14/05/2019

5.790.(14mAIo2019.9.9') Joly Braga Santos

Nasceu a 14mAIo1924...LisBOA
e morreu a 18jul1988...lisBOA
***
14mAIo2019

Joly, sempre Joly Braga Santos!


Devo ter dito e até escrito isto várias vezes.
Um dia ouvi na telefonia uma orquestra jorrar torrencialmente uma música delicada que eu nunca tinha ouvido.
Após alguns minutos senti e pensei: Isto é música portuguesa!
Esta percepção tão nítida de pertença, provocou-me a sensação estranha e mágica da ligação de algo tão subjectivo como é uma identidade nacional, através de algo tão abstracto como a música e causou-me uma expectativa que após alguns minutos se confirmou. Havia um coro que cantava em português. No final a locução do radialista anunciou que tínhamos escutado a Quarta Sinfonia de Joly Braga Santos. Então senti uma empatia e uma perplexidade. Algo há numa imagem que nos pode dizer se é uma montanha, uma linha de costa, ou um lago; se é esta ou aquela cidade... mas numa melodia que se gera e evolui e se transforma noutra e noutra ainda numa harmonia sem cliché nem refrão conhecido, sem trompas nem trombetas, sem castanholas nem pandeiretas?... Como se pode captar o sentimento de uma Nação e exprimi-lo assim de forma tão inteligivelmente bela. Foi assim que nasceu o fascínio por Joly Braga Santos do qual hoje se comemora o aniversário de nascimento.
Fica aqui o exaltante e comovente coro final do último andamento desta Quarta Sinfonia.
Orquestra Sinfónica da Rádio Romena dirigida pelo Maestro Silva Pereira em 1978
 https://www.youtube.com/watch?v=dVdoKw_3eRA&feature=player_embedded_uturn
https://luisdesenha.blogspot.com/2019/05/joly-sempre-joly-braga-santos.html
***
RTP2
 Joly Braga Santos - Compositor e Maestro
Documentário de cariz biográfico sobre Joly Braga Santos, Compositor e Maestro português (1924-1988)
´A evolução obriga o artista criador a transformar progressivamente a sua própria linguagem de acordo com o mundo em que se situa. Por isso tenho procurado modificar, passo a passo, o meu estilo, conforme a minha percepção dinâmica do universo musical´.
Esta foi uma afirmação de Joly Braga Santos, compositor falecido em 1988. Paula Aresta assina um documentário biográfico acerca do grande compositor e maestro português, com testemunhos daqueles que com ele mais intimamente contactaram, pessoal e musicalmente.
 http://www.rtp.pt/programa/tv/p23474
***
 Aos 18 anos, iniciou a vida de compositor com a estreia do Noturno para violino e piano. Joly Braga Santos empenhou toda a sua vida na causa musical e tomou como responsabilidade sua a sensibilização dos jovens para se dedicarem à arte musical. Em 1949, fundou o grupo de Jovens Músicos Portugueses.
José Manuel Joly Braga Santos nasceu em Lisboa a 14 de maio de 1924. A música, que já ouvia aos dois anos de idade, é a primeira forma artística de que se lembra. Gostava que lhe oferecessem instrumentos musicais e o seu pai, apercebendo-se da sua predileção pela música, levava-o aos concertos e à ópera. Joly gostava especialmente das óperas com muito coro.
Aos cinco anos começou a tocar num violino de brincar, e o seu apego ao instrumento parecia conduzi-lo a uma carreira de violinista profissional. Chegou a estudar violino e composição no Conservatório de Lisboa.
Durante a sua juventude, o contexto de guerra mundial de então impediu-o de um contacto mais próximo com a cultura musical europeia. O antigo folclore português e o polifonismo renascentista estão bem presentes no seu primeiro período, durante o qual compõe as suas primeiras quatro sinfonias. Antes de completar os 20 anos de idade, transpôs para música, textos de Antero de Quental, Fernando Pessoa e Luís de Camões.
Joly Braga Santos aprendeu composição com Luís de Freitas Branco e Virgílio Mortari, respetivamente em Lisboa e Roma e regência de orquestra com Hermann Scherchen em Itália e na Suíça.
Em 1950, desempenhou as funções de Diretor da Orquestra do Teatro de São Carlos. Realizou múltiplos concertos e foi maestro nas estreias de obras de muitos compositores portugueses e estrangeiros célebres. Como autor, dedicou-se sobretudo à sinfonia, mas deixou-nos também ópera e música de câmara.
O estilo inicial da sua criação musical tem elementos da música polifónica portuguesa do Renascimento e do folclore alentejano. As suas primeiras produções revelam o forte ascendente de Luís de Freitas Branco, nomeadamente no culto de ideais neoclássicos, do modalismo e ainda na procura de construir obras que, segundo o próprio Braga Santos, "não desdenhando as conquistas do século XX, falassem ao homem comum com simplicidade e clareza". Mas compositores como William Walton e Vaughan Williams exerceram também influência.
A maturidade e também as largas permanências no estrangeiro, onde contactou com técnicas mais evoluídas, o estilo de Joly Braga Santos foi-se renovando. O vocabulário harmónico tornou-se mais rico, com maior emprego da dissonância e do cromatismo.
O contacto com a Europa acontece com a sua ida para Itália, país onde Braga Santos foi bolseiro para musicologia, composição musical e direção de orquestra. No seu regresso a Portugal, tornou-se uma figura de destaque na direção de orquestra e durante um longo período de tempo deixou de lado a composição.
Além da vasta obra musical, Braga Santos pertenceu ainda ao Gabinete de Estudos Musicais da Emissora Nacional, foi Diretor da Orquestra Sinfónica do Porto, Maestro Assistente e de Captação da Orquestra Sinfónica da RDP, professor de Composição do Conservatório Nacional de Lisboa, crítico e articulista, entre outros do Diário de Notícias, e fundou ainda a Juventude Musical Portuguesa. Eleito pela UNESCO como um dos 10 melhores compositores da música contemporânea de então, Joly Braga Santos disse de si próprio, parafraseando Stravinski, “Não me considero compositor, mas sim inventor de música.”
 https://www.rtp.pt/antena2/geral/joly-braga-santos-1924-1988_2643
***
10ouTUbro2018

