5.026.(5out2011.10h18') FENPROF...Hj é Dia Mundial do PROFESSOR
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12seTEMbro2018
Há que acabar com as mentiras sobre os professores...
FENPROF exige a correção dos dados, bem como informação sobre quem os forneceu para que se construísse uma mentira destas
Para além de os valores considerados pela OCDE não serem os corretos,
também não foram considerados todos os constrangimentos que afetam os
professores, desde logo a perda de, no mínimo, 9 anos, 4 meses e 2 dias
de serviço, o que faz com que nenhum docente esteja integrado no escalão
por onde, alegadamente, as contas foram feitas. O único fator que a
OCDE teve em conta para justificar os números que avança foi o
envelhecimento da profissão docente. https://www.fenprof.pt/?aba=27&mid=115&cat=95&doc=11678&utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook
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MEGA AGRUPAMENTOS
18jan2013
Fenprof declara:
MEC cria 67 mega-agrupamentos a meio do ano letivo!...
Inopinadamente,
o MEC acaba de anunciar a criação de mais 67 mega-agrupamentos. A
FENPROF, para além das objeções de fundo que tem relativamente a esta
solução organizativa, denuncia as condições em que o processo está a
avançar e alerta para as implicações, nomeadamente de âmbito pedagógico,
de alterações da rede no decurso do ano letivo – facto insólito que
fará inevitavelmente desestabilizar, desorganizar e agravar o já tão
afetado clima das escolas.
A FENPROF contesta fortemente que o MEC esta decisão e chama a atenção para as conclusões dos estudos de avaliação que têm sido realizados, que
apontam inúmeros constrangimentos nos mega-agrupamentos já constituídos
(cf. Estudo da FENPROF, com base num inquérito exaustivo e em reuniões
formais com professores e órgãos de gestão). Considera igualmente inaceitável que o MEC tenha ignorado a Recomendação nº 7 do Conselho Nacional de Educação (CNE), divulgada em outubro de 2012, onde também se afirma que: “a criação de agrupamentos de grande dimensão tem vindo a criar problemas novos onde eles não existiam:
reforço da centralização burocrática dentro dos agrupamentos; aumento
do fosso entre quem decide e os problemas concretos a reclamar decisão,
com a criação de novas hierarquias de poderes subdelegados; existências
de vários órgãos de gestão que nunca se encontram nem se articulam entre
si; sobrevalorização da gestão administrativa face à gestão autónoma
das vertentes pedagógicas. Tudo isto fragiliza ainda mais a já frágil
autonomia e deixa pela frente o reforço do cenário único e salvador do
caos: a recentralização do poder na administração central, agora
reforçada na sua capacidade de controlo de tudo e todos, pelas novas
tecnologias.”
Para
além disso, pelo menos relativamente a alguns dos 67 mega-agrupamentos
agora anunciados, a FENPROF considera totalmente ilegítima a sua
imposição perante a frontal oposiçãodas respetivas comunidades educativas – expressa pelos órgãos de administração e gestão das escolas e por autarquias – como é o caso de Braga, Guimarães, Alcácer do Sal, Barreiro, Grândola, Santiago do Cacém …
Hipocrisia A FENPROF considera ainda de uma enorme hipocrisia que
o actual Governo queira justificar a criação de mega-agrupamentos com
vantagens educativas e pedagógicas, quando os partidos que o constituem –
o PSD e o CDS/PP – em 11 de agosto de 2010,então na oposição, votaram
favoravelmente a Resolução da AR nº 94/2010, que não reconhecia
validade a esses argumentos e recomendava ao Governo de José Sócrates a
suspensão imediata do processo de constituição de mega-agrupamentos e a
reversão das implicações que tinha tido em todos os agrupamentos e
escolas afetadas.
É neste contexto que a FENPROF considera ridículas as
alegações de que os agrupamentos criados no âmbito desta reorganização
escolar "têm uma dimensão equilibrada e racional" (12 dos novos
agrupamentos têm mais de 3000 alunos, chegando a atingir 4000!) e "têm
em conta as características geográficas, a população escolar e os
recursos humanos e materiais disponíveis" e desafia o MEC a assumir com
clareza o carácter puramente economicista de uma reorganização da rede que acaba com a ideia de escola como desde sempre a concebemos e conhecemos:
uma organização educativa concreta, de média dimensão, com órgãos
próprios de direcção e gestão, um espaço humanizado onde as pessoas se
conhecem e em que a comunidade escolar se reconhece.
