23/02/2012

5.508.(23fev2012.17.38') ARS promete que não fecha e...Trabalhadores do Hospital de Alcobaça naturalmente preocupados...O estudo do governo tem a concordância do ex-deputado municipal do PS...

via tinta fresca.net

Hospital de Santo André pode voltar a servir a população do concelho
    Administração Regional de Saúde garante
    que Hospital de Alcobaça não irá fechar
        

    Luís Cunha Ribeiro e Paulo Inácio
    O presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), Luís Cunha Ribeiro, afirmou, no dia 23 de fevereiro, à margem do lançamento da 1ª pedra do Centro de Saúde do Vimeiro, em Alcobaça, que “nunca foi intenção da ARS encerrar o hospital, mas “reorganizar os cuidados de saúde”. A ARS está a fazer um levantamento dos problemas da Região Oeste, estudo que deverá estar concluído dentro de duas a três semanas. 

       Segundo Luís Cunha Ribeiro “estamos a fazer um levantamento de todas as questões da ARSLVT, o Oeste faz parte desta região e por isso estamos a fazer um estudo desta mesma região”, com o intuito de fazer um processo de reestruturação dos serviços. “Estamos a meio do processo de reestruturação” em que “o objetivo primeiro é servir melhor as populações, e fazemos isso escutando os autarcas. Não é sentado numa secretária em Lisboa que se organiza uma região, temos que falar com as pessoas, conhecer as realidades. Quem melhor que os autarcas para junto a nós discutir essas realidades?”, referiu.

       O presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo assegurou que “nunca esteve no nosso objetivo o encerramento do Hospital de Alcobaça. Vamos reestruturar toda a região para melhorar e melhorar significa duas coisas: melhorar os cuidados de saúde e tornar as instituições financeiramente sustentáveis. Não podemos ter um hospital falido porque só assim é que podemos dar às pessoas os cuidados de saúde que elas merecem.”

       Questionado sobre a possibilidade do Hospital de Alcobaça passar a ser uma Unidade de Cuidados Continuados, Luís Cunha Ribeiro garantiu que essa hipótese não foi equacionada porque “isso não é reestruturar”, encontrando-se vários cenários em cima da mesa, sendo um dos mais prováveis a fusão do Centro Hospitalar de Torres Vedras com o CHON - Centro Hospitalar Oeste Norte. No entanto, a possibilidade de Alcobaça deixar o CHON e voltar a ser servida pelo Hospital de Leiria também se encontra em cima da mesa. A conclusão do estudo está prevista para daqui a duas ou três semanas.
    23-02-2012

    via região de cister de 23fev2012

    Falta de respostas preocupa funcionários do Hospital


    A reivindicação contra o possível encerramento do Hospital Bernardino Lopes de Oliveira, em Alcobaça, já se fez sentir nas ruas da cidade de Alcobaça. Ao contrário do que se podia esperar, a população ainda não se manifestou publicamente, apenas a colocação de faixas de protesto, pelos funcionários da unidade, dão a conhecer algum descontentamento.


    É no Facebook, na página ‘Manter Hospital em Alcobaça’, que se ‘ouvem’ algumas reações ao possível encerramento. Nuno Pereira, por exemplo, escreveu: "O nosso Hospital não pode fechar... Alguém que marque uma manifestação em frente à Câmara e façam um abaixo-assinado. Todos os verdadeiros alcobacenses devem aderir".
    Já Alice Moura Lourenço referiu: "Vamos fazer as manifestações necessárias para manter o Hospital em Alcobaça".
    O silêncio em torno do possível encerramento incómoda a enfermeira Isabel Granada, que na última reunião de Câmara, acompanhada por vários funcionários do Hospital, pediu ajuda ao presidente. "Estou triste. No passado, Alcobaça sempre foi historicamente uma terra muito ativa, sofrendo até consequências por causa disso". Isabel Granada recorda a vinda do asilo para o Mosteiro, como represália pelo fervor dos, então, republicanos.
    A indiferença das forças vivas, "pessoas que um dia assumiram cargas de grande atividade, preocupa-me".
    Paulo Inácio garantiu ao REGIÃO DE CISTER: "O presidente da Câmara não vai deixar fechar o Hospital e o Hospital não vai fechar". O presidente lamenta que haja "pessoas interessadas em criar factos e problemas políticos". Paulo Inácio avisa que nos próximos dias os autarcas vão reunir com o Ministério da Saúde.
    Na Assembleia Municipal de amanhã os eleitos pela CDU vão apresentar uma moção, com o objetivo de "rejeitar, entretanto, qualquer diminuição de respostas no Hospital de Alcobaça e no de Peniche", bem como "manter os grandes projetos necessários para a região: Hospital novo que sirva condignamente Alcobaça/Nazaré e o Hospital Oeste Norte. Rogério Raimundo, vereador da CDU, propõe uma reunião pública, no dia 1, para debater questões relacionadas com o Hospital.

