Masterblock inova em sistemas de isolamento a nível mundial
A Masterblock, empresa com sede em Chiqueda, desenvolveu um sistema de isolamento completamente inovador a nível mundial.
O novo produto consiste na colocação de barras PIR no interior das caixilharias de alumínio, interrompendo a passagem de frio ou de calor que este material permitia. "As caixilharias tinham um problema muito grave, que era a parte do alumínio que não conseguia impedir que o calor ou o frio entrassem. Com as barras PIR isso deixa de acontecer", refere Marta Alberto, sócio-gerente da empresa.
O produto conta, ainda, com outras vantagens: pouca espessura, durabilidade infinita, pode estar em contacto com a água e produtos químicas e reduz as emissões de CO 2.
A Masterblock chegou à fórmula final depois de um ano inteiro de estudos. "Nós testamos bastantes vezes antes de chegarmos ao produto final. Funcionamos praticamente num esquema de tentativa/erro", refere a empresária, responsável pela empresa que venceu o prémio de jovens empreendedores da ANJE em 2009.
A produção das barras de PIR é um sistema com poucos processos. "Nós recebemos o Poliol e o Isocianato em líquido e transformamo-los em estado sólido, adaptando ao tamanho das caixilharias", explica a Marta Alberto.
As barras, que podem ser utilizadas em casas ou edifícios, são produzidas em parceria com a empresa Sialnor/Allysus e têm como objectivo substituir o isolamento térmico que em grande parte era feito por esferovites.
Neste momento ainda não existem obras que tenham sido concluídas com este produto, visto que as barras PIR ainda estão numa "fase de divulgação". A exportação poderá ser um dos próximos passos da empresa, visto que até ao momento todo o isolamento térmico era proveniente do estrangeiro.
A cópia por parte de empresas concorrentes poderá ser um problema que a Masterblock pode enfrentar num futuro próximo, mas é um risco que, segundo Marta Alberto, tem que "acontecer". Contudo, a empresária acredita que todo o processo de produção é "bastante complicado de ser copiado em tão pouco tempo".
Luciano Larrossa
