21/08/2010

3.230.Novo, com polémica e completo, Conselho de Administração do Centro Hospitalar Oeste Norte

via oesteonline e jornalista Pedro Antunes:
22.8.2010:
Pedro Antunes // Edição de 22-08-2010




Alcobaça, Caldas da Rainha e Peniche

Novo conselho de administração do CHON tomou posse
Maria Cecília Ramos (enfermeira directora), Dália Oliveira (vogal executiva), Carlos Sá (presidente), Nuno Santa Clara (director clínico) e Alexandre Farinha (vogal executivo)

Não há nenhum caldense entre os novos membros do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Oeste, que tomaram posse na passada segunda-feira, 16 de Agosto.
Da anterior administração, que foi presidida pelo médico Manuel Nobre, mantém-se Alexandre Farinha, que era vogal executivo. Este tinha vindo do hospital de Peniche e era uma das vozes mais contestatárias do anterior CA devido à forma como eram aplicados os fundos destinados ao Centro Hospitalar.
O novo presidente do CHON, Carlos Sá, foi buscar a Torres Vedras o novo director clínico, Nuno Santa Clara, e a enfermeira directora, Maria Cecília Ramos. Do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, vem a nova vogal executiva, Dália Oliveira.
Segundo Carlos Sá, numa nota enviada à imprensa, o novo Conselho de Administração irá dar prioridade à consolidação da implementação do CHON enquanto estrutura de saúde integrada de âmbito regional e à “resolução de diversas questões estruturais de cada uma das três unidades de saúde que compõem este Centro Hospitalar”.
Outra prioridade é a “melhoria do serviço prestado pelo CHON, consubstanciada em indicadores de produção e de qualidade que assegurem uma efectiva resposta às necessidades em saúde dos utentes desta Instituição”.
Por outro lado, pretendem apostar no reforço da motivação e da identificação dos colaboradores com os objectivos da instituição, “reconhecendo os recursos humanos como um dos activos mais importantes do CHON e absolutamente fundamentais para o cumprimento dos outros dois objectivos anunciados”.
A nomeação de Carlos Sá para presidente do CHON foi conhecida através da publicação em Diário da República a 5 de Agosto e causou, quase de imediato, alguma contestação.
Em causa está o facto do Ministério da Saúde ter ido buscar para presidente uma pessoa que não provinha de nenhum dos três hospitais que compõe o CHON (Alcobaça, Caldas da Rainha e Peniche), bem como uma alegada falta de experiência do nomeado.
Os mais contestatários foram os socialistas locais e distritais, tendo a Federação Distrital do PS emitido um comunicado a contestar a decisão.
Alcobaça, Caldas da Rainha e Peniche
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Tb via jornalista Pedro Antunes  e oeste online de 16.8.2010
CHON tem novo presidente e nova polémica
Carlos Manuel Ferreira de Sá é o novo presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Oeste Norte (CHON), em substituição do médico cirurgião Manuel Nobre que se demitiu em Abril.
A nomeação foi conhecida através da publicação em Diário da República a 5 de Agosto e causou, quase de imediato, alguma contestação.
Em causa está o facto do Ministério da Saúde ter ido buscar alguém de fora dos três hospitais que compõe o CHON (Alcobaça, Caldas da Rainha e Peniche), mas também por uma alegada falta de experiência do nomeado.
O líder da Federação do PS de Leiria, João Paulo Pedrosa, em declarações à agência Lusa, disse estar surpreendido com a nomeação de Carlos Sá, cuja escolha considera uma desautorização do secretário de Estado da Saúde, Óscar Gaspar.
“O secretário de Estado tinha-me garantido que gostaria de ter uma solução de proximidade ao hospital aproveitando os seus recursos”, referiu o dirigente socialista, acusando o presidente da ARS, Rui Portugal, de ter desautorizado o secretário de Estado.
João Paulo Pedrosa admite tomar uma posição pública se constatar que na base da nomeação não estão “os superiores interesses da qualidade da gestão hospitalar do CHON, mas sim outros que ainda falta verificar”.
O vereador caldense Delfim Azevedo também afirmou que iria ficar atento ao desenrolar da situação, até porque acha que o secretário de Estado tinha uma outra solução que seria melhor para o CHON.
Para Jorge Sobral, adjunto do governador civil de Leiria, a boa notícia é que o conselho de administração demissionário foi finalmente substituído. “Acho que houve um prejuízo grande para a actividade hospitalar nos três concelhos que fazem parte do CHON”, afirmou. Principalmente numa altura crucial para tantos dossiers na área da saúde.
O socialista demonstrou a sua preocupação quanto à pessoa escolhida para este cargo, por poder não ter o perfil adequado “para tudo o que há a fazer no CHON”.
Jorge Sobral entende que teria sido melhor escolher alguém que já estivesse por dentro das questões relacionadas com o CHON e todas as suas especificidades. “Nós desejávamos um bom conhecedor da actividade hospitalar e com alguma sensibilidade”, disse.
A deputada Maria da Conceição, que continua à espera da resposta a um requerimento que apresentou na Assembleia da República sobre a demora da nomeação da nova administração, ainda não tinha tido conhecimento sobre o novo presidente quando questionada pelo nosso jornal.
“Temos que acreditar que é alguém que tem competência para desempenhar este cargo”, afirmou.
Em funções desde 9 de Agosto, Carlos Sá preferiu não fazer comentários relativamente à polémica. A resposta aos críticos é feita indirectamente. Quando questionado sobre o facto de ter convidado um médico do Hospital de Torres Vedras para director clínico, respondeu que já liderou várias equipas e só se preocupa com a competência e não com o local de origem.
“O que é importante é que as pessoas abracem este projecto e tenham competências para corresponder às expectativas”, afirmou Carlos Sá.
Relativamente aos convites feitos a profissionais fora dos três hospitais do CHON para o conselho de administração, o socialista Jorge Sobral foi ainda mais crítico. Na sua opinião, não conhecer primeiro os profissionais existentes e convidar outros de fora é “começar muito mal”.
O presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, Rui Portugal, também preferiu não alimentar polémicas. “O perfil do doutor Carlos Sá é um perfil adequado relativamente à gestão desta instituição”, defende.
Uma das maiores preocupações da ARS é a integração das três instituições que compõe o CHON e Carlos Sá “tem uma vivência em termos de gestão que lhe permitirá ter uma capacidade de liderança”. Rui Portugal deixou a sugestão de que dentro de um ano se avalie o trabalho feito pelo novo presidente.
Quanto às críticas do presidente da Federação do PS, referiu que quem nomeou Carlos Sá foi a ministra da Saúde e “estas coisas são conversadas com várias pessoas”.
Quem se mostrou mais incomodado com as dúvidas colocadas foi o assessor de imprensa da ARS, Pedro Coelho dos Santos. O também presidente da concelhia do PS de Sobral de Monte Agraço, não se coibiu de criticar os jornalistas por estarem a questionar o currículo de Carlos Sá.
Com um bacharelato em Análises Clínicas e Saúde Pública e uma licenciatura em Gestão de Empresas, Carlos Sá trabalhou na Abbott Laborários durante 15 anos (onde chegou a director de marketing e vendas, tendo saído em 2007).
Nos últimos dois anos trabalhou como consultor no sector da saúde, “particularmente com empresas na área do diagnóstico”, e como coordenador dos programas da saúde da Universidade Nova (Nova Forum).
Actualmente está também a frequentar uma licenciatura em Medicina Tradicional Chinesa.

