https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10217561837429233&set=p.10217561837429233&type=3&theater
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6aGOSTO2018
73 anos depois de Hiroxima e Nagasáqui
Pôr fim às armas nucleares. Defender a paz
No momento em que passam 73 anos sobre os bombardeamentos nucleares norte-americanos sobre as cidades japonesas de Hiroxima e Nagasáqui – perpetrados, respectivamente, a 6 e 9 de Agosto de 1945 –, o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) reafirma a necessidade e urgência de pôr fim a este tipo de armamento de destruição generalizada. O desarmamento geral, simultâneo e controlado é, desde há mais de sete décadas, um objectivo central da acção de todos quantos, em Portugal e no mundo, defendem a paz e a segurança internacionais.
A dimensão do crime que constituiu o lançamento das bombas atómicas sobre as cidades de Hiroxima e Nagasáqui fica desde logo expressa no número de vítimas e na brutalidade dos seus efeitos: mais de 100 mil mortos no momento das explosões e outros tantos até ao final de 1945, na sequência dos ferimentos; entre os sobreviventes e seus descendentes, disparou a incidência de malformações e doenças oncológicas, devido à radiação – realidade que se sente ainda hoje, mais de 70 anos depois dos acontecimentos.
O facto de estes bombardeamentos terem sido perpetrados sobre um Japão na prática já derrotado só aumenta a brutalidade do crime.
Recordar Hiroxima e Nagasáqui é, hoje, muito mais do que um mero exercício de memória ou merecido acto solene de respeito pelas vítimas. É, acima de tudo, um grito de alerta para os riscos hoje existentes: pela dimensão e potência dos actuais arsenais nucleares, uma guerra nuclear não se limitaria a replicar o horror vivido em Hiroxima e Nagasáqui, antes o multiplicaria por muito.
Existem actualmente cerca de 16 mil ogivas nucleares, a maioria das quais muito mais potentes do que as que arrasaram as cidades japonesas em Agosto de 1945: destas, 15 mil estão em poder dos Estados Unidos da América e Federação Russa e as restantes nas mãos da França (300), China (270), Grã-Bretanha (215), Paquistão (120-130), Índia (110-120), Israel (80) e República Popular Democrática da Coreia (menos de 10); outros cinco países – Alemanha, Bélgica, Holanda, Itália e Turquia – acolhem armas nucleares dos EUA no seu território, que se encontram igualmente espalhadas pelo mundo, em centenas de bases militares e esquadras navais.
Bastaria que fosse utilizada uma pequena parte das bombas nucleares existentes para que a vida na Terra ficasse seriamente ameaçada. Para além dos milhões que perderiam a vida em resultado das explosões, uma guerra nuclear provocaria igualmente efeitos duráveis sobre o ambiente e a meteorologia: o chamado «Inverno Nuclear» reduziria a duração (ou eliminaria mesmo) os períodos férteis de crescimento das plantas durante anos, levando a maior parte dos seres humanos e outras espécies animais a sucumbir à fome.
Num tempo tão incerto e perigoso como aquele em que vivemos, o CPPC realça a necessidade de uma mais forte acção em prol da paz e do desarmamento e reafirma a validade da campanha que tem em curso pela adesão de Portugal ao Tratado de Proibição de Armas Nucleares, no âmbito da qual foi promovida uma petição que recolheu mais de 13 mil assinaturas em todo o País. Portugal deve assinar e ratificar este Tratado e contribuir activamente para um mundo sem armas nucleares.
A Paz diz-nos respeito a todos e está nas mãos de todos conquistá-la e defendê-la. Pela Paz todos não somos demais!
6 de Agosto de 2018
Direcção Nacional do CPPC
https://www.facebook.com/conselhopaz/posts/1979097858777865
***Pôr fim às armas nucleares. Defender a paz
No momento em que passam 73 anos sobre os bombardeamentos nucleares norte-americanos sobre as cidades japonesas de Hiroxima e Nagasáqui – perpetrados, respectivamente, a 6 e 9 de Agosto de 1945 –, o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) reafirma a necessidade e urgência de pôr fim a este tipo de armamento de destruição generalizada. O desarmamento geral, simultâneo e controlado é, desde há mais de sete décadas, um objectivo central da acção de todos quantos, em Portugal e no mundo, defendem a paz e a segurança internacionais.
A dimensão do crime que constituiu o lançamento das bombas atómicas sobre as cidades de Hiroxima e Nagasáqui fica desde logo expressa no número de vítimas e na brutalidade dos seus efeitos: mais de 100 mil mortos no momento das explosões e outros tantos até ao final de 1945, na sequência dos ferimentos; entre os sobreviventes e seus descendentes, disparou a incidência de malformações e doenças oncológicas, devido à radiação – realidade que se sente ainda hoje, mais de 70 anos depois dos acontecimentos.
O facto de estes bombardeamentos terem sido perpetrados sobre um Japão na prática já derrotado só aumenta a brutalidade do crime.
Recordar Hiroxima e Nagasáqui é, hoje, muito mais do que um mero exercício de memória ou merecido acto solene de respeito pelas vítimas. É, acima de tudo, um grito de alerta para os riscos hoje existentes: pela dimensão e potência dos actuais arsenais nucleares, uma guerra nuclear não se limitaria a replicar o horror vivido em Hiroxima e Nagasáqui, antes o multiplicaria por muito.
