09/10/2011

5.048.(9out2011.14h6') Napoleão Bonaparte...Invasões Francesas...As invasões francesas na Benedita e no eixo Leiria, Moleanos e Rio Maior

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 Recordo a extraordinária obra dos SAMarionetas sobre esta temática!!
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03 de Julho de 1821: A Corte portuguesa regressa a Lisboa, depois de 13 anos no Brasil



Para fugir das invasões Napoleónicas, o futuro rei D. João VI, que em 1807 era ainda príncipe regente, decide levar a corte portuguesa para o Brasil. Enquanto as tropas francesas invadiam Lisboa, cerca de 15 mil pessoas deixavam o país em navios  escoltados pela marinha britânica, levando livros, arquivos, objectos preciosos e obras de arte.

A frota desembarcou em Salvador em Janeiro de 1808 e em Março a corte portuguesa transferiu-se para o Rio de Janeiro.



Com a presença do príncipe regente e da corte no Brasil, a colónia desenvolveu-se cada vez mais, a abertura dos portos brasileiros causou danos ao comércio português. Exigia-se em Portugal o retorno da Corte para o reino, assim restaurando a dignidade metropolitana e o estabelecimento de uma Monarquia constitucional em Portugal; além da restauração da exclusividade de comércio com o Brasil.



Em Agosto de 1820 eclode na cidade do Porto um movimento liberal que logo se espalhou por outras cidades, consolidando-se com a adesão de Lisboa. Iniciado pelos militares descontentes com a falta de pagamento e por comerciantes insatisfeitos, conseguiu o apoio de quase todas as camadas sociais. A junta governativa de Lord Beresford que governava Portugal foi substituída por uma Junta Provisória, que convocou as Cortes Gerais Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa para elaborar uma Constituição.    A 17 de Outubro, chegou ao Rio de Janeiro a primeira notícia dos acontecimentos do Porto, e produziu em todo o Brasil não pequena comoção; ainda se tornou maior, quando se soube do completo êxito da revolução portuguesa e da convocação das cortes constituintes; então, uma após outra, as grandes cidades declararam a sua adesão ao que havia acontecido em Portugal. Porém a decisão devia de facto ser dada na capital do país, no Rio de Janeiro.  D. João VI não chegava com o seu gabinete a uma resolução firme; à primeira notícia, ele publicou um manifesto aos portugueses (27 de Outubro de 1820), no qual declarava ilegal a convocação feita das cortes constituintes, porém prometia a sua própria vinda para Portugal ou de um dos seus príncipes; em segundo manifesto, datado de 18 de Fevereiro, publicado a 21, condescendia com as cortes (entretanto já reunidas em Lisboa) e prometia para ali delegar o seu herdeiro da coroa, D. Pedro, com plenos poderes, a fim de que ele se entendesse com as cortes a respeito da Constituição a formular. Neste intervalo de tempo, em Portugal as cortes constituintes reuniram-se em Lisboa (26 de Janeiro de 1821), e imediatamente depois publicavam um manifesto, no qual eram enumeradas as reclamações principais da nação portuguesa; entre as mesmas, salientava-se a queixa sobre a residência continuada da corte real fora do país, no Rio de Janeiro. Foi entretanto decidido pelo monarca o regresso da família real e da corte para Portugal. Um decreto de 7 de Março de 1821 anunciou essa resolução ao povo, ao mesmo tempo que declarava que, até se completar e executar a nova organização constitucional do Estado, o herdeiro da coroa, príncipe D. Pedro, ficaria como representante do rei no Brasil.

Iniciaram-se os preparativos para a partida do rei, e na tarde de 24 de Abril  de 1821 dirigiu-se ele para bordo do navio de guerra que tinha o seu nome; duas fragatas e nove grandes embarcações receberam o seu séquito oficial e voluntário, alguns milhares de pessoas; na madrugada de 26 de Abril, levantou âncora a frota real,  rumando ao alto-mar. O monarca estava muito abalado. A atender às descrições históricas, a chegada da corte de D. João VI a Lisboa no dia 3 de Julho de 1821, não teve o movimento nem a carga dramática da sua partida 13 anos antes.
wikipedia (imagens)
Desembarque de D. João VI em Lisboa


O embarque da Família Real de volta a Portugal em Abril de 1821

O Período Joanino (1808-1821)
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/07/03-de-julho-de-1821-corte-portuguesa.html?spref=fb&fbclid=IwAR1y5lgwHn7yvZc5zBlTAwu3ZplG3DkUGj674LI7G-lsMftauyhGE7vykzc

29 de Novembro de 1807: Partida da Família Real para o Brasil aquando das Invasões Francesas

A partida da corte portuguesa para o Brasil, em Novembro de 1807, foi preparada e pensada com antecedência. Ao longo da História portuguesa outros monarcas ponderaram também esta solução, ou por interesses económicos ou por ameaças diversas: D. João III, no século XVI, admitiu a hipótese da transferência do governo para o Brasil, que funcionaria como sede do império português. D. João VI, após a Restauração de 1640, considerava o Brasil o destino mais seguro para o estabelecimento da família real, longe da ameaça espanhola. E o próprio Marquês de Pombal que após o terramoto de 1755 e o atentado contra a vida de D. José I, em 1759, ponderou a partida do rei para o novo continente.
Durante o ano de 1807, verificou-se o avanço das tropas napoleónicas sobre a Península Ibérica. Napoleão Bonaparte pretendia tornar-se o senhor da Europa e lançara uma vasta campanha de conquista dos territórios e dos seus habitantes. Impôs o que ficou conhecido por Bloqueio Continental, de 21 de Novembro de 1806, um bloqueio económico contra a Inglaterra, que se traduzia no fecho dos portos ao comércio com este país e na entrega aos franceses de todos os súbditos ingleses que residissem em território nacional. Portugal optava pela neutralidade, não cumprindo as ordens francesas e numa estratégia diplomática tentou comprar a paz aos franceses, o que não conseguiu.
Por esta altura, a família real espanhola sofreu a expatriação, a prisão e o consequente desterro imposto pelo governo francês.
Em Portugal reinava ainda D. Maria I, que se encontrava incapaz de governar devido a uma longa e grave doença psíquica que a afectava desde 1795. O príncipe regente D. João, futuro D. João VI, assumiu a regência e assistia com atenção aos avanços dos franceses na Europa. Em Agosto, fora aconselhado pelos ministros a partir para o Rio de Janeiro. Por isso, a 7 de Setembro de 1807, dirigiu um ofício ao ministro de Portugal residente em Londres, comunicando a sua intenção de se retirar para o Brasil, para evitar a guerra, a invasão do território português e para manter a salvo a monarquia portuguesa.
A 22 de Outubro de 1807 D. João assinou com Jorge III, uma convenção secreta, em que era garantida a protecção e a defesa a Portugal, apoio na partida da família real para o Brasil e na ocupação temporária da ilha da Madeira pelas forças britânicas. Em troca o governo português não entregaria os súbditos britânicos nem lhes confiscaria os bens e não fecharia os portos à navegabilidade e comércio com a Inglaterra.

Ao saber da convenção luso-britânica, os franceses assinaram com os espanhóis o tratado de Fontainebleau de 27 de Outubro de 1807, que previa após a invasão de Portugal, a divisão do território português em três partes, o norte tomaria o nome de “Lusitânia Setentrional” e seria entregue à Casa da Etrúria, o centro do país seria destinado aos franceses e o Algarve seria entregue ao Ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, Manuel de Godoy.
Desde 18 de Outubro que o exército francês de 20.000 homens comandados por Junot se concentrava em Baiona e atravessava, após a assinatura do tratado, a fronteira espanhola dirigindo-se para Portugal para invadir o país. Uma esquadra inglesa, comandada por Sidney Smith, estava pronta para defender Lisboa.
A 20 de Novembro, o Comandante Junot entrou em Castelo Branco, o príncipe regente encontrava-se em Mafra e a restante família real em Queluz. Organizaram-se então os preparativos, já pensados desde Agosto, para o embarque e viagem para o Brasil.
Foram escolhidas as pessoas que seguiriam com a família real, nobres, membros do clero, oficiais, funcionários públicos e demais pessoal que acompanharia a máquina governativa e entregues os passes para o embarque.

As residências reais de Queluz e Mafra são evacuadas. O Tesouro Real é aprovisionado para ser levado para o cais de Belém, assim como mobiliário dos palácios, material das repartições públicas, volumes da biblioteca da Ajuda e arquivos, documentos estatais e até uma tipografia.
O príncipe regente assina o decreto de 26 de Novembro, em que estabelece as condições da regência do país durante a sua ausência. Esta seria entregue ao Marquês de Abrantes, Francisco da Cunha Meneses, ao Regedor das Justiças, Pedro de Melo Breyner, ao Presidente da Mesa da Consciência e Ordens, Dr. Francisco de Noronha, ao Conde Monteiro-Mor D. Miguel Pereira Forjaz e ao Conde de Sampaio, João António Salter de Mendonça. O decreto apelava “à manutenção da paz no reino” e à “conservação da harmonia entre os exércitos das Nações”.
Na manhã de 27 de Novembro, o príncipe D. João chega a Belém acompanhado pelo infante de Espanha, D. Pedro Carlos, que embarcam na nau “Príncipe Real”. D. Carlota Joaquina e os seus 6 filhos seguem para a “Rainha de Portugal” e “Afonso de Albuquerque”.
A rainha D. Maria I chega numa liteira e como oferece resistência no embarque é levada ao colo. Com eles vão também os Duques de Cadaval, os Marqueses de Angeja, de Vagos, do Lavradio, de Alegrete, de Torres Novas, de Pombal, de Belas e ainda os Condes do Redondo.
Cerca de 12000 pessoas embarcam numa esquadra composta por 8 naus, “Príncipe Real”, “Rainha de Portugal”, “Medusa”, “D. João de Castro”, “Afonso de Albuquerque”, “Príncipe do Brasil”, “Conde D. Henrique”, e “Martim de Freitas”; 3 fragatas, “Golfinho”, “Minerva” e “Urânio”; 4 brigues, “Voador”, “Vingança”, “Lebre” e “Curiosa”; 1 escuna de guerra; e 20 navios mercantes da marinha nacional.
No cais amontoavam-se habitantes de Lisboa, que ao se aperceberem da partida da família real tentam também embarcar. Guardas da polícia patrulham o cais, no qual se chegou a erguer duas tendas, que albergavam toda a carga e a bagagem. Seges e liteiras chegam de todas as direcções com os ministros e os que partem. A confusão foi grande e na pressa muito ficou por embarcar, porque não fora prevista o volume de pessoas e de carga. A bordo os barcos encontravam-se cheios, e segundo os testemunhos e relatos da época a confusão era grande.
Por falta de vento a viagem não pode logo prosseguir e a Corte ficou a pairar no Tejo até ao dia 29 de Novembro. A 30 as tropas de Junot entraram na cidade de Lisboa acompanhados pela guarda real portuguesa, que tinha ordens para receber os invasores sem hostilidade.
A família real partiu e com ela seguiu a armada de Sidney Smith, que deveria acompanhar a expedição portuguesa e assegurar a boa viagem da corte até ao Rio de Janeiro.
A vida na cidade parou. A pilhagem teve início, funcionários e credores ficaram sem os seus pagamentos, os preços dos bens essenciais atingiram preços muito altos e parou a circulação da moeda. Por Lisboa eram afixados os editais a informar o povo de que o exército francês viera salvar a cidade, o porto e o príncipe da “influência maligna da Inglaterra”.
Partiu pela primeira vez a Corte para o Brasil, e aí permaneceu até 1821. D. João compreendeu a vulnerabilidade do país e as poucas hipóteses dos esforços diplomáticos. Optou pela manutenção da monarquia e pela salvaguarda dos interesses económicos, no velho e histórico pacto com a Inglaterra.

Fontes: Revelar LX

             Infopédia

             Wikipedia (Imagens)


Partida da Corte para o Brasil (1807)




"Vejo que pelo interior do meu Reino, marcham tropas do Imperador da França e Rei de Itália (…) e que as mesmas se dirigem a esta capital (…) Conhecendo eu igualmente que elas se dirigem particularmente contra a Minha Real Pessoa e que os meus Reais Vassalos serão menos inquietados ausentando-me eu deste Reino, tenho resolvido (…) passar com a Rainha (…) e toda a Real Família para os Estados da América e estabelecer-me na cidade do Rio de Janeiro até à paz geral (…)"

Carta de D. João VI (adaptação)

"As bagagens da Corte, expostas ao tempo e quase abandonadas, ocupavam desde a rua da Junqueira até ao Cais e as carruagens não puderam entrar no Largo de Belém porque (…) o imenso povo que estava no largo, as bagagens e o regimento de Alcântara que faziam a guarda de honra impediam o trânsito (…) Por uma salva da esquadra soubemos que Sua Alteza tinha chegado a bordo. A maior parte das famílias, em consequência da confusão que reinava, dividiam-se embarcando no primeiro navio que encontravam; as bagagens ficavam em terra e muita da que embarcou foi em navios aonde não iam os seus donos (…)"

Memórias do Marquês da Fronteira e de Alorna (adaptação)

Ficheiro:Príncipe Regente de Portugal e toda a Família Real embarcando para Brasil no cais de Belém.jpg
Embarque da família real portuguesa no cais de Belém, em 29 de Novembro de 1807 -Henry L'Évêque
Embarque da família real portuguesa- Autor desconhecido
Ficheiro:Autor não identificado - Embarque da Família Real Portuguesa.jpg
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/11/29-de-novembro-de-1807-partida-da.html?fbclid=IwAR38qWHmjaFLTjFDnUpFvegHvzvmHCR-xZAwD1I6TdE4DM97x02zx1o5gBA
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Mapa das Invasões Francesas ... RTP




Entre 1807 e 1810 Portugal sofreu três invasões de tropas francesas, mas apenas uma vez conseguiram chegar a Lisboa. O país ficou sem monarca, que mudou a capital do reino para o Brasil, e todo o país ficou marcado pela morte, pilhagens e combates.

