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Avaliação Estratégica das
Condições de Desenvolvimento do
Concelho de Alcobaça
Março 2004
............
as frases do alcobacense Luís Rosa que continua sem a câmara promover nenhum lançamento de livro...
«Achais, frei Elias Cravo, que desta vez o
Mosteiro terá o seu fim definitivo?»
«Ficarão as pedras e as paredes. Essas só o tempo
lhes traçará o destino.»
O meu Mosteiro nasceu com os alvores do reino,
quando, por esse mundo de Deus, cistercienses e
templários pensavam renovar o universo. Uns
organizando a terra. Outros indo ao encontro das origens
da crença, procurando o que havia de comum nos credos.
Isso foi um sonho de antes que alguns fizessem da
religião um montão de regras.
Luís Rosa, O Claustro do Silêncio, Lisboa, 2002, pág. 10
- Há muitos que lêem nos livros, Etelvina. Outros,
menos, sabem ler nas pessoas. Mais difícil é ler no tempo
o sentido do tempo.
Luís Rosa, ob. cit., pág. 214
...................
pág.85:
A destruição da Biblioteca terá sido, de entre as expressões da revolta popular, a que
aparece, na perspectiva do presente, como menos desculpável. Teria sido uma atitude de
rejeição da cultura, uma forma de violência contra a inteligência que tinha conseguido
produzir projectos configurantes para uma vasta zona, um acto de destruição que fazia
desaparecer o que seria necessário para o futuro. Talvez tivesse sido tudo isso, mas
SaeR – Março 2004 - 85
também terá havido uma razão instrumental mais importante do que a atitude em
relação aos objectos da cultura. Na Biblioteca do Mosteiro estavam também os registos
administrativos, o deve e o haver da contabilidade, mas também as informações sobre
cada um dos habitantes dos coutos – famílias cujo passado certamente teriam os traços
do que levou muitos a acolherem-se às terras de Alcobaça, procurando refúgio da
justiça real. Como também estariam os registos de propriedade das terras que tinham
sido atribuídas pelos monges aos que a trabalhavam. A destruição da Biblioteca não terá
sido apenas a manifestação da rejeição de objectos da cultura e do conhecimento,
também terá sido a tentativa de fazer desaparecer o que se queria esquecer do passado.
Neste sentido, há uma diferença entre os saques do passado, designadamente os que
foram praticados durante as invasões francesas, e o saque e as destruições praticados
pela população local contra o Mosteiro de que viviam. Nos primeiros casos, houve um
ataque ao poder, eram operações com uma finalidade estratégica accionadas por quem
pretendia ocupar o poder ou, se não o conseguisse, diminuir esse poder destruindo os
seus instrumentos ou os seus símbolos. No segundo caso, há uma dissolução do poder,
estrutura-se o vazio onde antes havia um centro de decisão. O que foi depois distribuído
tinha, certamente, valor patrimonial, para o Estado que o vendeu e para os particulares
que o adquiriram e puderam formalizar justamente porque compraram ao Estado, o
intermediário que legalizou a operação. Mas já não podia ser um centro de decisão
depois da fragmentação do património de Alcobaça.
Perdida a unidade estruturada, desaparecida a capacidade para adaptar os equipamentos
e as funções à evolução dos tempos e das coisas – a perspectiva dos monges era de
longo prazo e de continuidade, pelo que os trabalhos de manutenção e de adaptação
eram vistos como investimentos nessa continuidade, uma atitude muito diferente da que
terão os proprietários individuais que precisam de resultados a curto prazo para
justificarem o investimento feito na aquisição –, o que fica é uma multiplicidade de
actividades de pequena dimensão, nenhuma delas com dimensão para poder ser uma
base de projectos configurantes.