O livro sobre a vida e a obra do compositor português do século XX é lançado esta quinta-feira, às 18h00, na Biblioteca Nacional de Lisboa.

São 550 páginas de memória biográfica, homenagem de amigos e estudiosos da sua obra, capítulos dedicados à música orquestral, às sinfonias compostas por Joly Braga Santos, ao cinema que acolheu a sua música, à sua participação na ópera radiofónica, ao contributo que deu à música coral, às suas obras para canto e piano, à música de câmara. O livro sobre a vida e a obra do compositor português do século XX é lançado esta quinta-feira às 18h00 na Biblioteca Nacional de Lisboa.
Álvaro Cassuto, maestro e coordenador da obra "Joly Braga Santos - Uma Vida e Uma Obra", considera que Joly Braga Santos foi "sem sobra de dúvidas o mais talentoso e brilhante compositor português do século XX".
Em entrevista ao jornalista Fernando Alves, nas manhãs da TSF, Cassuto sublinhou que o homenageado "foi o único compositor a escrever seis sinfonias e uma plêiade de obras orquestrais que são simplesmente espantosas e são o maior acervo musical da nossa música sinfónica do século XX."
O maestro recordou ainda o dia em que se tornou "uma promessa" no mundo da composição, graças a Joly Braga Santos.
"Eu conheci o Joly numa conferência que eu dei em Lisboa a convite da Juventude Musical Portuguesa sobre música contemporânea e o Joly perguntou-me se eu tinha uma obra para orquestra que ele poderia apresentar no festival de Sintra que se realizava no verão em agosto de 1959. Eu compus então uma obra para o efeito e que ele estreou com a sinfónica portuguesa e foi um grande sucesso."
 
 https://www.tsf.pt/cultura/musica/interior/joly-braga-santos-uma-vida-que-e-uma-sinfonia-contada-em-550-paginas-9979790.html
*

Joly Braga Santos, Uma Vida e Uma Obra
LANÇAMENTO | Auditório BNP | Entrada livre

Lançamento | Joly Braga Santos, Uma Vida e Uma Obra | 10 out. | 18h30 | BNP 
Duplo lançamento em torno do compositor Joly Braga Santos: do livro Joly Braga Santos, Uma Vida e Uma Obra (Caminho, 2018) coordenado por Álvaro Cassuto e do CD Joly Braga Santos – Piano Concerto, Symphonic Overtures Nos. 1 and 2 (Goran Filipec, Piano; Royal Liverpool Philharmonic Orchestra, dir. Álvaro Cassuto. NAXOS, 2018) com oito obras orquestrais inéditas do compositor.