As invasões foram lideradas, respetivamente, pelo general Junot e pelos Marechais Soult e Massena.
Da primeira invasão fica a memória de uma presença mais prolongada em todo o país. Inúmeros tesouros saíram de palácios portugueses, seguiram para França e nunca voltaram.
É neste cenário que surge um general inglês que vai ficar na história deste período. Arthur Wellesley, futuro Duque de Wellington, comanda os seus primeiros exércitos em Portugal e será responsável pela reorganização das forças das defesas portuguesas.
Neste mapa encontram-se várias histórias que fazem parte da memória das invasões. Há descrições de batalhas, de medos e de mortos. Há também histórias de franceses que ficaram por cá e portugueses que partiram …
Boa viagem pelo Portugal das Invasões Francesas.
 http://ensina.rtp.pt/artigo/mapa-invasoes-francesas/
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 https://www.youtube.com/watch?v=HYeuPasgv5Q
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O bloqueio de Napoleão Bonaparte à Grã-Bretanha, decretado a 21 de Novembro de 1806, "afectou profundamente Portugal", isolando-o da Europa, e acelerou a independência do Brasil, disse hoje à Lusa Jorge Martins Ribeiro, da Universidade do Porto.

 https://www.rtp.pt/noticias/pais/historiador-defende-que-as-invasoes-francesas-aceleraram-a-independencia-do-brasil_n36960
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07 de Julho de 1807: É Assinada a Paz de Tilsit

Napoleão Bonaparte não imaginava que a Prússia um dia ousasse enfrentá-lo sozinha: ele jamais poderia contar com tanta imprudência. Desde que se tornara comandante geral do exército francês, em 2 de Março de 1796, sofrera uma única derrota, em Agosto de 1798, ao enfrentar o almirante inglês Horatio Nelson.

Nos sete anos seguintes, as tropas napoleónicas coleccionaram uma vitória após a outra e conquistaram todo o continente europeu. A derrota arrasadora imposta em Austerlitz ao exército russo-austríaco, numericamente superior, na Batalha dos Três Imperadores a 2 de Dezembro de 1805, confirmara definitivamente a supremacia militar da "Grande Nation".

A França pretendia "libertar" a Europa, dizia Bonaparte. Após a sua coroação, em 2 de Dezembro de 1804, ele restabelecera a monarquia no seu país, mas seguia propagando os ideais da Revolução Francesa: liberdade, igualdade, fraternidade. Aos povos italianos, por exemplo, prometeu que viria para romper os grilhões. "O povo francês é amigo de todos os povos. Só fazemos guerra contra os tiranos que os oprimem", dizia.

Napoleão modernizou a Europa. O "Code Civile" – também denominado "Código Napoleónico" – garantiu de forma pioneira os direitos individuais. Mas os renanos e os belgas perceberam desde o início das guerras napoleónicas que os franceses não os libertavam de forma altruísta da escravidão feudal: eles também impunham pesados impostos para cobrir gastos militares, desorganizavam os exércitos locais e desvalorizavam as moedas nacionais.

O acordo de paz de Pressburg custou à Áustria enormes perdas territoriais. Apesar de cortejada pela França, a Prússia permanecera neutra durante o conflito. Após a guerra, Napoleão começou a pressioná-la diplomaticamente, exigindo o reconhecimento do Rio Reno como "fronteira natural" entre os dois reinos.

O rei Frederico Guilherme III da Prússia deu um ultimato às tropas francesas para que se retirassem do território alemão no lado leste do Reno. Convencida da sua força, a Prússia partiu isoladamente para o confronto com o poderoso adversário, numa missão praticamente suicida.

Em represália, as tropas napoleónicas invadiram a Turíngia. As batalhas de Jena e Auerstedt foram catastróficas para o exército prussiano. Treze dias mais tarde, Napoleão tomou Berlim. Frederico Guilherme III fugiu para a Prússia Oriental, de onde deu continuidade à guerra, com o apoio da Rússia.

Mas os franceses derrotaram também o exército do czar na batalha de Friedland, a 14 de Junho de 1807. Depois de fracassar no confronto militar, a Prússia ainda sofreu uma derrota completa no campo diplomático, entre 7 e 9 de Julho de 1807.

No dia 7 de Julho, o Tratado de Tilsit (em referência à cidade que ficava na Prússia, na região de Kaliningrado, hoje Rússia) marcava o fim da  Guerra. Em consequência da série de derrotas, a Prússia foi ocupada pelas tropas francesas.

Napoleão dividiu o continente europeu em duas partes, concedendo à Rússia liberdade de acção contra a Suécia e a Turquia. Graças à intervenção do czar Alexandre I, a Prússia não foi riscada do mapa, mas perdeu território e 5 milhões de habitantes, que passaram a integrar o reino da Vestfália, governado pelo irmão de Napoleão, Jérome Bonaparte. À França coube o recém-criado ducado de Varsóvia, em união com a Saxónia.

Com Tilsit, Napoleão chegava ao auge do seu reinado, enquanto a Prússia batia no fundo do poço, depois de 100 anos de ascensão. O governador de Berlim, conde Schulenburg-Kehnert, fixou num cartaz o código de conduta adequado à época: "O rei perdeu uma batalha. Agora, a primeira obrigação civil é manter a calma".

Mas Napoleão queria mais. O fim das guerras era imprevisível. Os acordos de paz de Campo Formio (1797), Lunéville (1801), Amiens (1802), Pressburg ou Tilsit não passavam de tréguas: a meta do imperador francês era conquistar o mundo. Mas ele fracassou às portas de Moscovo, em 1812.

A Prússia aproveitou a derrota para realizar reformas políticas internas, que derrubaram o absolutismo e viabilizaram a consolidação de um moderno Estado constitucional. Em cojunto com a Rússia, a Áustria, a Inglaterra, a Suécia e a Baviera, formou uma coligação europeia contra Napoleão.

O esgotado exército francês foi derrotado na Batalha dos Povos, nos arredores de Leipzig, em Outubro de 1813. No Congresso de Viena, em 1815, a Prússia ressurgiu como grande potência e restabeleceu-se na Europa um equilíbrio de forças, ainda que frágil.
 Fontes: DW
 wikipedia (imagens)


Tratado de Tilsit 1807 - pintura de Adolphe Roehn 
Napoleão em Tilsit com o rei e a rainha da Prússia
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/07/07-de-julho-de-1807-e-assinada-paz-de.html?spref=fb&fbclid=IwAR1gjBQeIExt08ITW5oG3d5aaULzceQNmTPImNFO4d31O25o-aS1qW_ID0A
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05 de Maio de 1821: Napoleão Bonaparte morre, na Ilha de Santa Helena

Ao vencerem Napoleão Bonaparte na batalha de Leipzig, as nações que lutaram contra o célebre general esperavam enterrar de vez as promessas liberais que fomentaram a chegada deste militar ao poder. Após a derrota de Napoleão houve o cuidado de isolar o imperador francês na ilha de Elba. A precaução aparentemente exagerada acabou por justificar-se quando Napoleão fugiu  e voltou a França no chamado “Governo de Cem Dias”.
Tentando reassumir o poder, Napoleão Bonaparte acabou  novamente derrotado na Batalha de Waterloo. Desta vez, preocupados em não cometer o mesmo equívoco, as forças que o venceram decidiram isolá-lo na ilha de Santa Helena, situada no Atlântico Sul. A grande preocupação da época era anular a figura de Napoleão sem que para isso fosse necessário matá-lo. Isso porque a morte pela espada poderia conferir ao antigo imperador a condição de mártir do ideário liberal.
Passados seis anos de isolamento em Santa Helena, Napoleão Bonaparte acabou por falecer de uma complicação gástrica não muito bem conhecida na época, a 05 de Maio de 1821. Com o passar do tempo,sugeriu-se que o estadista sofresse de algum tipo de cancro. No entanto, outros ainda debatiam sobre a possibilidade de Napoleão ter morrido por envenenamento.

Na segunda metade do século XX,  vários cientistas mostraram-se interessados em descobrir de que modo o  imperador francês havia morrido. Na década de 1960, uma junta de cientistas britânicos conseguiu detectar a presença de arsénio no organismo de Napoleão ao analisar os  fios do seu cabelo. Sendo um tipo de veneno muito comum na época, diversas pessoas logo concluíram que os inimigos de Napoleão prepararam a sua morte pela ingestão da substância tóxica.
Passado algum tempo, algumas pesquisas colocaram em dúvida que o envenenamento tivesse ocorrido tendo em vista que diversos remédios dessa época integravam o mesmo elemento na sua composição. Em tempos mais recentes, a teoria de que Napoleão tivesse falecido devido a um cancro acabou por ser  comprovada pelas roupas do general. Com o passar do tempo, o tumor estomacal diminuiu o seu apetite e, consequentemente, provocou  o seu emagrecimento.

De acordo com a publicação LiveScience, um estudo, liderado pelo pesquisador Robert Genta, comparou 50 imagens actuais de úlceras benignas e 50 cancros gástricos com as duas lesões de Napoleão descritas na autópsia original, uma grande, no estômago, e uma menor, que atravessou a parede estomacal e chegou até o fígado.Napoleão teve um caso severo de cancro que se espalhou para outros órgãos. Mesmo que tivesse sido tratado nos dias actuais, ele não teria muito mais do que um ano de vida.
Fontes: http://www.medicalnewstoday.com
www.historiadomundo.com
www.estadao.com.brasil
wikipedia (Imagens)
Ficheiro:Steuben - Mort de Napoleon.jpg
Morte de Napoleão em Santa Helena - Carl Von Steuben


File:Napoleon sur son lit de mort Horace Vernet 1826.jpg
Napoleão no seu leito de morte - Horace Vernet
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/05/05-de-maio-de-1821-napoleao-bonaparte.html?spref=fb&fbclid=IwAR3ZiRI0pH9Ozm_hdXEwcnPOGzb0D-z94qyA0s1Aw_OXS0XGN78PbRvQboM
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14 de Setembro de 1812: Napoleão Bonaparte entra em Moscovo. A cidade é incendiada pelos russos.

No dia 24 de Junho de 1812, o chamado "Grande Exército" do imperador Napoleão I atravessou o rio Niemen e forçou as fronteiras do império do czar Alexandre I. As tropas napoleónicas, reforçadas por cerca de 700 mil combatentes, penetraram sem dificuldades no interior da Rússia até Moscovo. Contudo, diante da resistência moscovita e da recusa da Rússia em negociar, Napoleão ordenaria a retirada. Esta operação mostrou-se desastrosa devido ao rigor do Inverno e à falta de abastecimento e apoio logístico. Em 30 de Dezembro, o exército, reduzido a cerca de 50 mil homens, cruzaria o Niemen de volta.

Após a rejeição por parte do czar Alexandre I do Bloqueio Continental proposto por Napoleão, o imperador francês ordena que o seu Grande Armée, a maior força militar até então reunida, preparasse a invasão da Rússia. O enorme exército incluía tropas de todos os países europeus sob o domínio do império francês.

Durante os primeiros meses da invasão, Napoleão foi forçado a combater contra um aguerrido exército russo em constante recuo. Recusando-se a confrontar-se com todo o seu potencial perante as forças de Napoleão, as tropas russas sob o comando do general Mikhail Kutuzov aplicava a estratégia de terra arrasada, queimando tudo à medida que recuava cada vez mais profundamente em território russo. Em 7 de Setembro, travou-se a inconclusa batalha de Borodino em que ambas as partes sofreram terríveis baixas. No dia 14 de Setembro, Napoleão chega às portas de Moscovo na esperança de lá encontrar os suprimentos de que necessitava crucialmente. Porém, ao investir, encontrou a cidade com quase toda a população evacuada e o exército russo novamente a recuar. Os criminosos foram libertados das prisões para complicar o avanço francês. Além disso, o governador, o conde Fyodor Rostopchin, ordenou que a cidade fosse incendiada. Alexandre I recusou-se a capitular, e as conversações de paz iniciadas por Napoleão falharam. 
Depois de esperar um mês pela rendição, que nunca aconteceu, Napoleão, deparando-se com a chegada do intenso Inverno russo, viu-se obrigado a ordenar que o seu famélico e exausto exército deixasse Moscovo em retirada.
Durante a desastrosa retirada, o exército de Napoleão sofreu um contínuo assédio de um repentinamente agressivo e impiedoso exército russo. Acossado pela fome e pelas investidas mortais dos cossacos, o dizimado exército alcança as margens do rio Berezina, no final de Novembro, mas vê o seu caminho bloqueado pelas tropas russas. Em 27 de Novembro, forçou a passagem pelo rio Studenka ("gelado", em russo) e, quando o grosso do exército atravessou o rio dois dias depois, foi obrigado a queimar as pontes provisórias atrás de si, abandonando à sua própria sorte cerca de 10 mil soldados perdidos no outro lado do rio.

