Câmara Municipal de Alcobaça demoliu barraca na Cova da Onça
A Câmara Municipal de Alcobaça procedeu esta semana à demolição de uma das barracas que a etnia cigana ocupa na Cova da Onça. Rogério Raimundo, vereador da CDU na CMA, refere que é uma atitude correcta apesar de insuficiente.
Segundo o vereador, esta medida é insuficiente uma vez que algumas barracas ainda se mantêm ao lado do Centro Escolar de Alcobaça, onde no próximo ano lectivo várias crianças do concelho vão ter aulas. Rogério Raimundo acrescenta ainda que a CDU sempre foi contra a construção do Centro Escolar naquele local, tendo proposto outras soluções.
Já Acácio Barbosa, vereador do PS, considera que esta intervenção na Cova da Onça foi feita como devia ser e quando devia ser. “Tudo estava dentro da legalidade portanto não haveria melhor altura para o fazer”, disse o vereador em entrevista à Rádio Cister.
Em jeito de resposta a qualquer dúvida que possa ter ficado, nomeadamente aos vereadores da Câmara Municipal de Alcobaça, Paulo Inácio, presidente do executivo camarário, refere que a intervenção não fica por aqui mas tudo tem que ser feito com calma e ponderação.
Recorde-se que vários membros de etnia cigana que moravam no bairro social, voltaram a mudar-se para a Cova da Onça devido a problemas internos na sua comunidade. Por estes motivos, explica Paulo Inácio, o desaparecimento definitivo das barracas na Cova da Onça tem de ser feito com medidas que se adequem a todos. O presidente refere ainda que a urgência da demolição das restantes barracas se prende também com a instalação do Centro Escolar de Alcobaça, que é completamente "incompatível" com a situação da comunidade cigana.
A Câmara Municipal de Alcobaça está a estudar esta situação juntamente com o Governo Civil de Leiria e as forças policiais, para que tudo se resolva brevemente e da melhor forma.
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ainda da cister.fm respiguei:2010-07-18 11:09:00
O regresso das oito famílias de etnia cigana ao bairro da Bela Vista está a ser um “processo difícil”
É o próprio presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Paulo Inácio, que o admite.
O autarca admite que «esta é uma situação difícil mas que tudo está a ser tratado em conjunto com o Governador Civil de Leiria e com as forças de segurança da PSP».
Em causa estão oito famílias de etnia cigana, que tinham sido realojadas no novo bairro social, mas que abandonaram os prédios do Bairro Social depois de um deles ter sido esfaqueado com gravidade, alegadamente por outra família de ciganos do mesmo bairro.
Os que fugiram, com «medo de represálias» encontram-se a viver numa tenda improvisada, na Cova da Onça, propriedade da Câmara Municipal de Alcobaça.
O Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça que foram «problemas internos da comunidade» a ditar a saída destas famílias do bairro.
O grupo foi chamado à reunião de câmara da passada segunda-feira, 12 de Julho, para ouvirem a autarquia pedir-lhes que regressassem às suas casas, no bairro social, uma vez que o acampamento da Cova da Onça, onde vivem actualmente, vai ter de deixar de existir devido ao Centro Escolar, que ali passará a funcionar.
A matriarca da família esteve na reunião mas voltou a dar conta do «clima de medo e intranquilidade» que se vive no bairro e pediu um «alojamento temporário», dado que estão em causa também crianças, a viver em más condições, e que já deixaram de ir à escola.