Carlos Barroso:
Carlos Sá já em funções
Agosto 12th, 2010 in Jornal das Caldas. Edição On-line Sem Comentários
Carlos Sá, ao centro, com o presidente da ARS e uma nova vogal executiva
Carlos Sá já está em funções. O novo presidente do Centro Hospitalar Oeste Norte (CHON) chegou às Caldas faltavam dez minutos para a 10 da manhã de segunda-feira, tendo ao seu lado o presidente da ARS-LVT, Rui Portugal, e a nova vogal executiva que vem do Hospital de Santa Maria.
Os nomes que fazem parte do novo conselho de administração estão no gabinete de Ana Jorge à espera de ratificação para serem publicados em Diário da Republica.
Rui Portugal reafirmou a confiança no “perfil adequado” de Carlos Sá para a gestão do CHON. O novo presidente sublinhou que está nestas funções para unir os hospitais das Caldas, Peniche e Alcobaça e prestar os melhores cuidados de saúde para a população.
“O mais importante é que as pessoas abracem este projecto, tenham competências e vontade de responder às expectativas e dar respostas às necessidades e aos problemas que temos pela frente. Vamos melhorar a qualidade dos serviços prestados às pessoas que utilizam o CHON”, disse Carlos Sá.
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O Centro Hospitalar Oeste Norte (CHON) já tem novo presidente do Conselho de Administração (CA), numa nomeação da Ministra Ana Jorge por indicação de Rui Portugal, presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) mas que os socialistas das Caldas e de Leiria não aceitam, mostrando o seu desagrado.
Carlos Manuel Ferreira de Sá foi nomeado pela ministra da Saúde para presidente do CA do CHON, de acordo com o despacho publicado no dia 5 de Agosto no Diário da República.
“Nomeio, em comissão de serviço, por um período de três anos, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Oeste Norte o licenciado Carlos Manuel Ferreira de Sá, cujo perfil e aptidão para o desempenho do cargo são evidenciados”, lê-se na nota pública assinada pela Ministra Ana Jorge e que tem efeito desde 9 de Agosto.
Licenciado em gestão de empresas pela Universidade Técnica de Lisboa e com bacharelato em Análises Clínicas e Saúde Pública, Carlos Sá é desde 2009 coordenador de programas de Saúde da Faculdade de Economia e da Universidade Nova de Lisboa.
O novo presidente do conselho de administração do CHON, que engloba os hospitais de Caldas da Rainha, Alcobaça e Peniche, tem 20 anos de experiência no sector da saúde, dos quais 15 anos em funções de gestão e direcção na indústria farmacêutica e seis nos hospitais civis de Lisboa e Instituto Português do Sangue.
A nomeação de Carlos Sá surge na sequência do pedido demissão colectivo do conselho de administração (CA) do CHON, aceite pela ministra da Saúde em Abril.
Manuel Nobre, presidente demissionário, não quis comentar a nomeação, referindo apenas que irá voltar a ocupar o cargo de médico nas urgências do Hospital das Caldas.
Quanto ao futuro de Maria do Rosário Sabino e Alberto Farinha, que ocupavam os cargos de vogais executivos, nada está definido, apesar de Alberto Farinha ter já refutado a não continuidade no cargo. Maria Adelaide Afonso, como directora clínica, e Manuel Ferreira, enfermeiro director, deverão manter-se em funções até que seja empossada a nova administração, cujos restantes elementos não foram ainda nomeados, disse fonte da ARS.
Confrontado com a nomeação, o líder da Federação do PS de Leiria disse estar “muito surpreendido porque me parece ter havido uma desautorização do Secretário de Estado da Saúde, Óscar Almeida, por parte do presidente da ARS, Rui Portugal”.
João Paulo Pedrosa afirmou que o secretário de Estado “tinha-me garantido que gostaria de ter uma solução de proximidade ao hospital aproveitando os seus recursos”.
Perante este facto o PS distrital admite “tomar uma posição pública” se “constatar que na base da nomeação não estão os superiores interesses da qualidade da gestão hospitalar do CHON, mas sim outros que ainda falta verificar”.
Apesar de também não terem gostado da nomeação, os socialistas das Caldas não quiseram reagir para já à nomeação de Carlos Sá.
Já o presidente da Câmara das Caldas da Rainha, Fernando Costa, sobre esta nomeação, frisou que apesar de não conhecer o eleito, espera que “seja pelo menos tão bom como os anteriores presidentes e se possível melhor”.
