo de diversas denúncias de fraude ) por EFSF, que os deposita na bolsa de Luxemburgo. Em seguida esses ativos são transferidos para um fundo privado criado na Grécia, criado por imposição do FMI em 2010: HFSF . Tal fundo usa os ativos recebidos do EFSF para adquirir papéis emitidos por bancos privados locais com o nome de GREEK BANK INSTRUMENTS. O resultado, depois de outros passos internos, é a geração de uma dívida pública da Grécia com o EFSF. Essa dívida não traz absolutamente nenhum recurso para a Grécia, pois os ativos que possuem garantia dos países europeus vão direto para os bancos privados que emitiram os GREEK BANK INSTRUMENTS. E a Grécia fica com os papéis sem valor emitidos pelos bancos privados, e ainda terá que reembolsar toda a dívida ao EFSF, além de pagar elevados juros e custos abusivos.
Em outro mecanismo EFSF lança ativos denominados EFSF DEBT SECURITIES. Simultaneamente, bancos internacionais orientados pelo British Wilmington Trust (London) Limited emitem, em nome da Grécia, títulos que possuem uma série de restrições legais, denominados NEW GREEK BONDS. Eles são utilizados conjuntamente para reciclar outras dívidas e títulos não devidamente identificados, promovendo a transformação de algo obscuro em novas dívidas com EFSF. O mecanismo seguinte recicla os NEW GREEK BONDS em novas dívidas com o EFSF. A dívida assume um processo automático de multiplicação por ela mesma, devido à autorização incluída no acordo para refinanciar, renovar e rolar continuamente.
Todas as dívidas criadas por esses mecanismos não correspondem a nenhum dinheiro entregue à Grécia, mas geram uma obrigação que a Grécia terá que reembolsar não somente o principal, mas juros elevadíssimos que vão variar de acordo com os ativos emitidos pelo EFSF, custos fabulosos, além de se submeter aos planos de ajuste fiscal impostos pelo FMI para ter o direito de ter o direito de receber esses “apoios”, que nunca serviram para apoiar a Grécia, mas a bancos e instituições privadas. Uma infâmia completa!
Um quarto mecanismo desvendado diz respeito à emissão de SECURITISATION NOTES e a utilização de outro fundo criado por imposição do FMI: HRADF . Tal procedimento acelerou o processo de privatizações e a Grécia ainda fica submetida a utilizar essas notas para pagar a dívida com EFSF. Ou seja, além de levar recursos financeiros o ilegítimo sistema da dívida está levando também o patrimônio nacional.
O maquiavelismo é impressionante. Ao batizarem os papéis com os nomes GREEK BANK INSTRUMENTS e NEW GREEK BONDS, muitos tinham a impressão de que se tratavam de títulos emitidos pela Grécia anteriormente. Por isso desvendar esses mecanismos tem sido um trabalho importante. Isso só foi possível a partir de análise detalhada dos contratos, especialmente o MFAFA, que se encontra disponível no site oficial do EFSF na internet. Até o momento não tivemos acesso a registros contábeis ou a qualquer arquivo ou documento reservado na Grécia; somente estamos trabalhando com dados disponíveis na internet. Isso torna essa descoberta passível de ser publicizada, já que não envolve o uso de qualquer dado sigiloso.
Não foi fácil desvendar esse esquema. Os contratos são extremamente longos e ainda englobam outros contratos embutidos e paralelos; escritos de forma truncada, quase inteligível, e sem uma lógica sequencial, e ainda claramente faltando algumas partes. Já tínhamos passado por experiências semelhantes em investigações feitas no Equador e no Brasil.
Mas como deixei minha vida pra traz aí no Brasil e vim para Atenas, atendendo ao honroso convite da presidente do Parlamento grego para colaborar com o comité criado por ela , dediquei todo o meu tempo a analisar detalhadamente aqueles complicados acordos, pois a primeira fase da auditoria é análise dos documentos. Aos poucos as informações escondidas no meio daquela confusão foram sendo classificadas, ordenadas, e aí estão os mecanismos desvendados; pistas que podem servir para indicar o caminho a ser percorrido para virar esse jogo perverso e estabelecer a justiça social para o povo grego, a quem dedico todo o esforço empenhado.
Esses mecanismos do sistema da dívida grega constituirão um dos capítulos do relatório preliminar do Comité da Verdade sobre a Dívida Pública Grega, juntamente com os excelentes trabalhos realizados pelos demais membros estrangeiros e gregos que também participam dessa importante iniciativa.
Maria Lucia Fattorelli

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6jul2015
PCgrego apostou no voto nulo...
Discordei....
Brancos e nulos foram 6%?
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Não podemos ignorar...este Schulz, amigalhaço do PScosta...disse...e voltou a dizer...até disse o que a UE já fez à Grécia e a Itália: demitir governos e colocar responsáveis tecnocratas, bem conhecidos da Goldman Sachs...Com o referendo não conseguiu...daí a cabeça de VAROUfakis???
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=722474477862067&set=a.108839462558908.15619.100002985630891&type=1&theater
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https://www.facebook.com/manifesto74blog/photos/a.595993570449148.1073741828.595854500463055/854164964632006/?type=1&theater
Queremos um governo submisso, que acatadamente procure cumprir o que lhe é exigido, subordinando a vida da maioria dos Portugueses e o futuro do país a regras que servem interesses do grande capital (estrangeiro e nacional)? Ou queremos um governo que seja capaz de ser assertivo e de defender os interesses nacionais? Queremos um governo que capitule a soberania nacional ou um governo patriótico?
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http://www.publico.pt/mundo/noticia/ministro-das-financas-grego-demitese-1701147


Ministro das Finanças grego demite-se


Yanis Varoufakis diz que sai sob pressão dos governos europeus e das instituições, numa decisão que Alexis Tsipras "julgou ser potencialmente benéfica para poder chegar a um acordo".
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Tsipras reúne apoio dos partidos para negociar

Líderes artidários reunidos com o Prsidente da República
http://www.infogrecia.net/2015/07/tsipras-reune-apoio-dos-partidos-para-negociar/
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http://expresso.sapo.pt/internacional/2015-07-05-Digam-aos-portugueses-que-na-Grecia-lutamos-tambem-por-voces

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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10204741354794898&set=a.1455858037605.2065401.1267953142&type=1&theater
A REABILITAÇÃO DA DEMOCRACIA
Os gregos foram chamados a exercer a democracia e usaram-na a preceito, pondo em cheque todos quantos praticam a viciação austeritária em seu nome. Os gregos, dignos da sua História, deram um exemplo heróico, contra a intimidação, o terror e o diktat estrangeiro que merece ser entendido, honrado e respeitado por todos os povos da Europa. Hoje sim, e antes que sejamos soterrados pela torrente de mentira e futurologia que aí vem, foi um dia histórico para a democracia no espaço europeu, proporcionado pelo povo que mais tem sofrido a tragédia destes tempos. Obrigado! Honra lhe seja!
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5jul2015
A opção é clara...Uns estão com a proposta de + garrote dos 18... Outros estão com o 1 que resiste, luta e tal como em Portugal, tem dívidas que não são do POVO TRABALHADOR...Impressiona-me o processo históRICO com tanto explorado a apoiar passos.portas.merckel.hollande...Arrepia ver +1x quem sofre a iludirem-se com "os democratas" que servem os agiotas...
O referendo decidido e realizado numa semana é 1 feito histórico.
É 1 risco mas é um acto de levar ao povo a proposta concreta...
Nem o PS se atreveu a colocar à opinião do povo, a desão à CEE, ao Euro, aos PEC's... Nem o PSD... Nem agora o PSD.CDS...
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4jul2015
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=862431657174174&set=a.108165985934082.17511.100002220444483&type=1&theater
Para os atrasados mentais que insistem em não perceber que o problema da Grécia não são os gregos,são sim os agiotas de Francoforte, com o aval dos lacaios de Bruxelas e as bengalinhas dos filhos das putas dos políticos dos arcos das alternâncias democráticas...
3jul2015
Primeiro-ministro grego Alexis Tsipras
http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=4660313

Tsipras diz que relatório do FMI lhe dá razão: "dívida da Grécia não é sustentável"

Através da televisão o primeiro-ministro grego apelou ao voto no "Não" e pediu aos gregos que não cedam à chantagem e votem de forma tranquila este domingo.

"No domingo o que está em causa não é a permanência da Grécia na União Europeia, o que está em causa é saber se a chantagem nos levará a aceitar a continuação de uma política que até os credores eles próprios reconheceram que é um beco sem saída", disse Alexis Tsipras, na televisão, sublinhando que o que está em causa no referendo por si convocado é saber se os gregos vão ou não dar consentimento "à morte lenta da nossa economia". E apelou: "insto-os a dizerem Oxi/Não a ultimatos, chantagens e medo. A dizerem não ao estarmos divididos".
O chefe do governo grego afirmou ainda que a análise, divulgada pelos media na véspera, de que o FMI considera insustentável a dívida da Grécia vem dar razão ao governo dominado pelo Syriza. "Ontem houve um acontecimento da máxima importância política. O FMI publicou um relatório sobre a economia grega, que representa uma grande vingança para o governo grego ao constatar o óbvio - que a dívida da Grécia não é sustentável". A dívida grega é, atualmente, de 312 mil milhões de euros.
Tsipras defendeu um perdão de 30% da dívida da Grécia e um período de carência de 20 anos, como refere aquela análise do fundo internacional ontem dada a conhecer. E lamentou que esta posição nunca tenha sido apresentada, até hoje, aos gregos, pelos credores. "Isto nunca nos disseram a nós os credores [que têm estado a negociar com Atenas]". Aquele relatório refere a necessidade de um novo resgate de 36 mil milhões de euros à Grécia - o terceiro desde 2010 - bem como um perdão de dívida da ordem dos 53 mil milhões de euros.
A justiça grega vai ainda pronunciar-se esta tarde sobre a legalidade do referendo. Tsipras e o seu ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, defendem que o referendo é sobre se os gregos aceitam ou não que o governo assine um acordo com os credores internacionais (FMI, BCE e Comissão Europeia) com base na proposta que estes apresentaram no dia 25 de junho.
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https://www.facebook.com/pages/Eug%C3%A9nio-Rosa/112712558746773?fref=ts
Eugénio Rosa:
http://www.eugeniorosa.com/Sites/eugeniorosa.com/Documentos/2015/24-2015-Grecia.pdf
Grécia : um país e um povo em luta pela sua dignidade e pelo seu futuro
– este e outros estudos disponíveis em www.eugeniorosa.com
 Pág. 1 GRÉCIA : um país e um povo em luta pela sua dignidade e pelo seu futuro

