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12seTEMbro2018
Há que acabar com as mentiras sobre os professores...
FENPROF exige a correção dos dados, bem como informação sobre quem os forneceu para que se construísse uma mentira destas
Para além de os valores considerados pela OCDE não serem os corretos, também não foram considerados todos os constrangimentos que afetam os professores, desde logo a perda de, no mínimo, 9 anos, 4 meses e 2 dias de serviço, o que faz com que nenhum docente esteja integrado no escalão por onde, alegadamente, as contas foram feitas. O único fator que a OCDE teve em conta para justificar os números que avança foi o envelhecimento da profissão docente.
https://www.fenprof.pt/?aba=27&mid=115&cat=95&doc=11678&utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook
***Para além de os valores considerados pela OCDE não serem os corretos, também não foram considerados todos os constrangimentos que afetam os professores, desde logo a perda de, no mínimo, 9 anos, 4 meses e 2 dias de serviço, o que faz com que nenhum docente esteja integrado no escalão por onde, alegadamente, as contas foram feitas. O único fator que a OCDE teve em conta para justificar os números que avança foi o envelhecimento da profissão docente.
https://www.fenprof.pt/?aba=27&mid=115&cat=95&doc=11678&utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook
MEGA AGRUPAMENTOS
18jan2013
Fenprof declara:
MEC cria 67 mega-agrupamentos a meio do ano letivo!...
Inopinadamente,
o MEC acaba de anunciar a criação de mais 67 mega-agrupamentos. A
FENPROF, para além das objeções de fundo que tem relativamente a esta
solução organizativa, denuncia as condições em que o processo está a
avançar e alerta para as implicações, nomeadamente de âmbito pedagógico,
de alterações da rede no decurso do ano letivo – facto insólito que
fará inevitavelmente desestabilizar, desorganizar e agravar o já tão
afetado clima das escolas.
A FENPROF contesta fortemente que o MEC esta decisão e chama a atenção para as conclusões dos estudos de avaliação que têm sido realizados, que
apontam inúmeros constrangimentos nos mega-agrupamentos já constituídos
(cf. Estudo da FENPROF, com base num inquérito exaustivo e em reuniões
formais com professores e órgãos de gestão).
Considera igualmente inaceitável que o MEC tenha ignorado a Recomendação nº 7 do Conselho Nacional de Educação (CNE), divulgada em outubro de 2012, onde também se afirma que: “a criação de agrupamentos de grande dimensão tem vindo a criar problemas novos onde eles não existiam: reforço da centralização burocrática dentro dos agrupamentos; aumento do fosso entre quem decide e os problemas concretos a reclamar decisão, com a criação de novas hierarquias de poderes subdelegados; existências de vários órgãos de gestão que nunca se encontram nem se articulam entre si; sobrevalorização da gestão administrativa face à gestão autónoma das vertentes pedagógicas. Tudo isto fragiliza ainda mais a já frágil autonomia e deixa pela frente o reforço do cenário único e salvador do caos: a recentralização do poder na administração central, agora reforçada na sua capacidade de controlo de tudo e todos, pelas novas tecnologias.”
Considera igualmente inaceitável que o MEC tenha ignorado a Recomendação nº 7 do Conselho Nacional de Educação (CNE), divulgada em outubro de 2012, onde também se afirma que: “a criação de agrupamentos de grande dimensão tem vindo a criar problemas novos onde eles não existiam: reforço da centralização burocrática dentro dos agrupamentos; aumento do fosso entre quem decide e os problemas concretos a reclamar decisão, com a criação de novas hierarquias de poderes subdelegados; existências de vários órgãos de gestão que nunca se encontram nem se articulam entre si; sobrevalorização da gestão administrativa face à gestão autónoma das vertentes pedagógicas. Tudo isto fragiliza ainda mais a já frágil autonomia e deixa pela frente o reforço do cenário único e salvador do caos: a recentralização do poder na administração central, agora reforçada na sua capacidade de controlo de tudo e todos, pelas novas tecnologias.”