Finalmente
a FENPROF reafirma que é necessário discutir seriamente que sistema
educativo queremos para o nosso país. Se queremos escolas com projetos e
identidades próprias ou “unidades orgânicas” descaracterizadas e
pedagogicamente ingeríveis; se a prioridade do nosso país deve ser a
aposta na educação e na qualificação dos portugueses ou o
embaratecimento do sistema público, ainda que comprometendo o futuro de
várias gerações. A importância do que está em causa exige, pelo menos, que se fale verdade.
Lisboa, 17 de janeiro de 2013 O Secretariado Nacional da FENPROF
** via região de cister 10jan2013...e via sapinho gelásio
A notícia na edição 1012 do Região de Cister de 10 de janeiro de 2013 “Alcobaça tem algo a ganhar com o mega-agrupamento”
O
presidente do Agrupamento de Escolas de Cister mostra-se satisfeito com
a forma como decorreram os primeiros meses de aulas do maior
agrupamento do País, salientando que, apesar dos riscos existentes,
Alcobaça pode tirar benefícios da agregação de estabelecimentos de
ensino.
REGIÃO DE CISTER (RC) > Que balanço se pode fazer dos primeiros meses de existência do Agrupamento de Escolas de Cister? GASPAR
VAZ (GV) > Podemos dizer que a experiência tem corrido
relativamente bem. Há sempre coisas que poderiam ter corrido melhor, mas
este é um processo contínuo. As escolas têm a sua fisionomia própria,
têm instalações próprias, graus de desenvolvimento diferentes e têm
perspetivas diferentes do que deve ser escola. Por isso, este é um
processo de negociação permanente, em que uma unidade cede, a outra
também cede, ambas se ajustam, o que leva sempre a que existam algumas
fricções. Aconteceram problemas perfeitamente marginais, as coisas estão
a processar-se normalmente. Neste momento estamos em fase de elaboração
do regulamento interno e do projeto educativo, que são dois
instrumentos fundamentais em qualquer escola, de modo a dar alguma
consistência e identidade a uma unidade que é diversa, por natureza
própria.
RC > Esse é o grande desafio? Criar uma identidade do Agrupamento? GV
> Sem dúvida que sim. O facto de haver uma escola que é “sede”
não anula, não pode anular, as diferenças e especificidades das outras
unidades orgânicas. Em termos de regras, de procedimentos, temos muito a
aprender uns com os outros, pelo que devemos fazer desta vivência uma
parceria natural e contínua.
RC > Mas não existe uma predominância da Esdica sobre as restantes escolas? GV
> Tentamos que não tenha. A sede é na Esdica, que é a escola
tecnologicamente mais atualizada, que melhores instalações possui, mas
que tem muito para aprender com as outras em termos de regras e
procedimentos. Há unidades do Agrupamento muito bem orientadas, mas
talvez não tenha sido por mero acaso que a Esdica se transformou em
escola sede. Esse facto, porém, não fundamenta nenhuma atitude
“colonizadora”: todas as escolas estão em pé de igualdade para
experienciar e tirar o melhor partido deste desafio.
RC >
Notou-se alguma preocupação da comunidade escolar relativamente à
criação deste mega-agrupamento. Entende que esse sentimento começa a
esbater-se? GV > Creio que sim. Não sou a pessoa mais bem
situada para perceber isso, mas penso que as coisas estão a correr acima
do que era expectável. É muito cedo para perceber se Alcobaça ganhou
com o Agrupamento, mas há oportunidades que não devemos desperdiçar. O
facto de termos quatro unidades é uma grandeza, dá-nos escala, que nos
permite soluções que antes não estavam disponíveis. Há recursos,
nomeadamente laboratórios, instrumentos e outras infraestruturas, que
podem ser melhor explorados. É evidente que a gestão de proximidade, que
valorizamos, é impossível de concretizar no Agrupamento, por uma
questão de impossibilidade prática.
