1feVEReiro2018
19jan2018 na ARepública
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(gostaria de ter desenvolvido a questão da região que defendemos entre Lisboa e Coimbra mas o limite de caracteres...)
Nós na CDU há muito que defendemos a importância de respostas em acessibilidades aéreas (nos últimos anos as “low cost” impuseram-se) para a nossa região Alcobaça para desenvolvermos o Turismo. Essencial para exportação de produtos de ponta, como os moldes, que têm de voar rapidamente para serem aplicados em tempo útil, e até, frutas e outros produtos agrícolas primores.
Recordo os primeiros anos de autarca: no 1º Programa Operacional do Centro, em 1986, já se defendia que o aeroporto de Monte Real tivesse aviação civil.
Atribuímos culpa política a quem mentiu por parte do PS e do PSD (e a quem votou neles), ao prometeram e nada cumprirem, nesta matéria, na Linha do Oeste... Não esquecemos a onda OTA que iludiu e agora Alcochete que distrai do que necessitamos. Perdemos oportunidades! Há que unir vontades regionalmente e concretizar o planeado em 1986.
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respiguei da gazetacaldas.com
27.8.2010
Oeste junta-se ao Centro pela abertura do aeroporto de Monte Real ao tráfego civil
A Turismo do Oeste foi convidada para integrar o Fórum Centro de Portugal a fim de dinamizar a participação de estruturas da região Oeste naquela entidade, que foi criada há dois anos com o objectivo de abrir o aeroporto de Monte Real ao tráfego civil.
A entrada do Oeste – que tem interesse num aeroporto mais próximo da região desde que perdeu a Ota em favor de Alcochete – naquele fórum deverá formalizar-se numa reunião prevista para 23 de Outubro na Figueira da Foz.
O lobby do Centro reúne um conjunto alargado de personalidades de todos os partidos, bem como autarcas de toda a região e associações empresariais. Criado em 2008, tem vindo a fazer um trabalho discreto, conseguindo convencer o antigo ministro das Obras Públicas, Mário Lino, a envolver-se nos estudos sobre a exploração comercial do aeroporto de Monte Real.
Os mesmos foram entretanto interrompidos desde que António Mendonça ficou com aquela pasta, mas o grupo conseguiu ser recebido na Assembleia da República por todos os partidos e pelo próprio primeiro-ministro, José Sócrates que, de forma directa e franca, disse ter “muitas dúvidas” sobre o projecto, mas se prontificou a colaborar com os estudos e a avançar com um investimento inicial se aqueles viessem a provar que o aeroporto aberto ao tráfego civil seria viável.
Ao que a Gazeta das Caldas apurou, José Sócrates foi confrontado com o flop da abertura da base aérea de Beja ao tráfego civil (uma decisão voluntarista de resultados praticamente nulos) e com o adiamento do aeroporto de Alcochete como dois argumentos para a emergência de uma nova infra-estrutura aérea na região Centro, visto que entre o Douro e o Tejo, onde vive a maioria da população portuguesa, não existe nenhum aeroporto.
Desta reunião, o Fórum Centro de Portugal obteve a promessa de que o governo continuaria envolvido nos estudos sobre a viabilidade de Monte Real pois só assim este poderá depois empenhar-se no financiamento e dinamização do projecto se aquela for provada.
António Carneiro, presidente da Turismo do Oeste – e que tem vindo a tomar algumas iniciativas avulsas para abrir Monte Real ao tráfego civil – disse que desconhecia a existência deste movimento do Centro porque os oestinos tinham andado muito envolvidos na causa perdida que foi a Ota. Mas agora pretende que o Oeste esteja em força representado naquele lobby para dar um empurrão a uma causa que é comum a ambas regiões.
CONSENSO ALARGADO
O Fórum Centro de Portugal tem como rosto mais visível o professor universitário e ex-deputado do CDS/PP, Manuel Queiró, num grupo que é caracterizado por uma grande heterogeneidade e no qual participam também Vital Moreira (eurodeputado pelo PS), Marinho Pinto (presidente da Ordem dos Advogados), Carlos Encarnação (presidente da Câmara de Coimbra), Carlos Fiolhais (professor universitário), o empresário Henrique Neto e vários presidentes de Câmara, professores universitários e associações empresariais.
Manuel Queiró disse à Gazeta das Caldas que este movimento surgiu de forma espontânea pela constatação de que o Centro de Portugal tem vindo a perder peso no que diz respeito aos modos de transporte rápidos do futuro. “O Centro de Portugal, em sentido lato a região que está entre o Douro e o Tejo, tem vindo a ser colocada numa posição complicada porque o futuro das áreas territoriais está hoje ligado a factores que não existiam no passado e que são a comunicabilidade internacional”, disse.
O também investigador na área do Desenvolvimento Regional diz que “é um tolice pensar as regiões portuguesas na sua comunicabilidade interna porque a troca de pessoas, bens e serviços se faz actualmente integrada no espaço europeu”.