Para
além disso, pelo menos relativamente a alguns dos 67 mega-agrupamentos
agora anunciados, a FENPROF considera totalmente ilegítima a sua
imposição perante a frontal oposição das respetivas comunidades educativas – expressa pelos órgãos de administração e gestão das escolas e por autarquias – como é o caso de Braga, Guimarães, Alcácer do Sal, Barreiro, Grândola, Santiago do Cacém …
Hipocrisia
A FENPROF considera ainda de uma enorme hipocrisia que o actual Governo queira justificar a criação de mega-agrupamentos com vantagens educativas e pedagógicas, quando os partidos que o constituem – o PSD e o CDS/PP – em 11 de agosto de 2010,então na oposição, votaram favoravelmente a Resolução da AR nº 94/2010, que não reconhecia validade a esses argumentos e recomendava ao Governo de José Sócrates a suspensão imediata do processo de constituição de mega-agrupamentos e a reversão das implicações que tinha tido em todos os agrupamentos e escolas afetadas.
A FENPROF considera ainda de uma enorme hipocrisia que o actual Governo queira justificar a criação de mega-agrupamentos com vantagens educativas e pedagógicas, quando os partidos que o constituem – o PSD e o CDS/PP – em 11 de agosto de 2010,então na oposição, votaram favoravelmente a Resolução da AR nº 94/2010, que não reconhecia validade a esses argumentos e recomendava ao Governo de José Sócrates a suspensão imediata do processo de constituição de mega-agrupamentos e a reversão das implicações que tinha tido em todos os agrupamentos e escolas afetadas.
É neste contexto que a FENPROF considera ridículas as
alegações de que os agrupamentos criados no âmbito desta reorganização
escolar "têm uma dimensão equilibrada e racional" (12 dos novos
agrupamentos têm mais de 3000 alunos, chegando a atingir 4000!) e "têm
em conta as características geográficas, a população escolar e os
recursos humanos e materiais disponíveis" e desafia o MEC a assumir com
clareza o carácter puramente economicista de uma reorganização da rede que acaba com a ideia de escola como desde sempre a concebemos e conhecemos:
uma organização educativa concreta, de média dimensão, com órgãos
próprios de direcção e gestão, um espaço humanizado onde as pessoas se
conhecem e em que a comunidade escolar se reconhece.
Finalmente
a FENPROF reafirma que é necessário discutir seriamente que sistema
educativo queremos para o nosso país. Se queremos escolas com projetos e
identidades próprias ou “unidades orgânicas” descaracterizadas e
pedagogicamente ingeríveis; se a prioridade do nosso país deve ser a
aposta na educação e na qualificação dos portugueses ou o
embaratecimento do sistema público, ainda que comprometendo o futuro de
várias gerações. A importância do que está em causa exige, pelo menos, que se fale verdade.
Lisboa, 17 de janeiro de 2013
O Secretariado Nacional da FENPROF
O Secretariado Nacional da FENPROF
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via região de cister 10jan2013...e via sapinho gelásio
Sexta-feira, 18 de Janeiro de 2013
Agrupamento de Escolas de Cister
A notícia na edição 1012 do Região de Cister de 10 de janeiro de 2013
“Alcobaça tem algo a ganhar com o mega-agrupamento”
O presidente do Agrupamento de Escolas de Cister mostra-se satisfeito com a forma como decorreram os primeiros meses de aulas do maior agrupamento do País, salientando que, apesar dos riscos existentes, Alcobaça pode tirar benefícios da agregação de estabelecimentos de ensino.
REGIÃO DE CISTER (RC) > Que balanço se pode fazer dos primeiros meses de existência do Agrupamento de Escolas de Cister?
