16/02/2012

5.499.(16fev2012.12.30') Vamos à luta pela nossa Saúde...eles querem encerrar valências!!!CH oeste...Comunicado da Câmara de Peniche (CDU)

ver 5.484.http://www.uniralcobaca.blogspot.com/2012/02/548415fev2012831-na-reuniao-de.html
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Caldenses reuniram e definiram uma Petição:


PETIÇÃO saída da reunião de ontem "Juntos pelo nosso Hospital" no CCC

Ex.ma Senhora Presidente da Assembleia da República

Para defesa dos direitos dos cidadãos, no âmbito dos cuidados de saúde, apresenta-se a seguinte petição colectiva, nos termos previsto na Constituição e na Lei nº 43/90, de 10 de Agosto, alterada pela Lei nº 6/93 de 1 de Março e pela Lei nº 15/2003 de 4 de Junho e pela Lei nº 45/07, de 24 de Agosto.

Pretende o Governo reestruturar as unidades hospitalares do Oeste (CHON e Centro Hospitalar de Torres Vedras), retirando ao Hospital Distrital das Caldas da Rainha especialidades médicas e cirúrgicas, integrando-o numa nova entidade, designada Centro Hospitalar do Oeste.

A população dos concelhos da actual área de influência do CHON não pode permitir que tal aconteça.

Não se concebe nem se compreende, sobre tudo o mais, a transferência de serviços clínicos, deslocados do Hospital das Caldas da Rainha para o Hospital de Torres Vedras, quando este se encontra situado na proximidade (a 15 minutos de distância), na área de influência do novo Hospital de Loures e, no futuro, do novo Hospital de Vila Franca de Xira.

Não é admissível desdenhar o longo histórico de uma unidade médica que é considerada de referência para todos os profissionais que ali trabalham e trabalharam.

Retirar às populações abrangidas pelo CHON (229 mil habitantes, de acordo com a portaria 83/2009 de 23 de Janeiro) cuidados de saúde que custaram muitos anos a consolidar e legitimar é algo que não pode ser aceite, especialmente porque contraria as reiteradas expectativas criadas por inúmeras e recorrentes promessas dos governantes ao longo dos anos.

Os subscritores peticionam colectivamente, atentos os indicadores de saúde e a racionalização lógica dos cuidados de saúde:

A manutenção de uma Urgência médica-cirúrgica nas Caldas da Rainha.

A manutenção das valências existentes no Hospital Distrital das Caldas da Rainha, nomeadamente as necessárias ao funcionamento da Urgência médico-cirúrgica.

A manutenção das Valências que se articulam com a actividade termal, mormente a reumatologia, a medicina física e de reabilitação e otorrinolaringologia.

A manutenção do conselho de Administração do Centro Hospitalar do Oeste, nas instalações das Caldas da Rainha.

Este é um imperativo de todos pela sustentabilidade do futuro da região, sob o ponto de vista socio-económico e em particular dos cuidados de saúde hospitalares. Temos de merecer o respeito dos nossos filhos.

Os subscritores da petição
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Via Correio da Manhã 16fev 2012 http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/oeste-ministerio-da-saude-poupa-275-milhoes-de-euros
Reestruturação dos serviços hospitalares

Oeste: Ministério da Saúde poupa 27,5 milhões de euros O Ministério da Saúde espera poupar 27,5 milhões de euros com a reestruturação de serviços nos hospitais das Caldas da Rainha e de Torres Vedras.