Com a presença de Álvaro Cassuto e dos editores, a sessão conta ainda com a apresentação de documentário televisivo das sessões de gravação do CD, realizado por Adriano Nazareth.
 Lançamento | Joly Braga Santos, Uma Vida e Uma Obra | 10 out. | 18h30 | BNP
*
 Joly Braga Santos foi sem sombra de dúvida o mais talentoso e brilhante compositor português do século XX. As suas seis Sinfonias, além de outras obras orquestrais, constituem um acervo inigualado de criatividade musical, e deveriam constituir o «pão nosso de cada dia» das nossas orquestras. Tive o privilégio de ter sido seu amigo e colaborador assíduo de 1959 até ao fim dos seus dias. Basta referir que ele dirigiu a estreia da minha primeira obra orquestral, composta a seu pedido, e que eu dirigi a estreia da sua última, que ele compôs por sugestão minha. Como pessoa, era de uma singeleza e recetividade inultrapassáveis, sempre disponível para ajudar e apoiar aqueles que mereciam a sua atenção. Marido dedicado, pai extremoso e amigo leal, a sua simplicidade era tão encantadora quanto cativante. Como músico, possuía um domínio técnico superlativo, capaz de abordar com sucesso as mais variadas formas musicais, desde a ópera e do bailado, da música sinfónica e de câmara, até às formas mais íntimas como o quarteto e a sonata.
Internacionalmente reconhecido como sendo um dos maiores compositores portugueses de sempre, não hesito em considerá-lo o maior compositor de obras orquestrais de toda a nossa História da Música.
Álvaro Cassuto
Fonte: bnportugal.pt

Lançamento | Joly Braga Santos, Uma Vida e Uma Obra | 10 out. | 18h30 | BNP

https://www.josepocas.com/2018/10/lancamento-joly-braga-santos-vida-obra-10-out-18h30-bnp/
***
 Wikipédia e...
Joly Braga Santos (Lisboa, 14 de Maio de 1924 — Lisboa, 18 de Julho de 1988) foi um compositor de música erudita e maestro português, condecorado com a Ordem de Sant'Iago da Espada em 1977. Durante a sua vida, que terminou quando estava no máximo da sua criatividade, escreveu seis sinfonias.
José Manuel Joly Braga Santos nasceu em Lisboa a 14 de Maio de 1924. A música, que já ouvia aos dois anos de idade, é a primeira forma artística de que se lembra. Gostava que lhe oferecessem instrumentos musicais e o seu pai, apercebendo-se da sua predilecção pela música, levava-o aos concertos e à opera. Joly gostava especialmente das óperas com muito coro.
Aos cinco anos começou a tocar num violino de brincadeira. O seu apego ao instrumento parecia conduzi�lo a uma carreira de violinista profissional. Na verdade, chegou a estudar violino e composição no Conservatório de Lisboa, onde foi aluno de Luís de Freitas Branco. Provando ser o seu aluno mais talentoso, Joly herdou do mais proeminente compositor da altura a paleta de cores das suas orquestrações. Outra pessoa que muito contribuiu para a sua formação foi o maestro Pedro de Freitas Branco, dando a conhecer a obra de Braga Santos em todo o mundo. O próprio compositor lembra: «Ele ajudou-me de uma forma espantosa e abriu caminho à formação que mais tarde eu viria a ter.»
Durante a sua juventude, o contexto de guerra mundial de então impediu um contacto mais próximo do compositor com a cultura musical europeia. Joly Braga Santos procurou assim inspiração na tradição portuguesa, especialmente na obra do seu mestre Luís de Freitas Branco. O antigo folclore português e o polifonismo renascentista está bem presente no seu primeiro período, durante o qual compõe as suas primeiras quatro sinfonias. O talento de Joly demonstra-se assim a si próprio pelo facto das referidas obras terem sido compostas entre os 22 e os 27 anos e imediatamente executadas pela Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional. Mas antes de completar os seus 20 anos, o compositor transpôs para música textos de, Antero de Quental, Fernando Pessoa e Luís de Camões, que voltaria a ser fonte de inspiração da sua 6ª Sinfonia.
O contacto com a Europa acontece com a sua ida para Itália, país onde foi bolseiro para musicologia, composição musical e direcção de orquestra. Estudou com Virgílio Mortari, Gioachino Pasqualini, Alceo Galliera e Hermann Scherchen, cujo Curso Internacional de Regência frequentou com Luigi Nono, Bruno Maderna e Fernando Corrêa de Oliveira.
No seu regresso a Portugal, Joly tornou-se uma figura de destaque na direcção de orquestra e durante um longo período de tempo deixou de lado a composição. Refere-se a essa fase como um período "sabático", antes de se voltar, em 1965, para a sua maior criação, a Quinta Sinfonia. Esta obra foi o seu último trabalho puramente orquestral, pois a Sexta Sinfonia foi composta para coro e soprano.
Por esta altura, o compositor português estava já bastante familiarizado com a mudança de estilo musical resultante do período pós-guerra, apoiando aqueles que compunham num idioma mais agressivo e mais moderno. Braga Santos também catapultou a sua carreira nesse sentido, embora sem nunca perder a qualidade melódica que faz a sua música tão brilhante, misturando-a apenas com um pouco daquela aspereza que aparecia então na música mundial. Neste período compôs a ópera Trilogia das Barcas , baseada em Gil Vicente e estreada em 1970 no Festival da Gulbenkian, constituindo umas das grandes obras de sempre do repertório lírico português.
A música de Joly Braga Santos pode ser vista principalmente como uma fusão dos vários estilos Europeus, particularmente da Europa Ocidental. Mas é o próprio quem diz: «Desde sempre entendi que tinha de criar o meu próprio estilo e a minha música devia ser o resultado dessa criação.» A melodia era para ele a razão de ser da música.
Além da vasta obra musical, Braga Santos pertenceu ainda ao Gabinete de Estudos Musicais da Emissora Nacional, foi Director da Orquestra Sinfónica do Porto, Maestro Assistente e de Captação da Orquestra Sinfónica da RDP, professor de Composição do Conservatório Nacional de Lisboa, crítico e articulista, entre outros do Diário de Notícias , e fundou ainda a Juventude Musical Portuguesa.
O musicólogo João de Freitas Branco, autor da obra de referência da história da música portuguesa, salientou a generosidade cultural do maior sinfonista português. «Ele é o inverso do artista que se dirige apenas a minorias privilegiadas. Ele queria que muitas pessoas viessem a usufruir da sua arte.» Comunicar para ele era essencial, contribuindo para isso o seu espírito aberto. Pai de uma família muito unida, adorava as suas filhas, a quem chamava as suas «maravilhas pequeninas»
Eleito pela UNESCO como um dos 10 melhores compositores da música contemporânea de então, Joly Braga Santos disse de si próprio, parafraseando Stravinsky, «Não me considero compositor, mas sim inventor de música.»
Morreu em Lisboa, no ano de 1988.
 http://dicionario.sensagent.com/Joly%20Braga%20Santos/pt-pt/
***