    Luci Pais

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    GOVERNO QUER eSCALA... ECONOMICISMOS... POUPANÇA DE ADMINISTRADORES E DE MEIOS...CENTRALIZAÇÃO...POSSIBILIDADE DE GERIR OS QUADROS HUMANOS EM TERRITÓRIOS ENORMES...TRANSPORTAR DOENTES...

    ESQUECE QUE QUEM PAGA OS TRANSPORTES DOS DOENTES E DAS VISITAS SÃO AS PESSOAS QUE ESTÃO CADA VEZ MAIS IMPOSSIBILITADAS DE PAGAR ESSES SERVIÇOS, AS TAXAS EXPLORADORAS.

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    QUEM QUER VIVER NUMA TERRA SEM HOSPITAL? 
    QUEM QUER PASSAR FÉRIAS COM RESPOSTAS HOSPITALARES A 75KM?
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    JOSÉ sERRALHEIRO SEMPRE DEFENDEU O ENCERRAMENTO DO HOSPITAL DE aLCOBAÇA, CALDAS E DE pENICHE PARA SE CONSTRUIR O NOVO DO OESTE NORTE...

    1º DEFENDEU EM ALFEIZERÃO, DEPOIS ASSUMIU QUE TINHA DE SER NUM NÓ DA A8 NAS CALDAS...
    CONSEGUIU QUE A ASSEMBLEIA MUNICIPAL APROVASSE ESTA IDEIA DO NÓ...
    AGORA AVANÇA COM O ACORDO COM O cho...EM VEZ DE chon...

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    via cister.fm

    ANTIGO DEPUTADO MUNICIPAL DEFENDE FUSÃO DE HOSPITAIS NO OESTE


    José Marques Serralheiro, o homem que defendeu o projeto do Hospital Oeste Norte, concorda com a fusão entre as unidades de saúde de Caldas da Rainha e Torres Vedras, que passarão a designar-se por Centro Hospitalar Oeste. 
    «Para se ter acesso a serviços de saúde de qualidade, num país como Portugal, só mesmo através da fusão administrativa de hospitais, que desta forma ganham escala e capacidade de resposta», disse José Marques Serralheiro. 
    De acordo com o gestor hospitalar, este é o cenário no serviço da saúde em vários países da Europa, como França, «tratando-se de um modelo que se tem mostrado bastante positivo», adianta. 
    Por outro lado, «a atual falta de médicos, nomeadamente anestesistas e obstetras, que se faz sentir principalmente nos pequenos hospitais, não é possível de colmatar devido às atuais medidas de austeridade», assegura. 
    José Marques Serralheiro considera que o modelo que agora está a ser colocado em prática é o que defende desde há 10 anos, através do projeto do Hospital Oeste Norte, criticando, ainda, a postura de Caldas da Rainha, que corre o risco de perder em definitivo a maternidade, um serviço que defende para a cidade termal desde 2001.
    Para este gestor «a fusão com o hospital de Torres Vedras permite ao oeste passar a ter uma maternidade capaz de realizar mais de dois mil partos por ano, algo que vai ao encontro de uma diretiva que defende a existência de maternidades onde se efetuem no mínimo entre 1500 a 1600 partos por ano». 
    «Só dessa fora é que se pode rentabilizar as várias escalas de recursos humanos que uma maternidade necessita», afirma José Serralheiro. 
    Para o mentor do projeto do hospital oeste norte o acesso à saúde não se mede em quilómetros, mas sim em minutos e tendo em conta que a região é bem servida por vias rodoviárias, o problema da distância não se irá colocar.
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    ARS prometeu que não fecha mas no entanto:

    Saúde/Oeste: Ministério reparte especialidades entre os dois hospitais para racionalizar meios


    Torres Vedras, Portugal 16/02/2012 11:30 (LUSA)
    Temas: Saúde, Medicina, Hospitais, Governo (sistema)
       