Ora entre Vilar Formoso e Elvas não há nenhuma saída rápida para Espanha, nem rodoviária, nem ferroviária, dado que, sobre esta última, o abandono do desenho do “T deitado” (uma linha de alta velocidade Lisboa-Porto com saída a meio para Madrid) fez com que se privilegiasse a ligação Lisboa-Madrid por Badajoz.
Uma forma de quebrar este isolamento é a utilização do aeroporto de Monte Real, que resolve pelo menos o problema de acessibilidade internacional da região Centro Litoral (só no eixo composto por Marinha Grande, Leiria, Pombal e Coimbra vivem 900 mil pessoas).
“O AEROPORTO JÁ LÁ ESTÁ”
Uma das dificuldades do movimento é fazer passar a mensagem de que não se pretende construir mais um aeroporto em Portugal porque ele já existe. O aeroporto está lá, bem como o controlo aéreo e demais equipamentos aeroportuários. Só falta mesmo construir um terminal, o que é relativamente barato. “Não é preciso fazer nenhum aeroporto”, diz Manuel Queiró, arriscando mesmo que o slogan do movimento pode ser “o aeroporto já lá está”.
Este responsável diz que o projecto tem adversários. Há quem receie que o êxito de Monte Real comprometa Alcochete e também é certo que a Cova da Beira pretende ter um aeroporto de carácter regional.
Seja como for, os objectivos do Fórum Centro de Portugal, a que agora o Oeste vai aderir, não se esgotam só no aeroporto. Queiró diz que outras preocupações irão ser colocadas na agenda pública, como o isolamento e desertificação do interior e a necessidade de fazer da Estremadura espanhola um “hinterland” do Centro de Portugal.
Carlos Cipriano
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23jan2010
Nada me disseram, em câmara, deste estudo...
Notícia respigada da www.cister.fm
2010-01-21 18:29:00
Região Centro
insiste em abrir base militar a low costs
As regiões de Turismo do Centro, do Oeste e de Leiria-Fátima vão adjudicar a uma consultora inglesa um estudo para a implementação de um aeroporto regional na zona de Leiria vocacionado para o mercado turístico e a ser utilizado sobretudo por companhias low cost e charters.
Em complemento, aquela infra-estrutura poderia ainda servir o mercado dos homens de negócios do eixo industrial Marinha Grande-Leiria e o turismo religioso para o Santuário de Fátima.
Para António Carneiro, presidente da Turismo do Oeste, este aeroporto poderia instalar-se na própria base aérea de Monte Real, nada impedindo que esta continuasse a ter a sua função militar, tal como, de resto, acontece com o das Lages (Açores) e o de Frankfurt (Alemanha), ambos com a componente civil e militar.
Outra localização possível seria em Leiria, perto da futura estação ferroviária que vai servir o TGV e a Linha do Oeste, e perto do nó da A8 com a A17, havendo aí evidentes vantagens em termos de intermodalidade.
Em declarações ao PÚBLICO, o ministro das Obras Públicas e Transportes, António Mendonça, não se mostrou muito entusiasmado com a ideia de um novo aeroporto, salientando que já existe um planeamento para este tipo de infra-estruturas no país e que corre-se o risco de um aeroporto canibalizar o outro em termos de tráfego. Mas mostrou-se disponível para que a solução possa, no mínimo, ser estudada.
A principal característica deste investimento seria a de ser muito barato, diz o presidente da Turismo do Oeste, dando o exemplo do aeroporto de Valladolid (onde a Ryanair tem voos directos para Milão, Londres e Paris) e que é uma estrutura muito simples, composta apenas por um pavilhão "que parece um enorme stand de automóveis" e uma pista de aterragem.
Custo entre 20 e 50 milhões
Contas feitas, António Carneiro diz que o aeroporto regional do Centro e do Oeste custaria entre 20 e 50 milhões de euros. "Estamos a falar de uma coisa que custaria um por cento do aeroporto de Alcochete [3300 milhões de euros] e que não lhe retira importância porque não vai concorrer com ele, uma vez que se destina a um mercado muito específico", sublinha o mesmo responsável.
No fundo, esta oportunidade é criada pelo afastamento do aeropor- to de Lisboa para Alcochete, que deixa o Centro e o Oeste mais afastados das viagens áreas, precisamente numa altura em que estas são cada vez mais importantes para alimentar as regiões turísticas.
Perante o argumento de que não se pode ter um aeroporto em cada cidade, António Carneiro lembra que a Galiza tem três aeroportos e que, no futuro, haverá três aeroportos a sul do Tejo (Alcochete, Beja e Faro), um a norte do Douro (Porto) e nenhum em toda a Zona Centro, que é precisamente a região com mais população.
Para avançar com este projecto, a mesma fonte diz que "há uma total sintonia" entre os presidente das regiões de Turismo do Oeste, do Centro e de Leiria-Fátima, bem como do presidente da Câmara de Leiria, o socialista Raul Castro, que conquistou em Outubro aquele município ao PSD e que goza de alguma influência no partido do Governo.