GASPAR VAZ (GV) > Podemos dizer que a experiência tem corrido relativamente bem. Há sempre coisas que poderiam ter corrido melhor, mas este é um processo contínuo. As escolas têm a sua fisionomia própria, têm instalações próprias, graus de desenvolvimento diferentes e têm perspetivas diferentes do que deve ser escola. Por isso, este é um processo de negociação permanente, em que uma unidade cede, a outra também cede, ambas se ajustam, o que leva sempre a que existam algumas fricções. Aconteceram problemas perfeitamente marginais, as coisas estão a processar-se normalmente. Neste momento estamos em fase de elaboração do regulamento interno e do projeto educativo, que são dois instrumentos fundamentais em qualquer escola, de modo a dar alguma consistência e identidade a uma unidade que é diversa, por natureza própria.
RC > Esse é o grande desafio? Criar uma identidade do Agrupamento?
GV > Sem dúvida que sim. O facto de haver uma escola que é “sede” não anula, não pode anular, as diferenças e especificidades das outras unidades orgânicas. Em termos de regras, de procedimentos, temos muito a aprender uns com os outros, pelo que devemos fazer desta vivência uma parceria natural e contínua.
RC > Mas não existe uma predominância da Esdica sobre as restantes escolas?
GV > Tentamos que não tenha. A sede é na Esdica, que é a escola tecnologicamente mais atualizada, que melhores instalações possui, mas que tem muito para aprender com as outras em termos de regras e procedimentos. Há unidades do Agrupamento muito bem orientadas, mas talvez não tenha sido por mero acaso que a Esdica se transformou em escola sede. Esse facto, porém, não fundamenta nenhuma atitude “colonizadora”: todas as escolas estão em pé de igualdade para experienciar e tirar o melhor partido deste desafio.
RC > Notou-se alguma preocupação da comunidade escolar relativamente à criação deste mega-agrupamento. Entende que esse sentimento começa a esbater-se?
GV > Creio que sim. Não sou a pessoa mais bem situada para perceber isso, mas penso que as coisas estão a correr acima do que era expectável. É muito cedo para perceber se Alcobaça ganhou com o Agrupamento, mas há oportunidades que não devemos desperdiçar. O facto de termos quatro unidades é uma grandeza, dá-nos escala, que nos permite soluções que antes não estavam disponíveis. Há recursos, nomeadamente laboratórios, instrumentos e outras infraestruturas, que podem ser melhor explorados. É evidente que a gestão de proximidade, que valorizamos, é impossível de concretizar no Agrupamento, por uma questão de impossibilidade prática.
RC > O sector da educação tem sofrido muitas alterações. A escola está bastante diferente da que encontrou no início da carreira...
GV > Creio que a educação, a par da saúde e ao contrário da justiça, é um dos sectores em que o País mais evoluiu nos últimos anos. A escola fez um caminho sustentado e, como mostram estudos internacionais muito recentes, melhorámos muito no ensino de Matemática e de Português, nomeadamente. Está tudo muito diferente, muito à custa do sacrifício de algumas prerrogativas de que os professores gozavam. Quando comecei a carreira, o professor dava as suas aulas e não tinha a parte não letiva regulamentada. A progressão era um facto automático e, no fim da carreira, sobretudo, a relação entre o horário de trabalho efetivo e o vencimento era muito favorável. Tudo isso se esfumou, e nem toda a população tem consciência disso.
RC > É daqueles que defende que o ensino profissional é o futuro do País? Que é dessa forma que se podem qualificar muitos dos jovens que, por razões diversas, não querem ou não podem aceder ao ensino superior?
GV > Partilho claramente dessa visão. Tínhamos em Portugal uma infraestrutura iletrada e uma superestrutura de doutores e engenheiros, desajustada da realidade... Em determinado momento, acabámos com os cursos técnicos e ficámos sem uma mão de obra intermédia certificada. O ensino profissional tinha uma imagem relacionada com alunos com dificuldades intelectuais ou económicas, o que não corresponde à realidade dos dias de hoje. A existência de um ensino profissional é vital para o desenvolvimento de um país e a licenciatura/ mestrado não tem de ser encarada como uma fatalidade obrigatória.