    Torres Vedras, 16 fev (Lusa)- O Ministério da Saúde quer concentrar todos os partos e o atendimento pediátrico da região Oeste no Hospital das Caldas da Rainha e concentrar a cirurgia e a ortopedia em Torres Vedras, segundo uma proposta apresentada às administrações hospitalares.
    De acordo com a proposta da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSVLT), a que a agência Lusa teve acesso, a tutela pretende acabar com a duplicação de serviços de saúde entre os dois hospitais para "potenciar sinergias de forma a rentabilizar os recursos disponíveis através da concentração da oferta dos cuidados de saúde e assegurar a sua sustentabilidade financeira".
    Neste sentido, propôs concentrar em Torres Vedras a ortopedia e a cirurgia e em Caldas da Rainha a obstetrícia, com o respetivo bloco de partos, e a pediatria. Esta proposta deverá obrigar ao encerramento da maternidade de Torres Vedras.
    Segundo a proposta, datada de janeiro deste ano, que está a ser discutida com as administrações hospitalares, a ARSLVT prevê uma "maior concentração de serviços cirúrgicos na unidade hospitalar de Torres Vedras e a reorganização do número de camas de modo a que Caldas da Rainha possa enquadrar a resposta de internamento" que deixa de existir em Alcobaça e Peniche.
    A opção é justificada pelos atuais indicadores: enquanto as cirurgias subiram quatro por cento em Torres Vedras em 2011, desceram sete por cento em Caldas da Rainha. Os tempos de espera para uma cirurgia são menores em Torres (62 dias na cirurgia geral, 40 na ortopedia) do que em Caldas (133 dias na cirurgia geral, 153 dias na ortopedia).
    Após a abertura do novo hospital de Loures e dada a "proximidade a Lisboa", a maternidade e a urgência pediátrica de Torres Vedras deverão encerrar, sendo os serviços transferidos para Caldas da Rainha, uma vez que existem em média mais partos a norte – Caldas da Rainha (1400) do que a sul – Torres Vedras(1000).
    A redistribuição de serviços é também feita em função dos médicos existentes, uma vez que os quadros de pessoal estão mais reforçados a sul na cirurgia e na ortopedia e a norte na obstetrícia e na pediatria.
    A ARSLVT propôs ainda juntar os dois hospitais sob a gestão de uma única administração e transformar o futuro centro hospitalar em Entidade Pública Empresarial.
    A região Oeste de Lisboa é servida pelo Centro Hospitalar Oeste Norte (Caldas da Rainha), que abrange os concelhos de Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos e Peniche, e pelo Centro Hospitalar de Torres Vedras que serve Cadaval, Lourinhã, Torres Vedras e parte do concelho de Mafra.
    FYC
    Lusa/Fim


       
    Saúde/Oeste: Ministério quer transformar Torres Vedras em urgência básica


    Lisboa, Portugal 16/02/2012 15:41 (LUSA)
    Temas: Saúde, Organizações de saúde, Medicina, Hospitais
       
    Torres Vedras, 16 fev (Lusa)- O Ministério da Saúde pretende reduzir as duas urgências médico-cirúrgicas da região Oeste a apenas uma em Caldas da Rainha, restringindo a resposta no Centro Hospitalar de Torres Vedras, segundo uma proposta a que a Lusa teve hoje acesso.
    “Propõe-se que a unidade hospitalar de Caldas da Rainha tenha uma urgência médico-cirúrgica e a urgência da unidade hospitalar de Torres Vedras passe a serviço de urgência básica”, refere o documento da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) que está a ser negociado com as administrações dos dois centros hospitalares.
    Contudo, na proposta datada de janeiro deste ano, a ARSLVT esclarece que em Torres Vedras vai haver “reforço de especialistas de Medicina Interna e de Cirurgia Geral” nas 24 horas da urgência.
    Ao passar de médico-cirúrgia para básica, a urgência de Torres Vedras deixa de ter equipas compostas por médicos especialistas nas várias valências, tais como medicina interna, ortopedia, cirurgia geral ou pediatria, e passa apenas a ser constituída por dois médicos, entre outros profissionais.
    Por outro lado, passa a estar dotada com menos meios técnicos e deixa de dar resposta a grandes cirurgias e ao tratamento de patologias como enfartes do miocárdio ou Acidentes Vasculares Cerebrais.
    A Lusa contactou a ARSLVT no sentido de obter esclarecimentos sobre a proposta e ainda aguarda esclarecimentos.
    Contactado pela Lusa, o presidente da delegação regional da Ordem dos Médicos defendeu que se trata de “uma decisão sem sentido, que pode pôr em risco o atendimento às populações ao concentrar tudo em Caldas da Rainha, que já por si está atualmente sobredimensionada para as necessidades”.
    “É um risco uma população de 200 mil habitantes deixar de ter uma urgência. A situação não está a ser bem avaliada”, alertou Rui Marroni, da direção nacional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
    Tendo em conta que a região está na área de influência dos hospitais centrais em Lisboa, Pedro Coito disse que a medida vai implicar um “vaivém agravado de ambulâncias”.
    O responsável dá como exemplo um acidente ocorrido em Torres Vedras, cujas vítimas eram até agora reencaminhadas para este hospital e daí para Lisboa e passarão a ser reencaminhadas para Caldas da Rainha, mais a norte, para depois serem transportadas para Lisboa, de novo para sul, aumentando assim o tempo de deslocação das ambulâncias.
    Apesar de o Ministério da Saúde querer transformar a urgência médico-cirúrgica de Torres Vedras numa básica, é a sul que tenciona colocar a “maior concentração de serviços cirúrgicos”.
    Ainda que a Ordem dos Médicos não tenha sido chamada a pronunciar-se sobre a proposta, que ainda desconhece, Pedro Coito disse que concentrar a cirurgia em Torres Vedras onde deverá haver apenas uma urgência básica “é uma contradição”.
    A região Oeste é servida pelo Centro Hospitalar Oeste Norte (Caldas da Rainha), que abrange os concelhos de Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos e Peniche, e pelo Centro Hospitalar de Torres Vedras que serve o Cadaval, Lourinhã, Torres Vedras e parte do concelho de Mafra.
    FYC
    Lusa/Fim