 Nos órgãos de comunicação social dos últimos dias podiam ler noticias como esta: “Se a meio da semana as instituições (a “troika”) exigiam uma taxa de 23% para todos os bens e serviços (com exceção de uma de 6% para medicamentos, livros e teatro), agora a troika aceita uma taxa intermédia de 13% em alimentos básicos, energia, água e hotéis, mantendo os 23% para a restauração” (Expresso on-line de 28.6.2015) A pergunta que naturalmente se coloca para reflexão é a seguinte: Como é que foi possível chegar a este grau de interferência na vida interna de um país sem que isso provoque um protesto generalizado nos países da U.E.? Como tudo isto se tornou “normal” e “natural”? Como foi possível que os eurocratas da Comissão Europeia, do BCE, do FMI, etc., se arroguem no direito de interferir daquela natureza na vida dos países? Como é possível, face à posição de resistência do governo grego, que a diretora do FMI tenha o desplante da acusar o governo grego de “falta de maturidade”? Que Durão Barroso, ex-presidente da CE, diga que “tem falta de experiencia”’ E que perante tudo isto, Cavaco Silva apenas considere a Grécia como um simples número, pois se sair do euro, o numero de países passa de 19 para 18; que Passos Coelho e a sua ministra das Finanças só tenha para dizer que “Portugal tem uma almofada financeira para enfrentar a turbulência da saída da Grécia da zona do euro”. E que os media em Portugal se unam numa santa aliança para convencer a opinião publica que tudo isto é “normal” e “natural”, acusando o governo grego de “não ter juízo” ou de ter” várias caras”. Para estes senhores a soberania de um país e a dignidade de um povo são valores que já não existem (estão em desuso). Para eles a resistência do povo e do governo grego aos ditames de Bruxelas, é uma afronta porque lhes faz lembrar a indignidade em que caíram e estão. Parafraseando a duquesa de Bragança, Luísa Gusmão, apetece dizer: Melhor ser livre um dia, que andar de cócaras e ser submisso toda a vida””. Contrariamente ao que afirmam o governo e o próprio presidente da República, não é verdade que Portugal não seria profundamente afetado com uma eventual saída da Grécia da Zona do euro. Apenas um ex.: como a experiência já mostrou as taxas de juro da divida pública disparariam. A banca que tem 56.000 milhões € de títulos de divida, a maioria pública, sofreria um forte “rombo”, porque a divida pública sofreria uma forte desvalorização, tornando ainda mais difícil a situação da banca. Tenha-se presente que a redução do volume da margem financeira causada pela redução do credito tem sido, em parte, compensada pelas elevadas mais-valias obtidas pela venda da divida pública (em 2014, mais de 2.000 milhões €), que passariam a ser menos-valias. E as taxas de juro do credito aumentariam tornado ainda mais difícil e caro a concessão de crédito à economia. OS EFEITOS DESTRUTIVOS DA APLICAÇÃO DA POLITICA DA “TROIKA” NA GRÉCIA Mais de que quaisquer palavras, os dados oficiais divulgados Eurostat referentes a Portugal e à Grécia, que permitem comparar a situação portuguesa, bem conhecida pelos portuguesas, com a grega, dão uma ideia clara da devastação económica e social causada à Grécia pela politica imposta pela “troika”. Quadro 1 – As consequências da politica imposta pela “troika” em Portugal e na Grécia
VER QUADRO1
No período 2007-2014, a riqueza (PIB) por habitante caiu em Portugal 5,8%, enquanto na
Grécia caiu 4,2 vezes mais (-24,4%); o investimento diminuiu em Portugal 35,1%, mas na
Grécia diminuiu 54,7% (passou de 25,6% do PIB para apenas 11,6%); o rendimento
nacional íiquido disponível teve em Portugal uma redução de 2,9%, mas na Grécia a
redução atingiu 27,3%, ou seja, 9,4 vezes mais; a despesa de consumo em Portugal caiu
4% mas Grécia a queda foi de 16,4%, ou seja, quatro vezes mais. Entre 2007 e 2014, foi
destruído em Portugal 10,5% do emprego, mas na Grécia atingiu 22,3%, ou seja mais do
dobro. Entre 2007 e 2014, a taxa de desemprego aumentou em Portugal 42,9% (passou
de 9,1% para 13%), mas na Grécia a taxa de desemprego subiu 226,2% (passou de
8,4% para 27,4%); a taxa de pessoas ameaçadas de pobreza e exclusão social subiu
10% em Portugal, mas na Grécia aumentou 27,2%, ou seja, 2,7 vezes mais; e a taxa de
pessoas em situação de privação material severa aumentou, em Portugal, 10,4%, mas na
Grécia subiu 87%.
Mas este quadro não ficaria completo se não se analisasse a quebra brutal verificada nos
rendimentos das famílias. O quadro 2, construído também com dados oficiais do
Eurostat, mostra o que se verificou em Portugal e na Grécia, mas também na Islândia,
um país que resistiu à interferência da “troika”
Quadro 2 – A Variação do rendimento médio equivalente em Portugal, na Grécia
e na Islândia, no período 2010-2014
VER QUADRO2
Entre 2010 e 2013, o rendimento médio equivalente por pessoa diminuiu em Portugal entre 8,7% e 10,5% segundo o nível do ensino, mas na Grécia a quebra variou entre 34,4% e 38,8%. Se análise foi feita para o período 2010-2014, a quebra no rendimento médio equivalente atinge, na Grécia, entre 39,9% e 42,1%. E é a uma sociedade assim devastada que as chamadas “instituições” (“troika”), Merkel e sócios querem impor mais cortes nas despesas públicas, nomeadamente pensões, e subidas de impostos. A Islândia, um país que recusou a “troika”, viu o seu rendimento médio equivalente aumentar, no período 2010-2013, entre 9,8% e 19,9%. Os comentários parecem desnecessários, mas estes números do próprio Eurostat merecem uma reflexão profunda sobre o que está acontecer nesta Europa que não serve as pessoas. O BEM-ESTAR DOS ALEMÃES É CONSEGUIDO TAMBÉM À CUSTA DA RIQUEZA APROPRIADA AOS OUTROS PAÍSES, NOMEADAMENTE AOS MAIS FRACOS A situação de crise que vive a União Europeia e, nomeadamente, a zona euro, resulta também dos grandes desequilíbrios macroeconómicos que existem entre os diferentes países, por ex., o desequilíbrio das suas contas externas (excedentes excessivos em alguns países e défices excessivos em outros), que o Tratado da União Europeia (artº 3º) e o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (artº 119, 121 e 136º) dispõem que devem ser combatidos, através de abertura de “Procedimentos relativos aos Desequilíbrios Macroeconómicos (PDM) , mas que não são feitos quando os beneficiados são países como a Alemanha.
 O quadro 3, com dados também do Eurostat, mostra um dos desequilíbrios mais importantes que contribuiu para crise atual, e para as dificuldades que estão a enfrentar os países menos desenvolvidos da Zona Euro Quadro 3 – Saldo das Balanças Comercias da Alemanha, Grécia e Portugal no período 2005-2014
VER QUADRO 3
Entre 2005 e 2014, a Alemanha acumulou um enorme saldo positivo na sua Balança Comercial (+1.460.461 milhões €), enquanto a Grécia acumulou um elevado saldo negativo (-176.108 milhões € ) e Portugal também (-90.550 milhões € ). Quase metade do gigantesco saldo positivo da Alemanha foi conseguido através de transações comerciais dentro da zona euro. E como se sabe, o saldo positivo de um país é conseguido à custa dos saldos negativos de outros países. E como mostram os dados do quadro 3, entre 2005 e 2014, o saldo positivo da Balança Comercial da Alemanha, que já era gigantesco em 2005 (117.189 milhões €), aumentou 58,5% (passou para 185.843 milhões €), agravando ainda mais os desequilíbrios dentro da União Europeia, e criando as condições que contribuíram para a que a crise que afeta toda a União Europeia e, de forma particular, Portugal e Grécia , se transforme numa crise que se tende a perpetuar se não forem tomamdas medidas. E apesar dos tratados da U.E. disporem que tais desequilíbrios devem ser corrigidos, mesmo assim a Comissão Europeia não levantou qualquer procedimento para os eliminar ou, pelo menos, para os atenuar, obrigando a Alemanha a ter uma politica mais expansionista que promovesse o desenvolvimento equilibrado dentro do espaço europeu, e que não aproveitasse a sua situação de superioridade para espoliar os outros países da União Europeia, nomeadamente os menos desenvolvidos e mais frágeis como Portugal e a Grécia.. E isto porque o principal culpado dos desequilíbrios existente no seio da União Europeia é a Alemanha.Mas não é só a nível do comercio que a Alemanha tem sido claramente beneficiada com a existência da U.E e, nomeadamente, com a zona do euro. Igualmente a nível de riqueza criada em outros países que é transferida para a Alemanha, contribuindo para o elevado nível de vida dos alemães, a situação também merece uma séria reflexão, como mostram os dados do Eurostat constantes do quadro 4. E isto até para que num momento em que a chantagem sobre a Grécia e sobre o povo grego, impulsionada pela Alemanha, atingem níveis inadmissíveis esteja presente e não seja esquecido.
 quadro 4 – Riqueza produzida (PIB) e riqueza disponível (PNB) na Alemanha, Grécia e Portugal – Período 1995-2014
VER QUADRO 4
Antes de se analisar os dados do quadro 4 (os valores de 2015 são previsões da Comissão Europeia), recorde-se o seguinte, para que eles sejam compreensíveis,: o PIB é o valor da riqueza criada anualmente no país; o PNB é o valor da riqueza que o país tem ao seu dispor em cada ano. E quais são as conclusões que se tiram dos dados anteriores? • Até 2002, o PNB alemão era inferior ao PIB alemão, o que significava que uma parcela da riqueza criada na Alemanha ia beneficiar os habitantes de outros países. • A partir da criação da Zona Euro em 2002, a situação inverte-se rapidamente: o PNB alemão passa a ser superior ao PIB alemão. Só no período 2003-2015 estima-se que a riqueza criada em outros países que foi transferida para Alemanha, indo beneficiar os seus habitantes, atingiu 677.945 milhões €, ou seja, o correspondente a 3,8 vezes o PIB português. • Na Grécia e em Portugal aconteceu precisamente Na Grécia até 2001, o PNB grego era superior ao PIB. No entanto, a partir de 2002, com a criação da Zona Euro, começa a verificar-se precisamente o contrário. Entre 2002-2015, a riqueza criada na Grécia que foi transferida para o exterior, indo beneficiar os habitantes de outros países, atinge 48.760 milhões €. • Em Portugal aconteceu o mesmo mas logo após a entrada para a U.E. Em 1995, o PNB português, ou seja, a riqueza que o país dispôs nesse ano ainda era superior ao PIB, ou seja, à riqueza criada nesse ano em Portugal, em 353 milhões €. Mas a partir de 1996, o PIB passou a ser superior ao PNB, ou seja, uma parte crescente da riqueza criada em Portugal começou a ser transferida para o exterior indo beneficiar os habitantes de outros países. No período 1996-2015, o valor do PIB deste período (20 anos) é superior ao valor do PNB deste período em 70.751 milhões €. Só no período da “troika” e do governo PSD/CDS a transferência liquida de riqueza para o exterior que foi beneficiar os habitantes de outros países atingiu 20.807 milhões €. È evidente que um país altamente beneficiado com a transferência de parte da riqueza criada na Grécia e em Portugal para o exterior foi a Alemanha. Neste momento em que a chantagem sobre a Grécia tomou formas extremas é importante recordar este facto.
Eugénio Rosa, edr2@netcabo.pt , 3.7.2015