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VIA PÚBLICO DE 18JAN2013
“Alcobaça tem algo a ganhar com o mega-agrupamento”
O presidente do Agrupamento de Escolas de Cister mostra-se satisfeito com a forma como decorreram os primeiros meses de aulas do maior agrupamento do País, salientando que, apesar dos riscos existentes, Alcobaça pode tirar benefícios da agregação de estabelecimentos de ensino.
REGIÃO DE CISTER (RC) > Que balanço se pode fazer dos primeiros meses de existência do Agrupamento de Escolas de Cister?
GASPAR VAZ (GV) > Podemos dizer que a experiência tem corrido relativamente bem. Há sempre coisas que poderiam ter corrido melhor, mas este é um processo contínuo. As escolas têm a sua fisionomia própria, têm instalações próprias, graus de desenvolvimento diferentes e têm perspetivas diferentes do que deve ser escola. Por isso, este é um processo de negociação permanente, em que uma unidade cede, a outra também cede, ambas se ajustam, o que leva sempre a que existam algumas fricções. Aconteceram problemas perfeitamente marginais, as coisas estão a processar-se normalmente. Neste momento estamos em fase de elaboração do regulamento interno e do projeto educativo, que são dois instrumentos fundamentais em qualquer escola, de modo a dar alguma consistência e identidade a uma unidade que é diversa, por natureza própria.
RC > Esse é o grande desafio? Criar uma identidade do Agrupamento?
GV > Sem dúvida que sim. O facto de haver uma escola que é “sede” não anula, não pode anular, as diferenças e especificidades das outras unidades orgânicas. Em termos de regras, de procedimentos, temos muito a aprender uns com os outros, pelo que devemos fazer desta vivência uma parceria natural e contínua.
RC > Mas não existe uma predominância da Esdica sobre as restantes escolas?
GV > Tentamos que não tenha. A sede é na Esdica, que é a escola tecnologicamente mais atualizada, que melhores instalações possui, mas que tem muito para aprender com as outras em termos de regras e procedimentos. Há unidades do Agrupamento muito bem orientadas, mas talvez não tenha sido por mero acaso que a Esdica se transformou em escola sede. Esse facto, porém, não fundamenta nenhuma atitude “colonizadora”: todas as escolas estão em pé de igualdade para experienciar e tirar o melhor partido deste desafio.
RC > Notou-se alguma preocupação da comunidade escolar relativamente à criação deste mega-agrupamento. Entende que esse sentimento começa a esbater-se?
GV > Creio que sim. Não sou a pessoa mais bem situada para perceber isso, mas penso que as coisas estão a correr acima do que era expectável. É muito cedo para perceber se Alcobaça ganhou com o Agrupamento, mas há oportunidades que não devemos desperdiçar. O facto de termos quatro unidades é uma grandeza, dá-nos escala, que nos permite soluções que antes não estavam disponíveis. Há recursos, nomeadamente laboratórios, instrumentos e outras infraestruturas, que podem ser melhor explorados. É evidente que a gestão de proximidade, que valorizamos, é impossível de concretizar no Agrupamento, por uma questão de impossibilidade prática.
RC > O sector da educação tem sofrido muitas alterações. A escola está bastante diferente da que encontrou no início da carreira...
GV > Creio que a educação, a par da saúde e ao contrário da justiça, é um dos sectores em que o País mais evoluiu nos últimos anos. A escola fez um caminho sustentado e, como mostram estudos internacionais muito recentes, melhorámos muito no ensino de Matemática e de Português, nomeadamente. Está tudo muito diferente, muito à custa do sacrifício de algumas prerrogativas de que os professores gozavam. Quando comecei a carreira, o professor dava as suas aulas e não tinha a parte não letiva regulamentada. A progressão era um facto automático e, no fim da carreira, sobretudo, a relação entre o horário de trabalho efetivo e o vencimento era muito favorável. Tudo isso se esfumou, e nem toda a população tem consciência disso.