SaeR – Março 2004 - 86
Há uma estrutura resultante deste processo de esvaziamento do Mosteiro e ela subsiste
no tempo, mas num equilíbrio instável situado num baixo nível de modernização e de
complexidade das suas articulações, sempre próximo dos valores da inviabilização. É
uma estrutura vulnerável a variações conjunturais dos mercados e é incapaz de
assegurar a sua reprodução, o que só aconteceria se houvesse um grau de inovação local
que permitisse acompanhar a evolução competitiva. Não há um modelo de
desenvolvimento, apenas há actividades de subsistência ou iniciativas isoladas que
exploram uma qualquer oportunidade local, sem garantia de continuidade entre gerações
e sem uma concepção ou uma vontade de articulação entre diversos sectores de
actividade económica.
Alcobaça tem, assim, um vazio no seu centro. A distribuição do património do Mosteiro
não originou novos centros de decisão. Não foi encontrada função para o Mosteiro, mas
reconheceu-se a existência do vazio, procurando-se responder-lhe com a sua ocupação
para actividades desconexas que, pela sua natureza, não poderiam revitalizar este espaço
construído: instalações militares, hospital, hospício têm de comum o facto de estarem
tuteladas pelo Estado como proprietário do edifício – que, como se compreende, não
encontraria comprador. Quando se consegue libertar o Mosteiro destas funções
“oportunistas”, não se resolve o vazio, pois a passagem do Mosteiro para o estatuto de
monumento – mesmo que integrado no património mundial – mais não é do que o
reconhecimento de que é uma construção vazia.
Enquanto este vazio não for preenchido, é nele que se encontra a maior ameaça a
Alcobaça e o maior obstáculo à identificação e à exploração das suas oportunidades.
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a minha declaração política depois da apresentação pública do trabalho:
http://www.vivalcobaca.org/modules.php?name=News&file=article&sid=639
d129 SaeR -16 recomendações para acção - Comentários a quente
Domingo, 06.Junho.2004
4 Junho 2004 - Mosteiro Santa Maria de Alcobaça – Prof. Ernâni Lopes - Mandatário do PSD/PP “Força Portugal”
apresenta AEDC – Alcobaça - em plena campanha eleitoral para as europeias –
Confesso que, quando vi as setas verdes, à PPD, pensei que iria assistir a mais propaganda eleitoral. Efectivamente não aconteceu. O Presidente Sapinho, cuidadoso, nem sequer incluiu no curriculum do Prof. o ser mandatário. Só no final do debate é que Ernâni Lopes não resistiu e confessou concordar com o seu amigo Deus Pinheiro. A intervenção do Prof. foi uma boa lição de como se planeia e como funcionou a empresa Saer. Pelo meio ficou clara a política ideológica, naturalmente, que o sustenta. No espaço das perguntas e respostas, quando a maioria do público, já tinha ido embora, invoquei o argumento da SaeR ter aprendido muito com este trabalho para invocar uma das razões que me levou ao voto contra. Esse saber devia ficar no GEMA (Gabinete Estratégico do Município de Alcobaça). De facto aprende-se muito, e bem, quando se trabalha com método e objectivos políticos claros!!!
Convenção:
Tudo o que está escrito inclinado é da SaeR
Tudo o que está normal ou em maiúsculas são os meus comentários a quente antes e depois da sessão de apresentação...
A – Há 333 semanas que estamos eleitos para o executivo municipal. Há 4 anos e 880 dias que batalho por discutir a estratégia integrada para a cidade, para a Vila, para o pelouro, para todo o território. Tento que nestas 333 reuniões de câmara haja debates com tempo, com princípio, meio e fim. Batalho pelo cumprimento dos meus direitos de agendamento sem sucesso. Hoje vamos discutir a Juventude, numa reunião com muitos pontos na agenda. Na próxima reunião requeri discutir o “IDEAL – INOVAR O DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO DE ALCOBAÇA”. Avançámos com um conjunto de ideias e projectos. Com o livro da SaeR e com o “Capítulo” da “lição” do Prof. Ernâni Lopes, temos motivação acrescentada. Na reunião de 21.6. requeri agendamento das questões da Água e do Saneamento. Vamos a ver se há mudanças de prática política...