Existem actualmente cerca de 16 mil ogivas nucleares, a maioria das quais muito mais potentes do que as que arrasaram as cidades japonesas em Agosto de 1945: destas, 15 mil estão em poder dos Estados Unidos da América e Federação Russa e as restantes nas mãos da França (300), China (270), Grã-Bretanha (215), Paquistão (120-130), Índia (110-120), Israel (80) e República Popular Democrática da Coreia (menos de 10); outros cinco países – Alemanha, Bélgica, Holanda, Itália e Turquia – acolhem armas nucleares dos EUA no seu território, que se encontram igualmente espalhadas pelo mundo, em centenas de bases militares e esquadras navais.
Bastaria que fosse utilizada uma pequena parte das bombas nucleares existentes para que a vida na Terra ficasse seriamente ameaçada. Para além dos milhões que perderiam a vida em resultado das explosões, uma guerra nuclear provocaria igualmente efeitos duráveis sobre o ambiente e a meteorologia: o chamado «Inverno Nuclear» reduziria a duração (ou eliminaria mesmo) os períodos férteis de crescimento das plantas durante anos, levando a maior parte dos seres humanos e outras espécies animais a sucumbir à fome.
Num tempo tão incerto e perigoso como aquele em que vivemos, o CPPC realça a necessidade de uma mais forte acção em prol da paz e do desarmamento e reafirma a validade da campanha que tem em curso pela adesão de Portugal ao Tratado de Proibição de Armas Nucleares, no âmbito da qual foi promovida uma petição que recolheu mais de 13 mil assinaturas em todo o País. Portugal deve assinar e ratificar este Tratado e contribuir activamente para um mundo sem armas nucleares.
A Paz diz-nos respeito a todos e está nas mãos de todos conquistá-la e defendê-la. Pela Paz todos não somos demais!
6 de Agosto de 2018
Direcção Nacional do CPPC
https://www.facebook.com/conselhopaz/posts/1979097858777865
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http://www.pcp.pt/hiroshima-nagasaki-70-anos-depois-crescem-ameacas-para-paz-no-mundo
https://www.youtube.com/watch?v=jY9VwCE_Dsg
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secos e molhados (Ney Matogrosso)
https://www.youtube.com/watch?v=VTkhDnlwvcA&feature=share
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Não podemos ignorar! Temos, cada x+, de TER MEMÓRIA! Hiroshima e Nagazaki estão aí tds os dias, de diferentes maneiras. Os "senhores da guerra", os agiotas não têm escrúpulos. Estamos n1 mundo sem soberania dos países. Os governantes são cada x+ fantoches dos "mercados" e o que praticam é a austeridade para o povo e lucros fabulosos para os financeiros...???Até quando, aqui em Portugal, o povo acorda, com o grito da
https://www.facebook.com/isabelsantos.pt/photos/a.166234646765967.37235.151469431575822/200829853306446/?type=3&theater
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https://www.youtube.com/watch?v=i4x7G_AOL8k
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9ag2017
Recordar os crimes de Hiroshima e Nagasaki, defender a paz, a cooperação e o desenvolvimento
http://www.pcp.pt/recordar-crimes-de-hiroshima-nagasaki-defender-paz-cooperacao-desenvolvimento
Os dias 6 e 9 de Agosto de 1945, datas em que os EUA lançaram a bomba atómica sobre Hiroshima e Nagazaki, provocando a morte e os mais horríveis sofrimentos de centenas de milhar de seres humanos fazendo desaparecer estas duas cidades japonesas, passaram à História como símbolo de um crime monstruoso que não deverá cair no esquecimento. A memória de tão grandes crimes e a actual situação internacional convocam as forças da paz e do progresso social a denunciar todas e quaisquer tentativas de reescrita da História e de justificação de tão ignóbil acto – que apenas visou afirmar o poderio dos EUA –, bem como a intensificar os alertas e a luta para que um tal crime jamais se repita.
Ao assinalar esta trágica efeméride o PCP, cumprindo um dever de memória para com as vítimas do holocausto nuclear de Hiroshima e Nagasaki, pretende sobretudo alertar os trabalhadores, a juventude e o povo português para a importância da luta pela paz e a cooperação; contra o militarismo e a guerra; pelo desarmamento, desde logo o desarmamento nuclear; pelo cumprimento da Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional, e pelo respeito dos direitos dos povos, nomeadamente dos direitos à autodeterminação e à soberania.
O PCP chama a atenção para que, setenta anos depois, o perigo de holocausto nuclear, não só não está afastado, como cresceu perigosamente após o desaparecimento da União Soviética e da sua política de paz e de desarmamento. A intensificação da política agressiva e de ingerência da NATO e das suas potências, com destaque para os EUA; o aumento da corrida aos armamentos e o aperfeiçoamento dos arsenais nucleares; o reforço da aliança militar nipo-norte-americana; a instalação de sistemas anti-míssil nas fronteiras da República Popular da China; a expansão da NATO para leste e a crescente política de confrontação com a Federação Russa; a adopção de doutrinas militares, designadamente pelos EUA, que advogam abertamente a utilização “preventiva” da arma nuclear; são elementos que, a par com a instabilidade e as guerras de agressão do imperialismo em curso, concorrem para um aumento do perigo de novas tragédias como a que hoje é assinalada.