De acordo com uma proposta da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSVLT) divulgada esta quinta-feira pela Lusa, "estima-se uma redução de custos" de 27,5 milhões de euros.
A proposta, que está a ser discutida com as administrações hospitalares, tem como objectivo "dar sustentabilidade financeira" ao futuro centro hospitalar, depois de ambas as unidades terem chegado ao fim de 2011 com um défice 20,5 milhões de euros (11,5 milhões nas Caldas da Rainha e 9 milhões em Torres Vedras).
Por outro lado, os respectivos orçamentos para 2012 sofreram cortes significativos, tendo Caldas da Rainha passado a receber 35,6 milhões de euros em vez dos 56 milhões de 2011 e Torres Vedras 26,4 milhões de euros contra os 40,7 milhões.
A poupança deverá ser conseguida através da repartição de valências médicas entre os dois hospitais prevista e da sua fusão num único centro hospitalar gerido pela mesma administração.
Além disso, prevê-se um "melhor aproveitamento da capacidade instalada quer do bloco operatório, quer da consulta externa e dos meios complementares de diagnóstico".
As medidas, segundo a ARSLVT, vão contribuir para a "redução da contratação externa de recursos humanos, das horas extraordinárias e dos suplementos remuneratórios e das despesas com consumos clínicos e medicamentos".
A concentração de serviços e a optimização de recursos deverão reduzir a despesa em cerca de 12 milhões de euros.
Os "ganhos de escala" vão ser também obtidos por via da concentração de serviços hospitalares que até agora estavam multiplicados por várias unidades hospitalares da região e até deslocalizados nos hospitais de Peniche e de Alcobaça.
Peniche e Alcobaça deixam de ter internamento e deverão ser transformados em unidades de cuidados continuados, o que permitirá poupar 15 milhões d eeuros com o encerramento dos serviços hospitalares e 2,2 milhões com o fim do internamento nestas unidades.
As consultas de especialidade vão manter-se adstritas aos respectivos centros de saúde e, enquanto a urgência de Peniche deverá ficar em funcionamento, a de Alcobaça deverá encerrar, estando a tutela a equacionar entregar as instalações à Santa Casa da Misericórdia.
Apesar de manter a pneumologia, o ministério pretende também encerrar o Hospital José Maria Antunes Júnior, em Torres Vedras, ao reduzir as 15 camas de internamento e reduzir a despesa em  meio milhão de euros, sendo os doentes transferidos para o Hospital Pulido Valente, em Lisboa.
A região Oeste é servida pelo Centro Hospitalar Oeste Norte (Caldas da Rainha), que abrange os concelhos de Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos e Peniche, e pelo Centro Hospitalar de Torres Vedras que serve o Cadaval, Lourinhã, Torres Vedras e parte do concelho de Mafra.
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A Câmara de Peniche (CDU) não parou e está em luta com a Comissão de Acompanhamento...No site da câmara recolhi:
excerto
5 – Prontamente, o Município disponibilizou-se, e a reunião teve lugar esta manhã, sendo que, por parte do Município de Peniche participou a Comissão Municipal de Acompanhamento, composta pela Câmara Municipal, o Presidente da Assembleia Municipal e outros membros da Assembleia representando as diversas forças políticas que nela têm assento.
6 – Da reunião, destacamos, de forma sintética, o seguinte:
6.1 – A intervenção do Sr. Presidente da ARS-LVT foi centrada nas dificuldades financeiras por que passa o conjunto das unidades hospitalares que integram o CHON (Centro Hospitalar Oeste Norte) e o Hospital de Torres Vedras.
A ARS-LVT encontra-se a elaborar uma proposta de reestruturação do Sector da Saúde do Oeste para submeter ao senhor Ministro da Saúde.
A proposta, em elaboração, aponta para um modelo de gestão que integrará num único centro hospitalar (CH Oeste) as unidades referidas.
No caso do Hospital de Peniche, por ora integrado no CHON, o Presidente da ARS-LVT referiu as seguintes medidas a incluir na proposta:
  • Instalar uma Unidade de Cuidados Continuados Integrados
  • Requalificar o Centro de Saúde utilizando as instalações do Hospital
  • Manter sediada em Peniche a viatura SIV – Suporte Imediato de Vida
  • Manter a capacidade de resposta/atendimento das 8h às 24h, ficando por clarificar o enquadramento do SUB (Serviço de Urgência Básico) na rede nacional dos SUB’s.
6.2 – Os representantes do Município presentes na reunião, foramUNÂNIMES na defesa da manutenção do SUB, 24h/Dia.
Esta posição foi fundamentada nas ESPECIFICIDADES do nosso Concelho, nomeadamente, na importância das atividades relacionadas com o MAR, o TURISMO, a AGRICULTURA e aINDÚSTRIA, sendo que estes argumentos já foram reconhecidos aquando do acordo estabelecido com o Governo em janeiro de 2008.
O acordo estabelecido com o Governo em 2008, reforçou estes argumentos, dado que as razões que levaram à manutenção das urgências foram reforçadas.
6.3 – No final da reunião, o Presidente da ARS-LVT RECONHECEU a legitimidade das nossas preocupações e das especificidades apresentadas.
7 – Ficou prevista a realização de uma reunião com os Presidentes de Câmara do Oeste, dentro de 7 a 10 dias, para apresentação da proposta de reestruturação do Sector da Saúde do Oeste.
8 – A Comissão Municipal de Acompanhamento, reafirma a determinação de tudo fazer para que a Urgência (SUB) se mantenha 24h/dia, e que os serviços de saúde sejam globalmente melhorados, incluindo a estrutura de apoio a toxicodependentes e alcoólicos, através do CRI OESTE, pela Equipa de Tratamento de Peniche.
9 – Estamos conscientes das dificuldades que iremos defrontar neste processo. Mas, tal como aquando da intenção de encerramento de 2007/2008, a RAZÃO que nos assiste leva-nos a acreditar que a decisão nos será favorável.
Para isso, e mais do que nunca a UNIDADE de TODOS é determinante.
10 – Iremos continuar a manter a população informada sobre este assunto de tão grande relevância para a nossa Comunidade, reafirmando o nosso total empenhamento na preservação do NOSSO HOSPITAL.
Pela Comissão Municipal de Acompanhamento
O Presidente da Câmara Municipal de Peniche
António José Correia
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na Assembleia Municipal do Bombarral foi aprovado por unaimidade esta moção proposta pela CDU

