***
Escritor e jornalista libanês, Amin Maalouf nasceu em 1949, em Beirute, na confissão católica árabe. Filho de Ruchdi Maalouf, um escritor, professor e jornalista, frequentou os colégios jesuítas de Beirute e, após a conclusão dos seus estudos em Economia e Sociologia, continuou a longa tradição familiar no Jornalismo.
Inserido no an-Nahar, um jornal libanês de importância, foi enviado para países como a Argélia, a Índia, o Bangladesh, a Etiópia, a Somália e o Quénia, muitas das vezes para fazer a cobertura de guerras e conflitos armados.
Em 1975, uma onda de violência assolou o Líbano e, com o rebentamento de uma guerra civil, Amin Maalouf optou, em 1977, por se exilar com a família em Paris, onde continuou a exercer a carreira, contribuindo para o Jeune Afrique e para a edição internacional do an-Nahar. Em 1983 publicou o seu primeiro livro, "As Cruzadas Vistas Pelos Árabes", obra escrita na língua francesa, e que teve por grande mérito dar a possibilidade não só ao público, como também aos historiadores, de aceder às fontes árabes medievais nos capítulos respeitantes à História das Cruzadas, reescrevendo assim convicções mantidas ao longo de quase mil anos.
Em 1986 fez a sua estreia no romance com "O Leão Africano", que conta a história de um geógrafo, Hassan Al-Wazzan, nas suas deambulações, desde a Granada onde nasceu, pela bacia do Mediterrâneo e por terras africanas até à sua residência em Fez. Amplamente autobiográfico, o livro relembra os episódios do exílio do próprio Maalouf.
Cultivando a ideia de que a harmonia universal entra em conflito com o sistema de convicções humano, publicou "O Jardim da Luz" em 1991. Recriando a vida de Mani, tenta mostrar que a beleza da tolerância é um bem frágil nas mãos dos poderes convencionais. Publicaria ainda Le "Rocher de Tanios" (1993), "Les Echelles Du Levant" (1996) e "Les Identités Meurtrières" (1998).
No ano de 2000, escreveu um libretto de ópera "L'Amour de Loin", que reconta os amores do trovador do século XII Jaufre Raudel pela Condessa de Tripoli. Com o arranjo musical da compositora finlandesa Kaija Saariaho, a ópera estreou em Salzburgo em 2000 e em Paris no ano seguinte, sob a direção de Peter Sellars.
Embora não tivesse empreendido grandes viagens desde a sua chegada a França, Maalouf visitou o seu país natal em 1994. Não obstante, grande parte da sua obra foi escrita no retiro de uma cabana de pescador algures numa ilha do Canal da Mancha.
https://www.wook.pt/autor/amin-maalouf/14320
*
Os Jardins da Luz
Sinopse
«Vim
do país de Babel», dizia ele, «para fazer ecoar um grito através do
mundo.» Durante muitos anos, o seu grito foi ouvido. No Egito,
chamavam-lhe o Apóstolo de Jesus; na China, cognominavam-no o Buda de
Luz; a sua esperança florescia à beira dos três oceanos. Porém,
rapidamente surgiu o ódio, surgiu o encarniçamento. Os príncipes deste
mundo amaldiçoaram-nos; tornou-se para eles o «demónio mentiroso», o
«recipiente repleto de mal» e, no seu humor cáustico, o «maníaco»; a voz
dele, «um pérfido encantamento»; a sua mensagem, «a ignóbil
superstição», «a pestilencial heresia». Depois, as fogueiras cumpriram a
sua missão, consumindo num mesmo fogo tenebroso os seus escritos, os
mais perfeitos dos seus discípulos, e essas mulheres altivas que se
recusavam a cuspir sobre o seu nome.
*
Sinopse
Acusado
de colocar em causa os códigos mais sagrados do Islão, o poeta persa
Omar Khayyam encontra fortuitamente a simpatia do homem que é suposto
julgar os seus crimes. Reconhecendo o seu génio, o juiz decide poupá-lo e
oferece-lhe um pequeno livro em branco, encorajando-o a colocar naquele
livro a coleção dos seus pensamentos mais profundos.
Assim começa a combinação perfeita de realidade e ficção que é este livro. Samarcanda abrange séculos de história do Médio Oriente e já foi considerado um dos melhores romances históricos de sempre.
Assim começa a combinação perfeita de realidade e ficção que é este livro. Samarcanda abrange séculos de história do Médio Oriente e já foi considerado um dos melhores romances históricos de sempre.
Críticas de imprensa
«Um
livro extraordinário! As descrições que Maalouf faz das cortes, do
bazar e das vidas de místicos, reis e amantes entretecem-se numa prosa
evocativa e lânguida.»
The Independent
«Um dos melhores romances históricos de sempre.» The Times
«Amin Maalouf apresenta um modelo para o futuro, bem como um aviso, uma via para o entendimento entre culturas e uma dimensão assustadora das consequências do fracasso. A Europa não pode dar-se ao luxo de ignorar a sua voz.» The Guardian
https://www.wook.pt/livro/samarcanda-amin-maalouf/16418605«Um dos melhores romances históricos de sempre.» The Times
«Amin Maalouf apresenta um modelo para o futuro, bem como um aviso, uma via para o entendimento entre culturas e uma dimensão assustadora das consequências do fracasso. A Europa não pode dar-se ao luxo de ignorar a sua voz.» The Guardian
*
Sinopse
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura.
