11/05/2009

há 6anos...Património

Balanço e Perspectivas - PATRIMÓNIO
Terça, 06.Maio.2003

Em 1º lugar queremos salientar que esta frente do Património tem uma grande componente de responsabilidade que compete à Administração central e ao Governo..
Como 2º apontamento, não podemos esquecer que o Património é assunto lato, que tem a ver com as Pessoas, com a Natureza, para além do que é edificado pelo homem ao longo da sua existência...
Em Alcobaça temos uma grande Instituição que acompanha, muito bem, as questões relacionadas com o Património. A Câmara tem apoiado, bem, algumas das suas acções, nomeadamente com a edição do roteiro Cultural (essencial para a Carta do património Concelhio...) e com um conjunto de acções na área do Ambiente. Basta dar mais condições à ADEPA e ela avançará para projectos, que tem em carteira, que potenciarão uma das grandes vocações do nosso concelho – O PATRIMÓNIO!
A ADEPA tem mais parceiros no terreno. A exploração de Parreitas, no Bárrio, tem um núcleo especial bem acompanhado cientificamente e que, em breve, dará um museu renovado. Há empresas que arrancaram com a sua componente museológica, retendo o património industrial. A “Atlantis” e a “Raúl da Bernarda” são bons exemplos. Algumas escolas já têm clubes de património que deverão ser integrados, alunos e professores, neste grande movimento Pró-Património. A ADEPART de Turquel está a trabalhar, recentemente, nestas questões. Algumas associações podem responder à chamada...
Como é que a C.M. Alcobaça pode contribuir para avançarmos, mais e melhor, neste campo?
1. Organizando-se melhor, do ponto vista estratégico, visto que é uma das vocações fundamentais do concelho, essencial para o desígnio do desenvolvimento sustentado.
2. Pressionando, com eficácia, o Governo. O Sr. Presidente da Câmara, Gonçalves Sapinho, não conseguiu reunir nem com o 1º Ministro, nem com os 2 Ministros da ultura, apesar da “Jóia da Coroa” que temos, peça ímpar do Património Mundial. Mesmo com o IPPAR, a maioria PSD não soube intensificar relações frutuosas e o que dominou, durante este mandato, foi o conflito inútil! O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, só por si, exige uma equipa especial a pensar , a planear e a cooperar com as estruturas governamentais... O Mosteiro de santa Maria de Cós também é outra “Jóia da Coroa” desaproveitada...
3. A Divisão do património devia ter mais técnicos qualificados, multidisciplinares, para acompanhar e desenvolver projectos candidatáveis a financiamento de fundos europeus. O planeamento deve ser Global, Integrado, Contínuo e Participado. Como é possível desenvolver sem Política (que se faz com políticos...), e sem estrutura de quadros técnicos? Exemplificando a realidade do Quadro do Pessoal, não é estranho que o único Arqueólogo da Câmara não esteja nesta divisão?
4. Criando o Conselho Local do Património como espaço de encontro e de tratamento das grandes linhas de acção. Só com Projectos Coordenados, assentes nas potencialidades reais do nosso concelho e com o grande “exército” das pessoas que gostam de Alcobaça é que podemos ter força para que o nosso município seja Centro do Mundo, ainda mais atractivo do que já é!!!
5. Os Centros Históricos do concelho precisam de Planos de Salvaguarda e Projectos Qualificadores. Alcobaça e Cós têm prioridade, mas cada freguesia tem elementos, de Identidade, que devem ser protegidos!
6. Realizando contratos de cooperação com a ADEPA, ADEPART, Escolas, Empresas, IPSS/Colectividades, Juntas de Freguesia... Por outro lado temos de produzir Património Qualificado para os vindouros!
7. Promovendo campanhas de informação pedagógicas, simples, atraentes e eficazes sobre os diversos subtemas desta grande área, estratégica, do Património!