A partir dali, a retirada tornou-se praticamente uma fuga. Em 8 de Dezembro, Napoleão permitiu que o que restou do seu exército retornasse a Paris. Seis dias mais tarde, finalmente o Grande Armée escapou da Rússia, tendo sofrido uma perda de mais de 600 mil homens durante a desastrosa invasão. 
Fontes:Opera Mundi
wikipedia (imagens)

O exército de Napoleão em Moscovo 
A retirada de Napoleão de Moscovo - Adolph Northen
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/09/14-de-setembro-de-1812-napoleao.html?spref=fb&fbclid=IwAR2mUIRL8ZM4uBFJ7F3XQdZ888jRh_RftjaBbHcWSJoYjKR7QuVK2HKYLKU
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No dia 24 de Junho de 1812, o chamado "Grande Exército" do imperador Napoleão I atravessou o rio Niemen e forçou as fronteiras do império do czar Alexandre I. As tropas napoleónicas, reforçadas por cerca de 700 mil combatentes, penetraram sem dificuldades no interior da Rússia até Moscovo. Contudo, diante da resistência moscovita e da recusa da Rússia em negociar, Napoleão ordenaria a retirada. Esta operação mostrou-se desastrosa devido ao rigor do Inverno e à falta de abastecimento e apoio logístico. Em 30 de Dezembro, o exército, reduzido a cerca de 50 mil homens, cruzaria o Niemen de volta. 
  
Após a rejeição por parte do czar Alexandre I do Bloqueio Continental proposto por Napoleão, o imperador francês ordena que o seu Grande Armée, a maior força militar até então reunida, preparasse a invasão da Rússia. O enorme exército incluía tropas de todos os países europeus sob o domínio do império francês.
  
Durante os primeiros meses da invasão, Napoleão foi forçado a combater contra um aguerrido exército russo em constante recuo. Recusando-se a confrontar-se com todo o seu potencial perante as forças de Napoleão, as tropas russas sob o comando do general Mikhail Kutuzov aplicava a estratégia de terra arrasada, queimando tudo à medida que recuava cada vez mais profundamente em território russo. Em 7 de Setembro, travou-se a inconclusa batalha de Borodino em que ambas as partes sofreram terríveis baixas. Em 14 de Setembro, Napoleão chega às portas de Moscovo na esperança de lá encontrar os suprimentos de que necessitava crucialmente. Porém, ao investir, encontrou a cidade com quase toda a população evacuada e o exército russo novamente a recuar. Logo no começo da manhã seguinte, patriotas russos abrem fogo por toda a cidade e os quartéis de Inverno do Grande Armée são destruídos. 

Depois de esperar um mês pela rendição, que nunca aconteceu, Napoleão, deparando-se com a chegada do intenso Inverno russo, viu-se obrigado a ordenar que o seu famélico e exausto exército deixasse Moscovo em retirada. 
  
Durante a desastrosa retirada, o exército de Napoleão sofreu um contínuo assédio de um repentinamente agressivo e impiedoso exército russo. Acossado pela fome e pelas investidas mortais dos cossacos, o dizimado exército alcança as margens do rio Berezina, no final de Novembro, mas vê o seu caminho bloqueado pelas tropas russas. Em 27 de Novembro, forçou a passagem pelo rio Studenka ("gelado", em russo) e, quando o grosso do exército atravessou o rio dois dias depois, foi obrigado a queimar as pontes provisórias atrás de si, abandonando à sua própria sorte cerca de 10 mil soldados perdidos no outro lado do rio. 

A partir dali, a retirada tornou-se praticamente uma fuga. Em 8 de Dezembro, Napoleão permitiu que o que restou do seu exército retornasse a Paris. Seis dias mais tarde, finalmente o Grande Armée escapou da Rússia, tendo sofrido uma perda de mais de 600 mil homens durante a desastrosa invasão. 
Fontes:Opera Mundi
wikipedia (imagens)
Napoleão e as suas tropas próximo de Borodino 

A retirada de Napoleão de Moscovo - Adolph Northen 
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/06/24-de-junho-de-1812-napoleao-bonaparte.html*

02 de Dezembro de 1804: Napoleão Bonaparte coroa-se Imperador

Militar e político francês, nasceu na Córsega em 1769. Foi para o continente cumprir os seus estudos, terminando em 1785 a Academia Militar sem distinção alguma. A seguir à Revolução de 1789, as suas simpatias políticas inclinaram-se para a fação dos Jacobinos, os radicais que viriam a ser responsáveis pela instituição do Terror. Neste período agitado, a sua fortuna variou bastante: Napoleão foi promovido rapidamente, mas depois substituído das suas funções de comando e mesmo preso. Os revezes da sorte, aliás, marcariam todo o decurso da sua vida política e militar.

Nos anos do Diretório recuperou Napoleão a sua posição de destaque no exército e a sua influência junto do poder político. Sob este regime teria oportunidade, em 1796, de realizar feitos militares importantes contra os exércitos austríacos e italianos. As suas vitórias deram-lhe algum do prestígio de que carecia para prosseguir a sua ascensão. De seguida, em 1798, tomou, de acordo com as suas aspirações expansionistas, Malta e o Egito, mas viria a ser derrotado pelos ingleses e voltaria a França, onde, em finais de 1799, dirigiu um golpe de Estado que fez dele cônsul, partilhando o poder com dois seus iguais. Dentro em pouco, porém, faria o regime derivar para uma ditadura de cariz militar, enquanto esvaziava de poder efetivo as funções desempenhadas pelos outros cônsules da República.Uma vez consolidado o seu poder no plano interno, as novas campanhas de Napoleão fizeram-lhe aumentar ainda mais a popularidade, de tal modo que, em 1802, um referendo nacional o declarou cônsul vitalício e lhe outorgou o direito de escolher o seu sucessor. A 2 de dezembro de 1804 proclamar-se-ia mesmo imperador. Na cerimónia da coroação, teria o arrojo de retirar das mãos do Papa Pio VII a coroa para se coroar a si próprio e depois coroou a esposa, Josefina..

Entretanto, dava continuidade à sua política expansionista, contando com a Inglaterra como país rival e principal adversário. As forças napoleónicas obtiveram grandes vitórias, como a de Austerlitz, em 1805, mas sofreram também pesadas derrotas: na Batalha de Trafalgar, em que a armada francesa seria derrotada pela frota do almirante Nelson, em 1805; nas incursões na Península Ibérica (Portugal, designadamente, foi alvo de três invasões entre 1807 e 1813, todas elas de resultado infeliz para Napoleão); e, sobretudo, na calamitosa campanha russa de 1812, em que um exército de quatrocentos e cinquenta mil homens foi desbaratado e o prestígio do imperador ficou severamente abalado.A partir desse momento, o poderio de Napoleão entrou em declínio acentuado. Em 1814 acabaria por ter que se render às forças aliadas da Inglaterra, Áustria, Rússia e Prússia, e retirou-se para a Ilha de Elba, preservando embora o título de imperador. Menos de uma ano depois, no entanto, voltaria a França para tomar o poder, mas seria derrotado por Wellington em Waterloo. Seguiu-se o exílio em Santa Helena, uma ilha longínqua do Atlântico. Passando os seus últimos anos de vida praticamente só, aí viria a morrer em 1821. O seu corpo encontra-se sepultado no cemitério de Les Invalides, em Paris.Napoleão foi um homem incontornável na vida política da França - e da Europa - do seu tempo. Constituiu um império que deu um contributo decisivo para a formação de países como a Grécia, a Itália e a Alemanha, seja por ter unificado os territórios que se encontravam politicamente fragmentados, seja por ter pretextado o surgimento de sentimentos nacionalistas.
Napoleão Bonaparte. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. 
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Arquivo: Jacques-Louis David, A Coroação de Napoleão edit.jpg

A Coroação de Napoleão - Jacques-Louis David
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5 de Agosto de 1769: Nasce Napoleão Bonaparte

Militar e político francês, nasceu na Córsega no dia 15 de agosto de 1769. Foi para o continente cumprir os seus estudos, terminando em 1785 a Academia Militar sem distinção alguma. A seguir à Revolução de 1789, as suas simpatias políticas inclinaram-se para a fação dos Jacobinos, os radicais que viriam a ser responsáveis pela instituição do Terror. Neste período agitado, a sua fortuna variou bastante: Napoleão foi promovido rapidamente, mas depois substituído das suas funções de comando e mesmo preso. Os revezes da sorte, aliás, marcariam todo o decurso da sua vida política e militar.

Nos anos do Diretório recuperou Napoleão a sua posição de destaque no exército e a sua influência junto do poder político. Sob este regime teria oportunidade, em 1796, de realizar feitos militares importantes contra os exércitos austríacos e italianos. As suas vitórias deram-lhe algum do prestígio de que carecia para prosseguir a sua ascensão. De seguida, em 1798, tomou, de acordo com as suas aspirações expansionistas, Malta e o Egito, mas viria a ser derrotado pelos ingleses e voltaria a França, onde, em finais de 1799, dirigiu um golpe de Estado que fez dele cônsul, partilhando o poder com dois seus iguais. Dentro em pouco, porém, faria o regime derivar para uma ditadura de cariz militar, enquanto esvaziava de poder efetivo as funções desempenhadas pelos outros cônsules da República.Uma vez consolidado o seu poder no plano interno, as novas campanhas de Napoleão fizeram-lhe aumentar ainda mais a popularidade, de tal modo que, em 1802, um referendo nacional o declarou cônsul vitalício e lhe outorgou o direito de escolher o seu sucessor. A 2 de dezembro de 1804 proclamar-se-ia mesmo imperador. Na cerimónia da coroação, teria o arrojo de retirar das mãos do Papa Pio VII a coroa para se coroar a si próprio e depois coroou a esposa, Josefina..

Entretanto, dava continuidade à sua política expansionista, contando com a Inglaterra como país rival e principal adversário. As forças napoleónicas obtiveram grandes vitórias, como a de Austerlitz, em 1805, mas sofreram também pesadas derrotas: na Batalha de Trafalgar, em que a armada francesa seria derrotada pela frota do almirante Nelson, em 1805; nas incursões na Península Ibérica (Portugal, designadamente, foi alvo de três invasões entre 1807 e 1813, todas elas de resultado infeliz para Napoleão); e, sobretudo, na calamitosa campanha russa de 1812, em que um exército de quatrocentos e cinquenta mil homens foi desbaratado e o prestígio do imperador ficou severamente abalado.A partir desse momento, o poderio de Napoleão entrou em declínio acentuado. Em 1814 acabaria por ter que se render às forças aliadas da Inglaterra, Áustria, Rússia e Prússia, e retirou-se para a Ilha de Elba, preservando embora o título de imperador. Menos de uma ano depois, no entanto, voltaria a França para tomar o poder, mas seria derrotado por Wellington em Waterloo. Seguiu-se o exílio em Santa Helena, uma ilha longínqua do Atlântico. Passando os seus últimos anos de vida praticamente só, aí viria a morrer em 1821. O seu corpo encontra-se sepultado no cemitério de Les Invalides, em Paris.Napoleão foi um homem incontornável na vida política da França - e da Europa - do seu tempo. Constituiu um império que deu um contributo decisivo para a formação de países como a Grécia, a Itália e a Alemanha, seja por ter unificado os territórios que se encontravam politicamente fragmentados, seja por ter pretextado o surgimento de sentimentos nacionalistas.
Napoleão Bonaparte. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. 
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Napoleão Bonaparte aos 23 anos
Arquivo: Jacques-Louis David, A Coroação de Napoleão edit.jpg

A Coroação de Napoleão - Jacques-Louis David



Análise da obra Napoleão cruzando os Alpes - Jacques-Louis David




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23 de Junho de 1763: Nasce Josefina Bonaparte

Dama francesa nascida em 1763, na ilha de Martinica, onde viveu a infância e a juventude. Foi a primeira esposa de Napoleão. As actuais famílias reais da Bélgica, Noruega, Luxemburgo, Suécia, Dinamarca, Grécia, Liechtenstein e Mónaco são descendentes dela. A literatura descreve-a como uma mulher de estatura média, figura esbelta, cabelo castanho sedoso e olhos castanhos. Ela foi muitas vezes elogiada pelo seu estilo e elegância.  O seu nome verdadeiro era Rose Marie Josephe Tascher de Pagerie. Nasceu a 23 de Junho de 1763, numa plantação de cana-de-açúcar  em Les Trois-Îlets. Ela era a filha mais velha de Joseph-Gaspard Tascher e Rose-Claire des Vergers de Sanois. Josefina passou a sua infância na Martinica, foi educada num colégio de freiras. Em Agosto de 1779, Josefina e o seu pai partem para Paris e em Dezembro desse mesmo ano  a jovem casa-se com  com o Visconde Alexandre de Beauharnais. Após ter dois filhos com Josefina, Alexandre foi guilhotinado em consequência dos anos de Terror, no decorrer da Revolução Francesa.Deste primeiro casamento ficou-lhe o título de viscondessa de Beauharnais. Casou-se em segundas núpcias, civilmente, com Napoleão Bonaparte a 9 de Março de 1796, realizando-se a cerimónia religiosa oito anos depois, na véspera de Napoleão se coroar imperador. Napoleão gostava muito dos filhos da sua esposa, ao ponto de os adoptar oficialmente como seus, não permitindo que os chamassem  adoptivos. Josefina tornou-se Imperatriz da França, quando Napoleão se auto coroou na catedral de Notre-Dame, que fora o local para executar essa cerimónia,  ocasião em que retirou a coroa das mãos do Papa Pio VII, colocando-a ele mesmo na cabeça. Imediatamente depois, o próprio Imperador coroou a sua esposa. Seguiram-se anos de convivência difícil para o casal, em parte porque Josefina não dava ao imperador o filho varão que ele desejava para lhe suceder. Ambos concordaram com o divórcio de modo a permitir que o Imperador pudesse casar com outra mulher, na expectativa de ter um herdeiro. O documento de divórcio foi assinado em 10 de Janeiro de 1810. Já em 11 de Março, Napoleão casou-se por procuração com Marie-Louise de Áustria e a cerimónia foi realizada a 1 de Abril desse mesmo ano.