RC > É daqueles que defende que o ensino profissional é o futuro do País? Que é dessa forma que se podem qualificar muitos dos jovens que, por razões diversas, não querem ou não podem aceder ao ensino superior?
GV > Partilho claramente dessa visão. Tínhamos em Portugal uma infraestrutura iletrada e uma superestrutura de doutores e engenheiros, desajustada da realidade... Em determinado momento, acabámos com os cursos técnicos e ficámos sem uma mão de obra intermédia certificada. O ensino profissional tinha uma imagem relacionada com alunos com dificuldades intelectuais ou económicas, o que não corresponde à realidade dos dias de hoje. A existência de um ensino profissional é vital para o desenvolvimento de um país e a licenciatura/ mestrado não tem de ser encarada como uma fatalidade obrigatória.
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VIA PÚBLICO DE 18JAN2013
Era impossível acontecer pior à secundária Vergílio Ferreira, dizem pais
Escola
fica integrada no terceiro maior agrupamento do país. Directora e pais
dizem que não será possível manter experiência de qualidade da
secundária Vergílio Ferreira.
É
possível gerir um agrupamento com quase quatro mil alunos, algumas
centenas de professores e composto por dez escolas com realidades
diferentes?
Manuela
Esperança, actual presidente da Comissão Administrativa Provisória do
Agrupamento de Escolas Vergílio Ferreira, em Lisboa, ficou a saber na
quarta-feira pela comunicação social que esta vai ser a sua tarefa nos
próximos tempos, na sequência da nova agregação que agora os juntou ao
Agrupamento de Escolas de São Vicente e que faz do novo grupo o terceiro
maior do país em número de alunos.
“Não
sei se será possível gerir algo com essa dimensão, nunca tive essa
experiência. Mas sei que será muito difícil dar alguma coesão a todo
este conjunto de escolas”, disse nesta sexta-feira ao PÚBLICO.
Manuela
Esperança era directora da Escola Secundária Vergílio Ferreira, que em
Maio passado foi agregada ao Agrupamento de Escolas de Telheiras. Foi
eleita para a presidência da Comissão Administrativa Provisória do novo
agrupamento, a quem compete preparar a transição e a eleição do Conselho
Geral, o órgão máximo das escolas que elege o director. Na quarta-feira
foi confrontada com um novo processo de fusão.
Com
a primeira experiência perdeu a “relação de proximidade” que sempre
conseguiu manter com os seus professores e alunos, cujo número quase
duplicou. “Quando agrupei deixei de conhecer todos os professores e hoje
sinto-me incapaz de os ajudar com a mesma prontidão e qualidade” que
marcava a sua relação na secundária Vergílio Ferreira, conta, prevendo
que com a nova fusão será ainda pior.
Sabe
que irá ter 3953 alunos, mas desconhece ainda quantos docentes ficarão a
seu cargo. Com a nova fusão ficarão juntas escolas com “realidades
muito diferentes” no que respeita às características socioeconómicas dos
alunos. Esta diversidade, em conjunto com a grande dimensão do novo
agrupamento, levam-na a duvidar que se venha a conseguir manter os
níveis de sucesso a que a secundária Vergílio Ferreira estava habituada.
O novo agrupamento é um dos 67 criados esta semana.
“Não
consigo imaginar pior”, desabafa Luís Monteiro, da associação de pais
da escola, para quem as fusões decretadas pelo Ministério da Educação e
Ciência (MEC) levam a que esta fique “completamente impossibilitada de
se organizar e de pensar no melhor para os nossos educandos”. Trata-se
de “um rude golpe e de mais um atropelo à dignidade e expectativas de
toda a nossa comunidade educativa”, frisa.
Liberdade de escolha em causa
Para António Monteiro, também da associação de pais, não subsistem dúvidas de que o MEC transformou uma escola de qualidade num agrupamento que será “ingovernável”. No ano passado, em carta dirigida ao ministro da Educação, Nuno Crato, a associação de pais da Vergílio Ferreira testemunhou a sua "profunda apreensão” face ao projecto de agregação, advertindo que este processo levará ao “agravamento das tensões sociais dentro dos estabelecimentos de ensino e a um muito sério agravamento das condições de trabalho de professores e alunos”.
