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Sociedade e ambiente Petição a favor da construção de um hotel de charme no Mosteiro de Alcobaça
Publicado a 11 de Maio de 2011
Petição a favor da construção de um hotel de charme no Claustro do Rachadouro do Mosteiro de Alcobaça.
Em Dezembro de 1989, a Assembleia-Geral da Unesco, reunida entre os dias 11 e 15 do referido mês, decidiu inscrever na lista de Património Mundial o Mosteiro de Alcobaça.
Monumento Nacional desde 1910, com protecção especial desde Agosto de 1957, o antigo Mosteiro de Ordem de Cister, o único construído de raiz em Portugal foi morada da Ordem Contemplativa francesa entre 1227 e 1833.
Em 28 de Maio de 1834, os bens monásticos são extintos por decisão de D. Pedro IV.
Durante vários anos o Mosteiro foi retalhado, ocupado, distribuído por organismos oficiais, comerciantes e particulares que aí fixaram, durante quase um século, os seus negócios lojas e residências, tendo-se apenas salvo deste processo a igreja.
A partir de 1976 e de acordo com recomendações da Unesco, começou a evidenciar-se a necessidade de recuperar numa perspectiva integrada os espaços monásticos.
Como é do conhecimento geral, a área não medieval que antigamente constituía o conjunto das antigas celas, bibliotecas e oficinas, esteve ocupada quase um século, primeiro com um quartel e posteriormente com o asilo da mendicidade.
No final da legislatura do primeiro-ministro António Guterres, estas áreas foram desocupadas e a ideia de aí instalar uma unidade hoteleira de grande qualidade, proposta em 1976, voltou à ordem do dia.
Durante o primeiro governo de José Sócrates, ter-se-ão iniciado diligências que levassem à abertura de um concurso visando a escolha de um grupo hoteleiro com interesse em instalar o referido hotel no Claustro do Rachadouro.
Apesar de haver investidores interessados, sem qualquer encargo económico para o Estado, e do Município de Alcobaça não se ter poupado a esforços em várias frentes, tem faltado a coragem política do poder central, para tomar uma decisão que é fundamental para o desenvolvimento económico da nossa terra.
Acrescente-se que a Unesco considera as unidades hoteleiras, desde que de grande qualidade, uma óptima alternativa para edifícios históricos devolutos como é o caso.
Neste edifício dormiram frades, militares e idosos, então, porque não poderão dormir turistas de todo o mundo, salvaguardando-se assim um edifício que se encontra muito degradado, fechado ao público e que não serve para o desenvolvimento turístico desta terra, nem respeita a memória da obra gigantesca dos monges de Cister?
Nestas circunstâncias, um grupo de cidadãos decide congregar todos aqueles que comunguem da necessidade de instalar nesta parte do Mosteiro uma unidade hoteleira de charme.
Assim, convidamo-lo a assinar esta petição que será entregue à Câmara Municipal de Alcobaça, solidarizando-se com esta, nomeadamente pelo apelo público que fez à população, como forma de manifestação da vontade desta região.
Este abaixo assinado esta também disponivel on line em
http://www.peticaopublica.com/?pi=HotelACB
(Se já assinou em papel não assine online)
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região de cister noticiou assim:
Abaixo-assinado defende hotel no Mosteiro
A importância de instalar um hotel no Claustro do Rachadouro do Mosteiro de Santa Maria e a "falta de coragem política" do poder central para avançar com o projecto move os autores da petição que está a circular no concelho e que tem por objectivo ajudar a pressionar os organismos estatais para desbloquearem a situação.
O abaixo-assinado, promovido por um grupo de cidadãos de Alcobaça, lembra que a própria Unesco, que inscreveu o monumento na lista de Património Mundial em 1989, recomendou "a necessidade de recuperar numa perspectiva integrada" os espaços monásticos.
O documento recorda também que a área medieval que em tempos constituiu o conjunto das antigas celas, bibliotecas e oficinas, esteve ocupada quase um século, primeiro com um quartel e depois com o asilo da mendicidade. Só no final do último mandato de António Guterres, em 2002, as áreas ficaram totalmente desocupadas "e a ideia de aí instalar uma unidade hoteleira de grande qualidade, proposta em 1976, voltou à ordem do dia".
A petição será entregue à Câmara, em solidariedade para com o gesto de Paulo Inácio, que fez um apelo público para que a população se mobilize em torno da causa.
O presidente da Câmara vê "com agrado" a resposta da sociedade civil. "Em época de eleições devemos exigir aos políticos que se comprometam com algo tão importante para o concelho", disse o autarca em declarações ao REGIÃO DE CISTER, que considera "fundamental" que o Estado se apresse no processo de abertura de concurso para a instalação da unidade hoteleira no monumento Património Mundial. "Espero que a sociedade alcobacense se una, como se está a unir, mas que reflicta também sobre as questões de pormenor. Temos de ver que género de hotel queremos", acrescentou Paulo Inácio.
Apesar das tentativas, não foi possível obter uma reacção de Gonçalo Couceiro, presidente do Igespar, organismo que tutela o Mosteiro.