COLIGAÇÃO DEMOCRÁTICA UNITÁRIA – PCP/ PEV


MOÇÃO

Muito se discutiu sobre o futuro Hospital Oeste Norte, defendendo alguns um Hospital Novo e outros que era suficiente o alargamento do atual Hospital das Caldas da Rainha. O anterior governo, primeiro deu razão a uns e no fim aos outros.
Entretanto, veio a crise, a “troika”, o novo governo e tudo mudou: já não há hospital, nem novo nem alargado e pouco a pouco o que existe vai perdendo valências.
A criação do CHON desmantelou dois hospitais importantes como o de Alcobaça e Peniche e suprimiu serviços de atendimento por toda a sua zona de ação, incluindo, como todos sabemos e sentimos, o Bombarral.
O serviço de urgência do Hospital de Caldas da Rainha está a rebentar pelas costuras, não há médicos suficientes, deixou de funcionar a valência de reumatologia e nestas últimas semanas é a maternidade que tem estado em causa, também por falta de recursos humanos. Agora, em vez de se solucionarem os problemas existentes, o CHON vai acabar e passa a CHO – Centro Hospitalar do Oeste, com centro de decisão em Torres Vedras, perdendo mais valências: cirurgia geral, dermatologia e ortopedia.
Isto é absolutamente inaceitável e altamente prejudicial para os interesses dos cidadãos que pela continuação da via da agregação cada vez tem menos serviços, mais distantes e com piores resultados.

Considerando que a saúde é um direito constitucional;

Considerando que a extinção de serviços enunciada vai eliminar setores operacionais tidos como imprescindíveis em todos os hospitais, nomeadamente cirurgia e ortopedia;

Considerando que o que vai restar em Caldas da Rainha será uma urgência básica e o resultado será que os utentes terão de se deslocar a Caldas da Rainha e daí para Torres Vedras, (ou seja, no caso do Bombarral fazem-se 18 quilómetros para norte e depois 56 para sul) tudo à custa do doente e da sua saúde, podendo esta ser outra forma de diminuir custos com a saúde, matando os utentes;
Considerando que esta medida acaba, por indisponibilidade económica, por retirar o acesso à saúde a um grupo cada vez mais elevado de bombarralenses;

Considerando que se o serviço prestado pelos Bombeiros Voluntários de Bombarral já se realiza com muitas dificuldades, com este acréscimo de trajetos e de tempo, passará a ser impossível ter meios para servir condignamente a população;

Considerando que estas alterações vêm, uma vez mais, prejudicar os utentes do Bombarral e de todo o Oeste-Norte pondo em causa o Serviço Nacional de Saúde;

Considerando que o Hospital de Torres Vedras é parceria público-privada com um défice de 30 milhões de euro, pelo que não dá garantias de bem gerir os restantes hospitais públicos;

Considerando que é incompreensível que numa área territorial tão alargada, que vai de Alcobaça a Torres Vedras, o centro nevrálgico seja colocado numa zona periférica fora do distrito de Leiria;
A Assembleia Municipal de Bombarral, reunida a 13 de fevereiro de 2012 delibera:

1.      Rejeitar a transformação da Urgência de Caldas da Rainha em Urgência Básica.
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2.      Rejeitar a perda de valências do Hospital Distrital de Caldas da Rainha, um hospital com história e um percurso de prestação de bons serviços à comunidade.

3.      Defender a continuação do CHON – Centro Hospitalar do Oeste Norte- nas Caldas da Rainha;

4.      Enviar cópias desta moção para o Ministério da Saúde, Presidente da República, Grupos Parlamentares da Assembleia da República, Câmaras e Assembleias Municipais da Associação de Municípios do Oeste, comunicação social local, regional e nacional.
Os eleitos da CDU