Para António Monteiro, também da associação de pais, não subsistem dúvidas de que o MEC transformou uma escola de qualidade num agrupamento que será “ingovernável”. No ano passado, em carta dirigida ao ministro da Educação, Nuno Crato, a associação de pais da Vergílio Ferreira testemunhou a sua "profunda apreensão” face ao projecto de agregação, advertindo que este processo levará ao “agravamento das tensões sociais dentro dos estabelecimentos de ensino e a um muito sério agravamento das condições de trabalho de professores e alunos”.
Lembrando
que um dos objectivos enunciados pelo MEC para agrupar escolas é o de
“garantir a cada aluno um percurso escolar dentro de um mesmo
agrupamento”, a associação de pais frisava no documento dirigido a Crato
que tal não “se afigura consistente com o princípio da liberdade de
escolha” das escolas por parte dos pais, defendido pelo ministro, nem
com as “transformações sociais que o país actualmente conhece, em que a
mobilidade geográfica das famílias é cada vez mais uma constante
exigência”. Trata-se de “um objectivo obsoleto”, acrescentavam.
O
então Conselho Geral da Escola Secundária Vergílio Ferreira também se
pronunciou, em Abril passado, contra o processo de agregação, tendo no
seu parecer adiantado que, caso este fosse por diante, então que a fusão
fosse apenas com um agrupamento e não com dois como proposto. O que
agora acabou por acontecer. Para esta segunda fusão, os órgãos do
primeiro agrupamento criado no final do ano passado não foram ouvidos.
Nem tão pouco Manuela Esperança.
A
responsável espera agora que, antes do próximo ano lectivo, alguém do
MEC a ouça e concorde em levar por diante uma reorganização da rede
escolar do novo agrupamento, de modo a concentrar as ofertas educativas
por escola e garantir, nos critérios de acesso à Vergílio Ferreira, que
esta continuará aberta a alunos de fora, condição que nas circunstâncias
actuais se encontra ameaçada, diz.
2jan2013
Este (des) governo destruiu e não construiu!!!
via
www.anqep.gov.pt
sabemos que durante o mês de janº 2013 vai sair Portaria para discussão pública sobre o que vai substituir os CNO:
Centros para a Qualificação e o Ensino Profissional CQEP
*
Todos achamos que há sempre que melhorar em todos os processos.
Mas assim destruindo sem nada de novo há meses!!!
QUE FALTA DE EDICAÇÃO DESTES ADULTOS
QUE NOS (DES)GOVERNAM!!!!!!!!!!
Confirma-se! 4 pessoas magníficas que vão para o desemprego no CNO de Alcobaça!!!
Eram financiadas por Fundos Europeus, que este governo sacana desviou:
os fundos foram desviados para os adultos doutorados poderem continuar a sua educação de adultos...
Prioridades deste passos.portas.cavaco!!!
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Acompanhar a luta da FENPROF
e da ANPEFA
**
5ouTUbro2011
5 DE OUTUBRO - DIA MUNDIAL DO PROFESSOR
Reafirmar o compromisso com o futuro!
O progresso da Educação e o seu contributo para o desenvolvimento humano e das sociedades depende de uma profissão dignificada e socialmente reconhecida.
Quando em 5 de outubro de 1966, a Conferência Intergovernamental convocada pela UNESCO, em Paris, em articulação com a OIT, aprova a Recomendação relativa ao Estatuto dos Professores (aplicável aos docentes dos ensinos público e privado), estava a ser dado um passo fundamental para a valorização da profissão docente a um nível nunca assumido em todo o mundo.