O que entendo que falta principalmente, porque é central, é o virar de agulha na prática política em relação ao tecido económico Alcobacense. Esta nova receita tem de ser justificada para exponenciar as capacidades das marcas económicas do nosso concelho. Faltam Zonas de Acolhimento Empresarial qualificadas. Faltam eventos, Feiras de Actividade Económica, que destaquem os nossos produtos. Falta o PEDAL (Plano Estratégico de Desenvolvimento de Alcobaça). Falta o GEMA (Gabinete Estratégico do Município de Alcobaça) ou a DDEI (Divisão do Desenvolvimento Económico Integrado)... Faltam, no terreno do concreto, as parcerias estratégicas com as associações empresariais e com os empresários... Falta diálogo permanente com quem produz riqueza no nosso concelho!!!
B - Começo por recordar que fui o único vereador na Câmara que estive contra o processo da contratação: “Mais uma vez a gestão “laranja” não apostou nos quadros da Câmara e nos jovens licenciados Alcobacenses... Temos grandes especialistas com capacidade e desejosos de mostrar que sabem, querem e podem fazer pela sua terra... Quantos jovens não agarrariam esta empreitada como um desafio aliciante? Por outro lado, porque não exploram o protocolo com o Gabinete da Universidade de Coimbra e respondem ao grande objectivo de criar investigação de forma a irmos construindo o “campus” para conquistarmos o almejado ensino superior para Alcobaça”. Agora, não é hora para chorar sobre o leite derramado pelo que é ocasião para questionar a falta de debate dos próprios documentos já distribuídos, com promessas de discussão e cujo silêncio impressiona! Urge, apesar de tudo, rentabilizar este investimento. O livro é, de facto, uma boa peça para lermos com muita atenção.
C - Recebi o livro no dia 3, no começo da reunião de câmara. Não tive tempo para ler todo “o produto”. Daí que só tenha como base o que li dos documentos esboço, do que ouvi na sala, fria, do Capítulo e, naturalmente, após ter lido com atenção as 60 conclusões e recomendações. E passo, rapidamente, à substância da minha intervenção que assenta, apenas, nas
16 recomendações para a acção
1- Assegurar o debate público desta “Avaliação Estratégica das Condições de
Desenvolvimento do Concelho de Alcobaça” (AEDC - Alcobaça) que deverá dar origem ao Plano de Desenvolvimento Estratégico de Alcobaça (PDE – Alcobaça) EMBORA O PROF. ERNÂNI LOPES NÃO TENHA PERCEBIDO A MINHA QUESTÃO, É FACTO QUE CONSTA NO LIVRO. VAMOS TER DEBATE PÚBLICO! MUITO BEM! NAQUELE ESPAÇO MAGNÍFICO NÃO DEU. ALI CONVIDA MAIS AO SILÊNCIO E AO RECATO. PALAVRAS LEVA-AS O VENTO, PARA QUEM NÃ ESTÁ ATENTO AO QUE LHE DIZEM. EM 1997, NÓS, NA CDU SUGERIMOS A SIGLA “PRÓ-ALCOBAÇA” PARA DESIGNAR O PLANO DE DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO. DEPOIS EVOLUÍMOS PARA “PEDAL”. PRECISAMOS DE UNIR E CONSTRUIR. PRECISAMOS DE PEDALAR COM BOAS PRÁTICAS PARA QUE ACONTEÇA UNIÃO DOS ALCOBACENSES. E ESSA PRÁTICA É ESSENCIAL. 2 DOCUMENTOS NOV E FEV ERAM PARA DISCUSSÃO – NA CÂMARA QUESTIONEI QUANDO... “VAMOS VER” DIZIA O SR.PRESIDENTE DA CÂMARA... O PROF. ERNÂNI LOPES E O DR. SAPINHO GARANTIRAM QUE NÃO DISCUTIRAM EM MAIS LADO NENHUM, A NÃO SER NAQUELA SESSÃO E NO TRABALHO DE CAMPO. A EXPERIÊNCIA DE OUTROS DOCUMENTOS PAGOS PELA AUTARQUIA NÃO SE PODEM REPETIR. OS TRABALHOS DOS TÉCNICOS DA CÂMARA, DA QUATERNAIRE, DAS OBRAS EM CURSO, ETC, DEVEM SER TRATADOS E PRECISAMOS DE EFECTIVA DISCUSSÃO PÚBLICA DELES. A POLÍTICA TEM QUE SER PARTICIPATIVA. MAS TEMOS QUE SABER CRIAR CONDIÇÕES PARA QUE ELA ACONTEÇA. RECONHEÇO QUE NÃO É TAREFA FÁCIL, MAS É INDISPENSÁVEL.