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Via blogue TERRA DE ENCANTO
da Susana Duarte

A GRÉCIA E O SOCIALISMO por Miguel Torga (Diário XIV, 1983, pag.191)




"Triunfo largamente maioritário dos socialistas na Grécia. Oxalá que o Espírito Santo os ilumine e, como gregos actuais, saibam dar ao mundo, actualizada, a lição política dos seus antepassados, e realizem no país mais pobre da comunidade europeia o milagre de que nenhum dos ricos será um dia capaz. A repartição equitativa dos bens foi sempre lei na casa dos carenciados. O mesmo caldo magro para todos, e o mesmo apresigo parco para todos. Quando o não há, divide-se a côdea. A justiça social espera a sua hora, e não pode ser mais adiada. Mas tem de ser obra dos de baixo, dos que a fartura ainda não preverteu.(...) Não me quero iludir, mas sou um homem de esperança. E teimo em continuar a sê-lo e acreditar no que sempre acreditei : (...) (N)um socialismo de homens de boa vontade, realmente fraternos, e não em funcionários afobados de uma organização partidária."

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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=721618981280950&set=a.108839462558908.15619.100002985630891&type=1&theater
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http://observador.pt/2015/07/03/debate-entre-a-ditadura-e-o-ultimato-a-grecia-vai-resistir/

Debate. Entre a “ditadura” e o “ultimato”, eles acham que a Grécia vai resistir

ATUALIZADO
Apesar das diferentes origens políticas, Pacheco Pereira, Manuel Alegre, Francisco Louçã e Freitas do Amaral falaram em uníssono: é preciso apoiar a Grécia do Syriza e combater a ditadura da Europa.
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Nem “sim” nem “não”. Comunistas apelam a gregos para anular boletim de voto

http://expresso.sapo.pt/internacional/2015-07-02-Nem-sim-nem-nao.-Comunistas-apelam-a-gregos-para-anular-boletim-de-voto

Partido Comunista grego (KKE), que saiu à rua, disponibilizou um boletim alternativo para os gregos depositaram na urna de voto, este domingo. “Contará como um voto nulo, mas pelo menos expressámos o nosso ponto de vista”

 comunistas gregos distanciam-se da polarização entre o sim e o não à proposta dos credores internacionais que vai a referendo no domingo e que dividiu a Grécia na última semana. O KKE, que nas eleições de janeiro obteve 5,5% dos votos e 15 lugares no Parlamento helénico, rejeita a troika, mas também o Governo de Alexis Tsipras. O partido saiu à rua esta quinta-feira para apelar ao povo para rasgar o boletim de voto.
Ao início da noite, milhares de bandeiras vermelhas pintadas com a foice e o martelo encheram a praça Sintagma, palco de quase todas as manifestações em Atenas. Em vez de sim ou não, os comunistas dizem não e não. É isso mesmo que está escrito no boletim de voto alternativo que o partido disponibiliza na internet e que pede aos gregos para imprimir e depositar na urna na consulta popular deste domingo.
"NÃO à proposta da União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional; NÃO às propostas do Governo. Saída da UE e classe trabalhadora ao poder", diz o documento que muitos manifestantes já traziam na mão. 
"No momento de votar vamos rasgar o boletim e, em vez desse, vamos fechar no envelope o nosso próprio documento e depositá-lo na urna. Contará como um voto nulo, mas pelo menos expressámos o nosso ponto de vista. Porque não existem apenas as duas opções que vão a referendo. Ambas vão resultar na destruição dos direitos das classes trabalhadoras. A nossa alternativa é a saída imediata da União Europeia e a criação de um Governo do povo", explica Eftichia, economista de 34 anos, uma das poucas manifestantes que aceitou falar, numa concentração onde a maioria parecia olhar os jornalistas com desconfiança.
O KKE defende a saída da União Europeia e do euro, que diz só "beneficiar os ricos", mas não advoga necessariamente um retorno ao dracma. "Enquanto se mantiver o sistema capitalista, não interessa a moeda com que vamos contar a pobreza do povo", diz Eftichia.
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2jul2015
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1jul2015
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VIA DN
http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=4656425&page=-1


As seis razões de Varoufakis para votar "não"

por DN.pt01 julho 201516 comentários
Varoufakis foi abordado por jornalistas ao sair do Ministério das Finanças grego.
Varoufakis foi abordado por jornalistas ao sair do Ministério das Finanças grego.Fotografia © REUTERS/Marko Djurica

Varoufakis defende que o Não vai permitir aos gregos renegociar a dívida pública, algo que o FMI e "a maioria dos economistas independentes" concordam ser a melhor opção. Leia o texto integral.

O ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, publicou no seu blogue um apelo ao Não no referendo grego a realizar este domingo. Numa posição explicada "em seis curtos pontos", Varoufakis defende que o Não não significa uma saída da Grécia da Zona Euro, algo que Alexis Tsipras já fizera por destacar na sua declaração desta tarde de quarta-feira na qual garantiu que o referendo se mantêm.
Na sua publicação, Varoufakis afirma que uma vitória do Não daria mais força à Grécia para trabalhar numa renegociação da sua dívida, algo que "o FMI, o governo dos Estados Unidos, muitos outros governos por todo o mundo, e a maioria dos economistas independentes acreditam" ser a melhor opção.
Leia abaixo a versão traduzida da publicação de Varoufakis no seu blogue, cuja versão original em inglês pode ser lida aqui.
Por que é que recomendamos um NÃO no referendo - em seis curtos pontos
1. As negociações pararam porque os credores da Grécia a) recusaram-se a reduzir a nossa dívida pública impagável e b) insistiram que esta devia ser paga "parametricamente" pelos membros mais frágeis da nossa sociedade, os seus filhos e os seus netos.
2. O FMI, o governo dos Estados Unidos, muitos outros governos por todo o mundo, e a maioria dos economistas independentes acreditam - como nós - que a dívida deve ser reestruturada.
3. O Eurogrupo já tinha anteriormente (em novembro de 2012) dito que a dívida devia ser reestruturada, mas está a recusar-se a comprometer-se para uma reestruturação da dívida
4. Desde o anúncio do referendo, a Europa oficial enviou sinais de que estão prontos para discutir a reestruturação da dívida. Estes sinais mostram que a Europa oficial também votaria NÃO na sua oferta "final"
5. A Grécia vai permanecer no euro. Os depósitos nos bancos gregos estão a salvo. Os credores escolheram a estratégia da chantagem baseada no encerramento de bancos. O impasse atual deve-se a essa escolha dos credores, e não ao facto de o governo grego ter descontinuado as negociações, nem por pensamentos gregos de Grexit ou de desvalorização. O lugar da Grécia na Zona Euro e na União Europeia não é negociável.
6. O futuro exige uma Grécia orgulhosa dentro da Zona Euro e no coração da Europa. O futuro exige que os gregos digam um grande NÃO no domingo, que permaneçamos na Zona Euro, e que, com o poder que nos será garantido por esse NÃO, renegociemos a dívida pública da Grécia assim como a distribuição das dificuldades entre os que têm e os que não têm.



































































































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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1138856999462859&set=a.237719306243304.84648.100000157087878&type=1&theater
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http://observador.pt/2015/06/30/sabe-qual-e-o-pais-que-mais-vezes-nao-pagou-divida/

Sabe qual é o país que mais vezes não pagou dívida?