QUARTETO LOPES-GRAÇA apresenta: CONCERTO DA SÉRIE “INTEGRAL DA MÚSICA DE CÂMARA” DE JOLY BRAGA SANTOS


30 Março


Museu da Música Portuguesa | CASCAIS | 18h00

Este sábado, dia 30 de Março, o Quarteto Lopes-Graça sobe ao palco do Museu da Música Portuguesa, em Cascais, para prestar homenagem ao grande compositor Joly Braga Santos. Este evento integra-se no ciclo de concertos “Integral da Música de Câmara de Joly Braga Santos”, já iniciado em 2018, ano do 30º aniversário da morte do compositor, e serve para celebrar a obra de música de câmara de uma das principais figuras da música portuguesa do século XX.
 https://www.josepocas.com/2019/03/joly-braga-santos-revisitado-quarteto-lopes-graca-30-marco-cascais-museu-da-musica-portuguesa/
***
 foi um compositor de música erudita e maestro português.Durante a sua vida, que terminou quando estava no máximo da sua criatividade, escreveu seis sinfonias
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Joly_Braga_Santos
***
 Joly Braga Santos, como o próprio o afirmou, tem o início da sua carreira ligada ao nome de Pedro de Freitas Branco que dirigiu grande parte das suas obras em Portugal e no estrangeiro.

SYMPHONY No1, in D Minor,OP. 9 (1946 ...

 https://www.youtube.com/watch?v=FMZMtcYWudE
*

Concerto for Strings in D Minor Op.17 ...

 https://www.youtube.com/watch?v=g2GRR89w02U

*
 https://www.youtube.com/watch?v=FMZMtcYWudE&fbclid=IwAR2up6FI3f-8K3hO9GawF3ZnQfmUsthXiIbcvLI_PN1oI_GUe0DRUV1BwKE&app=desktop
 https://www.youtube.com/watch?v=Vh8x8ZqXXHY&fbclid=IwAR0YPS7CZmCOWr6g7aZRd4KY21N26YZh5xxoEYBWpFVkdtYk_5SPOfIbPNU&app=desktop
 https://www.youtube.com/watch?v=8qKRcJ5ezFE&fbclid=IwAR2yiGQu1PLydFcvLjuOZcRnpNEkvLFlTKRl5P2JDJnh7UYQ0KO4CzrTeFE&app=desktop
***
Foi o Sérgio Carolino
que m' alertou para a efeméride
"Feliz aniversário ao grande compositor Português:
Joly Braga Santos
(nascimento: Lisboa , 14 de maio de 1924 — falecimento, Lisboa 18 de Julho de 1988)

 https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=10219146406871948&id=1260506346
***