2- Lançar e concretizar a estratégia assente no conceito de 3 arcos (espiritual –
cultural; industrial; ambiental) com predominância do arco espiritual – ambiental PREDOMINANTE? ENTÃO DEIXAMOS CAIR O TERRITÓRIO ENORME QUE TEMOS EM RESERVA AGRÍCOLA? Há dias, a Escola Profissional de Agricultura abriu as suas portas e divulgou o que faz. Devemos dar mais atenção à nossa especificidade de concelho agrícola. Temos a AVAPI que exporta para todo o país o seu saber, com bons técnicos, com muita formação. Temos a FRUBAÇA que colocou os seus produtos em grandes superfícies. A “Maçã de Alcobaça” também deu sinais positivos que convém ampliar. Mas outros produtos agrícolas devem ter o seu destaque (casa Nova de Alcobaça, pêssego maracotão...) e é estranho que todos os concelhos vizinhos tenham a sua festa municipal à volta de um produto agrícola e o nosso concelho não tenha um evento agrícola com dimensão significativa. Temos o Museu Nacional dos Vinhos e não temos uma estratégia com nenhum viticultor. Temos a “Ginja de Alcobaça” onde demos algumas ajudas mas há todo um caminho a percorrer. Tínhamos a Estação de Investigação Vieira Natividade (com a Variante Municipal a invadir os campos experimentais) e passámos a ter a COTHN... APESAR DA HERANÇA DE JOAQUIM VIEIRA NATIVIDADE SER POSTA EM CAUSA NESTE TRABALHO DA SaeR ENTENDO QUE HÁ QUE APOSTAR NOS QUE INVESTIGAM E ESTÃO NO TERRENO AGRÍCOLA DE ALCOBAÇA. TERRA DE AGRICULTURA SEMPRE.
PERCEBI, NA NOITE DO DIA 4, QUE TUDO O QUE RECOMENDA A SaeR É PARA ACRESCENTAR AO QUE EXISTE NO NOSSO CONCELHO. UM EXEMPLO, DESTA FRENTE ESPECÍFICA DA AGRICULTURA, É NA APOSTA NO DAR VIDA AO “DESERTO” DO MOSTEIRO: FAZER UM CENTRO DE INVESTIGAÇÃO NELE E TRAZER TÉCNICOS PARA INVESTIGAR, POR EXEMPLO, FLORESTA PARA ÁFRICA
3- Criar uma task – force específica junto do Presidente da Câmara Municipal,
que assegure, continuada e persistentemente, a implementação do PDE, materializando o papel organizador, difusor e dinamizador da CMA (o qual é viabilizado, como ponto de partida, pelo potencial financeiro existente – caso contrário, seria impensável) HÁ MUITO QUE DEFENDO O GEMA. À PARTIDA, NÃO ACEITO QUE SEJA UMA ESTRUTURA PARTIDARIZADA SECTÁRIA QUE MARGINALIZE COMPETÊNCIAS/PROJECTOS /PESSOAS
4- Lançar a criação de: 4.1. uma Sociedade Municipal de Desenvolvimento
(assente em maioria de capitais da Autarquia e actuando como agente dinamizador da concretização da estratégia de modernização do concelho); O GEMA DEVIA COLHER AS EXPERIÊNCIAS DIVERSIFICADAS DE EMPRESAS DESTE TIPO JÁ EXISTENTES NOUTROS MUNICÍPIOS 4.2. uma Fundação para o Mosteiro ((agregando uma adequada parceria de capitais públicos (Estado e Autarquia) e privados (nacionais e estrangeiros)) QUERO LEMBRAR 98/99 QUANDO O DEPUTADO