       
    Saúde/Oeste: Ministério poupa 27,5 M€ com reestruturação de serviços hospitalares
      

    Torres Vedras, Portugal 16/02/2012 11:30 (LUSA)
    Temas: Saúde, Medicina, Hospitais, Governo (sistema)
       
    Torres Vedras, 16 fev (Lusa)- O Ministério da Saúde espera poupar 27,5 milhões de euros com a reestruturação de serviços nos hospitais das Caldas da Rainha e de Torres Vedras, segundo uma proposta a que a agência Lusa teve hoje acesso.
    De acordo com a proposta da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSVLT), "estima-se uma redução de custos" de 27,5 M€.
    A proposta, que está a ser discutida com as administrações hospitalares, tem como objetivo "dar sustentabilidade financeira" ao futuro centro hospitalar, depois de ambas as unidades terem chegado ao fim de 2011 com um défice 20,5M€ (11,5 M€ em Caldas da Rainha e 9M€ em Torres Vedras).
    Por outro lado, os respetivos orçamentos para 2012 sofreram cortes significativos, tendo Caldas da Rainha passado a receber 35,6M€ em vez dos 56M€ de 2011 e Torres Vedras 26,4M€ contra os 40,7M€.
    A poupança deverá ser conseguida através da repartição de valências médicas entre os dois hospitais prevista e da sua fusão num único centro hospitalar gerido pela mesma administração.
    Além disso, prevê-se um "melhor aproveitamento da capacidade instalada quer do bloco operatório, quer da consulta externa e dos meios complementares de diagnóstico".
    As medidas, segundo a ARSLVT, vão contribuir para a "redução da contratação externa de recursos humanos, das horas extraordinárias e dos suplementos remuneratórios e das despesas com consumos clínicos e medicamentos".
    A concentração de serviços e a otimização de recursos deverão reduzir a despesa em cerca de 12M€.
    Os "ganhos de escala" vão ser também obtidos por via da concentração de serviços hospitalares que até agora estavam multiplicados por várias unidades hospitalares da região e até deslocalizados nos hospitais de Peniche e de Alcobaça.
    Peniche e Alcobaça deixam de ter internamento e deverão ser transformados em unidades de cuidados continuados, o que permitirá poupar 15M€ com o encerramento dos serviços hospitalares e 2,2M€ com o fim do internamento nestas unidades.
    As consultas de especialidade vão manter-se adstritas aos respetivos centros de saúde e, enquanto a urgência de Peniche deverá ficar em funcionamento, a de Alcobaça deverá encerrar, estando a tutela a equacionar entregar as instalações à Santa Casa da Misericórdia.
    Apesar de manter a pneumologia, o ministério pretende também encerrar o Hospital José Maria Antunes Júnior, em Torres Vedras, ao reduzir as 15 camas de internamento e reduzir a despesa em 0,5M€, sendo os doentes transferidos para o Hospital Pulido Valente, em Lisboa.
    A região Oeste é servida pelo Centro Hospitalar Oeste Norte (Caldas da Rainha), que abrange os concelhos de Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos e Peniche, e pelo Centro Hospitalar de Torres Vedras que serve o Cadaval, Lourinhã, Torres Vedras e parte do concelho de Mafra.
    FYC
    Lusa/Fim

