24/01/2009

2. Cultura

2.Cultura.Capital permanente da Cultura. Terra d’Arte e d’Artistas.
O Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Alcobaça, praticamente, não existe, na forma como nós, na CDU, entendemos que deve ser tratada esta frente estratégica! O concelho deve evidenciar-se como Centro Permanente de Eventos e Acontecimentos Culturais, ricos na sua diversidade. O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, como jóia que atrai milhares de visitantes, tem que ser potenciado com um envolvimento estratégico, do Turismo Cultural. Não houve qualquer debate sobre esta matéria na Câmara ou na Assembleia Municipal ou noutro espaço de encontro de autarcas e munícipes durante estes 10 anos e 9 meses. Poucos conhecem, até hoje, uma linha do que a empresa “Quaternaire” produziu em 2001. Não houve o procurar do consenso nos caminhos a seguir. Não houve envolvimento das associações (e das pessoas... dos alcobacenses...) que promovem a cultura, todos os dias do ano, no nosso concelho... Apesar da mini estrutura de trabalhadores que o Pelouro da Cultura tem, podemos, contudo, assinalar, alguns factos, pontuais, positivos, onde todos nos revemos: os excelentes concertos da Dulce Pontes, Rui Veloso, Madredeus, The Gift, Mário Laginha e Maria João Pires... Os espectáculos com os cantores líricos alcobacenses, Luís Peças e Fernando Serafim... As edições do Cistermúsica... Os espectáculos promovidos em parceria com o IPAE ou com o Gabinete da Universidade de Coimbra... A Biblioteca Municipal, com a sua equipa está a produzir muita iniciativa cultural que saúdo. As Feiras do livro e as várias edições que a Câmara apoiou também mereceram o meu aplauso em particular o excelente Roteiro elaborado pela ADEPA. Outros acontecimentos inesquecíveis, foram da iniciativa de associações mas que teve, muito bem, o apoio logístico e financeiro da CMA. A jornada de reflexão promovida pelo REBATE, “ALCOBAÇA, QUE MUSEUS?”, trouxe ao concelho, especialistas, que deram o mote para as pérolas e jóias de diferentes matizes que possuímos e não fazemos render... Este seminário indicou soluções e caminhos para Alcobaça, ECOMUSEU!!!... Devido à iniciativa do Prof. Aníbal Freire tivemos bons momentos com o acordeão em destaque... Os SAMarionetas realizaram vários Festivais anuais com grande qualidade e o ano de 2008 é espantoso de criação e de 256 espectáculos em 53 localidades... As bandas e outras associações foram apoiadas, poucochinho, em eventos de grande qualidade...Também reconhecemos que houve um claro e progressivo crescimento de apoio às colectividades, nos subsídios anuais atribuídos, nas áreas da música, do teatro, do património, do folclore. Como é que a C.M. Alcobaça pode contribuir para avançarmos, mais e melhor, neste frente da Cultura?2.1. Criando o Conselho Local PRÓ - CULTURA com representantes do IPPAR/ Museu de Santa Maria de Alcobaça (só ganhamos em trabalhar lado a lado...), das Freguesias, das Escolas, das colectividades culturais, de Movimentos Cívicos e personalidades ligadas à Arte e à Literatura... Este órgão ajudaria a definir as grandes linhas de actuação do município nesta área e seria espaço de encontro e de aproximação de todos os agentes culturais do concelho...2.2. Constituindo uma Divisão Qualificada que pudesse produzir, implementar e coordenar iniciativas, acções e estudos... Que saísse dos gabinetes e fosse para o território onde cresce e germina cultura... Para termos força, temos de ter estrutura!!!2.3. Promovendo Semanas/Meses Temáticas(os), ao longo do ano, e não se contentar, apenas, com o mês do Cistermúsica ou com os Doces Conventuais... Dando mais força ao que já existe: marionetas e o acordeão... Fomentando a Leitura e implementando Concursos Literários Locais e um de impacto nacional... Elaborando percursos pedestres temáticos para quem está ou visita Alcobaça... Criando itinerários com programas aliciantes, de turismo, lazer, gastronomia e cultura, mais ou menos completo, com guias, transportes, espectáculos... A interligação entre a cultura, o turismo, o comércio, a indústria é vital…2.4. Incentivando as parcerias com o movimento associativo, nomeadamente com a Nova União das Colectividades... Os festivais de música tradicional não podem ficar esquecidos mais tempo... Já salientámos, na frente da Juventude tantos programas culturais... A dinâmica das acções de formação para Animadores Culturais para as freguesias e para as colectividades deveria estar sempre presente para o trabalho continuado... Não devia esquecer os grandes artistas Alcobacenses, encomendando obras que valorizem as praças e os edifícios de todo o concelho... Promovendo o encontro e a exposição de trabalhos, nomeadamente dos Artistas Plásticos, dos criativos Alcobacenses... Implementando com as magníficas empresas que temos no nosso concelho exposições de trabalhos com os nossos prestigiados cerâmicos, artistas do vidro e do cristal2.5. Elaborando a Carta Municipal dos Equipamentos Culturais, sem esquecer e valorizar os que são propriedade de associações e instituições públicas e privadas.
2.6. Elaborando critérios objectivos de apoio para as obras das colectividades culturais. Os incentivos à produção do teatro, da música, da dança, do folclore teriam que ser multiplicados na medida em que o investimento na qualidade de vida das pessoas é essencial... Os critérios para a produção de eventos ou para as secções culturais das colectividades têm que ser transparentes...2. 7. Multiplicando acções de informação simples e eficazes, sem esquecer as páginas de anúncio na comunicação social e na Net... 2.8. Alcobaça – Capital Nacional da Cultura foi uma das grandes propostas das eleições de 2001.Fomos nós na CDU que a apresentámos. Mas o vector estratégico com a força cultural de Cister, podia galvanizar eventos a curto, médio e longo prazo que nos comprometessem em desenvolvimento integrado com as parcerias necessárias: governo, empresas, instituições. Nós todos queremos construir um concelho coeso, forte, justo e bem ligado à sua sede. Há projectos que podem envolver todos os Alcobacenses. Fazer da nossa terra uma região atractiva para a panóplia de valores que temos: mar, rios, lagoa, serra, pedra especial, matas e pinhais, cerâmica, cristal, marro quinaria, calçado, mobiliário, moldes, mercados, fruta saborosa, hortícolas, desportos náuticos e de asa delta... Mas o enfoque nuclear tem que ser dado na Terra de Cultura, de Património Rico, com Centros Históricos qualificados, animados e habitados, onde dá gosto viver...2.9.Não se vai contactar o IGESPAR e o ministro da Cultura? Onde está o municipal, o nacional e o mundial da nossa cidade sede do concelho de Alcobaça? A proposta da CDU “Alcobaça Abraça o Mosteiro” pelos vistos só será implementada quando formos nós a governarmos o concelho!2.10. Quando desarmamos, pacificamente, o IGESPAR e ficamos com o espaço do ex-lar residencial para concretizarmos a osmose da “porosidade” (do Arq. Byrne)?