RC > O sector da
educação tem sofrido muitas alterações. A escola está bastante diferente
da que encontrou no início da carreira... GV > Creio que a
educação, a par da saúde e ao contrário da justiça, é um dos sectores em
que o País mais evoluiu nos últimos anos. A escola fez um caminho
sustentado e, como mostram estudos internacionais muito recentes,
melhorámos muito no ensino de Matemática e de Português, nomeadamente.
Está tudo muito diferente, muito à custa do sacrifício de algumas
prerrogativas de que os professores gozavam. Quando comecei a carreira, o
professor dava as suas aulas e não tinha a parte não letiva
regulamentada. A progressão era um facto automático e, no fim da
carreira, sobretudo, a relação entre o horário de trabalho efetivo e o
vencimento era muito favorável. Tudo isso se esfumou, e nem toda a
população tem consciência disso.
RC > É daqueles que
defende que o ensino profissional é o futuro do País? Que é dessa forma
que se podem qualificar muitos dos jovens que, por razões diversas, não
querem ou não podem aceder ao ensino superior? GV > Partilho
claramente dessa visão. Tínhamos em Portugal uma infraestrutura iletrada
e uma superestrutura de doutores e engenheiros, desajustada da
realidade... Em determinado momento, acabámos com os cursos técnicos e
ficámos sem uma mão de obra intermédia certificada. O ensino
profissional tinha uma imagem relacionada com alunos com dificuldades
intelectuais ou económicas, o que não corresponde à realidade dos dias
de hoje. A existência de um ensino profissional é vital para o
desenvolvimento de um país e a licenciatura/ mestrado não tem de ser
encarada como uma fatalidade obrigatória. *** VIA PÚBLICO DE 18JAN2013
Era impossível acontecer pior à secundária Vergílio Ferreira, dizem pais
Escola
fica integrada no terceiro maior agrupamento do país. Directora e pais
dizem que não será possível manter experiência de qualidade da
secundária Vergílio Ferreira.
O novo agrupamento terá perto de quatro mil alunos ENRIC VIVIES-RUBIO
É
possível gerir um agrupamento com quase quatro mil alunos, algumas
centenas de professores e composto por dez escolas com realidades
diferentes?
Manuela
Esperança, actual presidente da Comissão Administrativa Provisória do
Agrupamento de Escolas Vergílio Ferreira, em Lisboa, ficou a saber na
quarta-feira pela comunicação social que esta vai ser a sua tarefa nos
próximos tempos, na sequência da nova agregação que agora os juntou ao
Agrupamento de Escolas de São Vicente e que faz do novo grupo o terceiro
maior do país em número de alunos.
“Não
sei se será possível gerir algo com essa dimensão, nunca tive essa
experiência. Mas sei que será muito difícil dar alguma coesão a todo
este conjunto de escolas”, disse nesta sexta-feira ao PÚBLICO.
Manuela
Esperança era directora da Escola Secundária Vergílio Ferreira, que em
Maio passado foi agregada ao Agrupamento de Escolas de Telheiras. Foi
eleita para a presidência da Comissão Administrativa Provisória do novo
agrupamento, a quem compete preparar a transição e a eleição do Conselho
Geral, o órgão máximo das escolas que elege o director. Na quarta-feira
foi confrontada com um novo processo de fusão.
Com
a primeira experiência perdeu a “relação de proximidade” que sempre
conseguiu manter com os seus professores e alunos, cujo número quase
duplicou. “Quando agrupei deixei de conhecer todos os professores e hoje
sinto-me incapaz de os ajudar com a mesma prontidão e qualidade” que
marcava a sua relação na secundária Vergílio Ferreira, conta, prevendo
que com a nova fusão será ainda pior.
Sabe
que irá ter 3953 alunos, mas desconhece ainda quantos docentes ficarão a
seu cargo. Com a nova fusão ficarão juntas escolas com “realidades
muito diferentes” no que respeita às características socioeconómicas dos
alunos. Esta diversidade, em conjunto com a grande dimensão do novo
agrupamento, levam-na a duvidar que se venha a conseguir manter os
níveis de sucesso a que a secundária Vergílio Ferreira estava habituada.
O novo agrupamento é um dos 67 criados esta semana.