O autarca das Caldas assumiu que “nunca tive muita simpatia pela parte da administração hospitalar porque preocupou-se sempre muito mais com o património do que com o funcionamento do hospital. Às vezes em conflito com a Câmara”.
Guerras à parte, Fernando Costa considera que apesar de ter sido nomeado uma pessoa pelo PS, isso não o incomoda, até porque sempre se deu bem com os anteriores sucessores também da área socialista.
“Eu quero demonstrar minha solidariedade e o meu apoio a quem vier, para fazer o melhor pelas Caldas e pela saúde. Eu quero gente competente. Sejam socialistas ou não. Estes lugares devem ter pessoas competentes mesmo que não sejam do meu partido”, disse.
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in jornal das caldas ainda saiu esta notícia sobre a ampliação do Hospital das Caldas
Ampliação do hospital sem causar danos
Agosto 12th, 2010
O presidente da ARS acredita que o projecto de ampliação do hospital das Caldas da Rainha possa ser conhecido “ainda durante este ano”, apesar de a equipa projectista ter que “fazer uma renovação integral” do projecto desenvolvido há dez anos, na altura tendo em vista apenas a ampliação do hospital local e não a constituição do Centro Hospitalar oeste norte (CHON).
Confrontado quanto ao facto do projecto vir a deitar abaixo a Mata e colocar em causa os limites do aquífero termal, Rui Portugal comentou que “têm aparecido notícias de que há intenção de fazer prejuízos e danos, mas aquilo que os estudos indicam não é exactamente igual. Nós temos isso em consideração e a Câmara Municipal terá sempre uma palavra a dizer”.
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gazeta de 13.8:
CHON tem novo presidente e nova polémica Publicado a 13 de Agosto de 2010 .
Carlos Manuel Ferreira de Sá é o novo presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Oeste Norte (CHON), em substituição do médico cirurgião Manuel Nobre que se demitiu em Abril.
A nomeação foi conhecida através da publicação em Diário da República a 5 de Agosto e causou, quase de imediato, alguma contestação.
Em causa está o facto do Ministério da Saúde ter ido buscar alguém de fora dos três hospitais que compõe o CHON (Alcobaça, Caldas da Rainha e Peniche), mas também por uma alegada falta de experiência do nomeado.
O líder da Federação do PS de Leiria, João Paulo Pedrosa, em declarações à agência Lusa, disse estar surpreendido com a nomeação de Carlos Sá, cuja escolha considera uma desautorização do secretário de Estado da Saúde, Óscar Gaspar.
“O secretário de Estado tinha-me garantido que gostaria de ter uma solução de proximidade ao hospital aproveitando os seus recursos”, referiu o dirigente socialista, acusando o presidente da ARS, Rui Portugal, de ter desautorizado o secretário de Estado.
João Paulo Pedrosa admite tomar uma posição pública se constatar que na base da nomeação não estão “os superiores interesses da qualidade da gestão hospitalar do CHON, mas sim outros que ainda falta verificar”.
O vereador caldense Delfim Azevedo também afirmou que iria ficar atento ao desenrolar da situação, até porque acha que o secretário de Estado tinha uma outra solução que seria melhor para o CHON.
Para Jorge Sobral, adjunto do governador civil de Leiria, a boa notícia é que o conselho de administração demissionário foi finalmente substituído. “Acho que houve um prejuízo grande para a actividade hospitalar nos três concelhos que fazem parte do CHON”, afirmou. Principalmente numa altura crucial para tantos dossiers na área da saúde.
O socialista demonstrou a sua preocupação quanto à pessoa escolhida para este cargo, por poder não ter o perfil adequado “para tudo o que há a fazer no CHON”.
Jorge Sobral entende que teria sido melhor escolher alguém que já estivesse por dentro das questões relacionadas com o CHON e todas as suas especificidades. “Nós desejávamos um bom conhecedor da actividade hospitalar e com alguma sensibilidade”, disse.
A deputada Maria da Conceição, que continua à espera da resposta a um requerimento que apresentou na Assembleia da República sobre a demora da nomeação da nova administração, ainda não tinha tido conhecimento sobre o novo presidente quando questionada pela Gazeta das Caldas.
“Temos que acreditar que é alguém que tem competência para desempenhar este cargo”, afirmou.
