Odete Santos no aniversário do PCP da Benedita
Riu, cantou e leu poemas. Sempre bem disposta, Odete Santos foi a convidada especial do jantar comemorativo do terceiro aniversário da Comissão da Freguesia da Benedita do PCP.
Na noite da passada sexta-feira, dia 8, mais de meia centena de militantes e simpatizantes do partido estiveram reunidos na Benedita. Entre eles, os candidatos comunistas às Câmaras de Alcobaça, Caldas da Rainha e Cadaval nas próximas autárquicas, bem como outros autarcas ligados ao partido de vários pontos da região, como Rio Maior e Marinha Grande.
Salientando a importância da criação de uma comissão do PCP “em sítios que embora não sejam hostis, são muito conservadores”, Odete Santos apontou a “luta pelos interesses do povo” como uma das principais características do seu partido. O PCP tem, este ano, muitas tarefas pela frente, com os três actos eleitorais.
Os níveis assustadores do desemprego e uma desilusão que diz ser cada vez maior com a Justiça em Portugal, foram alguns pontos negros da situação vivida actualmente no país, uma realidade que o povo deve combater. “Enquanto o povo aperta o cinto e muita gente vive numa angústia muito grande, convém reparar que as liberdades estão cada vez mais ameaçadas”, pela adopção de algumas medidas que atribui ao sistema neoliberal capitalista.
Por isso, apelou à ida às urnas. “O voto é a arma do povo e o povo tem que usar essa arma este ano”, afirmou.
Comunistas reclamam Bairro Social na Benedita
Mesmo em dia de festa, os comunistas beneditenses não deixaram de apontar o dedo ao que dizem estar mal. A melhoria das estradas, a falta de saneamento básico em muitas zonas da freguesia, bem como dentro da vila da Benedita, e a urgência de um Bairro Social que dê resposta a situações complicadas de falta de condições de habitabilidade de várias famílias foram as principais carências apontadas pelo responsável do organismo beneditense, Paulo Jorge,
Com pouco militantes, e poucos anos de vida, a Comissão da Benedita do PCP tem optado “pela denúncia na comunicação social e na rua do que está mal na freguesia” e é este o caminho que continuará a trilhar, afirmou.
“Nota-se que qualquer coisa está a mudar. Nós estamos cá há três anos e ninguém nos persegue, antes pelo contrário, até há quem no venha dar os parabéns”, diz Paulo Jorge. É uma luta que não é fácil, diz, pois “só o facto desta comissão existir já é uma vitória”. O comunista está convencido que “as pessoas vão acabar por ver a diferença entre os partidos”.
A ‘diferença’ tantas vezes reivindicada pelo PCP foi também salientada pelo candidato do partido à Câmara de Alcobaça, Rogério Raimundo. Apelando ao voto já nas europeias marcadas para dia 7 de Junho, pois “começa aí uma batalha fundamental neste ano”, o comunista diz que é preciso “mudar as políticas que têm estado ao serviço de todos menos de quem trabalha e produz”.
Rogério Raimundo diz que “uma vila com as características da Benedita não tem a qualidade de vida merecida”. Por isso, promete que quando for eleito vai “fazer mais pela freguesia da Benedita do que qualquer presidente da Câmara de Alcobaça”, mesmo os que eram daquela vila (numa alusão a Gonçalves Sapinho e Miguel Guerra).
Joana Fialho