O deputado municipal, José Marques Serralheiro, defende a criação do parque temático “Alcobaça Cister Campus” na cerca do Mosteiro.
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O projecto deverá ser formalmente apresentado na próxima reunião da Assembleia Municipal de Alcobaça (AMA), depois de já ter sido apresentado ao IGESPAR, ao economista Augusto Mateus (responsável pela elaboração do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Oeste), aos responsáveis pelo Turismo do Oeste e à CCDR LVT.
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O Parque Alcobaça Cister Campus abordaria a História de Portugal e a Ordem de Cister”. Segundo estimativas do gestor, deverá atrair a visita de um milhão de pessoas por ano, valor quatro vezes superior ao que consegue o próprio Mosteiro de Alcobaça.
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Avaliado em cerca de 100 milhões de euros, o investimento teria, segundo ainda os cálculos do autor do projecto, o retorno garantido ao gerar receitas suficientes para reabilitar 50 por cento do Monumento Património da Humanidade, actualmente com alguns problemas de conservação que se agravaram desde a saída do Lar Residencial, em 1999. Para o concretizar, o deputado propõe uma PPP (parceria público privada) capaz de sustentar o orçamento de investimento e de exploração.
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José Serralheiro considera que o “actual estado de degradação do edifício não honra os cidadãos de Alcobaça” e que se torna “imperioso a invenção de soluções capazes de garantir o retorno do investimento e ao serviço de um leque de destinatários muito alargado”.
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A solução do deputado municipal, que criaria 60 novos postos de trabalho, aponta para a criação de um “museu vivo, interactivo e virtual, com diversão ajustadas às épocas retratadas” para, mais tarde, “desafiar as universidades portuguesas a apresentarem uma solução integrada.”
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“ALCOBAÇA CISTER CAMPUS” A IDEIA DE JOSÉ SERRALHEIRO PARA O MOSTEIRO
A importância e relevância no passado, presente e futuro do Mosteiro de Alcobaça merecem e registam o seguinte parecer do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico. – IGESPAR., IP: «A Abadia de Alcobaça, inscrita na Lista de Património Mundial, pela UNESCO (desde 1985) é uma das mais importantes abadias cistercienses europeias, atendendo ao seu estado de conservação e à sua arquitectura, símbolo de Cister».
Fundada em 1153, por doação de D. Afonso Henriques, por ocasião da conquista de Santarém aos mouros, a Bernardo de Claraval, a actual abadia só começou a ser construída em 1178.
Alcobaça e os seus munícipes esperam muito desta insígnia nacional e nobre monumento, como um pólo de atracção turística e fonte da cadeia de produção de valor.
O actual estado de degradação do edifício não honra os cidadãos de Alcobaça. O nosso Mosteiro de Cister tem imensas potencialidades, em diferentes valências do tecido económico, cultural e turístico. O seu papel foi ímpar no desenvolvimento regional de Pombal a Alenquer (na cultura, na hidráulica e na fruticultura, etc.).
Para Alcobaça, para a região Oeste e para Portugal é um motivo de orgulho, de referência e grande símbolo da nossa história.
Assim sendo, é imperioso desenvolver ideias capazes de reabilitar o Mosteiro e promotoras da sua sustentabilidade, fazendo parte da solução de uma Alcobaça com mais qualidade de vida, e como uma alavanca de desenvolvimento humano e geradora de riqueza.
Na última Assembleia Municipal (12 de Dezembro de 2008) lancei a ideia da realização de um concurso internacional: Mosteiro de Alcobaça séc. XXI. Novas potencialidades e desafios?
Todos temos ideias mas, desafiar indivíduos, gabinetes e universidades de todo mundo é uma oportunidade magnífica para a promoção do nosso mosteiro, região e país, na procura da melhor solução e atrair potenciais investidores e patrocinadores.
Como autarca proponho – mo dar o meu contributo para encontrar solução para a reabilitação e sustentabilidade do mosteiro como alavanca para Alcobaça região Oeste e turismo de Portugal.
Hoje, a meu pedido e por simpatia da actual Directora do Mosteiro visitei a cerca do mosteiro, contando com a melhor simpatia de todos cicerones.
Esta visita correspondeu à minha expectativa relativamente à solução que tenho vindo a gizar desde há uns tempos.
É imperioso que inventemos soluções capazes de garantir o retorno do investimento e ao serviço de um leque de destinatários muito alargado, das crianças aos seniores. O objectivo é conseguir a atracção de um milhão de visitantes / ano. Ora na minha solução isso é possível através da criação do: “Alcobaça Cister Campus”, no espaço/cerca do mosteiro. O que defendemos é a instalação de um parque temático da História de Portugal e de Cister. Imaginamos é uma área de acesso ao público, com pagamento de entrada, para fruição de milhares de visitantes atraídos por um centro de identificação de Cister e da Historia de Portugal.
Concebemos um museu vivo, interactivo e virtual, com diversão ajustadas às épocas retratadas, que sirvam de lazer e reportem para as actuais gerações e para a memória futura os principais factos, episódios, acontecimentos e lendas da nossa memória colectiva “ in illo tempore” dos tempos dos romanos, bárbaros, árabes, lusitanos até o séc. XIX, século da extinção da ordem de Cister em Portugal e como referência especial ao papel da ordem de Cister em Portugal.
A partir desta ideia/base penso que poderemos desafiar as universidades portuguesas a apresentarem uma solução integrada com o contributo de todas as especialidades ajustadas tais como: arquitectos, engenheiros, historiadores, sociólogos, antropólogos, encenadores, técnicos de audiovisuais, artistas plásticos, escultores, etc. Estes estudiosos e criativos poderão definir o conceito que colocamos aos demais interessados e preocupados com o respeito pela história, honra do presente e construção (invenção do nosso bem-estar colectivo, e mais qualidade de vida e aumento da cadeia de valor).
Assim o Mosteiro fará parte da solução e não parte do problema. Está ao nosso alcance realizar este sonho de termos o melhor parque temático do passado histórico desde o séc. III A.C. em Alcobaça. Ficará como pólo de atracção de turismo interno e internacional de referência e de passagem obrigatória para todos os portugueses e visitantes que na busca do seu enriquecimento cultural ocupando, os tempos de lazer com a máxima de fruição, diversão e prazer.