“Não
consigo imaginar pior”, desabafa Luís Monteiro, da associação de pais
da escola, para quem as fusões decretadas pelo Ministério da Educação e
Ciência (MEC) levam a que esta fique “completamente impossibilitada de
se organizar e de pensar no melhor para os nossos educandos”. Trata-se
de “um rude golpe e de mais um atropelo à dignidade e expectativas de
toda a nossa comunidade educativa”, frisa.
Liberdade de escolha em causa Para
António Monteiro, também da associação de pais, não subsistem dúvidas
de que o MEC transformou uma escola de qualidade num agrupamento que
será “ingovernável”. No ano passado, em carta dirigida ao ministro da
Educação, Nuno Crato, a associação de pais da Vergílio Ferreira
testemunhou a sua "profunda apreensão” face ao projecto de agregação,
advertindo que este processo levará ao “agravamento das tensões sociais
dentro dos estabelecimentos de ensino e a um muito sério agravamento das
condições de trabalho de professores e alunos”.
Lembrando
que um dos objectivos enunciados pelo MEC para agrupar escolas é o de
“garantir a cada aluno um percurso escolar dentro de um mesmo
agrupamento”, a associação de pais frisava no documento dirigido a Crato
que tal não “se afigura consistente com o princípio da liberdade de
escolha” das escolas por parte dos pais, defendido pelo ministro, nem
com as “transformações sociais que o país actualmente conhece, em que a
mobilidade geográfica das famílias é cada vez mais uma constante
exigência”. Trata-se de “um objectivo obsoleto”, acrescentavam.
O
então Conselho Geral da Escola Secundária Vergílio Ferreira também se
pronunciou, em Abril passado, contra o processo de agregação, tendo no
seu parecer adiantado que, caso este fosse por diante, então que a fusão
fosse apenas com um agrupamento e não com dois como proposto. O que
agora acabou por acontecer. Para esta segunda fusão, os órgãos do
primeiro agrupamento criado no final do ano passado não foram ouvidos.
Nem tão pouco Manuela Esperança.
A
responsável espera agora que, antes do próximo ano lectivo, alguém do
MEC a ouça e concorde em levar por diante uma reorganização da rede
escolar do novo agrupamento, de modo a concentrar as ofertas educativas
por escola e garantir, nos critérios de acesso à Vergílio Ferreira, que
esta continuará aberta a alunos de fora, condição que nas circunstâncias
actuais se encontra ameaçada, diz.
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2jan2013
Este (des) governo destruiu e não construiu!!!
via
www.anqep.gov.pt
sabemos que durante o mês de janº 2013 vai sair Portaria para discussão pública sobre o que vai substituir os CNO: Centros para a Qualificação e o Ensino Profissional CQEP * Todos achamos que há sempre que melhorar em todos os processos. Mas assim destruindo sem nada de novo há meses!!! QUE FALTA DE EDICAÇÃO DESTES ADULTOS QUE NOS (DES)GOVERNAM!!!!!!!!!!
Confirma-se! 4 pessoas magníficas que vão para o desemprego no CNO de Alcobaça!!!
Eram financiadas por Fundos Europeus, que este governo sacana desviou:
os fundos foram desviados para os adultos doutorados poderem continuar a sua educação de adultos...
Prioridades deste passos.portas.cavaco!!!
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Acompanhar a luta da FENPROF
e da ANPEFA
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Partilhamos
uma mensagem de apoio recebida recentemente. Os contactos permanentes
que desenvolvemos, ajudar-nos-ão na defesa dos nossos interesses: "Exma. Direção da ANPEFA, As
vossas preocupações e inquietudes são as mesmas da FENPROF e informamos
que faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para forçar o MEC e a
ANQEP a rapidamente prestarem todos os esclarecimentos e informações
sobre o futuro
próximo da Educação e Formação de Adultos e, nomeadamente, sobre o
futuro profissional de milhares de profissionais e formadores que ao
longo dos anos se têm empenhado, de corpo e alma, muitas vezes em
circunstâncias adversas, para o sucesso e qualidade destas modalidades
de ensino e formação.