O primeiro incumprimento de que há registo aconteceu... na Grécia, no ano de 377 AC. Mas a Grécia não é o país que já leva 14 episódios de "default".
Esta terça-feira será, tudo indica, o “Dia D” para a Grécia. “D” de default, isto é, incumprimento em dívida pública, neste caso perante o Fundo Monetário Internacional (FMI). O ministro Yanis Varoufakis já confirmou que a Grécia não pagará ao FMI esta terça-feira. Daí que a BBC tenha decidido olhar para a História e notado que apesar de ter sido na Grécia que tenha sido registado o primeiro default da História, em 377 AC, este não é o país com maior número de incumprimentos.
Espanha falhou pagamentos de dívida 14 vezes, segundo a BBC, que parte da análise dos economistas Kenneth Rogoff e Carmen Reinhart, de Harvard, e Miguel Angel Boggiano, de Buenos Aires. Seja por situações ligadas a guerra, catástrofes naturais ou questões de gestão financeira, o país vizinho encabeça a lista dos países com mais episódios de incumprimento. Os dados vão bem atrás na História, até ao século XVI.
Depois da Espanha, surgem a Venezuela e o Equador como segundos piores devedores do mundo, com 11 situações de incumprimento. Com 10 defaults surge o Brasil e países como França, Alemanha e México têm entre oito e novos episódios de falha de pagamento de dívida. Portugal aparece em sexto lugar, com sete defaultsa par da Colômbia e o Uruguai.
O incumprimento por parte da Argentina, em 2001, é normalmente tido como o default público de maior dimensão em toda a História.Desapareceram 95 mil milhões de dólares. Mas há quem defenda que esse título pouco honroso pertence à Grécia, que em 2012 promoveu uma troca voluntária de títulos de dívida que causou uma perda real superior a 70%.
E há bons devedores? Muito poucos. Apenas países como a Suíça, a Bélgica, a Noruega, a Finlândia, Coreia do Sul, Singapura e Nova Zelândia têm um cadastro limpo. Os EUA e a Alemanha já tiveram situações de incumprimento mas, nesta fase, são vistas como bons devedores, em parte devido ao facto de serem emprestadores líquidos (e não credores, quando se ponderam os empréstimos concedidos e pedidos, numa análise global).
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"A Alemanha está a ganhar qualquer coisa como 41 mil milhões de euros com a crise europeia graças à redução dos juros que lhe são cobrados." As conclusões são da revista alemã "Der Spiegel", que ontem fez eco de uma resposta do Ministério das Finanças alemão aos deputados locais, onde a real ideia de solidariedade de Berlim fica evidente: entre 2010 e 2014, com a sucessiva queda dos países europeus sob alçada da troika, os juros cobrados ao governo alemão caíram a pique, fazendo com que todas as previsões tenham saído furadas - mas neste caso os alemães até agradeceram.
Segundo a resposta dos responsáveis das finanças alemãs, Berlim vai poupar 40,9 mil milhões de euros (equivalente grosso modo a 25% do PIB português) em juros entre a despesa que tinha projectado de 2010 a 2014 e aquela em que realmente está a incorrer. Como exemplo veja-se que este ano os alemães projectavam um gasto de 40,6 mil milhões em juros e empréstimos, que afinal vão ficar-se pelos 31,6 mil milhões.
Este ganho não advém apenas da quebra dos juros cobrados às emissões de dívida da Alemanha - assustados pelo risco de outras economias europeias, os investidores passaram a emprestar dinheiro a um preço muito mais baixo aos alemães -, o ganho surge também devido à queda das próprias necessidades de financiamento alemãs. Ao contrário do que acontece na maior parte da zona euro, as contas públicas alemãs têm ganho durante a crise da Europa, já que o emprego, a indústria e as exportações estão a ganhar terreno no mercado europeu, aumentando as receitas fiscais do país.
A entrada de dinheiro nos cofres alemães cresceu em tal ordem que só entre 2010 e 2012 o governo local acabou por emitir menos 73 mil milhões de nova dívida do que esperava (valor que equivale a mais de 34% da dívida do Estado português).
Os valores avançados pelo governo de Angela Merkel ainda referem que a exposição de Berlim à dívida de curto prazo (mais cara que a de longo prazo) caiu neste período de 71% do total, para apenas 51%, com os alemães a aproveitarem o seu boom económico para mudar substancialmente o perfil da sua dívida.
Apesar de todos estes ganhos, nos números citados pela revista "Spiegel" não estão incluídos, por exemplo, os lucros da Alemanha com os empréstimos feitos à Grécia ou a Portugal, por exemplo. Ainda assim, diz o documento do ministério de Wolfgang Schaüble, até ao momento a crise europeia custou aos alemães 599 milhões de euros - isto quando Portugal vai pagar um total de 34,4 mil milhões de euros só em juros pelo empréstimo solidário da troika, ou seja, os 78 mil milhões da "ajuda" internacional vão custar 112,4 mil milhões aos contribuintes residentes em Portugal.
A economia alemã cresceu 0,7% no segundo trimestre deste ano, tendo alguns dos seus ganhos económicos ajudado parcialmente a conter a dimensão da crise nos outros países europeus, com o aumento das importações do país.
http://www.ionline.pt/361587?fb_action_ids=633022240167450&fb_action_types=og.likes
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14jun2015
http://www.cmjornal.xl.pt/mundo/detalhe/grecia-processa-alemanha-por-submarinos-que-ajudaram-a-afundar-economia-nacional.html
14.06.2014  14:36 Grécia processa Alemanha por submarinos que ajudaram a afundar economia nacional Negócio dos submarinos militares que acabaram por nunca navegar no mar tornou-se na principal imagem da crise financeira da Grécia.
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30maio2015
Miguel Urbano Tavares Rodrigues
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=823842264360118&set=a.113367988740886.18583.100002030573081&type=1&theater
O SYRIZA SEM MÁSCARA

(por Miguel Urbano Rodrigues)

Manifestação do PAME, 1º Maio 2015. O governo presidido por Tsipras tem vindo aceleradamente a deixar cair as suas promessas eleitorais. Tanto no plano interno como no plano internacional, a sua política é a do patronato, do grande capital, dos pólos europeu e norte-americano do imperialismo. O governo Syriza-Anel, que tem contado com o apoio transparente da burguesia, cria dificuldades à luta dos trabalhadores, mas não pode impedir a ascensão da luta de massas. Depois do êxito dos desfiles do 1º de Maio multiplicam-se em toda a Grécia as manifestações e as greves. Pode suceder que o Syriza, que tão útil foi ao capital na oposição, perca essa utilidade agora que está no poder.

Os dirigentes das principais potências da União Europeia e os media controlados pelo capital projectam no mundo uma imagem da Grécia grosseiramente deformada. Na caracterização da crise começam por esconder que os empréstimos concedidos à Grécia se destinaram a financiar o grande capital financeiro no âmbito da estratégia da União Europeia. Contrariamente ao que amplos sectores sociais admitiram, o governo Syriza-Anel foi recebido com agrado pelas organizações e representantes do mundo empresarial.

A coligação do Syriza com o Anel - partido nacionalista e xenófobo - formou-se em poucas horas porque existia um acordo prévio. É aliás significativo que a Federação Helénica de Empresas (SEV) e o director-geral de Business-Europe tenham felicitado Alexis Tsipras logo após a sua nomeação para primeiro-ministro.

As linhas gerais da política capituladora do novo governo foram traçadas com antecedência, mas Tsipras e o seu ministro Varoufakis esforçaram-se inicialmente nos seus discursos por transmitir ao mundo a imagem de um governo de esquerda, empenhado em realizar reformas progressistas de ruptura com a política da Nova Democracia e do PASOK, que respondessem às aspirações do povo. Confundir as massas foi objectivo prioritário.

Acompanhando uma chuva de promessas, o governo criou uma linguagem enganadora. O memorando passou a chamar-se "acordo-ponte", a troika "grupo de Bruxelas”, as privatizações "colaborações".

HIPOCRISIA E SUBMISSÃO OSTENSIVA

O êxito eleitoral do Syriza a 25 de Janeiro foi uma consequência do profundo descontentamento popular. O povo votou contra a política da Nova Democracia – PASOK que arruinara o país, empobrecera dramaticamente os trabalhadores em nome da competitividade e rentabilidade do capital.

Num contexto em que o desemprego atingira os 26,8%, o Syriza fez promessas que na prática não ultrapassavam políticas assistencialistas similares às aplicadas por outros governos burgueses, inclusive os do PASOK e da Nova Democracia, para gestão da pobreza extrema e da miséria absoluta. Não tinha, sublinhe-se, a intenção de as cumprir, como ficou demonstrado.

Prometeu, por exemplo, restabelecer o salário mínimo em 751 euros, mas manteve-o em 580 euros. Afirmou que reduziria drasticamente o IVA, mas engavetou rapidamente a promessa, e agora está negociando o seu aumento. A condenação frontal da "austeridade" cedeu lugar a uma "austeridade suavizada". Transcorridas poucas semanas, ficou ainda mais transparente que o governo Syriza-Anel se propunha a desenvolver uma política capitalista, totalmente alinhada com a estratégia e as políticas da União Europeia.

Afirma despudoradamente que a Grécia pagará integralmente a sua gigantesca dívida externa de 374 mil milhões de euros, pela qual não cabe ao povo grego nenhuma responsabilidade. A lentidão das negociações com Bruxelas não deve gerar ilusões. Acabaram por chegar a um acordo, como ambas as partes desejavam. Segundo declarou Varoufakis, será assinado antes do final de Junho. Registe-se, porém, que na última reunião do Comité Central do Syriza um sector minoritário desse partido criticou o acordo, manifestando-se contra a sua aprovação.

Para favorecer os grupos monopolistas e o patronato em geral, o governo precisa de realizar tímidas reformas nas áreas da política monetária e fiscal. As contradições existentes na União Europeia e no relacionamento desta com os EUA teriam de se reflectir no diálogo do governo com as potências imperialistas.Cabe lembrar que Washington disputa à Alemanha a hegemonia na Europa e tudo faz para sabotar as relações económicas do governo de Ângela Merkel com a Rússia.

O afastamento do ministro da Economia, Varoufakis, do papel de "negociador" foi tema de interpretações fantasistas. Na realidade, essa decisão não teve motivação ideológica, resultando da sua personalidade e estilo. É esclarecedor ele ter sido professor de uma universidade norte-americana e ser um keynesiano, defensor assumido do capitalismo e do aprofundamento das relações com os EUA. Declarou enfaticamente que está de acordo com 70% das medidas do memorando imposto pela troika.

O "Acordo de 20 de Fevereiro", negociado com o Euro-grupo, prolongou a validade do memorando. O governo Tsipras-Anel manteve todos os compromissos assumidos pelo governo de Samarás e os anteriores, e abre a porta a um pacote de novas medidas anti-populares: aumento de impostos, privatizações de infra-estruturas estratégicas, cortes em áreas sociais (saúde, educação, segurança social) e nos salários da função pública, benefícios fiscais para os grandes grupos económicos, etc. A privatização do porto do Pireu intensifica-se com o aumento do controlo privado para 51% – e perspectiva da venda de mais 16% num futuro próximo – bem como outras estruturas privadas e 14 aeroportos regionais.

Aliás, a Nova Democracia, o Pasok e o Potami apressaram-se a declarar que votarão a favor do Acordo de 20 de Fevereiro se ele for submetido ao Parlamento, e expressaram disponibilidade para aprovar qualquer acordo que mantenha a Grécia na zona euro.