Num texto que toma como ponto de partida as fontes coevas e, pormenor importante, exclusivamente árabes, Amin Maalouf constrói uma história das cruzadas vista de uma perspetiva a que raramente temos acesso, pois só nos foram dadas a ler as histórias das cruzadas do ponto de vista ocidental. Como afirmou Alain Decaux: «Interessa comprovar que as versões orientais e ocidentais não coincidem de todo. Nós escrevemos a nossa própria visão; durante esse tempo, eles escreveram a deles. É por isso que esta nova história das cruzadas não se parece com nenhuma outra.» Texto cativante, que mescla o tom da crónica contemporânea com a mestria estilística do autor, As Cruzadas Vistas pelos Árabes apresenta-nos uma perspetiva que não é habitual, mas não menos empolgante.
Livro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura.
Num texto que toma como ponto de partida as fontes coevas e, pormenor importante, exclusivamente árabes, Amin Maalouf constrói uma história das cruzadas vista de uma perspetiva a que raramente temos acesso, pois só nos foram dadas a ler as histórias das cruzadas do ponto de vista ocidental. Como afirmou Alain Decaux: «Interessa comprovar que as versões orientais e ocidentais não coincidem de todo. Nós escrevemos a nossa própria visão; durante esse tempo, eles escreveram a deles. É por isso que esta nova história das cruzadas não se parece com nenhuma outra.» Texto cativante, que mescla o tom da crónica contemporânea com a mestria estilística do autor, As Cruzadas Vistas pelos Árabes apresenta-nos uma perspetiva que não é habitual, mas não menos empolgante.
*
Sinopse
As Identidades Assassinas
é, antes de mais, um manifesto contra a loucura que, todos os dias e
por todo o mundo, incita os homens a matarem-se em nome da sua
«identidade».
Amin Maalouf recusa contemplar este massacre imemorial com fatalismo, com resignação. Apoiado na sua própria condição de homem do Oriente e do Ocidente, tenta compreender porquê, na história humana, a afirmação de si próprio segue tantas vezes a par da negação do outro. Trata-se, assim, de uma vasta meditação, profunda e humanista, cuja finalidade explícita é anunciada de imediato: convencer os seus contemporâneos que se pode ficar fiel aos valores de que se é herdeiro, sem que por isso se sinta ameaçado pelos valores de que os outros são detentores.
A história, a anedota, a filosofia, a teologia, sucedem-se na sua demonstração. No final, desprende-se deste livro uma poderosa mensagem de tolerância, servida por um texto límpido, de palavras precisas e concisas.
Escrito um pouco como se dá uma aula mas imbuído de calor, este livro procura fazer a paz e convencer. E consegue-o.
Amin Maalouf recusa contemplar este massacre imemorial com fatalismo, com resignação. Apoiado na sua própria condição de homem do Oriente e do Ocidente, tenta compreender porquê, na história humana, a afirmação de si próprio segue tantas vezes a par da negação do outro. Trata-se, assim, de uma vasta meditação, profunda e humanista, cuja finalidade explícita é anunciada de imediato: convencer os seus contemporâneos que se pode ficar fiel aos valores de que se é herdeiro, sem que por isso se sinta ameaçado pelos valores de que os outros são detentores.
A história, a anedota, a filosofia, a teologia, sucedem-se na sua demonstração. No final, desprende-se deste livro uma poderosa mensagem de tolerância, servida por um texto límpido, de palavras precisas e concisas.
Escrito um pouco como se dá uma aula mas imbuído de calor, este livro procura fazer a paz e convencer. E consegue-o.
Críticas de imprensa
«Tendo-se
tornado em tempos recentes o tema das identidades (étnicas, nacionais,
culturais…) novamente tão equívoco e criminoso (o título deste livro é
claríssimo), esta intervenção do autor de As Cruzadas Vistas pelos
Árabes é oportuníssima. Trata-se de um manifesto indignado e por vezes
colérico contra a «loucura» presente e (politicamente) oportunista. À
qual Maalouf (que nasceu e cresceu no Líbano e vive em França desde os
27 anos) contrapõe a sua própria «identidade»: «Aquilo que faz com que
eu seja eu e não outrém, é o facto de me encontrar na ombreira de dois
países, de duas ou três línguas, de várias tradições culturais.»
Público
https://www.wook.pt/livro/as-identidades-assassinas-amin-maalouf/2020847***
Para o programa CONVERSA COM ESCRITORES
José Rodrigues Santos entrevistou-o na Biblioteca de Mafra...
MAS Amin Maalouf não autorizou a publicação da entrevista!!!
Porquê?
*
Nos preliminares da entrevista
JRS falou da Montblanc/Meisterstic...a rolls-royce das canetas
tão famosa que Carlos Ruiz Zafore lhe dedicou múltiplas referências nas páginas Sombra do Vento