Com os melhores cumprimentos,
Anabela Sotaia Secretariado Nacional da FENPROF"
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5ouTUbro2011
5 DE OUTUBRO - DIA MUNDIAL DO PROFESSOR
Reafirmar o compromisso com o futuro! O progresso da Educação e o seu contributo para o desenvolvimento humano e das sociedades depende de uma profissão dignificada e socialmente reconhecida. Quando em 5 de outubro de 1966, a Conferência Intergovernamental convocada pela UNESCO, em Paris, em articulação com a OIT, aprova a Recomendação relativa ao Estatuto dos Professores (aplicável aos docentes dos ensinos público e privado), estava a ser dado um passo fundamental para a valorização da profissão docente a um nível nunca assumido em todo o mundo. Marco fundamental no relacionamento institucional que a partir dessa declaração veio a concretizar-se entre governos e representantes dos trabalhadores docentes, viria, em 1993, a contar com a sua consagração como documento orientador das politicas educativas, no que ao pessoal docente diz respeito, com a primeira comemoração do Dia Mundial do Professor numa sessão em Genève presidida por Frederico Mayor, à altura, Diretor geral da UNESCO. A UNESCO viria, assim, a reconhecer os professores como um grupo profissional fundamental sem o qual “não pode haver nem desenvolvimento durável, nem coesão social, nem paz”. Em 1997, viria a ser complementada com a Recomendação relativa ao Pessoal do Ensino Superior. Dez anos depois, Koïchiro Matsuura, Diretor geral da UNESCO, e Juan Somavia, Diretor geral da OIT, reafirmam a importância e atualidade dessas Recomendações. A RECOMENDAÇÃO DA UNESCO (1966) VERSUS A SITUAÇÃO DOS PROFESSORES EM PORTUGAL (2011) Porém, apesar da validade e da atualidade da Recomendação relativa ao Estatuto dos Professores e de, esta, reconhecer o papel essencial destes profissionais no progresso da educação e a importância do seu contributo para o desenvolvimento do homem e da sociedade moderna, têm sido muitos os ataques que contra a profissão têm sido desferidos no nosso país. Os professores não têm passado incólumes face aos ataques movidos contra todos os trabalhadores, o que tem vindo a agravar ainda mais as condições de exercício da profissão, atacando os seus mais elementares direitos enquanto trabalhadores e cidadãos e agravando a qualidade da oferta de educação e de ensino. A desregulação dos horários de trabalho, o aumento do desemprego entre os docentes, da sua instabilidade profissional e da precariedade dos vínculos laborais, a par dos ataques e roubos contra os salários, as carreiras e o até mais elementar direito à contagem do seu tempo de serviço, tudo, mas tudo, tem servido para destruir um trabalho de décadas em prol da profissão docente e da Escola. É, pois, por isso, fundamental afirmar, na oportunidade da comemoração do Dia Mundial do Professor, que este é um tempo de combate. Um tempo de determinação e persistência. Um tempo de resistência e construção. TEMPO DE DEFENDER A PROFISSÃO E, POR ESSA VIA, O SERVIÇO DE EDUCAÇÃO E DE ENSINO. Os Professores têm um compromisso e uma obrigação particular em relação à construção desse futuro. E vão honrá-lo todos os dias nos seus locais de trabalho, mas também com a sua ação e luta! O Secretariado Nacional
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RANKINGS
26ouTUbro2009 Concordo com a FENPROF:
RANKINGS: E ASSIM SE PROMOVE O ENSINO PRIVADO...!
No
dia em que são divulgados mais uns rankings de escolas, a FENPROF
reafirma a sua forte contestação à elaboração destas listas, que
considera redutoras, injustas e perversas.
A FENPROF
repudia ainda a forma despudorada como por esta via se procura promover o
ensino privado, colocando em causa, irresponsavelmente, o muito e bom
trabalho que se faz na escola pública.É inaceitável falar das “melhores” e das “piores” escolas, tendo apenas em conta os resultados dos alunos em exames nacionais.
Não é possível avaliar uma escola a partir de uma única variável –
ignorando o contexto em que se insere, os alunos que a frequentam, os
recursos de que dispõe e os projectos que realiza. Também não é legítimo
comparar escolas cujas realidades educativas são diferentes ¬– escolas
privadas que seleccionam criteriosamente os seus alunos (alunos esses
que pretendem, na sua quase totalidade, prosseguir estudos e estão por
isso altamente motivados para obter bons resultados) com escolas
públicas, frequentadas por grupos heterogéneos de alunos, com diversas
condições sócio-económicas e culturais e com motivações muito
diferentes.