"Se conseguíssemos uma base de uma Ryanair ou da Easyjet no Centro de Portugal, poderíamos dinamizar o turismo em todo o Litoral Centro, incluindo o turismo residencial", disse ainda, admitindo alguma culpa por nem o próprio nem ninguém do Oeste se ter lembrado deste projecto quando foram discutidas as compensações para a região pela não construção do aeroporto na Ota.
António Carneiro alerta ainda que se o Oeste e o Centro não se mexerem, o espaço para um aeroporto regional poderá ser aproveitado pela Cova da Beira, caso avance a ideia de se fazer na Covilhã um aeroporto regional. E é essa a corrida que se propõe ganhar, convicto de que aquela infra-estrutura faz muito mais sentido no litoral, apesar do forte lobby das Beiras.
Fonte: Público
2010-01-21 18:29:00
Região Centro
insiste em abrir base militar a low costs
As regiões de Turismo do Centro, do Oeste e de Leiria-Fátima vão adjudicar a uma consultora inglesa um estudo para a implementação de um aeroporto regional na zona de Leiria vocacionado para o mercado turístico e a ser utilizado sobretudo por companhias low cost e charters.
Em complemento, aquela infra-estrutura poderia ainda servir o mercado dos homens de negócios do eixo industrial Marinha Grande-Leiria e o turismo religioso para o Santuário de Fátima.
Para António Carneiro, presidente da Turismo do Oeste, este aeroporto poderia instalar-se na própria base aérea de Monte Real, nada impedindo que esta continuasse a ter a sua função militar, tal como, de resto, acontece com o das Lages (Açores) e o de Frankfurt (Alemanha), ambos com a componente civil e militar.
Outra localização possível seria em Leiria, perto da futura estação ferroviária que vai servir o TGV e a Linha do Oeste, e perto do nó da A8 com a A17, havendo aí evidentes vantagens em termos de intermodalidade.
Em declarações ao PÚBLICO, o ministro das Obras Públicas e Transportes, António Mendonça, não se mostrou muito entusiasmado com a ideia de um novo aeroporto, salientando que já existe um planeamento para este tipo de infra-estruturas no país e que corre-se o risco de um aeroporto canibalizar o outro em termos de tráfego. Mas mostrou-se disponível para que a solução possa, no mínimo, ser estudada.
A principal característica deste investimento seria a de ser muito barato, diz o presidente da Turismo do Oeste, dando o exemplo do aeroporto de Valladolid (onde a Ryanair tem voos directos para Milão, Londres e Paris) e que é uma estrutura muito simples, composta apenas por um pavilhão "que parece um enorme stand de automóveis" e uma pista de aterragem.
Custo entre 20 e 50 milhões
Contas feitas, António Carneiro diz que o aeroporto regional do Centro e do Oeste custaria entre 20 e 50 milhões de euros. "Estamos a falar de uma coisa que custaria um por cento do aeroporto de Alcochete [3300 milhões de euros] e que não lhe retira importância porque não vai concorrer com ele, uma vez que se destina a um mercado muito específico", sublinha o mesmo responsável.
No fundo, esta oportunidade é criada pelo afastamento do aeropor- to de Lisboa para Alcochete, que deixa o Centro e o Oeste mais afastados das viagens áreas, precisamente numa altura em que estas são cada vez mais importantes para alimentar as regiões turísticas.
Perante o argumento de que não se pode ter um aeroporto em cada cidade, António Carneiro lembra que a Galiza tem três aeroportos e que, no futuro, haverá três aeroportos a sul do Tejo (Alcochete, Beja e Faro), um a norte do Douro (Porto) e nenhum em toda a Zona Centro, que é precisamente a região com mais população.
Para avançar com este projecto, a mesma fonte diz que "há uma total sintonia" entre os presidente das regiões de Turismo do Oeste, do Centro e de Leiria-Fátima, bem como do presidente da Câmara de Leiria, o socialista Raul Castro, que conquistou em Outubro aquele município ao PSD e que goza de alguma influência no partido do Governo.
"Se conseguíssemos uma base de uma Ryanair ou da Easyjet no Centro de Portugal, poderíamos dinamizar o turismo em todo o Litoral Centro, incluindo o turismo residencial", disse ainda, admitindo alguma culpa por nem o próprio nem ninguém do Oeste se ter lembrado deste projecto quando foram discutidas as compensações para a região pela não construção do aeroporto na Ota.
António Carneiro alerta ainda que se o Oeste e o Centro não se mexerem, o espaço para um aeroporto regional poderá ser aproveitado pela Cova da Beira, caso avance a ideia de se fazer na Covilhã um aeroporto regional. E é essa a corrida que se propõe ganhar, convicto de que aquela infra-estrutura faz muito mais sentido no litoral, apesar do forte lobby das Beiras.
Fonte: Público