Após o divórcio, Josefina passou a residir em Malmaison, próximo de Paris, mas mesmo com a distância, a antiga imperatriz manteve um relacionamento amigável com Napoleão e continuou a fazer vida de alta sociedade, recebendo faustosamente em sua casa e mesmo, durante algum tempo, a expensas do imperador. Josefina faleceu  a 28 de Maio de 1814.
Josefina Bonaparte. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
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Arquivo: Emprjose.jpg
Retrato da Imperatriz Josefina - François Gérard
Arquivo: Jacques-Louis David 019.jpg
 Coroação de Napoleão e Josefina -Jacques Louis David
Arquivo:. Le divórcio de L'Imperatrice Joséphine 15 décembre 1809 (Henri-Frederic Schopin) jpg
O divórcio de Napoleão e Josefina Henri-Frédéric Schopin
 Carta de Napoleão a Josefina

“Não passo um dia sem te desejar, nem uma noite sem te apertar, nos meus braços; não tomo uma chávena de chá sem amaldiçoar a glória e a ambição que me mantêm afastado da vida da minha vida. No meio das mais sérias tarefas
, enquanto percorro o campo à frente das tropas, só a minha adorada Josefina me ocupa o espírito e coração, absorvendo-o por completo o pensamento. Se me afasto de ti com a rapidez da torrente de Ródano, é para tornar a ver-te o mais cedo possível. Se me levanto a meio da noite para trabalhar, é no intuito de abreviar a tua vinda, minha amada.
E no entanto, na tua carta de 23, tratas-me na terceira pessoa, por Senhor! Que mazinha! Como pudeste escrever-me uma carta tão fria? E depois, entre 23 e 26 medeiam quase quatro dias: que andaste tu a fazer, porque não escreveste a teu marido?... Ah, minha amiga, aquele tratamento do “senhor” e os quatro dias de silêncio levam-me a recordar com saudade a minha antiga indiferença. (…) Isto é pior que todos os suplícios do Inferno. Se logo deixaste de me tratar por tu, que será então dentro de quinze dias?! Sinto uma profunda tristeza, e assusta-me verificar a que ponto está rendido o meu coração. Já me queres menos, um dia deixarás de me querer completamente; mas avisa-me, então. Saberei merecer a felicidade…
Adeus, mulher, tormento, felicidade, esperança da minha vida, que eu amo, que eu temo, que me inspira os sentimentos mais ternos e naturais, tanto como me provoca os ímpetos mais vulcânicos do que o trovão. Não te peço amor eterno nem fidelidade, apenas a verdade e uma franqueza sem limites. No dia em que disseres: “Quero-te menos”, será o último dia do amor. Se o meu coração atingisse a baixeza de poder continuar a amar sem ser amado, trincá-lo-ia com os dentes.
Josefina: lembra-te do que te disse algumas vezes: a natureza faz-me a alma forte e decidida. A ti, fez-te de rendas e de tule? Deixaste ou não de me querer? Perdão, amor da minha vida. A minha alma está neste momento dividida em várias direcções e combinações, e o coração, só em ti ocupado, enche-se de receios…
Enfada-me não te chamar pelo teu nome, mas espero que sejas tu a escrevê-lo.
Adeus. Ah, se me amas menos, é porque nunca me amaste. Tornar-me-ias então digno de lástima.

Napoleão

P.S. – A guerra este ano está irreconhecível. Mandei distribuir carne, pão, e forragens à minha cavalaria prestes a pôr-se em marcha. Os soldados patenteiam-me tal confiança que não tenho palavras para descrever-te. Só tu me causas desgostos. Só tu, alegria e tormento da minha vida. Um beijo aos teus filhos, de quem não me dás notícias. Ai, não! – levar-te-ia a escrever o dobro, e as visitas das dez da manhã não teriam o prazer de ter ver. Mulher!!!

Cartas de Amor de Napoleão Bonaparte a Josefina Bonaparte.
in revista Tabu - Semanário Sol

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27 de Setembro de 1810: Batalha do Buçaco. Portugueses e ingleses enfrentam as forças de Napoleão.

Com a ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder, em 1799, Portugal passa a ser visto como território estratégico para os interesses comerciais dos franceses sobre o Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda. Portugal, juntamente com a Espanha (já aliada à França) motivada por interesses que passariam pela repartição do reino português em unidades políticas futuramente sujeitas à dupla governação francesa e espanhola, teria de se juntar ao Bloqueio Continental decretado pela França contra o Reino Unido da Grã-Bretanha. Deveria, para isso, fechar os seus portos à navegação britânica, declarar guerra aos ingleses, sequestrar os seus bens em Portugal e aprisionar todos os ingleses residentes. Ora, foram justamente estas as exigências apresentadas, em Julho de 1807, pelos representantes de França e de Espanha ao príncipe regente de Portugal e que, doravante, viriam a transformar o território português numa peça menor, embora ardilosa, na liça das ambições do imperador francês.

A Batalha do Buçaco (ou Bussaco, de acordo com a grafia de então), integrada na última das três invasões napoleónicas a Portugal (com início em Julho de 1810 e termo em Abril de 1811), foi uma das inúmeras batalhas travadas entre os exércitos francês e anglo-luso, no entanto, os antecedentes relativos à sua preparação, bem como as consequências de um só dia de confronto (27 de Setembro de 1810), elevam-na a um plano operacional de enorme conceito militar, não só pelo que ela representa nos seus termos mais objectivos – derrota das brigadas do comandante supremo Marechal André Masséna -, mas principalmente pelo que ela representou na preparação de um confronto seguinte que decidiria o enfraquecimento definitivo do invasor francês nas Linhas de Torres Vedras. 

A frustração das derrotas da primeira e segunda invasões (entre 1807 e 1809), levou a que Napoleão Bonaparte nomeasse para comandante do novo «Exército de Portugal» o marechal André Masséna, um dos mais reputados marechais franceses. Foi justamente sob as ordens deste marechal, e com o maior exército dos que já tinham invadido Portugal (efectivo total de cerca de 65.050 homens) que se deram os confrontos no Buçaco entre o exército anglo-luso (organizado em Divisões, somava cerca de 61.452 homens) comandado pelo Tenente-General Arthur Wellesley, Visconde de Wellington e futuro duque de Wellington, e os Corpos das brigadas francesas, de entre os quais o 8º corpo militar organizado pelo experiente General Andoche Junot, Duque de Abrantes.


Para avançar sobre Portugal, foi necessário dominar a Praça Forte de Almeida afastando a Divisão Ligeira de Craufurd. O Combate do Côa, a 23 de Julho de 1810, foi o primeiro confronto em território português entre as forças de Wellesley e os franceses, terminando na retirada do Brigadeiro-General Robert Craufurd. A este último, e com o objectivo de chegar o mais rapidamente possível a Lisboa, seguir-se-ia Coimbra com passagem por uma excelente posição defensiva entre Penacova e Luso, isto é, o Buçaco. Ora, Masséna, depois do Cerco de Almeida, retomou a marcha a 15 de Setembro de 1810 rumo à íngreme Serra do Buçaco, com cerca de 15km de comprimento, onde já o aguardava, o General Wellesley. 

Vindos de Mortágua para Coimbra, os franceses avançaram até ao Buçaco e aí se travou a batalha. Um resultado de cerca de 5000 baixas para os invasores e cerca de 1300 baixas para os aliados anglo-lusos, a Batalha do Buçaco passaria a significar um exemplo fulcral de tática defensiva em contexto militar. A retirada das brigadas francesas deixou para trás um campo de batalha devastado. A invasão, prosseguiria em direcção a sul, onde o invasor haveria de encontrar as Linhas (de Torres Vedras) que poriam um travão definitivo ao Marechal Masséna bem como à consistência militar dos exércitos desmoralizados de Napoleão Bonaparte.
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Gravura de Thomas Sutherland 1785-? que representa a Batalha do Buçaco 

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O Marechal André Masséna

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General Sir Arthur Wellesley, Duque de Wellington
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29 de Março de 1809: Invasões francesas. Desastre da Ponte das Barcas, no Porto, na fuga da população ao ataque do exército francês do general Soult.

No dia 12 de Março de 1809 (durante a 2ª invasão francesa) o general Soult entrou em Portugal, por Chaves e dirigiu-se ao Porto. A cidade foi conquistada e saqueada pelas tropas francesas, havendo focos de resistência por parte da população. Da Serra do Pilar as tropas portuguesas ripostaram como puderam. A 29 de Março, os habitantes do Porto em fuga, dirigiram-se  para a “Ponte das Barcas”, tentando passar para o lado de Gaia. Perante a fragilidade da ponte e a quantidade de pessoas que a atravessava aquela cedeu e cerca de 4000 pessoas caíram e morreram nas águas do Douro.

Após esta tragédia Soult, querendo ganhar a simpatia dos portuenses, proibiu novos saques, mandou patrulhar as lojas, mercados e igrejas para evitar novas pilhagens, isentou o povo do direito de portagem e mandou distribuir sopa às pessoas carenciadas.

No dia 12 de Maio Soult foi batido no Porto pelas tropas anglo-lusas, comandadas pelo Duque de Wellington e foi obrigado a retirar para Espanha, atravessando a 18 de Maio a fronteira em Montalegre, acabando assim a segunda invasão francesa.



Como surgiu a Ponte das Barcas


Ao longo dos séculos a comunicação de pessoas e mercadorias entre as margens do Douro era feita através de barcos. Apesar de vários projectos para a construção de uma ponte sobre o rio Douro que servisse as populações do Porto e de Vila Nova de Gaia, nomeadamente o da construção de uma ponte em pedra, da autoria de Carlos Amarante, a primeira passagem seria lançada somente no ano de 1806, tendo sido aberta ao público a 15 de Agosto de 1806. Era constituída por 33 barcas, com cerca de mil palmos de extensão e abria e fechava para dar passagem às grandes embarcações que subiam e desciam o rio. Em tempo de cheias a ponte era desmantelada para evitar a sua destruição.



Havia muita concorrência na sua passagem, sobretudo às terças e sábados. Os preços de passagem praticados eram os seguintes:



Cada pessoa a pé ……………………………... 5 réis

Cada pessoa a cavalo ………………………..20 réis

Carro de uma junta de bois …………….. 40 réis

Cadeirinhas de mãos ……………………….. 60 réis

Liteira …………………………………………….. 120 réis

Sege ………………………………………………….160 réis



À noite, passados 45 minutos do sol-posto, os preços duplicavam, taxa que se mantinha até 45 minutos antes do nascer do sol, em momento que era anunciado pelo toque de um sino.

A “Ponte das Barcas” revestiu-se de uma enorme importância para o desenvolvimento das comunicações entre as zonas ribeirinhas, mas também no contexto inter-regional, na ligação entre as margens norte e sul do rio Douro.

No entanto, dadas as suas naturais limitações, a crescente necessidade do desenvolvimento das comunicações e a melhoria dos meios técnicos a nível da engenharia de pontes, nos anos 40 de oitocentos foi projectada nova ponte, a nascente da velha “Ponte das Barcas”. A “Ponte Pênsil”, “Ponte de Ferro”, ou “Ponte D. Maria II”, projectada e executada pelo engenheiro Claranges Lucotte.


wikipedia(Imagens)
notícias.sapo.pt

O desastre da Ponte das Barcas
Ficheiro:São Nicolau-Alminhas da Ponte (2).jpg


As "Alminhas da Ponte" lembram a tragédia de 29 de Março de 1809, no rio Douro
Ficheiro:Vue de la ville et du port de Porto 1817 Henry L'Eveque.jpg



Gravura de 1807, vendo-se a Ponte das Barcas
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27 de Março de 1809: Invasões francesas. Começa a investida sobre a cidade do Porto pelo exército de Soult

Falhadas as tentativas de entrar em Portugal pelo Minho (13 de Fevereiro, em Vila Nova de Cerveira, e 16 do mesmo mês, em Caminha), o marechal Soult, que comandava os soldados de Napoleão, inflecte para o interior da Galiza, subindo o rio Minho até Orense, à procura de um local para mais facilmente entrar em Portugal. Acaba por encontrar na veiga de Chaves o melhor local para atacar Portugal, o que acontece a 10 de Março. Dando assim início à segunda invasão francesa.

Dois dias depois, conquistada que estava a cidade de Chaves, os franceses iniciam a marcha para o Porto, por Braga. A guarda avançada dos franceses derrota as forças portugueses em Salamonde, dia 16, e quatro dias depois voltam a ser derrotadas às portas de Braga, em Carvalho d'Este. Estava aberto o caminho para o Porto.

Obrigado a atravessar o rio Ave em Santo Tirso face à feroz defesa montada pelos portugueses na Trofa, Soult acampa em S. Mamede de Infesta, dia 26 de Março, à frente de 18 mil dos 25 mil com que iniciara a guerra em Portugal. Os sete mil de diferença respeitam a baixas e aos soldados que foi deixando pelo caminho a guarnecer as posições conquistadas.

Neste interim, o brigadeiro Silveira, comandante da divisão que defendia Trás-os-Montes, reocupou Chaves, aprisionando a guarnição francesa (dia 25).

Já com o inimigo à vista o Porto concluía as obras de defesa, de forma atabalhoada, embora com aparente imponência. A linha defensiva do Porto seria constituída por 20 mil homens (somente dois mil seriam tropas regulares) apoiada por 35 baterias dispostas num longo semicírculo que se estendia de Campanhã à Foz - Campanhã, Senhor do Padrão, Monte Cativo, Monte das Enfestadas, Cativo, Bonfim, Antas, Póvoa de Cima, Quinta dos Congregados, Lindo Vale, Lapa, Sério, Regado, Monte Pedral, Falperra, Prelada, Lordelo, Ramalde, Senhora da Luz, etc. - um total aproximado de 200 canhões.