MAIOR INTEGRAÇÃO NA NATO

O governo Syriza-Anel tem afirmado que pretende fortalecer as relações com os Estados Unidos e a NATO, instrumento militar da sua estratégia planetária de dominação imperialista. O ministro da Defesa, político de extrema-direita, defende um aprofundamento da cooperação com Israel. Ao visitar os EUA sugeriu a exploração conjunta dos recursos energéticos do Mar Egeu.

O governo coligado criou condições para a intensificação de manobras da NATO no país, alargando a cooperação com as bases militares da organização no território nacional. O ministro da Defesa propôs inclusive a instalação de mais uma base militar da NATO na ilha de Karpathos.

Não obstante a asfixia financeira, o governo de Tsipras aprovou uma verba de 500 milhões de dólares para modernização de aviões obsoletos Lockheed, destinados a missões de vigilância da NATO no sudeste do Mediterrâneo.

Numa exibição das suas contradições, discordou primeiro da imposição de um novo pacote de sanções à Rússia, mas depois aprovou-as. Aceitou também participar na escalada militar no Médio Oriente, invocando como pretexto "a protecção das populações cristãs" contra o chamado Estado Islâmico. Ampliam-se as relações com o estado terrorista de Israel, assumindo o perfil de uma aliança estratégica. Logo nos primeiros dias do actual governo, o ministro da Defesa sugeriu a criação de um espaço de defesa comum que inclua Chipre e Israel.

A Grécia acha-se cada vez mais envolvida nos projectos agressivos do imperialismo para a Região e, portanto, cada vez mais exposta aos perigos inseparáveis dessa política. É nesse contexto que o capital grego encara as suas relações com as outras potências capitalistas. A visita a Moscovo de Tsipras inseriu-se nesse quadro.

IRREDUTIVEL OPOSIÇÃO DO KKE

A direcção do KKE declarou desde o início da campanha eleitoral que não aceitaria em hipótese alguma participar em qualquer governo burguês.

O Partido Comunista está consciente das dificuldades da sua posição.

O facto de o Synapismos, núcleo do catual Syriza, ter sido formado por dissidentes do KKE contribuiu para que grandes media internacionais apresentassem o partido de Tsipras como força política radical e até revolucionária. O apoio do Partido da Esquerda Europeia (criado para desmobilizar a classe operária), de partidos comunistas reformistas como o PCF e o PCE ao governo Syriza-Anel, e da social-democracia europeia em geral também gerou alguma confusão.

O KKE desempenha um papel fundamental na organização da luta contra as medidas anti-populares do actual governo. A votação do projecto de lei que apresentou no Parlamento para abolição do memorando e das leis anti-populares tem sido adiada. Será certamente derrotado pela maioria.

O governo Syriza-Anel, que tem contado com o apoio transparente da burguesia, cria dificuldades à luta dos trabalhadores, mas não pode impedir a ascensão da luta de massas.

O Syriza com o seu populismo demagógico continua a confundir amplos sectores sociais. Mas a sua máscara apresenta-se cada vez mais esburacada. No momento em que escrevo multiplicam-se em toda a Grécia as manifestações e as greves. O êxito dos desfiles do 1º de Maio iluminou bem a atitude de milhares de trabalhadores perante uma política classista, favorável ao grande capital. Para os dias 11 e 23 de Junho foram convocadas pelo PAME – a frente de trabalhadores e organizações sindicais na qual o KKE desempenha um papel fundamental – grandes manifestações.

O capitalismo não tem soluções para a sua crise estrutural. Está condenado a desaparecer e a única alternativa é o Socialismo. O KKE não desconhece que no actual contexto europeu e mundial a agonia do monstruoso sistema de exploração do homem será provavelmente lenta. Mas como partido revolucionário marxista-leninista a estratégia do KKE não é elaborada em função de um calendário para a tomada do poder. Os comunistas gregos não excluem a possibilidade de uma agudização das contradições e antagonismos, situação essa que poderia desembocar numa guerra imperialista na Região.

De dirigentes seus ouvi repetidamente a afirmação de que [o Partido] está preparado para "todas as eventualidades".

Atenas, 30 de Maio de 2015

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a ajuda à Grécia voi votada por tds menos o PCP e Verdes
PCP maio 2010
Bernardino Soares na Assembleia da República
https://www.youtube.com/watch?v=q6entEBVC6U#t=176
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21fev2015

Grécia diz que "deixou para trás a austeridade, o memorando e a troika"

Ontem
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, afirmou, este sábado, que o acordo de sexta-feira com os credores permite à Grécia deixar para trás a austeridade, realçando, porém, que as dificuldades reais estão a chegar.
ALKIS KONSTANTINIDIS/REUTERS
O ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, à esquerda do primeiro-ministro, Alexis Tsipras
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=4413496
"Ganhámos uma batalha, mas não a guerra. As dificuldades reais estão a chegar", realçou o líder do Syriza, citado pela agência de notícias francesa (AFP), durante uma entrevista televisiva.
Tsipras considerou que, com o compromisso alcançado em Bruxelas, o país terá "deixado para trás a austeridade, o memorando, a "troika" (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional)" e que, assim sendo, a Grécia atingiu o seu "objetivo principal".
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20fev2015
PCP sobre a chantagem sobre os gregos
http://www.pcp.pt/sobre-acordo-anunciado-no-eurogrupo-sobre-grecia

Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

Sobre o acordo anunciado no Eurogrupo sobre a Grécia

O PCP denuncia todo o processo de chantagem, pressão e imposição que rodeia o acordo agora anunciado, em que fica bem patente a hipocrisia da União Europeia e dos seus principais responsáveis.
Independentemente de ulterior análise ao conteúdo e consequências deste acordo, o que sobressai neste processo é que as orientações e limites impostos pela União Europeia e pela União Económica e Monetária constituem inaceitáveis constrangimentos ao desenvolvimento de políticas em favor dos legítimos interesses e aspirações dos povos, respeitadoras da sua vontade e soberania.
O que o actual acordo testemunha é não só a natureza e objectivos da política da União Europeia de intensificação da exploração e redução de direitos dos trabalhadores e dos povos, mas também a patente limitação de enfrentar esses objectivos sem afirmar coerentemente o direito de cada povo a uma opção soberana de desenvolvimento.
O PCP expressa a sua solidariedade aos trabalhadores e ao povo grego e valoriza o papel da sua luta, bem como da luta dos restantes povos da Europa, na defesa e conquista de direitos e da melhoria das suas condições de vida que, como o acordo agora anunciado vem mais uma vez comprovar, são sistematicamente negados pelos pilares e natureza do processo de integração capitalista na Europa.
O PCP condena a postura do governo português que vergonhosamente se afirmou como um dos mais devotos seguidores da ofensiva desencadeada pela União Europeia visando a imposição da continuação das políticas de retrocesso social e de empobrecimento. Uma postura tão mais condenável quanto contrária ao interesse e dignidade nacionais.
O que este processo vem comprovar é que só uma política alternativa, patriótica e de esquerda pode promover em Portugal o desenvolvimento e o progresso económico e social e romper com o caminho de declínio para onde o País está a ser arrastado. É esse o caminho de afirmação soberana que o PCP propõe e que está determinado a trilhar assumindo todas as responsabilidades que o povo lhe entenda atribuir e que assentará sempre na vontade, intervenção e força dos trabalhadores e do povo português.
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Que ritmo de governAÇÃO!!!
Eleitos há poucos dias e já há Moção de Confiança:
10fev2015

Discurso endurece. "A Grécia não é um protetorado" e "têm de saber com quem se estão a meter"



Declarações surgem numa fase em que o Eurogrupo se prepara para se reunir. Encontro está marcado para esta quarta-feira.http://expresso.sapo.pt/discurso-endurece-a-grecia-nao-e-um-protetorado-e-tem-de-saber-com-quem-se-estao-a-meter=f910208
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8fev2015
ao domingo
Um discurso que foi e é o do PCP
há tantos anos
Soberania...Salvação nacional...
http://sicnoticias.sapo.pt/especiais/grecia2015/2015-02-09-Primeiro-ministro-grego-apresentou-programa-de-Governo-no-Parlamento-em-Atenas
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=783489491733344&set=pcb.783489515066675&type=1&theater
Vão ver o mapa idiotas!
O Wolfgang Schäuble pode saber muito de finanças mas não percebe nada de geografia pois se for ver o mapa, como, aliás, devem ter ido os seus antecessores de há 70 anos, perceberá que o problema da Grécia não se limita a uma questão financeira e que o seu valor geo-estratégico vale muito mais do que a dívida soberana.
É esta ignorância da senhora Merkel e do seu ministro das Finanças que justifica a diferença de posições entre a Alemanha e os EUA., Enquanto os alemães, bem como os badamecos germanófilos do nosso país, estão pouco preocupados com as consequências da falência da Grécia, já Obama defende soluções que passem pelo crescimento da economia grega.
A Grécia fica mesmo ali ao lado da Turquia, do acesso ao Mar Negro, nos Balcãs e a caminho do Estreito de Dardanelos e já quase com vista para a Crimeia e para a Ucrânia, já para não dizer que da Grécia ao Médio Oriente do Califado Islâmico é só um pulinho.. Que divertido ficaria o Mediterrâneo e o mundo se um dia destes a Nato conseguisse uma base naval no Mar Negro e, em contrapartida, a Rússia instalasse uma parte da sua frota na Grécia!
Estes imbecis acham que a Grécia pode ir à bancarrota, mas continua no euro, na UE e mantém-se como um aliado firme da UE e da Alemanha! É caso para dizer ao Wolfgang Schäuble "é a geografia estúpido!". A verdade é que o estúpido ainda não percebeu que a Grécia fica mais perto e com bom caminho até à Ucrânia amiga do que indo a partir de Berlim, até parece que os alemães nunca lá foram...
CARLOS GARCIA
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1fev2015
ler com atenção:
Tsipras, cartoon de Fernão Campos.
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Assinatura do Acordo de Londres, 1953.
http://resistir.info/patnaik/syriza_01fev15.html
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28jan2015
Alguns factos novos:
- num dos 1ºs actos homenageou os 200 comunistas assassinados em 1 de maio de 1944.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=900899219942890&set=a.115624631803690.10975.100000684609478&type=1&theater
- tomou posse sem a igreja ortodoxa, mas antes, foi lá directamente assumir...
- salário mínimo aumentado para 715€
- electricidade gratuita para 300 mil pobres!
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Via SIC
27jan2015
http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2015-01-27-Novo-Governo-grego-aprova-eletricidade-gratuita-para-300-mil-pobres

Governo grego aprova eletricidade gratuita para 300 mil pobres

O novo Governo da Grécia tomou posse esta terça-feira e há decisões que entram em vigor já esta quarta-feira. O salário mínimo sobe para 753 euros, vai ser facilitado o pagamento de impostos atrasados e aprovada eletricidade gratuíta para 300 mil pobres. Tal como prometeu, Alexis Tsipras formou um Executivo reduzido e preparado para renegociar a dívida.