LINO CARVALHO. (INFELIZMENTE ÀS PORTAS DA MORTE) VEIO A ALCOBAÇA POR CAUSA DAS ESTÓRIAS DA DESPOLUIÇÃO DE S. MART ((QUE CONTINUAM- QUANTOS DIAS A EST.ELEVATÓRIA ESTEVE A MANDAR, DIRECTAMENTE PARA A BAÍA, OS ESGOTOS DOMÉSTICOS???)) E EXPLICOU AO PORMENOR COMO O GP DO PSD DEIXOU CAIR PROPOSTA DO SEU EX-DEPUTADO SAPINHO SOBRE A FUNDAÇÃO. DE QUALQUER MODO QUE FIQUE CLARO: A CDU NÃO ACEITA DESRESPONSABILIZAÇÃO DO ESTADO SOBRE A SUA PROPRIEDADE. SE ESTA FUNDAÇÃO FOR PARA O ACORDAR E O ENVOLVER – TUDO BEM! O LIVRO DEMONSTRA A IMENSIDÃO DE VERBAS QUE SÃO NECESSÁRIAS E O RITMO ACTUAL SER MÍNIMO. QUE FUNDAMENTAÇÃO TEM A AFIRMAÇÃO DO LEADER DA SaeR DE PROCURAR UM MECENAS, MUITO RICO, QUE QUEIRA FICAR NA HISTÓRIA (ESTILO GULBENKIAN?)
5- Promover a criação de um cluster cultural da Lusofonia (Cister e Cristo;
Alcobaça e Tomar) com base no desenvolvimento do potencial contido no Mosteiro QUANDO VEIO CÁ O REITOR, (1999?) SUGERI A PROPOSTA DO MOSTEIRO SER SEDE DA ASSOCIAÇÃO DAS UNIVERSIDADES DOS PAÍSES LUSÓFONOS.
6- Desenvolver a rede de acessibilidades no interior do concelho, em torno do
duplo eixo rodoviário (a8, N/S, IC9, novo troço E-O) e do prolongamento da via dupla ferroviária electrificada da Linha do Oeste até Alcobaça PATAIAS? PORTANTO LEIRIA? PERGUNTEI MAS ERNÂNI LOPES NÃO RESPONDEU... ALCOBAÇA SOFREU TAMBÉM NESTE CAMPO DO FERROVIÁRIO COM SUCESSIVAS PROMESSAS NÃO CUMPRIDAS QUER DO PS QUER DO PSD. ALCOBAÇA TEM QUE DEIXAR DE PENSAR SÓ NO PEQUENINO E NO QUE É IMEDIATO. BASTA OLHAR PARA OS PLANOS E ORÇAMENTOS DA MAIORIA PSD/SAPINHO. HÁ DIAS, alguns de nós participaram numa acção do Movimento Pró Aeroporto da Ota. Alcobaça está em branco nesta matéria. Tal como no assunto estratégico dos combóios de alta velocidade ou do que queremos para a Linha do Oeste. Estamos atrasados mas podemos ir caminhando. Trazer a Alcobaça quem saiba sobre estas matérias(Dr. Manuel Porto, Engº Viegas...), envolver as forças vivas do concelho é um caminho correcto para podermos tomar posições políticas com força.
7- Elaborar narrativas de atracção (sobre o Mosteiro e o conjunto do concelho e
sobre a relação Cister – Cristo) que estruturem as actividades e a projecção do concelho para o exterior, explorando a proximidade a Lisboa, a inserção em redes europeias (e globais) e a capacidade acrescida de atracção de capitais, empresas, tecnologias e talentos FIZERAM ÓPTIMA ESCOLHA DE PARÁGRAFOS DO “CLAUSTRO DO SILÊNCIO” DE LUÍS ROSA. CURIOSAMENTE APRESENTEI EM 2002 UMA PROPOSTA DE COLÓQUIO PARA DIVULGAR ESTE PRÉMIO DA CÂMARA DE GOUVEIA. VAZIOS GRAVES. NA MADRUGADA DE 5.6. SUGERI AO PRESIDENTE SAPINHO PARA QUE APROVEITASSE A DEIXA DAS 3H DE CONVERSA QUE ERNÂNI LOPES PROMETEU TENDO COMO MOTE O EXCERTO COLOCADO NA PÁG.5 DO LIVRO DA SaeR.