O pior é que destas peças só cerca de 20 podiam fazer fogo. As outras serviam de sustentáculo de amarração de navios. Com isto terão querido os defensores imitar o estratagema engendrado pelo arcebispo D. Gonçalo Pereira, que, no reinado de D. Afonso V, simulara com velas de embarcações as muralhas da cidade, defendendo o Porto e sustendo os ímpetos atacantes do infante D. Pedro, como relata Duarte Nunes de Leão.

Só que os tempos eram outros e Soult não se deixou ir no engodo. Dia 29 dá-se o ataque final. A infantaria francesa entra pelas baterias de Aguardente, de Santo António (Regado) e de S. Francisco (Monte Pedral) e a cavalaria pela de S. Barnabé (Prelada) - olhando para o mapa da cidade, as posições atacadas situam-se mais ou menos ao centro da linha defensiva. Só o brigadeiro Vitória consegue manter por mais tempo a linha do Bonfim a Campanhã, e retirar com ordem, já na cidade o inimigo avançava por toda a parte, num ou noutro local travado por desesperadas resistências.

A população foge em direcção à Ribeira, na tentativa de passar a ponte das barcas que unia o Porto a Vila Nova de Gaia. É então quer se dá a tragédia. Segundo uns, a ponte não aguentou o peso de centenas e cedeu; segundo outros (talvez o mais provável), as autoridades mandaram abrir os alçapões existentes na ponte para retardar o avanço francês. A onda de fugitivos não se apercebeu da armadilha e impelia os dianteiros para o buraco e para as águas do rio. De Gaia, os portugueses faziam fogo sobre os franceses. No meio, estava a população indefesa... Não se sabe ao certo quantos terão morrido afogados, mas há muitas dúvidas quanto ao número de quatro a cinco mil vítimas apontadas em alguns relatos.

Vencida a resistência, seguiram-se três dias de saques, até que Soult põe travão aos seus soldados e estabelece a ordem na cidade. Entre 29 de Março e 11 de Maio instala-se no Palácio dos Carrancas - actual Museu Nacional Soares dos Reis -, demorando em cumprir as ordens de Napoleão, que o queria em Lisboa em Fevereiro. Com o apoio do jornal "Diário do Porto" prepara abaixo-assinados para pedir ao imperador o título de rei do Norte e assume-se protector da cidade.

Fora do Porto os franceses vão sofrendo revezes sucessivos. A cavalaria de Caulaincourt, que ocupara Penafiel, é rechaçada na ponte de Canaveses (31 de Março); Botelho de Sousa reocupa Braga (5 de Abril), Silveira ataca e reocupa Penafiel (dia 13); o mesmo Silveira (de 18 de Abril a 2 de Maio) defende a ponte de Amarante do ataque francês comandado por Loison (o "maneta"), obriga Caulaincourt a retirar de Vila Real (dia 8) e volta a derrotar Loison em Moure (dia 12).

Enquanto isso, Arthur Wellesley (futuro duque de Wellington), nomeado comandante-chefe do exército anglo-português, chega a Gaia.

Depois de observar as posições, repara na importância estratégica de um edifício existente no Monte do Seminário (actual Colégio dos Órfãos). Ordena, então, a sua ocupação, o que é feito por uma pequena força que leva consigo três peças de artilharia. Quando Soult dá conta, já Wellesley tinha no Porto cerca de 600 homens, suficientes para travar as investidas francesas que deixam desguarnecida a Ribeira. Apercebendo-se disso, e com o apoio das populações ribeirinhas que lhe disponibilizam barcaças, Wellesley faz passar para o Porto o grosso das tropas que comandava em plena luz do dia (dia 12 de Maio). Duas horas depois, a cidade estava libertada. Dizem até que a fuga de Soult foi tão precipitada que Wellesley ainda encontrou quente o almoço que o francês se preparava para comer...

Seis dias depois, Soult abandonava Portugal por Montalegre, sempre perseguido pelo exército anglo-português. Terminava assim a segunda invasão francesa.

O Porto voltaria a ser notícia 11 anos mais tarde, com o Sinédrio, a associação encabeçada por Manuel Fernandes Tomás, José da Silva Carvalho e Ferreira Borges que lidera o pronunciamento de 1820 e dá início ao liberalismo.

Fontes: JN

wikipedia (imagens)
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21 de Agosto de 1808: Invasões francesas. Termina a Batalha do Vimeiro. As forças luso-britânicas derrotam as tropas francesas de Junot.
Após a batalha de Roliça, em agosto de 1808, o general inglês Wellesley, comandante das forças anglo-lusas que combatiam a primeira invasão napoleónica, com o conhecimento de todos os movimentos do exército francês, queria obrigar o inimigo a abandonar a sua posição em Torres Vedras, para o que marchou diretamente sobre Mafra. Bernardim Freire, então comandante das tropas portuguesas, opôs-se ao acompanhamento da marcha que o comandante inglês tinha em mente. Mas Wellesley, mesmo sem a colaboração do exército português, prosseguiu com a sua marcha, embora com algumas alterações em relação ao que havia sido previamente planeado. Essas alterações foram motivadas não só pela falta de acompanhamento do exército português, como também pela notícia da chegada à costa portuguesa de um reforço constituído pelas brigadas de Auckland e Anstruther (dizia-se que com mais de 40 mil homens de armas). Após ter dado a indicação que o desembarque deveria ser feito em Porto Novo (Vimeiro), partiu para o local para receber o desembarque.

Uma outra brigada, a brigada de Moore, desembarcou na foz do Mondego, com o fim de marchar sobre Santarém. A presença das inúmeras brigadas inglesas em Portugal veio confirmar a falta de confiança que existia em relação ao exército português. A divisão de Moore acabou por não realizar a marcha para Santarém, devido a ordens dos seus superiores no sentido de seguir a expedição de Wellesley.Entretanto o general francês Junot saiu de Lisboa, com o objetivo de se juntar às forças que haviam sido vencidas na batalha da Roliça e à divisão de Loison, que marchava lentamente sobre Abrantes. O ponto de união das tropas francesas era Torres Vedras. A marcha não seguiu pela estrada direta mas sim pela de Vila Franca. As forças que acompanhavam Loison, desde Lisboa, encontravam-se bastante atrasadas em relação ao seu comandante. No primeiro dia de marcha o comandante sentiu-se obrigado a recuar, pois foi avisado que estava previsto um desembarque inglês em Cascais. Deixou em Lisboa, porém, cerca de 6 mil homens para impedir o desembarque.Na noite do dia 20 para 21 do mês de agosto, a artilharia francesa atravessou a ponte de madeira de Vila Facaia. O planalto da Portela, no lado sul da povoação, encontrava-se já ocupado por uma grande parte das forças inglesas. Junot, adiantando-se, fez então um reconhecimento da posição das forças inglesas, para proceder em seguida ao ataque pelo flanco esquerdo. O comandante inglês, que rapidamente se apercebeu da situação do inimigo, ordenou às suas tropas do flanco direito que se deslocassem para norte. A divisão francesa estava disposta em linha. As brigadas da primeira divisão separaram-se, entretanto, e começaram o ataque pelo centro. Os ingleses - e também os portugueses - receberam o inimigo de forma violenta, obrigando-o a retroceder imediatamente e a perder grande parte da artilharia. Para exterminar de uma só vez a coluna que havia atacado pelo centro, Wellesley aproveitou o caos e fez avançar a cavalaria, mas os portugueses fugiram e a cavalaria inglesa, para além de ter sofrido grandes perdas, acabou por ser atacada.Após o ataque que lançou sobre a cavalaria inglesa, o comandante Brenier, com a sua brigada, tentou atravessar a ribeira de Toledo, mas para contornar a frente inglesa que se encontrava no vale, fez uma manobra de "rodeio" pela Carrasqueira. A brigada francesa de Solignac por sua vez logo que atravessou o ribeiro foi atacada por três brigadas inglesas. Os franceses foram assim facilmente derrotados.As tropas francesas ficaram fragilizadas. Junot, desesperado com a situação, mandou Kellermass propor a sua capitulação ao general Dalrymple, que entretanto se tornara comandante do exército inglês.
Fontes: Infopédia
wikipedia (imagens)
Arthur Wellesley1808, by Richard Cosway.jpg
Retrato de Sir Arthur Wellesley, datado de 1808, por Richard Cosway (1742-1821). Aguarela sobre marfim


Representação da Batalha do Vimeiro. ESQUIOPPETTA, Domingo. Gravura água-forte, p&b, entre 1810 e 1812
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/08/21-de-agosto-de-1808-invasoes-francesas.html
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O Rotary Club da Benedita promoveu o colóquio " As invasões francesas na freguesia da Benedita", no dia  8 de  
Outubro 2011 – 16h,  no Centro Cultural Gonçalves Sapinho.
 
“O impacto da 3ª invasão francesa no eixo Leiria, Molianos, Rio Maior” - Prof. Dra. Cristina Clímaco – Universidade de Paris 8eme


-Factos e acontecimentos da 3ª invasão francesa na freguesia da Benedita - Prof. Júlio Ricardo

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texto que acompanhava a divulgação:

"No início de Outubro de 1810, a freguesia da Benedita sentia as proximidades da guerra.


O exército português e inglês estava de regresso às Linhas de Torres, após a batalha do Buçaco. Ao passar no eixo Leiria – Molianos - Rio Maior incentivava o abandono das aldeias e vilas e a destruição de tudo o que pudesse servir para abastecimento do exército francês, quer de víveres, quer de alfaias agrícolas que pudessem ser fundidas para fazer armamento.
Os que não obedeciam viam seus haveres destruídos pelo exército que os deveria proteger. Era a célebre “estratégia da terra queimada” que iria deixar os franceses sem possibilidades de abastecimento.
Do princípio de Setembro de 1810 até Abril de 1811, o Cura da Benedita, José da Silva Fialho não faz qualquer registo de óbito. Possivelmente, encontrava-se em Lisboa, tal como o padre da paróquia de Turquel. O ano de 1811 regista um número anormal de mortes, muitas vezes sem os “sacramentos da Igreja” e, de vez em quando, os registos paroquiais referem que “morreu por hum tiro que lhe derao os franceses”.
A partir de Abril de 1811, o espaço da Igreja da Benedita não possibilita mais sepulturas. De Maio a Dezembro contabilizam-se 56 enterramentos no adro da igreja."

Para dar a conhecer a história local e estimular a investigação, o Rotary Club da Benedita convidou a Prof. Dra. Cristina Clímaco, investigadora da Universidade de Paris-8, a abordar o impacto das invasões francesas no eixo Leiria – Molianos - Rio Maior, num Colóquio a realizar no dia 8 de Outubro, pelas 16 h, no Centro Cultural Gonçalves Sapinho, na Benedita. Júlio Ricardo, professor no Agrupamento de Escolas da Benedita, esteve envolvido num projecto de investigação sobre património local, dinamizado pelo Agrupamento, ao longo do ano lectivo 2009/2010. Identificou factos e acontecimentos na Benedita, relacionados com a 3ª invasão francesa e no colóquio apresentará o resultado da sua pesquisa.
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14 de Setembro de 1812: Napoleão Bonaparte entra em Moscovo. A cidade é incendiada pelos russos.



No dia 24 de Junho de 1812, o chamado "Grande Exército" do imperador Napoleão I atravessou o rio Niemen e forçou as fronteiras do império do czar Alexandre I. As tropas napoleónicas, reforçadas por cerca de 700 mil combatentes, penetraram sem dificuldades no interior da Rússia até Moscovo. Contudo, diante da resistência moscovita e da recusa da Rússia em negociar, Napoleão ordenaria a retirada. Esta operação mostrou-se desastrosa devido ao rigor do Inverno e à falta de abastecimento e apoio logístico. Em 30 de Dezembro, o exército, reduzido a cerca de 50 mil homens, cruzaria o Niemen de volta.

Após a rejeição por parte do czar Alexandre I do Bloqueio Continental proposto por Napoleão, o imperador francês ordena que o seu Grande Armée, a maior força militar até então reunida, preparasse a invasão da Rússia. O enorme exército incluía tropas de todos os países europeus sob o domínio do império francês.

Durante os primeiros meses da invasão, Napoleão foi forçado a combater contra um aguerrido exército russo em constante recuo. Recusando-se a confrontar-se com todo o seu potencial perante as forças de Napoleão, as tropas russas sob o comando do general Mikhail Kutuzov aplicava a estratégia de terra arrasada, queimando tudo à medida que recuava cada vez mais profundamente em território russo. Em 7 de Setembro, travou-se a inconclusa batalha de Borodino em que ambas as partes sofreram terríveis baixas. No dia 14 de Setembro, Napoleão chega às portas de Moscovo na esperança de lá encontrar os suprimentos de que necessitava crucialmente. Porém, ao investir, encontrou a cidade com quase toda a população evacuada e o exército russo novamente a recuar. Os criminosos foram libertados das prisões para complicar o avanço francês. Além disso, o governador, o conde Fyodor Rostopchin, ordenou que a cidade fosse incendiada. Alexandre I recusou-se a capitular, e as conversações de paz iniciadas por Napoleão falharam. 

Depois de esperar um mês pela rendição, que nunca aconteceu, Napoleão, deparando-se com a chegada do intenso Inverno russo, viu-se obrigado a ordenar que o seu famélico e exausto exército deixasse Moscovo em retirada.
Durante a desastrosa retirada, o exército de Napoleão sofreu um contínuo assédio de um repentinamente agressivo e impiedoso exército russo. Acossado pela fome e pelas investidas mortais dos cossacos, o dizimado exército alcança as margens do rio Berezina, no final de Novembro, mas vê o seu caminho bloqueado pelas tropas russas. Em 27 de Novembro, forçou a passagem pelo rio Studenka ("gelado", em russo) e, quando o grosso do exército atravessou o rio dois dias depois, foi obrigado a queimar as pontes provisórias atrás de si, abandonando à sua própria sorte cerca de 10 mil soldados perdidos no outro lado do rio.