2.11.Armazém das Artes
Se a CDU fosse poder em Alcobaça teria em conta a figura ímpar, o talento do prestigiado, reputadíssimo, escultor José Aurélio e faria parceria activa com a Fundação que ele criou, em 2007: “O Armazém das Artes”.
O que José Aurélio fez sozinho sem apoios em Alcobaça seria feito, em plena parceria, por outro município ávido de ter museus vivos e arte de qualidade para os seus munícipes poderem fruir. Quanto valia o prédio? Quanto foi a obra do Arq. Charters? Qual é o valor das obras fixas de José Aurélio? Quanto vale mais um auditório no centro da cidade? Quanto valem as iniciativas concretas deste 1º ano de funcionamento deste espaço?
O que a Fundação Armazém das Artes quer é o que autarquia deve querer. Implementar actos culturais dos mais diversificados e nas mais diferentes expressões culturais. Com talentos individuais e de grupo. Com parcerias com os alfobres das escolas.
Naturalmente, um dia, perpetuará a figura e a obra do seu impulsionador, na memória colectiva!
Percorremos outras cidades de Portugal e do mundo e vimos uma especial atenção, das autarquias, em valorizar as casas dos artistas que produziram e criaram na sua terra, mostrando saber potenciar o que têm.Estranhamos que a maioria PSD não tenha tido a devida atenção para esta Fundação em 2007. Esperamos no início de 2008 que este ano e os seguintes tenham outros caminhos de parceria e entendimento no interesse fundamental do desenvolvimento cultural de Alcobaça.