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27jan2015
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Jerónimo de Sousa
Jerónimo (PCP) acusa Passos de desdenhar gregos e confia que Portugal fará "diferente"
"Fica mal essa arrogância e desdém pela opção de um povo. O que o primeiro-ministro poderia e deveria fazer era respeitar essa vontade, essa mudança, independentemente de estar em acordo ou desacordo. Agora, tratar assim, não se faz porque, um dia, a graça pode cair-lhe em cima", afirmou Jerónimo de Sousa, à margem de um encontro com bombeiros, no Seixal.
Na véspera, Passos Coelho considerou que o programa do vencedor do sufrágio helénico de domingo, a coligação de Esquerda (Syriza), é dificilmente conciliável com as regras europeias, desejando que o novo governo liderado por Alexis Tsipras possa manter-se na zona euro e na União Europeia.
O presidente do PSD apelidou mesmo de "conto de crianças" a ideia de que "é possível que um país, por exemplo, não queira assumir os seus compromissos, não pagar as suas dívidas, querer aumentar os salários, baixar os impostos e ainda ter a obrigação de, nos seus parceiros, garantir o financiamento sem contrapartidas".
"Isto não é mimético. Cada povo é um povo, cada país, um país, com a sua cultura e a sua história. Em Portugal, faremos com certeza diferente da Grécia", previu o líder comunista sobre o futuro político nacional.
Questionado sobre uma hipotética necessidade de o PCP se aliar a outro partido no espectro ideológico oposto, como sucedeu na Grécia entre o Syriza e os Gregos Independentes, Jerónimo de Sousa, recusou tal cenário.
"Nós temos uma proposta para o povo português, que é uma política patriótica e de esquerda para a qual possam convergir organizações, movimentos de massas, muitos democratas e patriotas preocupados com o país, forças políticas que se identificam com a procura de uma ruptura e uma mudança. Nesse sentido, creio que o CDS não está nem numa de esquerda, nem de ruptura e mudança necessárias ao país", referiu.
Para o secretário-geral do PCP, "o relevante do processo da Grécia foi a vontade de um povo de rejeitar e derrotar a política de austeridade e de sacrifícios a que foi submetido e de penalização dos executores dessa política e também dos mandantes da União Europeia".
"Entendimentos e acordos não são um problema em si. A sua natureza e conteúdos é que determinam e ainda não são conhecidos", acrescentou, desvalorizando as "caracterizações" de `extrema esquerda` e de `extrema direita` que têm sido adoptadas para descrever as duas forças políticas agora no poder na Grécia.
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PCP envia fraternas saudações aos comunistas gregos pelos resultados obtidos pelo Partido Comunista da Grécia

Tendo sido conhecidos os resultados das eleições realizadas no passado dia 25 de Janeiro na Grécia, o Secretariado do Comité Central do PCP enviou aos comunistas gregos as fraternais saudações do PCP pelos resultados obtidos pelo Partido Comunista da Grécia.
Na mensagem é expressa a «convicção de que os resultados agora obtidos pelo PCG contribuirão para o prosseguimento da luta dos trabalhadores e do povo grego em defesa dos seus interesses e anseios e contra tentativas de impor a continuação das políticas, que ao serviço do grande capital e do imperialismo, tanto sofrimento têm imposto na Grécia».
Na mensagem é ainda reafirmada «a solidariedade dos comunistas portugueses aos comunistas, aos trabalhadores e ao povo grego, com plena confiança de que será pela sua determinação e luta que conquistarão a concretização das suas legítimas aspirações».
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26jan2015
mas que é isto???
coliga-se com 1 direitinha???
lá por ser eurocético não podemos esquecer o que defenderam em campanha e antes!!!
Via expresso
Panos Kammenos e Alexis Tsipras durante o encontro desta manhã, em Atenas. No final da reunião, o líder do partido Gregos Independentes confirmou a existência de um acordo para a formação de um Governo
Panos Kammenos e Alexis Tsipras durante o encontro desta manhã, em Atenas. No final da reunião, o líder do partido Gregos Independentes confirmou a existência de um acordo para a formação de um Governo /  LEFTERIS PITARAKIS/AFP/Getty Images

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/grecia-ja-tem-governo-syriza-coliga-se-com-gregos-independentes=f908056#ixzz3Pvk87uSp

O Syriza já estabeleceu um acordo para a formação de um Governo de coligação com o partido Gregos Independentes. O consenso foi estabelecido esta segunda-feira de manhã, no encontro entre os líderes de ambos os partidos e irá ser comunicado esta tarde ao Presidente grego.
"A Grécia já tem Governo. Vamos comunicar a decisão ao Presidente", afirmou Panos Kammenos, líder do partido eurocético de direita, após a reunião. "Os Gregos Independentes vão dar um voto de confiança ao primeiro-ministro Alexis Tsipras (...) O objetivo para todos os gregos é embarcar num novo dia, com total soberania", acrescentou.
Tendo ficado a apenas dois deputados da maioria absoluta, com 36,3% dos votos que garantiram 149 lugares dos 300 existentes no Parlamento, o Syriza optou assim por formar Governo com um partido de direita, que ficou em sexto lugar nas eleições, com 4,75% dos votos e 13 deputados.
Apesar de à partida os Gregos Independentes se situarem ideologicamente distantes do Syriza, ambos os partidos posicionaram-se anteriormente contra o resgate económico de que o país foi alvo, uma proximidade que os colocou agora alinhados para a coligação governamental.
Na agenda de reuniões desta manhã estava previsto que, a seguir ao encontro com os Gregos Independentes, o líder do Syriza iria reunir-se com os líderes de outros dois partidos, o estreante To Potami (que foi o quarto partido mais votado) e os comunistas do KKE, um sinal de que Tsipras procurará obter o seu apoio político mesmo não os integrando no Governo de coligação.
Alexis Tsipras irá precisar do seu apoio para viabilizar também a eleição de um futuro Presidente da Grécia à primeira volta. Para tal, serão necessários os votos de 180 deputados. 
A opção do Syriza pelos Gregos Independentes para o Governo, em lugar dos centristas Potami, aponta para uma mudança significativa da política económica da Grécia.  
O responsável do programa económico do Syriza, Giorgos Stathakis, reiterou esta segunda-feira que o novo Governo grego não tenciona encontrar-se com os responsáveis da troika (formada pelo Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional) e que irá em vez disso irá procurar negociações diretas com os responsáveis dos diferentes Governos.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/grecia-ja-tem-governo-syriza-coliga-se-com-gregos-independentes=f908056#ixzz3Pvjspll0
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KKE - os comunistas - sobem de votação, apesar do voto útil no Syrisa.
Este crescimento em percentagem e em nº de votos é um sinal positivo!
5,5%...+1%... + 60 mil votos
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João Ferreira
https://www.youtube.com/watch?v=M8UoznGGOEA

Conferência de Imprensa, João Ferreira, , membro do Comité Central e deputado ao Parlamento Europeu, , Lisboa

Sobre as eleições na Grécia

O PCP considera que os resultados das eleições gregas representam uma derrota dos partidos que, ao serviço do grande capital, têm governado a Grécia e que, com a União Europeia, são responsáveis pela política de desastre económico e social que tem sido imposta ao povo grego – traduzindo-se na redução da percentagem conjunta agora obtida pela Nova Democracia e pelo PASOK.
Representam igualmente uma derrota para aqueles que no quadro da União Europeia procuraram, através de inaceitáveis pressões, chantagens e ingerências, condicionar a expressão eleitoral do profundo descontentamento e vontade de mudança política do povo grego.
Os resultados eleitorais expressam a rejeição da política imposta por sucessivos “programas de ajustamento” acordados com a troika, de intensificação da exploração dos trabalhadores, de destruição de direitos laborais e sociais, de negação das mais básicas e essenciais condições de vida, de declínio económico e de abdicação de soberania, sob o ditames da União Europeia e do Euro.
A rejeição do rumo de empobrecimento e de desastre económico e social, e a vontade de mudança de política traduziu-se na vitória do SYRIZA que foi a força política mais votada.
O Partido Comunista da Grécia obteve um resultado que contribuirá para o prosseguimento da luta que desenvolve em defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo grego e contra as políticas que, ao serviço do grande capital e do imperialismo, tanto sofrimento têm imposto na Grécia.
O PCP alerta para as manobras daqueles que, no quadro da União Europeia procurarão, como aliás já anunciaram, assegurar o prosseguimento do essencial da política de empobrecimento e desastre económico e social na Grécia e a continuação do domínio da União Europeia e do seu directório de grandes potências, liderado pela Alemanha.
Reiterando a sua solidariedade aos trabalhadores e ao povo grego, o PCP sublinha que serão estes a alcançar, pela sua luta, a resposta às suas necessidades e interesses e a concretização das suas legítimas aspirações a uma vida melhor, à sua dignidade e soberania - decidindo, sem quaisquer ingerências, o seu presente e futuro.
Para o PCP a solução dos graves problemas económicos e sociais que afectam a generalidade dos países na União Europeia exige a ruptura com as políticas, os instrumentos e os mecanismos de integração capitalista que os geram. Só este caminho permitirá respeitar de facto os sentimentos que o povo grego agora expressou.
Em Portugal, esse caminho passa necessariamente pela ruptura com a política de direita e por uma política patriótica e de esquerda que, entre outras opções fundamentais, passa pela renegociação da dívida de acordo com os interesses nacionais; pelo estudo e preparação do País para a sua libertação do domínio do Euro; por uma decidida política de aposta na produção nacional; pelo reforço do poder de compra dos trabalhadores e do povo; pelo controlo público dos sectores estratégicos, nomeadamente o sector financeiro; pela defesa e promoção dos serviços públicos; pelo combate à injustiça fiscal; por uma política que afirme o primado dos interesses do País e a defesa da soberania e independência nacionais.
Em Portugal face ao rumo de exploração, empobrecimento e declínio nacional, está nas mãos do povo português com a sua luta e o seu voto abrir um caminho vinculado aos valores de Abril e, pela sua parte, o PCP tem soluções para o País e está preparado para assumir todas as responsabilidades que o povo português entenda atribuir-lhe.
É com confiança que o PCP reafirma que nenhum obstáculo será inultrapassável se enfrentado por um povo decidido a tomar nas suas mãos o seu presente e futuro.
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Extraordinária vitória de Syrisa
25jan2015
Via Expresso
Foi junto à Universidade de Atenas que milhares ouviram Alexis Tsipras. "A Grécia está a virar a página", garantiu o líder do Syriza. Desde o fim da ditadura militar, em 1974, as eleições foram sempre vencidas pelo PASOK ou pela Nova Democracia - até este domingo. O Syriza é o primeiro a quebrar a hegemonia. "Deixámos a austeridade para trás", garantiu Tsipras a uma multidão eufórica. 
Destacando o apoio de outros aliados europeus, Tsipras declarou que a sua vitória é "a vitória de todos os povos da Europa que estão a lutar contra a austeridade" e deixou claro que tenciona deitar mãos à obra: "Hoje celebramos, amanhã começamos o trabalho árduo."
"O novo Governo grego está pronto para negociar pela primeira vez com os nossos parceiros uma solução justa e mutamente benéfica, para que a Grécia possa sair do círculo vicioso da dívida", detalhou o líder da coligação de esquerda radical, que não deixou, no entanto, de afirmar que "o veredito do povo grego torna a troika uma coisa do passado".
O discurso do líder da esquerda teve ainda uma palavra contra os oligarcas do país, destacando que esta vitória é a da "Grécia do trabalho, do conhecimento, da civilização e da cultura", mas garantindo que irá governar "para todos os gregos", independentemente de terem votado no Syriza ou não.
Alexis Tsipras fez um discurso olhando para o futuro e para o trabalho de negociações que começam já esta segunda-feira, na reunião do Eurogrupo. "Vamos provar que todas as  Cassandras  deste mundo estão erradas", disse o líder do Syriza. "Recuperámos a esperança, o sorriso, o otimismo e a dignidade para o nosso povo.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/tsipras-e-a-vitoria-de-todos-os-povos-da-europa-que-lutam-contra-a-austeridade=f908008#ixzz3Pvkr4Bas
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vIA VISÃO