Esta é uma realidade que seria irresponsável ignorar pois ameaça povos inteiros e a própria Humanidade.
Para contrariar e inverter tão perigosa tendência, o PCP considera necessário enfrentar com firmeza a política exploradora, opressora, predadora e agressiva do imperialismo, e em primeiro lugar a estratégia agressiva dos EUA e das grandes potências da União Europeia que, a pretexto da ameaça à sua “segurança” e aos seus “interesses vitais”, e invocando hipocritamente a defesa da “democracia e dos direitos humanos” ou a “guerra ao terrorismo”, intensificam as políticas de ingerência, desestabilização e agressão militar directa por todo o mundo. Desenvolve-se o militarismo, crescem as despesas com armamento, multiplicam-se as bases militares no estrangeiro.
A resposta aos problemas migratórios criados pelas guerras do imperialismo, pelo neocolonialismo e pelo subdesenvolvimento – e que transformaram o Mediterrâneo num imenso cemitério - é cada vez mais uma resposta militarizada e repressiva, ela própria um libelo acusatório dos objectivos e natureza da política da NATO e da União Europeia.
Perante o aprofundamento da crise estrutural do capitalismo, o declínio relativo da hegemonia do imperialismo norte-americano e seus aliados no plano mundial e a agudização das contradições do sistema, os sectores mais reaccionários e agressivos do grande capital jogam cada vez mais no fascismo e na guerra como “saída” para as suas insanáveis contradições, recorrendo de forma cada vez mais perigosa às manobras de desestabilização, ao terrorismo e também à chantagem nuclear.
A luta para impedir a repetição do holocausto de Hiroshima e Nagasaki, a luta pelo desarmamento nuclear e pela paz, é inseparável da luta contra as ingerências e agressões do imperialismo que tanta destruição e sofrimento têm causado em países como o Afeganistão, o Iraque, a Líbia, a Síria ou o Iémen. Passa pelo fim do bloqueio norte-americano contra Cuba. Passa pelo fim de manobras e campanhas de desestabilização, ou, na linguagem já conhecida de outros momentos da história recente, de operações de «mudança de regime», como está acontecer na Venezuela, para tentar liquidar o processo de progresso e soberania bolivariano. Os caminhos da Paz passam pela solução pacífica de conflitos, pelo diálogo internacional respeitador da igualdade e soberania dos Estados e dos direitos dos povos. Passam pelo fim das ameaças e sanções a países como o Irão ou a RPD Coreia.
O PCP reafirma a sua posição de defesa de desnuclearização e não proliferação de armas de destruição massiva.
A insaciável gula das grandes multinacionais para se apropriarem das riquezas e mercados de todo o planeta e a escalada da tensão e confrontação militar em vários pontos do mundo pode conduzir aos mais descontrolados e trágicos desenvolvimentos. Os povos e todos aqueles que são confrontados nos dias de hoje com novas mentiras e manobras de propaganda devem reflectir sobre as lições que Hiroshima e Nagasaki nos ensinam. Hoje ao presenciarmos uma nova ofensiva dirigida pela Administração norte-americana conduzida por Trump contra vários países, deveremos recordar esse e outros acontecimentos que demonstram as reais intenções daqueles que, em nome da democracia, levam a cabo a instauração de ditaduras ou a destruição de países.
Nesse sentido, o PCP acompanha com preocupação a política de continuada submissão do Governo português às políticas da NATO e da UE que, entre outras, teve expressão recente no crescente envolvimento de Portugal em operações militares do imperialismo ou na posição em relação à Venezuela, contrária aos interesses da comunidade portuguesa e do necessário restabelecimento das condições de estabilidade política naquele país.
A Constituição da República Portuguesa, reflectindo os valores libertadores de Abril, consagra no seu artigo 7º que “Portugal preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos, bem como o desarmamento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança colectiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos.”
É obrigação do Estado e do governo português romper com a política de submissão ao imperialismo que compromete a soberania nacional. A defesa dos interesses nacionais exige a adopção de uma política externa de brio patriótico e independência nacional, na base dos princípios da igualdade, reciprocidade de vantagens, respeito mútuo e não ingerência nos assuntos internos, que pugne pelo fim da corrida aos armamentos, pelo desarmamento e em primeiro lugar o desarmamento nuclear, pela paz, a amizade e a cooperação entre os povos.
Recordando a tragédia de Hiroshima e Nagasaki, o PCP revisita o passado mas olha com confiança para o presente e para o futuro da luta emancipadora do povo português e da luta dos trabalhadores e dos povos de todo o mundo.
Alertando para os grandes perigos que o agravamento da actual situação internacional comporta, o PCP exprime a sua confiança de que a guerra não é inevitável e que a luta organizada e determinada das forças da paz e do progresso de todo o mundo imporá o desarmamento e a abolição das armas nucleares.
***1945
Nagazaki
o cinismo dos militares.políticos americanos: THE FAT MAN!
"Hoje, perante a escalada militarista e de guerra conduzida pelos EUA, que continua a brandir com a ameaça nuclear, a luta pela abolição das armas nucleares, pelo desarmamento e pela paz assume extrema importância."
