Onde nos apertam as botas?
Quando olhamos para trás o que vemos?
Vemos o que perdemos, os passos em falso que demos, as derrotas foram bem mais pesadas que a vitórias.
Não há queixas por ficarmos assim doridos, de nada ter feito, que ultrapassasse o espaço e o tempo, que desse imagens de futuro brilhante que nunca foi atingido.
Ao contrário das classes politicas, que pazes feitas com os falhanços consecutivos das suas acções, que pensávamos que seriam para nosso e não bem-estar deles.
Estávamos enganados!
Vem aí mais uma crise.
O enriquecimento de muitos, as benesses que trocam entre si. O ar desempoeirado com que anunciam que vamos piorar de vida, que vêm aí mais impostos, enquanto eles vivem como se isso não os afectasse.
Atravessam as salas de conferência como pessoas sem dúvidas, que raramente se enganam.
Mas quem é que nos empurra para o abismo?
Pensávamos que era assim mesmo, que fazia parte do circo mediático que constroem à volta deles, que os imuniza das pragas que atingem os comuns mortais.
Fazem lembrar os médicos que prescrevem vacinas mas, que nunca as tomam.
Como é que somos o país sem competitividade, com ordenados de miséria que em muitos casos não chegam aos 500€? Os que ganham mais em breve na reforma, serão substituídos por trabalhadores com cursos profissionais sem carreiras e com salários tão baixos, que chegam a ser degradantes. Para esses trabalhadores sem segurança contratual facilmente substituídos, os sindicatos não têm solução. Trabalhador sindicalizado rapidamente vai para o desemprego, que os novos administradores das empresas com comparticipação do estado não querem lá gente dessa.
O sector privado já à muito está com esta situação arrumada.
O nosso sonho é sempre perfeito, a realidade raramente o é.
Caminhamos com mais dificuldade porque só na nossa cabeça não envelhecemos. Quando acordamos vamos ao espelho e esperamos ver outra imagem que ainda habita em nós.
Depois pensamos não estamos assim tão mal, olhamos os cabelos embora raros, resistimos a fazer aquele penteado que nos engana e se tenta assim enganar os outros.
Somos assim, só o nosso passado justifica o que somos hoje. O que havemos de fazer?
Porque nunca nos revoltámos a tempo? Deixámos sempre chegar as coisas ao limite do intolerável.
Depois só nos resta olhar para trás.
Juvenal Amado
Comentário:
Sem esquecer o passado, eu olho para o presente, procuro agir da melhor maneira, em liberdade, resolvendo problemas e necessidades, perspectivando o futuro!!!