Syriza venceu as eleições e está próximo da maioria absoluta

A coligação da esquerda liderada por Alexis Tsipras venceu as eleições gerais ao obter entre 35,5 por cento e 39,5 por cento dos votos



Ler mais: http://visao.sapo.pt/syriza-venceu-as-eleicoes-e-esta-proximo-da-maioria-absoluta=f808239#ixzz3PrnLqqle

Syriza venceu as eleições e está próximo da maioria absoluta
http://visao.sapo.pt/syriza-venceu-as-eleicoes-e-esta-proximo-da-maioria-absoluta=f808239
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outro artigo do AVANTE  de 22jan2015
este já não ignora o Syrisa
Comentário de JOÃO FERREIRA
Grécia

Domingo há eleições legislativas na Grécia. A situação política é marcada por um profundo descrédito, e consequente erosão eleitoral, dos partidos que afundaram o país. A submissão aos ditames da União Europeia cavou uma recessão que em poucos anos destruiu mais de um quarto da riqueza produzida, gerando uma situação devastadora do ponto de vista social.


O Syriza – partido com origem no Synaspismos, cisão do Partido Comunista da Grécia, e que nos anos mais recentes absorveu parte dos despojos do partido socialista (PASOK), em acelerada desagregação – apresenta-se, de acordo com as sondagens, como possível vencedor das eleições.


Recusando a austeridade, o Syriza não aponta rupturas com as regras da institucionalidade da UE, incluindo da União Económica Monetária, do euro. O caminho, considera, passa pela negociação de algumas dessas regras no seio da UE. Da revisão e alargamento do mandato do Banco Central Europeu à renegociação das condições de pagamento da dívida grega, passando pela emissão de títulos de dívida europeus (os chamados eurobonds), entre outras propostas.


Não se discute aqui nem o sentido nem a substância de cada uma dessas propostas. Tampouco o que revelam (ou não) de compreensão da natureza, fundamentos e objectivos da integração capitalista europeia. Apenas se sublinha que, tratando-se de propostas de negociação na e com a UE, se terá de admitir que existe uma possibilidade de, no todo ou em parte, elas não vingarem. Premissa cuja validade se reforça pelo que tem sido a posição assumida pelas principais potências europeias, com a Alemanha à cabeça. A ser assim, falhadas as boas intenções de mudança das regras da UE, que fazer então? Como romper com a austeridade sem romper com a teia de forças e mecanismos quem a impõem?


A tarefa de um futuro governo grego, se vinculado com os interesses, as necessidades e as aspirações do povo grego, se decidido a afirmar de forma soberana os interesses do país, será imensa. Imensos serão os escolhos no seu caminho. Ultrapassá-los exige a coragem e a determinação de assumir confrontos e rupturas.


Nenhum obstáculo será inultrapassável se enfrentado por um povo decidido a tomar nas suas mãos o seu destino. Uma coisa é certa, independentemente do resultado das eleições de domingo: o futuro da Grécia está nas mãos do seu povo e da sua luta.


Charlie


Dois alegados suspeitos de pertencerem a uma organização terrorista, referenciados pela polícia, e um terceiro, igualmente considerado suspeito, ex-detido, acusado de conspiração terrorista, prepararam e executaram dois atentados numa zona central da capital francesa, que a polícia não logrou impedir. Horas depois, já fora da cidade, isolados e cercados, os três acabaram por ser abatidos pela polícia.


Sendo algumas as perguntas que permanecem sem resposta a respeito dos atentados de Paris, são já evidentes as tentativas de, a partir deles, instrumentalizar e manipular genuínos sentimentos de indignação para intensificar medidas de cariz securitário, susceptíveis de violar direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, e para promover sentimentos racistas e xenófobos que têm alimentado o crescimento da extrema-direita e do fascismo na Europa.

TTIP e OGM


As negociações do tratado transatlântico entre a UE e os EUA (TTIP) têm, por agora, implicações que vão além das propostas e contrapropostas feitas por um e pelo outro lado à mesa de negociações.


Esta semana em Estrasburgo foi aprovada legislação cuja discussão, entre avanços e recuos, se vinha arrastando há quatro anos. A proposta original da Comissão Europeia, reformulada pelo Parlamento Europeu, visava dar aos estados-membros o poder de impedir o cultivo de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) no seu território, representando um avanço inequívoco face à situação até aqui existente.


Todavia, no final, os interesses das multinacionais do agronegócio falaram mais alto. Foram retirados pontos essenciais da proposta inicial, tais como o princípio da coexistência e a introdução de zonas limpas entre países vizinhos, subvertendo e enfraquecendo o princípio da precaução.


De acordo com a versão aprovada, os estados terão de pedir às multinacionais, que produzem e comercializam os OGM, que os excluam do seu âmbito geográfico de actuação. Estas podem aceitar ou recusar esse pedido. A própria base legal da proposta, anteriormente a protecção ambiental, passou a ser o mercado interno.


Este resultado é indissociável do TTIP e do que com ele se prepara neste campo. Desde já, aplana-se o caminho para satisfazer os objectivos comerciais das multinacionais que impulsionam todo o processo.
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Espantosa esta notíca do avante!!!
COMO É POSSÍVEL IGNORAR O SYRISA!!!!!!
Via avante antes das eleições 22jan2015
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Liberdade de escolha condicionada
Eleições na Grécia


As eleições legislativas de domingo, 25, na Grécia, ficam marcadas por enormes e inaceitáveis pressões e chantagens da União Europeia sobre o povo grego, tentando condicionar as suas escolhas.
As eleições na Grécia realizam-se num contexto de uma profunda crise económica e social neste país, após seis anos consecutivos de recessão, como consequência da política realizada pelos governos do PASOK e da Nova Democracia e dos «memorandos» que estes assinaram com a troika, a União Europeia e o FMI.


Política e imposições da UE que levaram a um empobrecimento generalizado da população, a um nível de desemprego que atingiu cerca de 28 por cento (Outubro – 2014), a uma dívida que atinge 175 por cento do PIB (e que era de cerca 125 por cento do PIB no início da intervenção da troika) e a uma perda de mais de 25 por cento do seu PIB entre 2009 e 2014.


Uma política que colocou em causa as condições mínimas de sobrevivência de grande parte da população grega e os seus direitos essenciais, como à alimentação, saúde, habitação, energia, aos transportes públicos, impondo uma dramática regressão social ao serviço dos interesses do capital financeiro grego e estrangeiro.


As eleições na Grécia realizam-se igualmente num contexto em que a situação na União Europeia é marcada pelo crescimento anémico da Zona Euro e, mesmo, pela perspectiva de recessão, inclusive em França e Itália. Uma situação que a baixa do preço do petróleo não altera e em que o crescente confronto dos EUA/NATO/UE contra a Federação Russa está a ter consequências na UE, incluindo na Grécia. Nesta quadro o BCE anuncia a adopção de «medidas extraordinárias» como a injecção de quantidades significantes de dinheiro, em particular para a compra de grandes quantidades de títulos bancários («quantitative easing»), para tentar combater o cenário de deflação.


Inaceitáveis ingerências


As eleições na Grécia ficam marcadas por enormes e inaceitáveis pressões e chantagens da União Europeia e, em particular, da Alemanha, sobre o povo grego, tentando condicionar as suas escolhas e impedir a expressão eleitoral da imensa aspiração e vontade de mudança de política, numa situação em que se verifica o descrédito das forças que governam a Grécia há décadas e que aplicaram as medidas da troika e as exigências da União Europeia. Pressões e ingerências que confirmam a UE como um instrumento do directório de grandes potências e do grande capital para promover a opressão nacional.


A situação na Grécia coloca em evidência os reais objectivos e as dramáticas consequências das políticas da União Europeia, comprovando que se coloca a necessidade de uma profunda inversão, de uma ruptura com o caminho até agora percorrido. O povo grego deve decidir o seu presente e futuro, livre de quaisquer ingerências e chantagens.