Desde 9 de Agosto no CHON
A primeira vez que Carlos Sá entrou no edifício da administração do CHON, nas Caldas da Rainha, foi a 9 de Agosto, pouco antes das dez da manhã.
Carlos Sá chegou acompanhado do presidente e do assessor de imprensa da ARS e daquela que deverá vir a ser futura vogal executiva (embora ainda não tenha sido confirmado até ao fecho desta edição).
Ocupado durante todo o dia com sucessivas reuniões e visitas aos serviços, o novo presidente aceitou falar com os jornalistas locais.
No entanto, salientou que só agora se irá inteirar dos dossiers. Para já, irá dar continuidade ao Plano de Actividades e Orçamento elaborado pelos seus antecessores.
O responsável promete que irá trabalhar em conjunto com os profissionais do CHON, a população e com as forças vivas da região.
A composição dos restantes membros do conselho de administração do CHON só deverão ser conhecida na próxima segunda-feira. Durante esta semana o presidente do Centro Hospitalar terá também visitado os hospitais de Peniche e Alcobaça.
Carlos Sá conhecia o Oeste apenas de visita, tendo algumas vezes passado férias em São Martinho e Peniche. Natural de Tomar, habita actualmente em Lisboa.
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respiguei do Jornal das Caldas:
Já tomaram posse os restantes elementos do novo Conselho de Administração (CA) do Centro Hospitalar Oeste Norte (CHON). O anúncio foi feito pelo presidente do CA, Carlos Sá, que em comunicado refere que a prioridade desta equipa é a consolidação da implementação do CHON enquanto estrutura de saúde integrada de âmbito regional e resolução de diversas questões estruturais de cada uma das três unidades de saúde que compõem este Centro Hospitalar: Centro Hospitalar das Caldas da Rainha, Hospital de Peniche e Hospital de Alcobaça.

Também a melhoria do serviço prestado pelo CHON, consubstanciada em indicadores de produção e de qualidade que assegurem uma efectiva resposta às necessidades em saúde dos utentes desta Instituição, é outro dos objectivos assim como o reforço da motivação e da identificação dos colaboradores com os objectivos da Instituição, reconhecendo os recursos humanos como um dos activos mais importantes do CHON e absolutamente fundamentais para o cumprimento dos outros dois objectivos anunciados.
A equipa que iniciou funções é constituída por Carlos Sá como presidente do CA, tendo como Dália Oliveira e Alexandre Farinha como vogais executivos, sendo que este último transita do anterior CA, presidido por Manuel Nobre. Nuno Santa Clara é o novo director clínico e Maria Cecília Ramos a nova enfermeira directora.
Carlos Barroso