A partir dali, a retirada tornou-se praticamente uma fuga. Em 8 de Dezembro, Napoleão permitiu que o que restou do seu exército retornasse a Paris. Seis dias mais tarde, finalmente o Grande Armée escapou da Rússia, tendo sofrido uma perda de mais de 600 mil homens durante a desastrosa invasão. 
Fontes:Opera Mundi
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O exército de Napoleão em Moscovo 
A retirada de Napoleão de Moscovo - Adolph Northen
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derrotado Napoleão ...

18 de Setembro de 1814: Começa o Congresso de Viena

O Congresso de Viena foi a base de sérias decisões para a Europa. Napoleão havia sido derrotado, pondo um fim à hegemonia da França no continente. Os territórios tinham de ser redistribuídos e as relações de poder, reequilibradas.

No dia 18 de Setembro de 1814, chefes de Estado e de governo das grandes potências tinham-se se reunido pela primeira vez no palácio Hofburg, em Viena, para a Conferência de Paz. O Congresso de Viena foi a base de sérias decisões para a Europa. Napoleão havia sido derrotado, pondo fim à hegemonia da França no continente. Os territórios tinham de ser redistribuídos e as relações de poder, reequilibradas com base na restauração das monarquias.

O organizador do evento, que se desenrolou entre 1814 e 1815, foi o ministro austríaco dos Negócios Estrangeiros Exterior, Clemens Wenzel, príncipe de Metternich. Durante o congresso os diplomatas entregaram-se a bailes e banquetes, concertos e caçadas. À parte, os negociadores de peso definiam em privado as questões centrais.
Quatro homens tomaram as grandes decisões: Metternich; o Czar Alexander I;  Visconde Castlereagh, o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, e Charles de Talleyrand, o ministro dos Negócios Estrangeiros  francês. Castlereagh disse que não tinha ido a Viena para “coleccionar trofeus e sim para trazer o mundo de volta ao comportamento pacífico.” Para tanto o melhor caminho seria restaurar o equilíbrio de poder e evitar que as grandes potências se tornassem nem excessivamente fortes nem muito fracas.

Talleyrand, por sua vez, havia sido bispo secular no Velho Regime, apoiara a Revolução em 1789, tornara-se um dos poucos bispos a respaldar a Constituição Civil do Clero e serviu como ministro dos Negócios Estrangeiros de Napoleão. Este diplomata camaleónico era adepto de explorar as diferenças que dividiam os parceiros.

Para essas diferenças, Alexandre I contribuiu enormemente. Propôs uma parcial restauração da Polónia do século XVIII com ele próprio como monarca. A Áustria e a Prússia perderiam as suas terras naquele país. Alexandre queria o apoio da Prússia na anexação da Saxónia. Metternich e Castlereagh rejeitaram a proposta.

Talleyrand juntou-se a Metternich e Castlereagh ameaçando a Prússia e a Rússia com a guerra se não moderassem as suas exigências.
Resolvida a questão polaca, o Congresso pôde voltar-se para outras questões dinásticas e territoriais. Tronos e fronteiras deveriam ser restaurados como existiam em 1789. Na prática, a legitimidade foi ignorada uma vez que os diplomatas  deram conta que não poderiam desfazer todas as mudanças provocadas pela Revolução e Napoleão.

Embora sancionassem o retorno dos tronos da França, Espanha e Nápoles, o mesmo não puderam fazer com a quantidade de Estados germânicos que desapareceram desde 1789. Os mais importantes membros da Confederação Alemã, Prússia e Áustria, províncias do reino dos Habsburgo, seriam considerados parte da Alemanha.

 A Prússia, além de anexar parte da Saxónia, acrescentou o reino napoleónico da Vestefália aos seus dispersos territórios na Alemanha ocidental, criando a província do Reno. A Áustria perdeu a Bélgica que foi incorporada no reino da Holanda, porém Viena recuperou a costa oriental do mar Adriático e a antiga possessão dos Habsburgo da Lombardia.

Confirmou-se a transferência da Finlândia, da Suécia para a Rússia, compensando-se Estocolmo com a transferência da Noruega, do domínio da Dinamarca para o seu reino. Finalmente, a Grã-Bretanha recebeu a estratégica ilha de Malta e as ilhas Jónicas no mar Adriático, além de Ceilão e do Cabo da Boa Esperança e alguns pequenos postos militares franceses.

Sob o impacto da fuga de Napoleão do seu exílio na ilha de Elba, Castlereagh concebeu uma política para evitar eventual agressão francesa, fortalecendo os seus vizinhos. A norte os franceses deparariam com os belgas e holandeses unificados no reino dos Países Baixos; no nordeste, a província do Reno da Prússia; no leste a Suíça e o Piemonte. Ademais, a Quádrupla Aliança – Grã-Bretanha, Prússia, Áustria e Rússia –, formada em Novembro de 1815, concordou em usar a força, se necessário, para fazer cumprir os acordos de Viena. 
Fontes: Opera Mundi
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 Congresso de Viena por Jean-Baptiste Isabey, (1819). Embora os representantes de todos os estados que tinham participado nas guerras tenham sido convidados, as principais negociações foram conduzidas pelo "Big Four" (Reino Unido,RússiaPrússia e Áustria) e, mais tarde, por monárquicos da França
Em 1815 as fronteiras da Europa foram refeitas
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15 de Outubro de 1815: Napoleão é exilado na ilha de Santa Helena

Após a derrota de Waterloo a 18 de Junho de 1815, Napoleão foi imediatamente para Paris. No Palácio do Eliseu reuniu o Conselho de Ministros a fim de decretar que ‘a Pátria está em perigo’. Porém, o imperador compreendeu que a partida estava perdida e que não poderia abdicar pela segunda vez em favor do seu filho. Retirou-se para Malmaison com uma parte dos que lhe eram fieis.
Encurralado pelas potências inimigas, que já apontavam os seus canhões para as cercanias da sua casa, o Imperador viajou a Rochefort onde permaneceu alguns dias, aguardando os passaportes do governo provisório a fim de se isolar na ilha de Aix.
Rapidamente a corte dos exilados percebeu que o chefe de governo, Fouché, os havia enganado. Depois de estudar todas as possibilidades de fuga, Napoleão decidiu  render-se e confiar o seu destino ao príncipe regente da Inglaterra.
No dia 15 de Julho de 1815, o imperador foi levado a bordo da corveta Bellerophon. Lá seria severamente recriminado pelo almirantado inglês, pois após o seu retorno da ilha de Elba, o Congresso de Viena havia-lhe retirado todos os seus títulos e  tinha-o classificado como sendo “perturbador da paz no mundo e inimigo do género humano”. Em 31 de Julho tomou conhecimento da sua deportação para a ilha de Santa Helena e em 7 de Agosto foi transferido a bordo do Northumberland que o conduziria ao seu lugar de exílio.
A longa viagem terminou  no dia 15 de Outubro de 1815. Napoleão, que se encontrava na proa do navio, exclamou: “Santa Helena, não será uma bela temporada”. A partir de 1818 e a pedido do ex-imperador, os ingleses autorizaram a vinda dos abades Buonavita e Vignali, bem como do médico Antommarchi.
A vigilância do prisioneiro foi confiada ao almirante Cockburn e ao governador Wilks, que seria substituído em 1816 pelo terrível Hudson Lowe. Três mil soldados formavam a tropa. Um círculo de 8 quilómetros de diâmetro foi traçado em torno de Longwood. Nas colinas ao redor, havia sentinelas. Em torno da ilha, 4 navios de guerra revezavam-se  a fim de impedir qualquer desembarque ou toda tentativa de fuga. Situada a 2 mil quilómetros da costa africana , Santa Helena tem 17 quilómetros de comprimento, 10 de largura e está perdida no  meio do Atlântico Sul.
A monotonia do tempo e do clima criava uma mediocridade de existência. Um ambiente de morosidade instalava-se  apesar dos esforços de Napoleão para diversificar as jornadas. Mudava os horários das refeições, dos passeios e do descanso.

À noite, havia muitas vezes um grande jantar, à moda das Tulherias. Acendiam-se todos os lustres do salão, os exilados vestiam as suas melhores roupas, alguns homens em trajes militares, as mulheres em vestidos decotados. A despeito dos esforços, da mesa farta, as noitadas eram tristes. Por vezes, Mme de Montholon  ao piano, cantava árias de Paesiello ou de Cimarosa.

Intimamente persuadido que iria terminar a sua vida nesta ilha, queria convencer os ingleses que não era somente o general Bonaparte, mas que ficaria para a posteridade como o Imperador Napoleão I.

Em Abril de 1816 a esperança renasceu: o almirante Cockburn seria substituído pelo general Hudson Lowe.  Napoleão pensou que se daria melhor com um artilheiro do que com um marinheiro. A esperança não passou de fogo de palha. Lowe era personagem para se tornar um carcereiro: meticuloso, vaidoso, rígido, detalhista. O ambiente entre os dois  deteriorou-se rapidamente. Faltando-lhe totalmente a psicologia, tornou impossível a vida de todos os residentes de Longwood.
As restrições impostas acabariam por fechar as portas de Longwood a todos os visitantes estrangeiros. Isto levou a uma lenta degradação física de Napoleão, que praticamente não saía da sua residência. Em 1820, a conselho do seu médico, fazia trabalhos de jardinagem e outros afazeres domésticos. Não obstante, a partir do Outono a sua saúde declinou e em Abril de 1821 era visível o deplorável estado de saúde em que se encontrava. Começava uma agonia que levaria 40 dias no meio de dolorosos sofrimentos.
Napoleão recusava-se a ser examinado pelos médicos ingleses e toda a responsabilidade recaiu sobre o doutor Antommarchi, que procurou o seu colega inglês Arnott para juntos prescreverem o tratamento e os cuidados. Foi receitado o calomelano - cloreto mercuroso usado como purgativo e anti-sifilítico – a fim de aumentar a secreção biliar.

A partir de Abril, o imperador não mais deixou o leito, de onde redigiu o seu breve testamento: “Hoje, 15 de Abril de 1821, em Longwood, ilha de Santa Helena. Eis meu testamento ou acto de última vontade: 1º - Morro na religião apostólica romana no meio da qual nasci há mais de 50 anos; 2º - Desejo que as minhas cinzas repousem às margens do Sena junto ao povo francês que eu tanto amei".

Em 5 de Maio, Lowe foi alertado pelo doutor Arnott que o fim estava próximo. Todos estavam ao pé do leito de morte, lembrando-se do grande homem e da sua imortal epopeia. Napoleão exalou  o seu derradeiro suspiro. Eram 17h51.

No dia seguinte, em presença de médicos ingleses, Antommarchi fez a autópsia: morreu de úlcera, provavelmente cancerosa, aos 51 anos. Os seus restos mortais seriam depositados numa laje funerária anónima até 1840, quando o rei Louis-Philippe obteve autorização do governo inglês para repatriar o seu corpo. É no Palácio dos Inválidos, em Paris, às margens do Sena, ao lado do seu povo, que repousa para sempre.
Fontes: Opera Mundi
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Napoleão em Santa Helena

Longwood House,  a residência de Napoleão em Santa Helena
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18 de Junho de 1815: Napoleão é derrotado em Waterloo

Batalha histórica, travada a 18 de junho de 1815, que pôs termo ao império napoleónico, após vinte e três anos deguerra entre a França e outros países europeus. O teatro da luta foi o lugar de Waterloo (atual Bélgica), onde osexércitos de Wellington (inglês) e de Blücher (prussiano) se agruparam contra as tropas francesas. 


Em 18 de junho de 1815 Napoleão Bonaparte perdeu a batalha de Waterloo contra a Inglaterra e a Prússia. Assim, as potências europeias encerraram o império de Napoleão I, obrigando-o a abdicar pela segunda vez e  deportando-o para Santa Helena.

As potências europeias já negociavam em Viena quando Napoleão I deixou o seu exílio na ilha de Elba, em 26 de fevereiro de 1815, para retornar à pátria, no sul de França. Em 20 de março, ele foi recebido com triunfo em Paris. Pouco tempo depois, a Inglaterra, Prússia, Áustria e Rússia decidiram recomeçar a guerra contra Napoleão. O imperador francês aproveitou o entusiasmo existente em França para organizar um novo exército e, em seguida, marchou com 125 mil homens e 25 mil cavalos para a Bélgica, a fim de impedir a coalizão dos exércitos inglês e prussiano.

Em 26 de junho de 1815, as tropas francesas alcançaram Charleroi.

Atrás da cidade, numa encruzilhada, o exército de Napoleão dividiu-se em duas colunas: uma marchou em direção a Bruxelas contra as tropas de Wellington, e outra, sob o comando do próprio Napoleão, em direção a Fleuru, contra o exército prussiano de Blücher. No cerco das linhas inimigas, Blücher aquartelou-se no moinho de vento de Brye, sem saber que, igualmente a partir de um moinho, Napoleão podia observar, com telescópio, o movimento das tropas inimigas. Às 15 horas do mesmo dia, os franceses começaram a atacar.