Marco fundamental no relacionamento institucional que a partir dessa declaração veio a concretizar-se entre governos e representantes dos trabalhadores docentes, viria, em 1993, a contar com a sua consagração como documento orientador das politicas educativas, no que ao pessoal docente diz respeito, com a primeira comemoração do Dia Mundial do Professor numa sessão em Genève presidida por Frederico Mayor, à altura, Diretor geral da UNESCO. A UNESCO viria, assim, a reconhecer os professores como um grupo profissional fundamental sem o qual “não pode haver nem desenvolvimento durável, nem coesão social, nem paz”.
Em 1997, viria a ser complementada com a Recomendação relativa ao Pessoal do Ensino Superior.
Dez anos depois, Koïchiro Matsuura, Diretor geral da UNESCO, e Juan Somavia, Diretor geral da OIT, reafirmam a importância e atualidade dessas Recomendações.
A RECOMENDAÇÃO DA UNESCO (1966) VERSUS
A SITUAÇÃO DOS PROFESSORES EM PORTUGAL (2011)
Porém, apesar da validade e da atualidade da Recomendação relativa ao Estatuto dos Professores e de, esta, reconhecer o papel essencial destes profissionais no progresso da educação e a importância do seu contributo para o desenvolvimento do homem e da sociedade moderna, têm sido muitos os ataques que contra a profissão têm sido desferidos no nosso país.
Os professores não têm passado incólumes face aos ataques movidos contra todos os trabalhadores, o que tem vindo a agravar ainda mais as condições de exercício da profissão, atacando os seus mais elementares direitos enquanto trabalhadores e cidadãos e agravando a qualidade da oferta de educação e de ensino.
A desregulação dos horários de trabalho, o aumento do desemprego entre os docentes, da sua instabilidade profissional e da precariedade dos vínculos laborais, a par dos ataques e roubos contra os salários, as carreiras e o até mais elementar direito à contagem do seu tempo de serviço, tudo, mas tudo, tem servido para destruir um trabalho de décadas em prol da profissão docente e da Escola.
É, pois, por isso, fundamental afirmar, na oportunidade da comemoração do Dia Mundial do Professor, que este é um tempo de combate. Um tempo de determinação e persistência. Um tempo de resistência e construção. TEMPO DE DEFENDER A PROFISSÃO E, POR ESSA VIA, O SERVIÇO DE EDUCAÇÃO E DE ENSINO.
Os Professores têm um compromisso e uma obrigação particular em relação à construção desse futuro. E vão honrá-lo todos os dias nos seus locais de trabalho, mas também com a sua ação e luta!
O Secretariado Nacional
***
RANKINGS
26ouTUbro2009
Concordo com a FENPROF:
RANKINGS: E ASSIM SE PROMOVE O ENSINO PRIVADO...!
No dia em que são divulgados mais uns rankings de escolas, a FENPROF reafirma a sua forte contestação à elaboração destas listas, que considera redutoras, injustas e perversas.
No dia em que são divulgados mais uns rankings de escolas, a FENPROF reafirma a sua forte contestação à elaboração destas listas, que considera redutoras, injustas e perversas.
A FENPROF
repudia ainda a forma despudorada como por esta via se procura promover o
ensino privado, colocando em causa, irresponsavelmente, o muito e bom
trabalho que se faz na escola pública.É inaceitável falar das “melhores” e das “piores” escolas, tendo apenas em conta os resultados dos alunos em exames nacionais.
Não é possível avaliar uma escola a partir de uma única variável –
ignorando o contexto em que se insere, os alunos que a frequentam, os
recursos de que dispõe e os projectos que realiza. Também não é legítimo
comparar escolas cujas realidades educativas são diferentes ¬– escolas
privadas que seleccionam criteriosamente os seus alunos (alunos esses
que pretendem, na sua quase totalidade, prosseguir estudos e estão por
isso altamente motivados para obter bons resultados) com escolas
públicas, frequentadas por grupos heterogéneos de alunos, com diversas
condições sócio-económicas e culturais e com motivações muito
diferentes.