PCP envia mensagem ao PCG


A propósito das eleições legislativas gregas, o Secretariado do Comité Central do PCP enviou ao Partido Comunista da Grécia (PCG) uma mensagem onde, como expressão das tradicionais relações de amizade e de solidariedade internacionalista entre os dois partidos, transmite ao PCG, e a todos os seus militantes e amigos, os melhores votos de sucesso na próxima batalha eleitoral.


Na mensagem é expressa a «convicção de que o reforço do PCG, nomeadamente no plano eleitoral, é do interesse dos trabalhadores e do povo grego e do sucesso da sua corajosa luta, em que os comunistas gregos têm tido papel determinante, contra as políticas que, ao serviço do grande capital e do imperialismo, têm imposto ao povo grego um terrível retrocesso social e grandes sofrimentos».


O PCP expressa ainda a sua «firme condenação das pressões e ingerências externas, a começar pela União Europeia, que visam condicionar a expressão eleitoral do profundo descontentamento e vontade de mudança do povo grego. Ingerências que visam assegurar a continuação do essencial das políticas do governo de coligação direita/social-democracia, contornar a crise em que se debate a União Europeia dos monopólios e das grandes potências, e prosseguir e mesmo reforçar o rumo neoliberal, federalista e militarista do processo de integração capitalista europeu».


Por fim, o PCP, independentemente de diferenças de situação e de opinião entre os dois partidos, reafirma nesta ocasião a solidariedade dos comunistas portugueses.
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Via Iglésias
Um terço da população grega não mais tem segurança social. 40% não mais tem acesso ao sistema público de saúde e a mortalidade infantil aumentou.

"Durante estes últimos quatro anos, padecemos na Grécia de uma política que tem consequências trágicas para as nossas vidas. O desmantelamento das estruturas da saúde pública e a mercantilização da Saúde são os resultados - talvez os piores - da aplicação das políticas impostas pelos memorandos (da "troika") dos governos destes últimos anos [a troika é formada por três elementos, a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI)]. O objetivo dessas "políticas de austeridade" é transladar, de forma automática e prioritária, o dinheiro público ao pagamento [aos bancos] da dívida e não à satisfação das necessidades básicas da população grega.

A Grécia está em plena crise humanitária. A sua população diminuiu e a esperança de vida reduziu-se em dois anos! Há 3 milhões de pessoas sem cobertura de segurança social, o que equivale a um terço da população [no Brasil equivaleria a 67 milhões de pessoas], e 40% não tem acesso ao sistema público de saúde. Na sua grande maioria, são mulheres e crianças. O desemprego é de 28%, 65 % entre os mais jovens e 67% entre as mulheres jovens.

A tudo isso há que acrescentar um novo dado estrutural: as pessoas pobres e sem segurança social. A redução em 40% da percentagem do PIB dedicada às despesas em saúde pública tem-se traduzido no abandono de práticas institucionalizadas como a vacinação obrigatória, os teste para a identificação da tuberculose nas escolas, as fumigações em massa e a prevenção em geral.

O abandono das políticas de saúde pública e a degradação das condições de habitabilidade bem como da higiene pessoal entre grandes setores da população, por causa do seu empobrecimento, está a traduzir-se no reaparecimento de infeções autóctones que tinham desaparecido, como a malária, o aumento da tuberculose, o aumento do número de pessoas seropositivas em 200% etc.

Mais em concreto, no que se refere às mulheres, essas têm perdido o seu direito à prevenção de doenças como as hemorroidas por causa da gravidez, o cancro de mama ou infeções, já que grande número de mulheres vai cada vez menos à consulta médica.

Mas há algo pior: já não existe a saúde reprodutiva das mulheres! O direito das mulheres a dispor do seu corpo e a decidir se querem ter ou não uma criança vê-se constantemente ameaçado, não pela proibição do direito ao aborto, como na Espanha, senão devido ao empobrecimento das mulheres e à mercantilização de bens e serviços.


Direitos adquiridos, como os cuidados de qualidade durante a gravidez e o parto, uma educação sexual que baseie as relações sexuais na igualdade, a liberdade e o prazer, livre de violência machista, a capacidade de decidir livremente se queremos ter filhos e em que condições, constituem hoje uma lembrança longínqua. Por outro lado, o livre acesso a dar a luz e a uma interrupção da gravidez de qualidade, bem como a um bom serviço de planejamento familiar e à anticoncepção pertencem à esfera dos sonhos...

Assistimos a uma rápida diminuição dos nascimentos (-20 %), e a um aumento dos abortos (300.000; um aborto custa 350 euros nos hospitais públicos). Além disso, muitas das interrupções voluntárias da gravidez realizam-se necessariamente fora do hospital, sem assistência médica; uma situação que põe em perigo a vida das mulheres.

A isso junta-se o aumento, pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, da mortalidade dos recém-nascidos e a ausência de vacinação para as crianças pobres. Entre 65% e 70% dos meninos são vacinados na medicina privada (a cargo da já escassa economia familiar de pais sem emprego ou sem segurança social) ou não são vacinados... Uma verdadeira bomba relógio sanitária!

Também assistimos ao abandono, por parte de famílias pobres, de crianças em asilos, à explosão de doenças sexuais infeciosas, ao aumento da miséria, das tensões nas relações humanas, do suicídio e, infelizmente, a aumento galopante da violência dos homens contra as mulheres ( 47%).

O direito da mulher a decidir se quer ter filhos se converte numa mercadoria nos hospitais públicos que são transformados em empresas. O direito à liberdade da maternidade converte-se num luxo reservado só aos ricos!

Foram adotadas e aplicadas medidas como a derrogação das convenções coletivas, e a redução ou eliminação de uma série de subsídios, previstos nessas convenções, para facilitar a vida das mulheres e a educação das crianças. Pode citar-se como exemplo a abolição dos subsídios por casal, para amas, para creches, para os acampamentos de verão, o parto e os exames pré-natais, bem como a diminuição em 22% do subsídio (equivalente ao salário base) para o cuidado de crianças durante os 6 primeiros meses de vida.

A situação é ainda pior quando se requer que as mulheres grávidas sem segurança social, bem como as mulheres sem documentos legais, cubram o custo de todos os exames médicos e a hospitalização para o parto. Se não podem pagar, criminaliza-se o mais básico dos direitos humanos, o direito à maternidade.

Para dar à luz numa maternidade pública, terão que pagar quantidades exorbitantes: 600 euros por um parto normal e 1.200 euros por uma cesariana. Situação que se agrava para as pessoas imigrantes: 1200 euros por um parto normal e 2.400 euros por uma cesariana. Tudo isso sem contar com as despesas das visitas médicas durante a gravidez e também as dos exames pré-natais. Por causa disso, muitas mulheres dão à luz sem exames médicos prévios!

E se tudo isto não fosse suficiente, os hospitais públicos ameaçam não autorizar a saída e nem conceder a certidão de nascimento, se as mulheres sem segurança social não pagam ou não proporcionam um número de identificação fiscal para que lhes sejam faturadas as despesas, a serem pagas em prestações.

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12 de Janeiro de 1822: A primeira Assembleia Nacional grega proclama a independência da Grécia moderna

Em 12 de Janeiro de 1822, a assembleia nacional da Grécia, reunida na cidade de Epidauro, proclama a independência do país, então dominado pelo Império Otomano. Os gregos começavam ali a sua guerra de independência contra os turcos. 
A primeira assembleia de Epidauro aprova uma constituição democrática, monárquica, e forma um governo. Contudo, o jovem país logo se envolve numa guerra civil e os turcos aproveitam para ocupá-lo novamente, com o apoio do Egipto e da Rússia. Graças à intervenção das grandes potências europeias, a Turquia acabou por  reconhecer a soberania da Grécia em 1829. A independência definitiva do país seria proclamada somente em 1830.
Já em 
1814, nacionalistas gregos fundam a Filikí Etaireía (Sociedade dos Amigos), com o objectivo de preparar um movimento de independência organizado. Em 25 de Março de 1821, o bispo Germanos deflagra o movimento de independência no Peloponeso, que, com altos e baixos, dura até 1829.
A guerra de independência da Grécia atraiu grande parte da sociedade europeia, principalmente a intelectualidade romântica, que viu no conflito a luta pela liberdade da pátria considerada berço da civilização ocidental. Uma imensa quantidade de voluntários não-gregos lutaram pela causa, incluindo, por exemplo, o poeta inglês Lorde Byron. Por vezes, os otomanos encontravam-se a ponto de suprimir a revolução grega totalmente, não fosse a intervenção da França, Inglaterra e Rússia.
O conde Ioannis Kapodístrias, ministro russo das relações exteriores, ele próprio um respeitado patriota grego originário de Corfu, foi eleito presidente provisório da Grécia na terceira assembleia nacional, reunida em Abril de 1827. Os gregos pretenderam estabelecer uma república democrática, inspirada nos princípios da revolução francesa e nas tradições que tinham mantido vivas na herança cultural do país. Mas, afinal, a Grécia livre tornou-se uma monarquia.
No momento da independência, o Estado grego possuía apenas um milhão de habitantes num território de 50 mil quilómetros quadrados que compreendia a parte central da moderna Grécia (inclusive a Ática), o Peloponeso, a Eubeia e as ilhas Cíclades. O assassinato de Kapodistrias, em Outubro de 1831, levou as potências europeias a concluírem que a Grécia não estava preparada para a democracia. Em 1832, a coroa foi oferecida ao príncipe Oto I da Baviera, que chegou a Náuplia, primeira capital do país, em 6 de Fevereiro de 1833. No ano seguinte o rei transferiu a capital para Atenas. A oposição ao absolutismo de Oto I provocou uma revolução que teve como resultado a constituição de 1844, que vigorou durante 20 anos.
A guerra pela independência da Grécia, desde os primórdios, foi extremamente sangrenta, até para os padrões da época. Ainda em 1822, os turcos se vingaram da morte de muçulmanos e massacraram os gregos em Quios. A batalha inspiraria o quadro “Massacre de Quios”, do pintor francês Eugène Delacroix. A obra é apenas um reflexo de o quanto a guerra da independência da Grécia mobilizou toda a Europa cristã.
wikipedia (imagens)
O Massacre de Quios - Eugène Delacroix
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/01/12-de-janeiro-de-1822-primeira.html?fbclid=IwAR0YuRAh16lQIbRqKj9Ib-3sqsgZWzIwc0SqAHhwGW916HVnNr98URi4Ld8
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