Prússia perde batalha de Ligny

O exército da Prússia dispunha de mais de 84 mil homens e 216 canhões, enquanto os franceses tinham 67.800 homens e 164 canhões. Mas os prussianos cometeram um erro grave. Eles confiaram na chegada do exército de Wellington, na parte da tarde, a fim de apoiá-los no combate contra os franceses. Por isso,   entrincheiraram-se no lugarejo de Ligny para aguardar a chegada dos ingleses. Os franceses atacaram o lugar com os seus canhões. A esperança que os prussianos depositaram em Wellington foi em vão. Os franceses ganharam a batalha. Na mesma noite, Blücher ordenou a retirada para o norte. Os prussianos foram vencidos, deixando 20 mil mortos para trás, mas ainda não haviam sido derrotados definitivamente.

Chuvas retardam batalha de Waterloo

Wellington e as suas tropas alcançaram o planalto de Mont Saint Jean, situado na estrada de Bruxelas para Charleroi, a 17 de junho de 1815.  Wellington aquartelou-se na cavalariça de Waterloo. As fortes chuvas, que haviam começado cair à tarde, transformaram rapidamente o solo num charco, dificultando o movimento e o posicionamento dos canhões. Os soldados procuraram refúgio da chuva torrencial.

Ao cair da tarde, os soldados franceses também alcançaram a fazenda Belle Alliance, na estrada de Bruxelas para Charleroi. Napoleão aquartelou-se na fazenda La Caillou e passou a observar como os ingleses se entrincheiravam no planalto. No dia seguinte (18 de junho de 1815), o imperador francês expôs o seu plano de batalha. Ele queria primeiro conquistar a posição ocupada pelos ingleses. Os canhões deveriam atacar o inimigo com fogo cerrado. Napoleão estava seguro da vitória e que derrotaria as tropas de Wellington antes da chegada dos prussianos.

Primeiras armas de destruição em massa

O ataque estava previsto para as nove da manhã, mas sofreu um atraso de duas horas e meia por causa do aguaceiro. Primeiro, os franceses tentaram conquistar o morgadio Hougoumont, mas os ingleses estavam bem posicionados e usaram uma arma nova poderosa contra as fileiras compactas das tropas atacantes. A arma eram as granadas, espécie de balas de chumbo dentro de um invólucro de aço, que podiam ser disparadas a longas distâncias. Os franceses tentaram várias vezes, em vão, tomar Hougoumont, até desistirem às 17 horas. Diante dos muros de Hougoumont ficaram mais de 3 mil mortos.

Enquanto isso, Napoleão dava a ordem de avançar sobre La Haie Sainte para poder atacar os ingleses entrincheirados no planalto. Neste momento, ele já sabia que os prussianos se aproximavam. E a partir daí, a saída para Waterloo era uma questão de tempo. A nova arma de destruição em massa causou baixas terríveis no ataque a La Haie Sainte, mas os franceses conseguiram conquistar a fazenda. O front de Wellington cambaleou. Os seus generais exigiram que ele enviasse as suas reservas, mas ele não as tinha mais.

O único consolo que Wellington poderia oferecer era a sua famosa frase:

"Eu gostaria que fosse madrugada ou que os prussianos chegassem."

Chegada das tropas prussianas

O comando avançado prussiano chegou, finalmente, ao campo de batalha depois das 19 horas. Para Napoleão, era evidente que tinha de tomar uma decisão e ordenou à sua combativa Guarda Imperial que atacasse. A nova arma de destruição em massa atingiu os franceses em cheio. Para piorar a situação das tropas napoleónicas, as prussianas chegaram pouco depois das 20 horas.

O exército francês ainda tentou fugir, mas a batalha de Waterloo estava decidida. Às 21 horas e 30 minutos, o prussiano Blücher abraçou o inglês Wellington na frente da fazenda Belle Alliance. E assim foi encerrado o capítulo de Napoleão na história europeia.
Fontes: www.dw-world.de
wikipedia (Imagem)

Ficheiro:Sadler, Battle of Waterloo.jpg

Batalha de Waterloo - William Sadler
Ficheiro:Andrieux - La bataille de Waterloo.jpg
A Batalha de Waterloo - Clément-Auguste Andrieux
Ficheiro:Dernier carre de la Garde - gen Hill.png
 O general Hill sugere a rendição do que restou da Guarda Imperial francesa -
Robert Alexander Hillingford
Ficheiro:Waterloo campaign map.png
Mapa táctico da Batalha de Waterloo
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/06/18-de-junho-de-1815-napoleao-e.html?spref=fb&fbclid=IwAR3gS27X_PbmWT-jc1nxa_UtMt1_JujwDMymnwvPIG-h1re5oz9wfPIdRsA
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  • 21 junho 2015








Direito de imagem BBC World Service
Image caption Waterloo é tida como uma das batalhas mais sangrentas da história

Waterloo, no que hoje é a Bélgica, 18 de junho de 1815. O imperador Napoleão Bonaparte escapou do exílio na ilha de Elba e está se preparando para lançar seu último desafio à Europa, que uma vez jurou dominar.
São 72 mil franceses e 68 mil aliados (britânicos, holandeses, belgas e alemães), além de 45 mil prussianos. 60 mil cavalos e 500 peças de artilharia.
Mas as tropas comandadas pelo Duque de Wellington deram o golpe final em Napoleão, encerrando 23 anos de luta entre a França e o resto da Europa.
As perdas foram muitas. Morreram 48 mil pessoas, 25 mil do lado francês. Derrotado de uma vez por todas, Napoleão abdicou ao trono ─ pela segunda vez ─ do qual havia se proclamado imperador.
Leia mais: Jornalista da BBC ainda procura corpo de mãe que morreu cobrindo Guerra do Vietnã
Como parte das comemorações do bicentenário, nesta semana, foi feita uma encenação da batalha com duração de cerca de 10 horas.
As reconstituições continuam neste domingo: como não havia jornalistas no local, o mensageiro do duque de Wellington levou três dias para chegar a Londres e informar que ele havia ganho a batalha, o que será encenado hoje.
A BBC Mundo ─ o serviço em espanhol da BBC ─ reuniu esta e outras curiosidades sobre a batalha.

1. As hemorroidas de Napoleão

Enquanto os soldados lutavam corpo a corpo, o general francês travava uma batalha mais íntima que, segundo alguns, seria em parte responsável por sua derrota final.










Direito de imagem BBC World Service
Image caption Hemorroidas podem ter atrapalhado Napoleão
Alguns "biohistoriadores", incluindo o escritor americano Arno Karlen, acreditam que Napoleão lidava naqueles dias com um grande caso de hemorroida, que tornou um inferno até a simples tarefa de montar em seu cavalo.A condição, alegam, o impediu de dormir na noite anterior. Exausto, não acertou as ordens na batalha e acabou perdendo tudo.
Mas não há consenso sobre o tema.

2. Uma conta antiga

Parece que o duque de Wellington não gostava da vida militar ─ chamava as tropas de "a escória da Terra" e o Exército de "mal necessário". Mas ele não saiu mal da batalha.
Leia mais: Com atraso de 530 anos, Inglaterra inicia funeral de rei 'malvado' Ricardo 3º
Além da crescente influência política que ganhou após a bem sucedida campanha de Waterloo, Wellington recebeu uma "boa soma de dinheiro", disse o historiador Paul O'Keffee, autor de "Waterloo: The Aftermath", livro publicado em 2014 .
Segundo O'Keffe, a sua parte do "bônus" pago pela França após a derrota equivale a cerca de US$ 5 milhões (R$ 15 milhões) em valores atuais.








Direito de imagem BBC World Service
Image caption Duque de Wellington recebeu quantia significativa após batalha
Um ex-senador belga criou polêmica quando disse, em 2001, que os descendentes de Wellington estavam cobrando uma quantia de cerca de US$ 200 mil (R$ 600 mil) todos os anos do governo belga em agradecimento aos serviços prestados pelo seu ancestral em Waterloo.No entanto, um advogado da família Wellington, citado pelo jornal britânico The Guardian, disse que o senador belga tinha chegado "a conclusões incorretas".

3. Não foi em Waterloo

A batalha de Waterloo não ocorreu em Waterloo.
A maior parte do combate se desenrolou poucos quilômetros ao sul, na localidade de Braine-l'Alleud et Plancenoit.
Waterloo, agora uma cidade multilíngue de pouco mais de 30 mil habitantes, foi onde Wellington elaborou seu relatório de batalha. E foi assim que o nome ficou para a posteridade.
Um erro com o qual a História, em geral, pode conviver, mas que é uma pedra no sapato dos historiadores de Braine-l'Alleud et Plancenoit.
"Napoleão nunca pôs os pés em Waterloo, isso é fato", disse o historiador belga Bernard Coppens ao jornal americano The Wall Street Journal no início deste ano.
"E, no entanto, (Waterloo) ficou com toda a glória", se queixou um colega, Eric Meuwissen.
A indignação dos especialistas e de algumas autoridades regionais virou coisa séria quando eles entraram com uma ação contra um guia de viagem que não incluiu o nome da cidade em uma edição especial sobre a batalha de Waterloo.








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Image caption Em Braine-l’Alleud et Plancenoit, dizem que Napoleão nunca pôs os pés em Waterloo
A próxima audiência do caso será em 2016.

4. Guarda-chuvas proibidos

Chovia na Bélgica quando as tropas de Wellington chegaram, em junho.
Mas os britânicos, naturalmente, haviam levado guarda-chuvas.
Mas não sabiam que usá-los era expressamente proibido: "Sem guarda-chuva aberto na presença do inimigo", diziam as instruções rigorosas dadas aos oficiais no campo.
Aparentemente, o duque de Wellington não aprovou seu uso no campo de batalha e não permitiu que seus comandantes "parecessem ridículos aos olhos do Exército" ao usar o acessório.

5. Ferraduras e dentaduras de Waterloo

Os dentes de soldados mortos em batalha e as ferraduras dos cavalos mortos estavam entre os objetos mais preciosos entre os que percorriam o campo sangrento de Braine-l'Alleud et Plancenoit à procura de objetos para saquear após os acontecimentos de 18 de junho de 1815.
Eram tempos de maus hábitos alimentares e de higiene bucal pior ainda, então um bom conjunto de dentes era negociado em alta no mercado da emergente profissão de dentista.
Hoje, elas são conhecidas como as "dentaduras de Waterloo". E até o próprio Wellington chegou a usá-las. Embora, em seu caso, os dentes usados saíram de outra batalha, da qual não se sabem detalhes.

6. A notícia do século, sem qualquer jornalista









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Image caption Não havia jornalistas na batalha original, mas eles estiveram na encenação dos 200 anos
Este dado devemos ao professor de história da Universidade de Kingston Brian Cathcart e a seu artigo publicado em maio passado no The Guardian: nenhum dos cerca de 50 jornais e semanários que existiam em Londres em 1815 enviou um repórter para cobrir os eventos de Waterloo."Não se considerava parte do trabalho do jornalista testemunhar os acontecimentos pessoalmente", diz o professor.
Apenas três dias após a batalha, o mensageiro de Wellington chegou a Londres com a notícia da vitória. Enquanto isso, todos os tipos de rumores foram ouvidos; todos os cenários eram considerados em ruas, teatros e bares, causando pânico coletivo ou alívio.
Mas, por sua vez, não faltaram turistas. De acordo com Paul O'Kefee, eles começaram a chegar na manhã seguinte à batalha, e chegaram a alimentar um comércio considerável de souvenires.
"Desde insígnias para chapéus até espadas e pistolas podiam ser comprados nas mãos de camponeses locais", diz o especialista.
E a tradição também é lembrada no século 21. De acordo com o site oficial do bicentenário da Batalha de Waterloo, que organiza a encenação do combate na Bélgica, um chapéu para crianças pode ser comprado por cerca de US$ 17 (R$ 51), enquanto uma medalha comemorativa custa cerca de US$ 12 (R$ 36).
Os broches de Wellington e Napoleão custam a mesma coisa: cerca de US$ 9 (R$ 27).
 https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/06/150621_hemorroida_napoleao_waterloo_lab
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 https://www.youtube.com/watch?v=LDB_NC3XYCw
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 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/06/18-de-junho-de-1815-napoleao-e.html
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09 de Junho de 1815: Termina o Congresso de Viena

Termina no dia 9 de Junho de 1815, o Congresso de Viena, cujo objectivo era a reordenação política da Europa após as guerras napoleónicas. 

No dia 18 de Setembro de 1814, chefes de Estado e de governo das grandes potências tinham-se se reunido pela primeira vez no palácio Hofburg, em Viena, para a Conferência de Paz. O Congresso de Viena foi a base de sérias decisões para a Europa. Napoleão havia sido derrotado, pondo fim à hegemonia da França no continente. Os territórios tinham de ser redistribuídos e as relações de poder, reequilibradas com base na restauração das monarquias. 

O organizador do evento, que se desenrolou entre 1814 e 1815, foi o ministro austríaco dos Negócios Estrangeiros Exterior, Clemens Wenzel, príncipe de Metternich. Durante o congresso os diplomatas entregaram-se a bailes e banquetes, concertos e caçadas. À parte, os negociadores de peso definiam em privado as questões centrais. 

Quatro homens tomaram as grandes decisões: Metternich; o Czar Alexander I;  Visconde Castlereagh, o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, e Charles de Talleyrand, o ministro dos Negócios Estrangeiros  francês. Castlereagh disse que não tinha ido a Viena para “coleccionar trofeus e sim para trazer o mundo de volta ao comportamento pacífico.” Para tanto o melhor caminho seria restaurar o equilíbrio de poder e evitar que as grandes potências se tornassem nem excessivamente fortes nem muito fracas. 

Talleyrand, por sua vez, havia sido bispo secular no Velho Regime, apoiara a Revolução em 1789, tornara-se um dos poucos bispos a respaldar a Constituição Civil do Clero e serviu como ministro dos Negócios Estrangeiros de Napoleão. Este diplomata camaleónico era adepto de explorar as diferenças que dividiam os parceiros. 