A FENPROF lamenta ainda que os rankings de
escolas tenham sido introduzidos em Portugal numa altura em que outros
países desistiam deles, por considerarem os seus efeitos negativos para o
sistema de ensino. No Reino Unido, por exemplo, esta prática foi
abandonada na Escócia, no País de Gales e na Irlanda do Norte,
subsistindo apenas em Inglaterra, onde, neste preciso momento, decorre
uma forte campanha contra a sua manutenção. Nesta campanha estão
envolvidas várias entidades, nomeadamente os sindicatos dos professores e
os directores das escolas. Recorda-se que na República da Irlanda foi o
Supremo Tribunal que não permitiu a divulgação destes dados, por a
considerar contrária ao interesse nacional.
Por cá,
vamos assistindo, ano após ano, a este simulacro de avaliação das
escolas, num jogo com regras viciadas, em que a principal mensagem
veiculada é que em Portugal as melhores escolas são as privadas. Assim
se põe levianamente em causa todo o trabalho que professores e alunos
desenvolvem quotidianamente na escola pública. Até quando e em nome de
quê, ou de quem?!
O Secretariado Nacional
*** 15ouTUbro2009
Fenprof apelou à intervenção das autarquias
Abusos no enriquecimento curricular
As Actividades de Enriquecimento Curricular, criadas pelo Governo PS cessante, «assentam num modelo errado cuja correcção deve ser rapidamente adoptada», exigiu, dia 7, a Federação Nacional dos Professores.
A propósito das eleições autárquicas e porque o Governo PS transferiu para as autarquias todas as responsabilidades respeitantes a esta matéria, a Fenprof lançou «um desafio» aos candidatos e aos futuros executivos municipais para que, quando promoverem, «directa ou indirectamente», estas actividades, intervenham para impedir a continuação da contratação em regime de «recibos verdes», exigindo a celebração de contratos de trabalho.
Reunido em Coimbra, em véspera de eleições autárquicas, o secretariado da federação conclui que da forma como tem sido aplicado, o actual regime de Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) «exige uma fiscalização efectiva e rigorosa do que se está a passar um pouco por todo o País».
Em causa está a existência de um vasto conjunto de «abusos» relativos aos contratos de trabalho, aos salários, às formas de selecção e à «natureza das empresas promotoras» destas actividades e contratantes dos formadores, professores na sua maioria, situação que poderá resultar na «privatização de actividades que são da responsabilidade das escolas públicas», alertou a Fenprof.
A federação, que exige garantias de seriedade, transparência e de qualidade nos processos de selecção dos «técnicos», lamentou que tenha sido necessário passarem «três anos e a proximidade de eleições legislativas para que o Governo cessante tivesse reconhecido a existência de irregularidades».
No entanto, as regras adoptadas pelo executivo PS a esse propósito, «apenas entraram em vigor em Setembro e de pouco serviram», porque «a maioria dos municípios já tinha decidido, em Julho, recorrer à contratualização com empresas privadas que estão fora do âmbito das regras legalmente estabelecidas».
A federação pretende que todos os executivos camarários contribuam para que os salários destes «técnicos» correspondam ao legalmente estabelecido, e para que o processo de selecção «passe a obedecer a critérios claros, objectivos e universais que lhes garantam seriedade, transparência e qualidade».
O tempo de serviço prestado nas AEC é considerado para efeito dos concursos de colocação nas escolas públicas.Sem regras
O desenvolvimento destas actividades escolarizadas e de outras, acrescidas às horas lectivas, em regime pós-lectivo e que deverão fazer parte do currículo destes educadores assentam em «pressupostos errados», criadores de uma «irresponsável confusão entre ocupação de tempos livres, que deveriam ser preenchidos com actividades de carácter lúdico e cultural, e actividades de enriquecimento curricular», acusou a Fenprof, avisando que estas actividades «rolam sem regras».
Os contratos podem ser celebrados com as autarquias, com empresas privadas «que florescem como cogumelos» e, em casos excepcionais, com os agrupamentos de escolas, recordou a Fenprof.
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