8- Proceder ao desenvolvimento de empreendimentos turísticos de alta
qualidade (e só desses) nas zonas adequadas do concelho nomeadamente nas “Praias do Norte” TENHO A IDEIA QUE O MUNICÍPIO, EM CONJUNTO COM OS PARCEIROS IPSS/MISERICÓRDIAS DO CONCELHO, PODIA PROMOVER A RESPOSTA AO TURISMO DA 3ªIDADE E CRIANDO RESPOSTAS PERMANENTES E INOVADORAS PARA ESTA PROBLEMÁTICA QUE JÁ VIVEMOS: CADA VEZ SOMOS MAIS IDOSOS...
9- Prosseguir uma política (necessária) de urbanismo compatível com as
exigências do PED, nas várias freguesias A REVISÃO DO PDM SERVIU DE PROPAGANDA EM 2001 MAS TEM ESTADO NUM RITMO DE CARACOL. UM PDM “NOVA GERAÇÃO” QUANDO CHEGA AO POVO DE ALCOBAÇA?
10- Instalar actividade de ensino superior com carácter inovador, que se situem
para além do padrão universitário tradicional (hoje dominante). MAIS UM BOM TEMA PARA DESENVOLVER NUM DOS SEMINÁRIOS RECOMENDADOS PELO LIVRO DA SaeR...
11- Atrair actividades baseadas em novas tecnologias – e, em particular, nas
TIC’s, produção de conteúdos e design de produto PALAVRAS BONITAS. MAS QUE MEDIDAS, CONCRETAS, PARA ESTA E OUTRAS RECOMENDAÇÕES PARA A ACÇÃO?
12- Transformar o ponto fraco da poluição das pecuárias, nomeadamente
suiniculturas, num ponto forte de Investigação Desenvolvimento sobre despoluição e tratamento de águas – em articulação com o complexo de actividades da empresa Águas do Oeste. APESAR DA CDU TER CONDENADO A ESTRATÉGIA DA MAIORIA PSD/SAPINHO + PS. AO ENTREGAREM O “OURO AO BANDIDO”, AGORA, NÃO HÁ OUTRO CAMINHO QUE NÃO SEJA RENTABILIZAR O INVESTIDO NAQUELA EMPRESA..
13- O Município de Alcobaça compreendeu, antes de outros, alguns “sinais dos
tempos” – no sentido em que se encontra, tal como o conjunto de Portugal ( e, de facto a Europa) perante transformações fundamentais na economia mundial que implicam escolhas decisivas para o futuro. Essas escolhas determinarão, necessariamente, o progressivo lançamento de uma “2ª geração “ (cf. #7, supra É 7 DAS 60 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES) de planos municipais de acção (ultrapassando os aspectos físicos de urbanismo e arquitectura e focados sobre os aspectos estratégicos de desenvolvimento) e que poderão vir a ser designados como PDE’s (cf. #45, 1ª RECOMENDAÇÃO PARA ACÇÃO) NÃO PERCEBI ESTE ELOGIO... POR TER ENCOMENDADO ESTE TRABALHO?
14- As 2 principais mutações geopolíticas do séc. XX (uma e outra geradas pela
revolução das telecomunicações, desencadeando níveis extremos de mobilidade de informação) foram (são) a desmaterialização do espaço e a compactação do tempo; uma e outra criam um novo contexto geopolítico (que possibilita, em termos práticos e úteis, a articulação de pontos em sistema de rede) que é particularmente favorável na abertura de novas perspectivas de afirmação de “pontos secundários” (p.e., Alcobaça) que têm (nesse novo contexto) a possibilidade de, pelo esforço, pela inteligência e pela criatividade/inovação , se afirmarem como “pontos primários” de novas redes de âmbito europeu/global É A CHAMADA CHAPA 5 DO PROF.: PORTUGAL VIRADO PARA O TURISMO E PARA AS TIC’s
15- As orientações estratégicas para o Concelho de Alcobaça são compatíveis
com as questões fundamentais de estratégia de desenvolvimento do conjunto da economia portuguesa, tais como têm sido estudadas e apresentadas em vários trabalhos da SaeR EVIDENTEMENTE QUE A FILOSOFIA POLÍTICA DA EMPRESA SaeR TEM A VER COM QUEM LIDERA A EMPRESA. MAIS UMA VEZ É A SUA CHAPA 5, MAS TAMBÉM, DAS POLÍTICAS NEOLIBERAIS QUE NOS TÊM DESGOVERNADO.