Em funções desde 9 de Agosto, Carlos Sá preferiu não fazer comentários relativamente à polémica. A resposta aos críticos é feita indirectamente. Quando questionado sobre o facto de ter convidado um médico do Hospital de Torres Vedras para director clínico, respondeu que já liderou várias equipas e só se preocupa com a competência e não com o local de origem.
“O que é importante é que as pessoas abracem este projecto e tenham competências para corresponder às expectativas”, afirmou Carlos Sá.
Relativamente aos convites feitos a profissionais fora dos três hospitais do CHON para o conselho de administração, o socialista Jorge Sobral foi ainda mais crítico. Na sua opinião, não conhecer primeiro os profissionais existentes e convidar outros de fora é “começar muito mal”.
O presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, Rui Portugal, também preferiu não alimentar polémicas. “O perfil do doutor Carlos Sá é um perfil adequado relativamente à gestão desta instituição”, defende.
Uma das maiores preocupações da ARS é a integração das três instituições que compõe o CHON e Carlos Sá “tem uma vivência em termos de gestão que lhe permitirá ter uma capacidade de liderança”. Rui Portugal deixou a sugestão de que dentro de um ano se avalie o trabalho feito pelo novo presidente.
Quanto às críticas do presidente da Federação do PS, referiu que quem nomeou Carlos Sá foi a ministra da Saúde e “estas coisas são conversadas com várias pessoas”.
Quem se mostrou mais incomodado com as dúvidas colocadas foi o assessor de imprensa da ARS, Pedro Coelho dos Santos. O também presidente da concelhia do PS de Sobral de Monte Agraço, não se coibiu de criticar os jornalistas por estarem a questionar o currículo de Carlos Sá.
Com um bacharelato em Análises Clínicas e Saúde Pública e uma licenciatura em Gestão de Empresas, Carlos Sá trabalhou na Abbott Laborários durante 15 anos (onde chegou a director de marketing e vendas, tendo saído em 2007).
Nos últimos dois anos trabalhou como consultor no sector da saúde, “particularmente com empresas na área do diagnóstico”, e como coordenador dos programas da saúde da Universidade Nova (Nova Forum).
Actualmente está também a frequentar uma licenciatura em Medicina Tradicional Chinesa.
Desde segunda-feira no CHON
A primeira vez que Carlos Sá entrou no edifício da administração do CHON, nas Caldas da Rainha, foi na passada segunda-feira, pouco antes das dez da manhã.
Carlos Sá chegou acompanhado do presidente e do assessor de imprensa da ARS e daquela que deverá vir a ser futura vogal executiva (embora ainda não tenha sido confirmado até ao fecho desta edição).
Ocupado durante todo o dia com sucessivas reuniões e visitas aos serviços, o novo presidente aceitou falar com os jornalistas locais.
No entanto, salientou que só agora se irá inteirar dos dossiers. Para já, irá dar continuidade ao Plano de Actividades e Orçamento elaborado pelos seus antecessores.
O responsável promete que irá trabalhar em conjunto com os profissionais do CHON, a população e com as forças vivas da região.
A composição dos restantes membros do conselho de administração do CHON só deverão ser conhecida na próxima segunda-feira. Durante esta semana o presidente do Centro Hospitalar terá também visitado os hospitais de Peniche e Alcobaça.
Carlos Sá conhecia o Oeste apenas de visita, tendo algumas vezes passado férias em São Martinho e Peniche. Natural de Tomar, habita actualmente em Lisboa.
Pedro Antunes escreve no gazeta:
pantunes@gazetacaldas.com
Arquitecto do CCC projecta ampliação do Centro Hospitalar das Caldas da Rainha
A equipa do arquitecto responsável pelo Centro Cultural e de Congressos, Ilídio Pelicano, está a elaborar o projecto de ampliação do hospital das Caldas da Rainha. Segundo o presidente da ARS, o projecto deverá ser apresentado até ao final deste ano.
O projecto anterior de ampliação não será aproveitado porque “é substancialmente diferente”. Será feito um projecto completamente novo e poderão ser feitas alterações em relação à localização dos novos edifícios.
Rui Portugal anunciou ainda que o projecto de relançamento do termalismo continua em marcha. “Neste momento o novo conselho de administração tem que se operacionalizar com o que já foi feito”, disse o responsável. Enquanto isso, a equipa que está a elaborar o estudo de relançamento continua a trabalhar e o presidente da ARS espera ter novidades até ao final do ano.
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