A FENPROF lamenta ainda que os rankings de
escolas tenham sido introduzidos em Portugal numa altura em que outros
países desistiam deles, por considerarem os seus efeitos negativos para o
sistema de ensino. No Reino Unido, por exemplo, esta prática foi
abandonada na Escócia, no País de Gales e na Irlanda do Norte,
subsistindo apenas em Inglaterra, onde, neste preciso momento, decorre
uma forte campanha contra a sua manutenção. Nesta campanha estão
envolvidas várias entidades, nomeadamente os sindicatos dos professores e
os directores das escolas. Recorda-se que na República da Irlanda foi o
Supremo Tribunal que não permitiu a divulgação destes dados, por a
considerar contrária ao interesse nacional.
Por cá,
vamos assistindo, ano após ano, a este simulacro de avaliação das
escolas, num jogo com regras viciadas, em que a principal mensagem
veiculada é que em Portugal as melhores escolas são as privadas. Assim
se põe levianamente em causa todo o trabalho que professores e alunos
desenvolvem quotidianamente na escola pública. Até quando e em nome de
quê, ou de quem?!
O Secretariado Nacional
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15ouTUbro2009
Fenprof apelou à intervenção das autarquias
Abusos no enriquecimento curricular
As
Actividades de Enriquecimento Curricular, criadas pelo Governo PS
cessante, «assentam num modelo errado cuja correcção deve ser
rapidamente adoptada», exigiu, dia 7, a Federação Nacional dos
Professores. A propósito das eleições autárquicas e porque o
Governo PS transferiu para as autarquias todas as responsabilidades
respeitantes a esta matéria, a Fenprof lançou «um desafio» aos
candidatos e aos futuros executivos municipais para que, quando
promoverem, «directa ou indirectamente», estas actividades, intervenham
para impedir a continuação da contratação em regime de «recibos verdes»,
exigindo a celebração de contratos de trabalho. Reunido em
Coimbra, em véspera de eleições autárquicas, o secretariado da federação
conclui que da forma como tem sido aplicado, o actual regime de
Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) «exige uma fiscalização
efectiva e rigorosa do que se está a passar um pouco por todo o País». Em
causa está a existência de um vasto conjunto de «abusos» relativos aos
contratos de trabalho, aos salários, às formas de selecção e à «natureza
das empresas promotoras» destas actividades e contratantes dos
formadores, professores na sua maioria, situação que poderá resultar na
«privatização de actividades que são da responsabilidade das escolas
públicas», alertou a Fenprof. A federação, que exige garantias de
seriedade, transparência e de qualidade nos processos de selecção dos
«técnicos», lamentou que tenha sido necessário passarem «três anos e a
proximidade de eleições legislativas para que o Governo cessante tivesse
reconhecido a existência de irregularidades». No entanto, as
regras adoptadas pelo executivo PS a esse propósito, «apenas entraram em
vigor em Setembro e de pouco serviram», porque «a maioria dos
municípios já tinha decidido, em Julho, recorrer à contratualização com
empresas privadas que estão fora do âmbito das regras legalmente
estabelecidas». A federação pretende que todos os executivos
camarários contribuam para que os salários destes «técnicos»
correspondam ao legalmente estabelecido, e para que o processo de
selecção «passe a obedecer a critérios claros, objectivos e universais
que lhes garantam seriedade, transparência e qualidade». O tempo de serviço prestado nas AEC é considerado para efeito dos concursos de colocação nas escolas públicas.Sem regras O
desenvolvimento destas actividades escolarizadas e de outras,
acrescidas às horas lectivas, em regime pós-lectivo e que deverão fazer
parte do currículo destes educadores assentam em «pressupostos errados»,
criadores de uma «irresponsável confusão entre ocupação de tempos
livres, que deveriam ser preenchidos com actividades de carácter lúdico e
cultural, e actividades de enriquecimento curricular», acusou a
Fenprof, avisando que estas actividades «rolam sem regras». Os contratos podem ser celebrados com as autarquias,
com empresas privadas «que florescem como cogumelos» e, em casos
excepcionais, com os agrupamentos de escolas, recordou a Fenprof.
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