*
https://www.youtube.com/watch?v=ZDOZX9GaeO0
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https://www.youtube.com/watch?v=cYEn5Ht6Qgc
**
09 de Agosto de 1945: Lançamento da bomba atómica, "Fat Man" sobre Nagasaki
No
dia 9 de Agosto de 1945, uma segunda bomba atómica é lançada no Japão
pelos Estados Unidos sobre a cidade de Nagasaki. O ataque resultou na
rendição incondicional do exército nipónico.
Mais
uma vez, os norte-americanos baptizaram-na com ironia: "fat man" (homem
gordo). A bomba matou cerca de 70 mil pessoas e deixou 25 mil feridas.
Segundo historiadores norte-americanos, o alto-comando dos Estados
Unidos ameaçou atacar Tóquio caso o Japão não se rendesse. A destruição
que um ataque nuclear causaria numa das maiores cidades do mundo seria
incalculável.
A
devastação causada em Hiroshima três dias antes não foi suficiente para
convencer o Conselho de Guerra japonês a aceitar a exigência da
Conferência de Potsdam de rendição incondicional. Os Estados Unidos já
haviam planeado, unilateralmente e sem o conhecimento prévio dos
Aliados, o lançamento de uma segunda bomba atómica. Ela estava
programada inicialmente para 11 de Agosto, mas o mau tempo previsto para
essa data antecipou o lançamento para 9 de Agosto.
À 01h56, um bombardeiro B-29, especialmente adaptado, baptizado de Bockscar ,
levantou voo da ilha Tinian sob as ordens do major Charles W. Sweeney.
Nagasaki era um importante centro de construção naval, um alvo, a juízo
das autoridades militares norte-americanas, apropriado para ser
destruído. A bomba foi lançada às 11h02 sobre a cidade e desencadeou uma
energia equivalente a 22 mil toneladas de dinamite. As colinas que
cercavam a cidade serviram para conter parcialmente a força destrutiva
da bomba, mas o número estimado de mortos, quase instantaneamente, foi
algo entre 60 e 80 mil pessoas. O número exacto tornou-se impossível de
quantificar, pois a explosão desfigurou corpos e desintegrou os
registos.
O
general Leslie R. Groves, responsável pela organização do projecto que
produziu a explosão nuclear, chegou a alegar que outra bomba atómica
estava disponível contra o Japão. A operação só não teria sido colocada
em prática por falta de necessidade. O imperador Hiroito, a pedido de
dois dos membros do Conselho ansiosos pelo fim da guerra, reuniu-se com o
Conselho e declarou que “a continuidade da guerra pode apenas resultar
na aniquilação do povo japonês”. O Imperador do País do Sol Nascente deu
então a sua permissão para que se assinasse a rendição incondicional.
Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
Nuvem atómica sobre a cidade de Nagasaki
O Bockscar e sua tripulação, que lançou a bomba atómica "Fat Man" sobre Nagasaki.
Réplica de "Fat Man" lançada em Nagasaki, Japão, em 9 de Agosto de 1945
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/08/09-de-agosto-de-1945-lancamento-da.htmlhttps://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/08/09-de-agosto-de-1173-tem-inicio.html?spref=fb&fbclid=IwAR0tC-zbBmLQ20rS9-U6twcAcE8ma47HZE2v6LU3Iy_3qDx9gdUQ-hhiq3I
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2016
Castendo
O dia 6 de Agosto de 1945 é uma data que as forças progressistas e amantes da paz de todo o mundo assinalam, para que se não perca a memória desse monstruoso crime que foi o lançamento da primeira bomba atómica sobre a cidade japonesa de Hiroshima (e três dias depois sobre Nagasaki) e retirar dessa tragédia, que provocou milhares de mortos e sofrimento que perdura até hoje, ensinamentos para a luta contra o militarismo e contra a guerra e pelo desarmamento nuclear.
É necessário defender a verdade histórica, combater todas e quaisquer tentativas de justificar o recurso à arma atómica, desmistificar o falso argumento de que a sua utilização foi necessária para derrotar o Japão pois este se encontrava já derrotado, responsabilizar o imperialismo norte-americano por um crime que apenas visou afirmar o poderio e os objectivos hegemónicos dos EUA no plano mundial.
É necessário não esquecer que as raízes da guerra e das suas trágicas consequências residem no poder dos monopólios e no ilimitado apetite explorador e predador do capital financeiro e especulativo, e alertar para os grandes perigos que pairam sobre a Humanidade em resultado do crescimento de forças xenófobas e fascistas, do militarismo, da multiplicação de focos de tensão, de desestabilização e de guerras de agressão imperialistas, numa situação em que a chamada “guerra ao terrorismo” está a ser utilizada como cobertura para o ataque a liberdades e direitos fundamentais, o aumento das despesas militares e a ingerência nos assuntos internos de países soberanos.
