08/07/2009

Força para quem luta nas Pequenas e Médias Empresas! Neste caso na cerâmica!

Um testemunho duma jovem técnica que me chegou por mail:
No seguimento da apresentação da analise SWOT feita ao sector cerâmico na passada Quinta Feira e depois de ouvir as várias opiniões dos participantes no programa da Profª Piedade Neto,
O que eu disse vou desenvolver aqui:
mas sumariamente disse
+vale tarde que nunca, mas o PSD/Sapinho deixou nestes 12 anos cair a Olaria, a Elias&Paiva e tantas outras sem qualquer reacção e sem qualquer envolvimento ou criação de um Conselho Local Económico ou da criação de Divisão específica para apoiar os empresários...
Tb não tem um Plano Estratégico global nem específico para esta potencialidade de Alcobaça.
Temos que ver tudo pelo lado positivo.
Vamos ter uma nova governação em Outubro e connosco, com a CDU a governar, teremos a câmara aberta para desenvolver parcerias e concretizar propostas (minhas e de empresários(as)que ficaram no caixote do lixo da maioria PSD/Sapinho).
venho partilhar consigo, uma situação que aconteceu na empresa de cerâmica decorativa onde trabalho, a Cerâmica (...).
Muito se tem falado dos programas de Governo de Incentivos às empresas, e que os empresários devem aproveitar.
Pois bem, ao abrigo desse mesmo quadro de Apoio Comunitário o tão falado QREN, a nossa empresa tem participado nas edições de Fevereiro da Feira Ambiente em Frankfurt, uma das principais feiras do sector.
Este ano mais uma vez, após a pré-inscrição foram-me pedidos documentos comprovativos de não divida à Segurança Social e Finanças,certidões essas que não pude apresentar por nos encontrarmos em situação de Insolvência com Recuperação.
A resposta que recebi do ICEP que passo a transcrever é no minimo surreal: "Em resposta ao solicitado, informa-se que o Regulamento do SI Qualificação PME (Portaria nº 353-A/2009, de 3 de Abril), na modalidade de Projecto Conjunto, estipula que cada empresa participante deve cumprir a seguinte condição de elegibilidade: “Possuir a situação regularizada face à administração fiscal, à segurança social e às entidades pagadoras dos incentivos”.
Acresce ainda que o Regulamento (CE) 800/2008, de 6 de Agosto, relativo ao Regulamento Geral de Isenção por Categoria, exclui do seu âmbito os auxílios concedidos a empresas em dificuldade."
O que pergunto é: se os incentivos não são aplicados a empresas com dificuldades, são aplicáveis a quem? Aos grandes grupos económicos? E nós os pequenos,quem é que nos vale?
Aqui fica o desabafo, em nome de uma equipa que tanto tem feito todos os dias para salvar a Cerâmica e os seus postos de trabalho!

Ainda bem que a CMA está a fazer algo, embora receio que já não vá a tempo, estes estudos são sempre interessantes, embora acrescam pouco de novo, pois todos sabemos que a Cerâmica está agora a transitar para uma nova geração, esta sim abertas a parcerias, tema que já nós aqui debatemos internamente. Eu acredito que inclusivamente uma joint-venture entre empresas para abordar alguns mercados internacionais seria um dos passos a dar, mas sem apoios financeiros nada pode andar para a frente e do que me apercebo, o problema comum é não haver liquidez para o imediato, por parte das empresas.
Quanto à Cerâmica (...) somos uma equipa a lutar todos os dias para que este projecto continue."