16- O PDE – Alcobaça que deverá resultar da aceitação do presente estudo
implica um esforço significativo por parte da CMA (e do conjunto dos actores económicos, sociais, políticos e sociais do concelho) nos planos técnico – económico, organizacional e financeiro – é o esforço que o desenvolvimento exige! E que só poderá ser realizado congregando as vontades e as capacidades que o concelho saiba atrair. MAIS QUE ESTUDOS ACEITES OU NÃO ACEITES O QUE É ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIO É MUDANÇAS DE PRÁTICA POLÍTICA. DE FACTO É PRECISO SABER UNIR VONTADES E SABER SER TERRA ATRACTIVA DE COMPETÊNCIAS
Para terminar, nas questões que levantei ao Prof. Ernâni Lopes, (mais uma pergunta em que não obtive resposta):
No quadro da página 451 aparece um autêntico “tiro no pé” no cliente Câmara:
...abrangendo uma área de intervenção dos 30.000m2 de áreas exteriores, foi posto a concurso recentemente com o preço base de 7 milhões de €, e está em vias de adjudicação por cerca de 5,3 milhões de € acrescidos de IVA, valor considerado excepcionalmente elevado (cerca de 175€ por m2, o que significa um desvio da ordem dos 50€ face aos valores padrão para intervenções de alta qualidade, e que não parece estar justificado por dificuldades adicionais, tais como o desvio de infra-estruturas. O Prof. assumiu, há pouco, que “não escreveria nada do que o cliente mandasse” e que “se fôssemos organizadamente mentirosos não publicávamos estes quadros”. Também é público o diferendo que há entre um movimento de moradores e a câmara, exactamente, sobre esta obra da envolvente do Mosteiro. A SaeR está em desacordo com esta obra da envolvente do Mosteiro?
Rogério Raimundo
Vereador da C.M. Alcobaça
DECLARAÇÃO n.º 129
A entregar na reunião de câmara no dia 7 de Junho de 2004
..............
a minha Fev2004...declaração política contra o contrato:
http://www.vivalcobaca.org/modules.php?name=News&file=article&sid=482
...
Razões do Voto contra o Contrato
com Dr. Ernâni Lopes, sócio gerente da “SaeR” – Sociedade de Avaliação de Empresas em Risco!
Passo a explicitar as razões do meu voto contra...
1. É bom clarificar, desde já, que não estou contra os estudos
estratégicos, bem pelo contrário: desde Janeiro de 1998 que os defendo. Numa 1ª fase designei como Pró- Alcobaça... Mais tarde apostei no PEDAL – Plano Estratégico de Desenvolvimento de Alcobaça... Em simultâneo com os 2 estudos da Quaternaire apresentei (quantas vezes?) a necessidade do debate em reunião de Câmara e na Assembleia Municipal, ao mesmo tempo que defendi a criação do GEMA - Gabinete Estratégico do Município de Alcobaça. Quando, em Outubro de 2000, votámos a revisão do PDM voltei a intervir nessa linha da urgente necessidade de, antes de rever, termos o PEDAL e o GEMA... É muito tempo sem resposta a questões centrais... Passados 61 meses de mandato, continua a não haver coerência de calendários e de articulação dos estudos que se desenvolvem e desenvolveram... Depois, a maioria PSD liderada pelo Dr. Gonçalves Sapinho, não conhece a estratégia de voo dos gansos...Pelo contrário, fecha-se, é sectária (como se revela em várias práticas), não sabe trabalhar abertamente, não sabe envolver e não sabe planear. Já devia ter aprendido a lição que o planeamento tem que ser com todos!!!...