Neste quadro geral é motivo da maior preocupação a escalada agressiva do imperialismo bem patente na Síria, Médio Oriente e Norte de África, nas decisões da recente cimeira da NATO realizada em Varsóvia, numa “política de segurança e defesa comum” da União Europeia cada vez mais articulada com os EUA e a NATO, na corrida aos armamentos na região Ásia Pacífico com intensa actividade militar norte-americana, o reforço do tratado nipo-norte-americano e o relançamento do militarismo e do intervencionismo japonês. Particularmente inquietante, porque envolvendo cenários de guerra e a admissão do recurso à arma nuclear, é a instalação pelos EUA e NATO de sistemas anti-míssil no Leste da Europa e na Península da Coreia, junto às fronteiras da Federação Russa e da República Popular da China.
Lembrar Hiroshima e Nagasaki é pois lutar para que jamais uma tal tragédia volte a acontecer. É intensificar a luta contra o fascismo e contra a guerra, contra a política agressiva do imperialismo, pela dissolução da NATO, pela solução política dos conflitos com respeito pela soberania dos povos, pelo desarmamento e em primeiro lugar pelo desarmamento nuclear. É unir todas as forças, que possam ser unidas, na luta pela paz e para afastar definitivamente do horizonte o perigo de holocausto nuclear.
Nunca como hoje a luta pelo progresso social e a paz esteve tão ligada com a luta pela soberania dos Estados e o direito de cada povo à livre escolha do seu caminho de desenvolvimento. Em Portugal o PCP continuará a intervir com determinação para libertar o País dos constrangimentos externos que comprometem a sua soberania, contra as imposições e chantagens da União Europeia, contra o envolvimento do País em operações de agressão a outros povos, por uma política externa e de defesa de brio patriótico e, no cumprimento da própria Constituição da República Portuguesa, de paz, amizade e cooperação com todos os povos do mundo.
http://ocastendo.blogs.sapo.pt/tag/nagasaki***
Cristina Cardoso
2015.avante
O crime dos EUA continua impune
Hiroxima e Nagasaki
nunca mais!
nunca mais!
A 6 e 9 de Agosto de 1945, os EUA lançaram as bombas atómicas sobre Hiroxima e Nagasaki. Mataram instantaneamente mais de 200 mil civis e muitos milhares morreram das consequências da radiação, que deixou mazelas nas gerações vindouras. Um crime que fica na história como um dos mais bárbaros e odiosos actos de agressão contra populações civis, que nenhuma consideração de ordem militar poderia justificar.
Um crime que os EUA procuraram justificar como sendo necessário para derrotar o Japão – país que em Agosto de 1945 já se encontrava à beira da derrota – e como alternativa para a invasão terrestre que significaria a perda de milhares de vidas de soldados norte-americanos. Assim se massacram centenas de milhares de pessoas, um crime que até hoje permanece impune.
Na verdade, as bombas atómicas sobre Hiroxima e Nagasaki serviram para afirmar a hegemonia militar dos EUA, pela detenção do monopólio da arma nuclear, perante o mundo e, em particular, perante a União Soviética.
Preocupado com uma nova ordem mundial de sentido progressista, saída da Segunda Guerra Mundial, o imperialismo procurou desta forma reafirmar o seu poderio, pela chantagem e ameaça nuclear nas relações internacionais e pelo medo. Os avanços dos processos de libertação, o prestígio e autoridade ganhos pela União Soviética pelo seu decisivo papel na derrota do nazi-fascismo, a resistência antifascista com ampla participação das massas e com grande influência dos comunistas, a vontade popular de justiça e progresso social, eram factores determinantes que levariam e levaram a profundas transformações democráticas e antimonopolistas. Avanços na emancipação social e nacional que era necessário conter. Com as bombas atómicas sobre Hiroxima e Nagasaki os EUA inauguram a «guerra fria».
Recorde-se que três meses antes, a 9 de Maio de 1945, na sequência da entrada do Exército Vermelho em Berlim, a Alemanha nazi havia assinado a sua rendição incondicional, marcando o fim da mais hedionda guerra de sempre que fez 60 milhões de mortos.
Após tantos anos de guerra, a Humanidade começou a aspirar a tempos de Paz, de vida e de esperança. A derrota do nazi-fascismo e também do militarismo japonês teve consequências profundas no curso da história. Saíram fortalecidas as forças que defenderam a paz, a democracia, a autodeterminação dos povos e o socialismo. Pelo contrário, o imperialismo saiu enfraquecido.
Carta das Nações Unidas
Apesar da guerra ainda decorrer no Extremo Oriente, na Europa começou-se a reconstruir física, política, económica e socialmente vilas, cidades e países inteiros. Da vitória sobre o nazi-fascismo cresceu a vontade e a certeza, não só nos homens e mulheres que viveram e combateram nesta guerra mas em todos os amantes da paz e da liberdade, de que jamais poderiam deixar que tal barbárie se repetisse.
Desse ímpeto e vontade, e do momento que se vivia por todo o mundo, nasceu o texto da Carta das Nações Unidas, assinada por 51 países a 26 de Junho de 1945. Há 70 anos 51 nações comprometeram-se com o caminho da resolução pacífica de conflitos, da defesa da paz, do respeito pela soberania e igualdade entre estados (independentemente da sua dimensão), da autodeterminação dos povos e do estímulo ao progresso social. As grandes potências imperialistas que foram forçadas a assiná-la graças a uma conjuntura internacional que lhes era desfavorável, não tardaram em desrespeitar essa Carta.
