Este projecto surge no âmbito do projecto da Regeneração Urbana da Zona Envolvente ao Mercado Municipal.
Os calendários definidos pela CCDR do Centro foram apresentados por Paulo Inácio, presidente da Câmara Municipal aos deputados da Assembleia Municipal de Alcobaça (AMA), que reuniram na passada quinta-feira.
Ainda de acordo com Paulo Inácio, “a autarquia terá, depois, até 2013 para concluir as obras a efectuar” naquela artéria da cidade, onde se prevê a regeneração urbana, com novos serviços, nomeadamente o parque de estacionamento subterrâneo.
A autarquia terá como parceiros, nesta empreitada, a Associação Comercial de Alcobaça (ACSIA), a Cooperativa Agrícola, o CEERIA e o Mosteiro de Santa Maria, mas precisa de encontrar um que construa e explore o parque de estacionamento subterrâneo.
A candidatura da Regeneração Urbana implica um investimento de 10 milhões de euros, por parte da Câmara Municipal de Alcobaça, valor que não tem, ainda, em conta o projecto do parque urbano.
É, ainda assim, uma verba bastante inferior à inicialmente prevista depois de se ter abdicado das deslocalizações do parque de campismo e dos campos de ténis. Só a retirada do ténis do centro da cidade teria um custo de quase seis milhões de euros.
O projecto da Regeneração Urbana prevê, agora, um parque de estacionamento subterrâneo nas imediações do Mercado Municipal, que será alvo de obras de melhoramento, para além de outras intervenções.
Do lado dos partidos da oposição, o vereador do PS, Acácio Barbosa, já se afirmou pouco adepto da construção de um parque de estacionamento subterrâneo junto ao Mercado Municipal de Alcobaça.
A obra é vista pelo socialista como uma “má opção”, que aponta, como alternativa, a melhoria da rede de transportes públicos e a criação de bolsas de estacionamento na periferia de Alcobaça para resolver o problema da falta de estacionamento na cidade de Alcobaça.
Por sua vez, a CDU concorda com a maioria das medidas, nomeadamente com a não deslocalização dos campos de ténis e do parque de campismo. Rogério Raimundo mostra-se, também, satisfeito pela substituição de um restaurante com 400 lugares por serviços públicos como a Loja do Cidadão ou a do Munícipe, no piso superior a construir no edifício do Mercado Municipal.
Quanto ao parque de estacionamento, o vereador da CDU teme que o projecto não seja do agrado dos alcobacenses. A possibilidade de a estrutura vir a ser entregue a privados e os custos de construção e exploração, que deverão implicar a cobrança de preços elevados, são as razões apontadas.
Rogério Raimundo critica ainda o facto de todo o processo de reflexão sobre a regeneração urbana da zona envolvente ao Mercado Municipal de Alcobaça “não ter envolvido a sociedade civil, através de um debate público”.
O projecto definitivo da Regeneração Urbana deverá ser apresentado publicamente na próxima edição da Feira de São Bernardo, em Agosto.