2. É de facto lamentável que a maioria PSD/Gonçalves Sapinho me obrigue a votar contra este contrato que vai ser assinado amanhã (anunciado na rádio de hoje...) independentemente do meu voto, com um homem prestigiado, que gosta (e reside muitos dias...) da nossa pérola de S. Martinho do Porto... Não alinho em factos consumados!!! Se lessem o que escrevo saberiam que eu não aceitaria mais convites especiais... Eu sou pró – concursos públicos transparentes... E para esse concurso era preciso muito trabalho político para sabermos fazer a encomenda política... (Também sei como se organizam concursos à medida de cada um e nesse caso seria pior do que esta situação de convite assumido!!!...) Como repetidamente tenho defendido, eu aposto nos concursos transparentes em vez das panelinhas do escolher o amigo ou o recomendado ou o intocável prestigiado português ou americano, por estar na moda ou por ser “finérrimo”.
3. Ainda por cima houve, neste caso, um parecer do Dr. Barbosa de Melo
(Foi de borla??? Quanto custou???)... Então não temos consultores jurídicos na casa que poderiam, em conjunto com o prestigiado causídico, Dr. António Montalvo, nosso avençado, elaborar o justificativo excepcional?...
4. Custa-me imenso que esta verba (como em tantos outros exemplos da gestão PSD/Gonçalves Sapinho...) não seja utilizada estrategicamente para criar riqueza no concelho... Mais uma vez a gestão “laranja” não aposta nos quadros da Câmara e nos jovens licenciados Alcobacenses... Temos grandes especialistas com capacidade e desejosos de mostrar que sabem, querem e podem fazer pela sua terra... Quantos jovens não agarrariam esta empreitada como um desafio aliciante? Por outro lado, porque não exploram o protocolo com o Gabinete da Universidade de Coimbra e respondem ao grande objectivo de criar investigação de forma a irmos construindo o “campus” para conquistarmos o almejado ensino superior para Alcobaça?...
5. Nós, na CDU, entendemos o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Concelho de Alcobaça como um projecto continuado, envolvendo todas as forças políticas e todas as forças vivas que se interessam pela nossa terra... Porque é preciso continuar a PEDALAR depois do Plano aprovado... A estratégia é essencial... A equipa devia continuar a avaliar e a intervir... Era o que designámos por “GEMA” – gabinete estratégico do município de Alcobaça, um organismo muito vivo englobando toda a estrutura de topo da câmara, política e técnica... O mundo está em constante mudança e os estudos não resistem por muito tempo ao passar dos anos... Daí a necessidade do GEMA...
6. Sobre o documento entregue no dia 17.2.2003... Reconheço a qualidade da proposta, muito bem estruturada, reveladora duma experimentada equipa. Algo de importante, naturalmente, será produzido e cá estaremos para apreciar... Até reconheço, por outro lado, que se trata, comparativamente com os estudos, já pagos, para Alcobaça (Quaternaire) e para a Zona de Acolhimento Empresarial da Benedita (pela empresa Roland Berger, do recém destacado Daniel Bessa), duma proposta baratinha... Apenas 297.500 €...
7. Finalmente, Dr. Gonçalves Sapinho, apesar da empresa com quem vai assinar um contrato amanhã se designar: “Sociedade de Avaliação de Empresas em Risco”!!!! É bom que se diga,
Sr. Presidente da Câmara,
Alcobaça não é uma empresa em risco!!!
É uma grande empresa, com futuro, logo que os políticos assumam o seu papel de:
- Catalisadores de vontades e do traçar das orientações que levem
ao rentabilizar das potencialidades já profusamente conhecidas e que activem as muitas outras que estão adormecidas;
- Potenciar a principal riqueza que temos: os Alcobacenses
honestos, com carácter e competentes, nomeadamente, os que trabalham com empenho, os que empregam com qualidade e os talentos com massa cinzenta de primeira...
Rogério Raimundo
Vereador da C.M. Alcobaça
DECLARAÇÃO n.º 50
Entregue na reunião de câmara no dia 24 de Fevereiro de 2003