Cria-se a NATO em 1949 sob a estrita alçada do imperialismo norte-americano, movido pela vontade de impedir qualquer transformação de carácter progressista, dividir profundamente a Europa e combater a União Soviética e restantes países socialistas do Leste Europeu. Intensifica-se a corrida ao armamento,desencadeiam-se as guerras contra os povos da Coreia e do Vietname, exerce-se uma brutal repressão sobre os povos em luta pela sua libertação do colonialismo.
Não obstante os esforços do imperialismo, os avanços progressistas na Europa e as forças libertadoras na Ásia e em África não foram travados. Na Europa, realizam-se revoluções populares democráticas que no seu processo de desenvolvimento se transformaram em revoluções socialistas, como na Bulgária, Checoslováquia, Hungria, Jugoslávia, Polónia, Roménia e na Alemanha de Leste, apesar da divisão e ingerência imposta pelo imperialismo, o povo alemão lança-se na edificação de uma nova sociedade. Na Ásia a luta revolucionária de libertação nacional e social leva a edificação do socialismo na China, na Coreia e no Vietname. Aprofunda-se a crise no sistema colonial do imperialismo, as lutas de libertação nacional levam à conquista da independência dos povos da Índia, da Indonésia, da Birmânia, da Síria, do Líbano e de uma série de outros povos. Alastra-se por toda a África e Ásia o ímpeto da emancipação social e nacional levando à criação de fortes movimentos de libertação que mais tarde alcançaram a independência.
Mas o desaparecimento da União Soviética e do campo socialista na Europa representou um novo fôlego ao imperialismo, para levar a cabo o seu objectivo maior de travar e fazer retroceder os avanços progressistas dos trabalhadores e dos povos, e uma maior instabilidade e insegurança na situação internacional. Reforça-se a NATO, subalterniza-se e instrumentaliza-se a Organização das Nações Unidas e a guerra volta ao seio da Europa. Da dita «ameaça comunista» à dita «defesa da democracia», da denominada «intervenção humanitária» à dita «luta ao terrorismo», é extenso o rol de pretextos que ao longo do tempo se sucederam para justificar o papel e acção belicistas dos EUA e da NATO e as guerras que proliferam desde os anos 90.
Agressividade crescente do imperialismo
70 anos volvidos do fim da Segunda Guerra Mundial, a par da ofensiva exploradora do grande capital, de novo o imperialismo intensifica o militarismo, a corrida ao armamento e as guerras de agressão e ocupação, com que procuram fazer face à crise estrutural do capitalismo, que se agudiza nos EUA, na UE e no Japão, seus principais centros.
O mundo está mais perigoso e instável. Os objectivos de desestabilização e de destruição de países, para pôr a mão nas suas riquezas, como no Afeganistão, na Líbia, no Iraque, na Síria, no Iémen e toda a desestabilização do Médio Oriente, agora a pretexto do combate ao «estado islâmico»; a ingerência do imperialismo na América Latina, procurando pôr termo aos processos de transformação social progressistas na Venezuela, Bolívia, Equador, mas também noutros países, como no Brasil; o ressurgimento do fascismo na Europa apoiado pelos EUA e UE no caso do golpe de Fevereiro de 2014 na Ucrânia, mostrando a sua face mais negra com a violência e a guerra; a tensão e confronto crescente contra a Federação Russa; a ingerência na política interna de países como a Grécia que visam impor aos povos a continuação da exploração, do empobrecimento e da submissão; a tensão eminente no Pacífico; a corrida aos armamentos e da instalação de novos sistemas de mísseis dos EUA; a proliferação das bases militares estrangeiras em pontos geoestratégicos – são expressão da crescente agressividade do imperialismo.
Muitos são os exemplos e os sinais de que o imperialismo se prepara para qualquer circunstância ou processo que ameace pôr fim à ordem hegemónica ditada pelo imperialismo norte-americano e que as contradições do capitalismo são muitas e perigosas para a vida da Humanidade. Veja-se como, no ano em que se assinala os 70 anos do lançamento das bombas sobre Hiroxima e Nagasaki e o fim da Segunda Guerra Mundial, o Japão, país que rejeitou a utilização das suas forças militares fora das suas fronteiras, após a guerra, por força dos horrores vividos pelo seu povo, alterou recentemente a sua Constituição de forma a que possa pôr o seu poderio militar ao serviço do imperialismo e assim intervir com tropas no exterior.
Em suma, os EUA com os seus aliados, criando e promovendo a generalização de focos de tensão e de desestabilização em praticamente todas as regiões do mundo, fomentam a agressão e lançam a guerra contra todos aqueles que, defendendo a sua soberania e independência nacional, resistem às pretensões de imposição do seu domínio mundial.
Luta pela paz continua actual
A luta pela paz e o movimento da paz surgiu com grande fôlego no final da Segunda Guerra Mundial. Resistentes antifascistas cedo ergueram-se na denúncia e combate à violência da guerra e aos seus horrores. Com a vitória sobre o nazi-fascismo e os avanços libertadores, os povos levantaram a bandeira da paz como construtora do progresso e emancipação social e nacional.