Para essas diferenças, Alexandre I contribuiu enormemente. Propôs uma parcial restauração da Polónia do século XVIII com ele próprio como monarca. A Áustria e a Prússia perderiam as suas terras naquele país. Alexandre queria o apoio da Prússia na anexação da Saxónia. Metternich e Castlereagh rejeitaram a proposta. 
 

Talleyrand juntou-se a Metternich e Castlereagh ameaçando a Prússia e a Rússia com a guerra se não moderassem as suas exigências. 

Resolvida a questão polaca, o Congresso pôde voltar-se para outras questões dinásticas e territoriais. Tronos e fronteiras deveriam ser restaurados como existiam em 1789. Na prática, a legitimidade foi ignorada uma vez que os diplomatas  deram conta que não poderiam desfazer todas as mudanças provocadas pela Revolução e Napoleão. 

Embora sancionassem o retorno dos tronos da França, Espanha e Nápoles, o mesmo não puderam fazer com a quantidade de Estados germânicos que desapareceram desde 1789. Os mais importantes membros da Confederação Alemã, Prússia e Áustria, províncias do reino dos Habsburgo, seriam considerados parte da Alemanha. 

 A Prússia, além de anexar parte da Saxónia, acrescentou o reino napoleónico da Vestefália aos seus dispersos territórios na Alemanha ocidental, criando a província do Reno. A Áustria perdeu a Bélgica que foi incorporada no reino da Holanda, porém Viena recuperou a costa oriental do mar Adriático e a antiga possessão dos Habsburgo da Lombardia. 

Confirmou-se a transferência da Finlândia, da Suécia para a Rússia, compensando-se Estocolmo com a transferência da Noruega, do domínio da Dinamarca para o seu reino. Finalmente, a Grã-Bretanha recebeu a estratégica ilha de Malta e as ilhas Jónicas no mar Adriático, além de Ceilão e do Cabo da Boa Esperança e alguns pequenos postos militares franceses. 

Sob o impacto da fuga de Napoleão do seu exílio na ilha de Elba, Castlereagh concebeu uma política para evitar eventual agressão francesa, fortalecendo os seus vizinhos. A norte os franceses deparariam com os belgas e holandeses unificados no reino dos Países Baixos; no nordeste, a província do Reno da Prússia; no leste a Suíça e o Piemonte. Ademais, a Quádrupla Aliança – Grã-Bretanha, Prússia, Áustria e Rússia –, formada em Novembro de 1815, concordou em usar a força, se necessário, para fazer cumprir os acordos de Viena. 
Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
 Congresso de Viena por Jean-Baptiste Isabey, (1819). Embora os representantes de todos os estados que tinham participado nas guerras tenham sido convidados, as principais negociações foram conduzidas pelo "Big Four" (Reino Unido,RússiaPrússia e Áustria) e, mais tarde, por monárquicos da França
Em 1815 as fronteiras da Europa foram refeitas

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14 de Junho de 1800: Trava-se a Batalha de Marengo

Na Batalha de Marengo (14 de junho de 1800) as forças da Primeira República Francesa de Napoleão Bonaparte forçaram o recuo dos Habsburgo austríacos comandados pelo general Michael von Mellas, que havia atacado de surpresa as cercanias da cidade de Alessandria, no Piemonte, Itália. A vitória napoleónica expulsou os austríacos do território que é hoje o norte da Itália e aumentou o prestígio bélico do general francês.


O exército francês dispunha de 15 mil homens contra 20 mil do seu oponente. Os austríacos tinham uma nítida vantagem em termos de armamento e de cavalaria. Os franceses disputaram cada centímetro de terreno, obrigando as desorganizadas tropas austríacas a retirar momentaneamente. Às 11 horas da manhã, Napoleão, que se encontrava a alguma distância do campo de batalha, convenceu-se que teria que enfrentar o exército austríaco. Pouco depois das 14 horas, a divisão Monnier entra em ação e expulsa o inimigo do castelo de Ceriolo. Os confrontos sucederam-se até à noite com vitórias e derrotas de ambas as partes, porém os franceses saem vitoriosos. No dia seguinte, Mellas assinou a Convenção de Alexandria, que entregava a Napoleão a Alta Itália até ao Míncio. Napoleão consolidava assim as posições francesas, e o seu feito faz-se sentir por toda a Europa pelos Tratados de Luneville (1801 - Áustria) e Amiens (1802 - Inglaterra).      
Batalha de Marengo. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagens)


Batalha de Marengo - Louis François Lejeune
Ficheiro:Lejeune - Bataille de Marengo.jpg
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22 de Julho de 1798: Napoleão Bonaparte conquista o Cairo

"Os infiéis que vieram para vos combater têm unhas do comprimento de um pé, bocas enormes e olhos assombradores. São selvagens possuídos pelo demónio e vão unidos por correntes para os campos de batalha." Com esta descrição, o general mameluco Ibrahim tentava usar meios psicológicos para preparar os seus soldados para a defesa do Cairo.
Os inimigos eram os franceses, que acabavam de chegar à margem ocidental do rio Nilo. Eram 40 mil soldados que, apenas 19 dias antes, tinham desembarcado em Alexandria e tomado a cidade portuária sem sofrer perdas dignas de menção.
Era um exército formidável, que partira da França para conquistar o Egipto. Vinha com 400 navios, entre eles 13 de combate, 42 fragatas e 130 de transporte, sob o comando de um general famoso: Napoleão Bonaparte.
O Directório - poder executivo na época em Paris - havia planeado a conquista da Inglaterra. Vendo que a marinha francesa não tinha qualquer hipótese de derrotar a esquadra inglesa, Napoleão Bonaparte rejeitou o plano. Em vez disso, executou um projecto que mantinha na gaveta há muito tempo: bloquear as rotas comerciais britânicas em direcção à Ásia, através da ocupação do Egipto e do Oriente Médio.
Em apenas dois meses e meio, Napoleão conseguiu recrutar uma força armada que, em vez de "exército inglês", foi chamado de "exército egípcio" e zarpou de Toulon.
Depois de ocupar Alexandria, Napoleão enviou um apelo aos egípcios. "Ó, xeques, imames e oficiais da cidade: digam à vossa nação que os franceses são amigos dos muçulmanos. Prova disso é que eles, em Roma, destruíram o Vaticano, que sempre conclamou os cristãos à luta contra o Islão.
Eles também expulsaram os cavaleiros de Malta, que diziam combater os muçulmanos em missão divina. Os franceses sempre foram amigos do sultão otomano e inimigos dos seus inimigos. Os mamelucos negavam-se a obedecer ao sultão e só o faziam para satisfazer sua ganância. Abençoados sejam os egípcios que concordam connosco."
Napoleão queria aparecer como o libertador do país, que pertencia ao Império Otomano, mas, na realidade, era dominado pelos mamelucos. Descendentes de escravos militares eslavos e caucasianos, os mamelucos enfrentavam divisões internas, mas dispunham de uma poderosa cavalaria.
Também o general francês tinha grande respeito pelos cavaleiros mamelucos, mas percebeu logo que eles ainda usavam estratégias medievais. Assim, deixava-os atacar primeiro, para dizimá-los à curta distância com os mosquetes da sua infantaria.
Quando os mamelucos finalmente bateram em retirada, deixaram para trás milhares de mortos e feridos. Como prémio pela vitória, os franceses, esgotados pela marcha para o Cairo, saquearam as suas vítimas. A França tivera um saldo de apenas 29 mortos e 260 feridos.
Em 22 de Julho de 1798, o Cairo capitulou. Dois dias depois, Napoleão entrou na cidade. Assim como acontecera em Alexandria, ele estava decepcionado. Mas, num primeiro momento, a invasão francesa revitalizou o interesse artístico e académico pelo Egipto. A ideia de devolver o país ao Império Turco-Otomano (com capital em Constantinopla) foi logo abandonada. Ao contrário: no seu avanço rumo à Palestina, os franceses logo entrariam em conflito com os turcos.
A suposta amizade franco-egípcia, proclamada por Napoleão, não durou muito. Os primeiros sinais de resistência da população do Cairo foram reprimidos sem piedade. Em Outubro, quando um confidente de Napoleão foi assassinado por uma multidão revoltada, o general ordenou a destruição da mesquita e universidade de Al Azhar (então com mais de 800 anos) – até hoje, um dos principais centros de pesquisas do islamismo.
Os franceses tiveram ainda outra surpresa desagradável: poucos dias depois da conquista do Cairo, o almirante inglês Horatio Nelson destruiu a frota napoleónica próximo de Alexandria, liquidando 1.700 franceses. E a marcha napoleónica para a Palestina terminou em Akko, novamente com pesadas perdas no lado francês.
Por essa altura, Napoleão já havia retornado à França para assumir o poder. O general Kléber sucedeu-lhe como comandante no Egipto, para onde as tropas francesas foram obrigadas a recuar, sob pressão dos turcos e dos ingleses. Kléber foi assassinado por um fanático muçulmano, num acto de vingança pela destruição de Al Azhar.
Napoleão havia prometido aos seus soldados que eles voltariam ricos do Egipto. De entre os soldados, mais de um terço foram mortos no Médio Oriente; os demais voltaram derrotados para casa. O sonho do general, de destruir o Império Turco-Otomano, também não se tornara realidade.
Fontes: DW
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Napoleão no Egipto - Jean-Léon Gérôme
Principais movimentos e batalhas na conquista do Egipto (1798) pelo exército francês

O General Jean-Baptiste Kléber substituiu Napoleão Bonaparte no comando do Exército do Oriente
Napoleão no Egipto - Jean-Léon Gérôme
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21 de Julho de 1798: Napoleão Bonaparte vence a Batalha das Pirâmides

No dia 21 de Julho de 1798, não distante das pirâmides de Gizé, o general Napoleão Bonaparte derrota os mamelucos - escravos que geralmente serviam os seus amos como criados domésticos e eventualmente eram usados como soldados pelos califas muçulmanos e pelo Império Otomano - na chamada Batalha das Pirâmides.

Habilmente explorada pela propaganda napoleónica, esta batalha iria dar brilho a um general vencedor, agregando-lhe um toque suplementar de exotismo e de epopeia oriental. Isto não impediu que a expedição do Egipto desembocasse num fiasco militar, o primeiro antes daquele de Santo Domingo, Espanha e Rússia. A Pedra de Roseta, posteriormente decifrada por Champollion, foi encontrada durante esta campanha. No entanto, em termos militares, a campanha foi um desastre. Houve desperdício de vidas, de dinheiro e de materiais. Não teve influência na balança do poder internacional.

Esta expedição foi decidida em 1797 pelo governo republicano do Directório após uma série de vitórias na Europa que permitiram à “Grande Nação” francesa atingir as suas “fronteiras naturais” sobre o Reno, mas não vencer a Inglaterra.

O general Napoleão Bonaparte, por força das suas vitórias na Itália, abrigava o sonho de uma expedição oriental que permitisse cortar à Inglaterra o caminho das Índias. O ministro das Relações Exteriores, Talleyrand, partilhava deste sonho. Como consequência, o Directório decide, no começo de 1798, invadir a Confederação Suíça, aliada secular da França, a fim de financiar a futura expedição do Oriente, contando com o tesouro de Berna.

Bonaparte, recentemente nomeado membro do Instituto da França, junta uma plêiade de jovens cientistas, engenheiros, artistas e humanistas. Entre eles o artista aventureiro Vivant Denon, que obtém aos 51 anos a oportunidade da sua vida, o matemático Gaspard Monge e o naturalista Geoffroy Saint-Hilaire.

A frota zarpa de Toulon no dia 19 de Maio com um total de 54 mil homens. Toma de passagem a ilha de Malta. Três séculos antes, a ilha havia sido confiada por Carlos V aos Cavaleiros da Ordem Hospitalária de São João de Jerusalém, denominada em seguida de Rhodes e depois de Malta.

Por fim, o corpo expedicionário desembarca em Alexandria no dia 2 de Julho, após ter escapado quase por milagre da perseguição da frota britânica comandada por Nelson. O Egipto, sob a autoridade nominal do sultão de Istambul, era então dominado por uma casta militar, os mamelucos. Apressado em concluir a expedição, Bonaparte dirige-se de Alexandria ao Cairo pelo caminho mais curto, através do deserto.

Chegou enfim o confronto decisivo com as tropas de Mourad Bey, ao lado das pirâmides. A batalha dura apenas duas horas. Com o seu senso de propaganda, o general inventa, a propósito desta jornada, o célebre discurso: “Soldados, pensem que do alto dessas pirâmides, quarenta séculos vos contemplam!” Era o ponto culminante da expedição ao Egipto.

O general Louis Desaix perseguiu os fugitivos até ao Alto Egipto, completando a submissão do país.

Prisioneiro das suas conquistas, Napoleão só queria de lá partir, o mais rápido possível. Isto ocorreria em 8 de Outubro de 1799, quando desembarca em Frejus, localizada na Costa Azul da França. O infeliz exército do Egipto rendeu-se aos ingleses em 31 de Agosto de 1801.

 Fontes: Opera Mundi
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Batalha das Pirâmides  - Antoine Jean Gros

Arquivo: Barão Antoine-Jean Gros-batalha Pirâmides 1810.jpg

Arquivo: Louis-François Baron Lejeune 001.jpg
A Batalha das Pirâmides - Louis-François, Barão Lejeune

Arquivo: Francois-Louis-Joseph Watteau 001.jpg
Batalha das Pirâmides - François-Louis-Joseph Watteau 
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/07/21-de-julho-de-1798-napoleao-bonaparte.html?spref=fb&fbclid=IwAR3y6DOrRLuRMy18_CkbxW5ZEdiwrnR4CVwNIR6e1Fe2VkrZ3gUuENOemx0
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