Da vontade e da necessidade, tendo em conta o perigo de que a história se repetisse, nasceu de um amplo conjunto de estruturas e individualidades, o movimento mundial da paz, que teve expressão em países de todos os continentes, criando-se uma vasta frente de luta pela Paz, o desarmamento e a soberania, contra a guerra, o fascismo, o colonialismo e qualquer outra forma de opressão dos povos. O Conselho Mundial da Paz, criado entre 1949 e 1950, lança o Apelo de Estocolmo em Março de 1950, que recolheu centenas de milhões de assinaturas contra as armas nucleares em todo mundo, incluindo em Portugal. A determinação dos povos de todo mundo foi fundamental para que o horror de Hiroxima e Nagasaki não se repetisse. A expressão da solidariedade e cooperação entre os povos alargou-se intensamente. Assistiu-se em todo o lado a grandes movimentações contra as guerras na Coreia e no Vietname, contra a ocupação da Palestina, contra o regime do apartheid na África do Sul, entre outros exemplos.
Assinale-se que Portugal e o povo português nunca foram excepção. Mesmo sob o jugo da ditadura fascista, em várias acções legais e semiclandestinas, os partidários da paz resistiam e denunciavam as objectivos e as consequências da guerra, principalmente no caso da guerra colonial. Veio a Revolução de Abril e com ela a mais progressista Constituição na Europa capitalista, que no seu artigo 7.º consagra os ideais do desarmamento, da paz, da amizade e cooperação entre os povos.
Hoje, em tempos em que o mundo segue um curso tendencialmente menos democrático e mais sangrento, à custa do aprofundamento das trágicas consequências da ofensiva do imperialismo, a luta pela paz continua mais necessária e actual que nunca – sendo urgente o reforço do movimento da paz e da solidariedade para com os povos vítimas da agressão imperialista.
Certamente, como no passado, cabe aos comunistas contribuir para unidade e mobilização de todos os antifascistas e democratas, de todos os amantes da paz, para luta contra a ameaça do fascismo, contra o militarismo, contra a ingerência e a guerra imperialistas e pela paz, pelo desarmamento – em particular, pelo desarmamento nuclear –, pela resolução pacífica dos conflitos, pelo fim das bases militares estrangeiras, pela dissolução dos blocos político-militares, pelo respeito da soberania e independência nacional, pelo progresso social e a amizade e a cooperação entre os povos.
Com a consciência de que a luta pela paz e contra o imperialismo é indissociável da luta pela justiça social, pelo progresso e emancipação nacional, pelo fim da exploração do homem pelo homem, pelo Socialismo.
militante
Pedro Guerreiro
Hiroshima e Nagasaki 69 anos depois. Da Palestina à Ucrânia – a actualidade da luta pela paz
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Albano Nunes
http://www.avante.pt/pt/2071/opiniao/126457/
avante.2013
HIROSHIMA
Ao lançar a bomba atómica sobre as populações das cidades japonesas de Hiroshima, a 6 de Agosto de 1945, e de Nagasaki, três dias depois, o imperialismo norte-americano cometeu um dos maiores crimes que a história regista. Trata-se de uma tragédia que não pode cair no esquecimento. Particularmente quando, perante a crise estrutural profunda em que o capitalismo se debate, vivemos tempos em que avança velozmente o militarismo, se agudizam as contradições entre as grandes potências, se manifesta de modo cada vez mais inquietante a natureza agressiva do imperialismo.
Mas será que, como é frequentemente considerado mesmo entre combatentes da paz, se tratou «apenas» de um «crime de guerra gratuito» dado que, como está historicamente estabelecido, o Japão já estava militarmente derrotado? Pensamos que não. Tratou-se sim de um crime friamente calculado e dirigido, não contra o militarismo japonês, mas contra as forças anti-fascistas e progressistas de todo o mundo para afirmar os EUA, então o único país detentor da arma atómica, como potência hegemónica no plano mundial. Essa a principal razão da entrada dos EUA na II Guerra Mundial ao lado da URSS. Estava declarada a «guerra fria» mesmo antes de formalmente anunciada por Churchill no seu célebre discurso de Fulton em 6 de Março do ano seguinte.
Mas esta monstruosa demonstração de força – a que se seguiram múltiplos planos e ameaças de novo recurso à arma atómica – não conseguiu impedir o fluxo revolucionário que acompanhou (e teve também expressão em Portugal) a derrota do projecto nazi de domínio mundial que o imperialismo norte-americano agora chamava a si. Não impediu o avanço impetuoso da luta libertadora em toda a Ásia, de que o triunfo da revolução chinesa quatro anos depois, em 1 de Outubro de 1949, é a principal realização. Não impediu o nascimento de uma nova ordem jurídica internacional assente na Carta da ONU pacífica e anti-fascista, ordem que tem vindo a ser afrontada e destruída, com a ambição de a substituir por uma outra, totalitária e hegemonizada pelos EUA mas que a luta dos trabalhadores, dos povos e dos países progressistas tem impedido de concretizar em toda a sua extensão. Não impediu o avanço do campo dos países socialistas, avanço que ulteriores derrotas não podem fazer esquecer, e que chegou a estender-se a um terço da população mundial e a alcançar realizações de dimensão histórica. Não conseguiu sequer impedir que a União Soviética, desvastada e sangrada por mais de 20 milhões de mortes, se reerguesse a um ritmo vertiginoso e se dotasse ela também da arma atómica, feito de alcance histórico a juntar a tantos outros, que obrigou os EUA a encolher as garras agressivas e abriu espaço ao avanço universal da luta libertadora dos trabalhadores e dos povos.
É certo que o imperialismo conseguiu sobreviver à derrota dos seus círculos mais reaccionários e agressivos e que, depois de décadas de grandes avanços das forças do progresso social em que a revolução portuguesa se insere, conseguiu, com as dramáticas derrotas do socialismo, recuperar posições e retomar temporariamente a iniciativa, colocando de novo a Humanidade perante a ameaça de terríveis catástrofes. Ameaça que, embora inscrita na própria natureza do imperialismo, é possível afastar pela acção unida de todas as forças anti-imperialistas e amantes da paz. Mas para isso é necessário vencer primeiro a batalha da memória e contra o revisionismo histórico, batalha decisiva que se encontra hoje no primeiro plano do combate das ideias e da luta de classes.
06 de Agosto de 1945: Lançamento da bomba atómica, "Little Boy" sobre Hiroxima
No final dos anos
30, físicos na Europa e nos Estados Unidos aperceberam-se que, em teoria, a
fissão do urânio podia ser usada para criar uma arma explosiva extremamente
poderosa. Em Agosto de 1939, o físico Albert Einstein enviou uma carta ao
presidente americano Franklin D. Roosevelt elucidando-o acerca destas
potencialidades mas, ao mesmo tempo, alertando-o para a possibilidade de que
outras nações podiam desenvolver esse projecto, nomeadamente os alemães nazis.O
caso foi longamente analisado e explorado pelo Governo americano até que, em
1942, foi lançado o ultra secreto Projecto Manhattan, sob a direcção do
brigadeiro Leslie Groves. A equipa reunida para o efeito trabalhou sobretudo
(mas não apenas) em Los Alamos, Novo México, sob a orientação científica do
físico J. Robert Oppenheimer, e desenhou e construiu as primeiras bombas
atómicas à base de urânio-235 e do experimental plutónio-239.
A primeira explosão atómica, que teve o nome de
código "Trinity", testou a bomba de plutónio. Realizou-se em Alamogordo, Novo
México, na madrugada de 16 de Julho de 1945. A energia libertada equivalia a um
rebentamento de cerca de 20 mil toneladas de TNT. Convenceu os militares, que
acreditavam que uma arma destas apressaria o termo das hostilidades no Pacífico.
Na manhã de 6 de Agosto de 1945, um avião americano chamado Enola Gay,
largava a primeira bomba atómica, designada "Little
Boy", numa
cidade japonesa ; Hiroxima foi a escolhida. Hiroxima é uma cidade do Japão situada na Ilha de Hondo, no delta do Rio Ota, fundada no século XVI. A partir de 1868 passou a ser um centro militar e a 6 de Agosto de 1945 tornou-se a primeira cidade do mundo a ser atacada por uma bomba atómica. A bomba foi lançada pela Força Aérea dos Estados Unidos da América. A maior parte da cidade ficou destruída e estima-se que o número de mortos esteja compreendido entre 70 000 e 80 000. Muitos foram perecendo ao longo dos anos devido aos efeitos fatais das radiações e das intoxicações. A cidade foi reconstruída e mantém hoje a sua importância comercial e industrial. Após o bombardeamento de
Hiroxima os comandos norte-americanos, que ansiavam por testar o segundo
projéctil lançaram uma bomba sobre Nagasáqui: no dia 9 de Agosto cerca de 40 mil
japoneses morreram com a explosão da bomba de plutónio chamada "Fat Man". No dia
14 desse mês o Japão capitulava.
Hiroxima. In
Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora,
2003-2013.
bomba atómica. In Infopédia [Em
linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
wikipedia (Imagens)
A nuvem de cogumelo sobre Hiroshima após a queda da Little
Boy
Cópia da bomba "Little Boy"
Hiroxima após o
bombardeamento
Maquete de Hiroxima antes do
bombardeamento
Maquete de Hiroxima depois do
bombardeamento
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/08/06-de-agosto-de-1945-lancamento-da.html*
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/08/06-de-agosto-de-1945-lancamento-da.html?spref=fb&fbclid=IwAR3mIns7GV7N-SIjWCDRy-WHbhesZ451mgycneuINd2E0zPnVn2mStDqKXg
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2011
vemos, ouvimos e lemos
letra de Sophia
Fanhais canta
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Relatórios da fome
O caminho da injustiça
A linguagem do terror
A bomba de Hiroshima
Vergonha de nós todos
Reduziu a cinzas
A carne das crianças
D'África e Vietname
Sobe a lamentação
Dos povos destruídos
Dos povos destroçados
Nada pode apagar
O concerto dos gritos
O nosso tempo é
Pecado organizado
sophia de mello breyner
https://www.youtube.com/watch?v=o_L-l0A1C6c
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Secos e Molhados - Rosa de Hiroshima
Ney Matogrossohttps://www.youtube.com/watch?v=sR1gC4GsFGM
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6ag2010
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http://www.pcp.pt/65-anos-depois-de-hiroshima-cimeira-da-nato-em-lisboa-novos-perigos-para-paz