    Saúde/Oeste: Ministério da Saúde quer ceder património termal à câmara das Caldas da Rainha
      

    Caldas da Rainha, Portugal 16/02/2012 12:21 (LUSA)
    Temas: Monumentos, Saúde, Hospitais, Política, Autoridades locais
       
    Caldas da Rainha, 16 fev (Lusa) – O Ministério da Saúde quer ceder o Parque, a Mata e as igrejas que integram o património do hospital termal à Câmara das Caldas da Rainha, mas a autarquia só aceita mediante uma comparticipação do Estado.
    “O património do Hospital Termal (mata, jardim e igrejas) deverá ser cedido, mediante protocolo de cedência de utilização, à Câmara Municipal das Caldas da Rainha, assim como deve ser equacionada a concessão do Hospital Termal Rainha D. Leonor a uma Unidade de Gestão Hoteleira que rentabilize o equipamento e edifício”, defende a Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo na proposta de reorganização dos cuidados hospitalares da Região Oeste.
    O documento a que a Lusa teve acesso é ainda uma proposta que está a ser analisada pela Câmara das Caldas, mas, segundo o presidente, Fernando Costa, “a intenção é que a cedência fosse feita já a partir de março, porque o Ministério não tem dinheiro para suportar os custos do património termal a partir dessa data”.
    De acordo com o autarca, o património termal, que integra o Hospital Termal, a Mata Rainha D. Leonor, o Parque D. Carlos I e duas igrejas, “tem um custo anual de aproximadamente um milhão de euros” que a câmara “não vai aceitar se não for garantida uma comparticipação nos custos”, adiantou.
    Fernando Costa diz-se “disponível para assumir parte da responsabilidade” na gestão do património, mas exige que “seja garantida uma candidatura a fundos comunitários para recuperar algum património que está muito degradado”, nomeadamente os centenários Pavilhões do Parque, que se encontram em risco de ruir.
    A autarquia opõe-se ainda a que o Hospital Termal seja concessionado a privados, defendendo a sua “manutenção no Serviço Nacional de Saúde” ou, em último caso, “que se estabeleça um acordo de parceria entre o Ministério da Saúde, a câmara e o Montepio Rainha D. Leonor [Instituição Particular de Solidariedade Social que opera no ramo da saúde] para a gestão deste equipamento”, afirmou Fernando Costa.
    A possibilidade de concessão do património termal surge no âmbito da proposta de fusão do Centro Hospitalar Oeste Norte, que integra os hospitais distrital e termal das Caldas da Rainha e os hospitais de Peniche e Alcobaça com o Centro Hospitalar Oeste Sul formado pelo hospital distrital e José Maria Antunes, em Torres Vedras.
    A proposta foi enviada às administrações dos dois centros hospitalares para se manifestarem sobre as soluções apontadas e, segundo fontes hospitalares, “as conclusões finais deverão ser conhecidas durante a próxima semana”.
    A ARSLVT recusou para já à Lusa avançar com esclarecimentos sobre o documento, sustentando que “não existem ainda conclusões finais para o estudo da área do Oeste”.
    DYA
    Lusa/Fim


       

    Saúde/Oeste: Autarcas criticam reorganização hospitalar proposta pelo ministério

    Lisboa, Portugal 16/02/2012 16:55 (LUSA)
    Temas: Saúde, Hospitais, Política, Autoridades locais
       
    Caldas da Rainha, 16 fev (Lusa) - Os autarcas do Oeste criticaram hoje a proposta de reorganização dos cuidados hospitalares na região, que prevê a repartição de valências médicas entre os dois centros hospitalares e a redução dos meios na urgência de Torres Vedras.
    “É inexplicável que Torres Vedras passe a ser uma urgência básica, porque vai penalizar a população do Oeste”, disse o presidente da Câmara de Torres Vedras, Carlos Miguel (PS), que acusou o Governo de “estar a partidarizar a saúde” e a “proteger as urgências privadas” existentes na cidade.
    “O movimento das duas urgências é muito idêntico e está na ordem dos 500 atendimentos/dia, logo não há hipótese de fundir as duas urgências. É uma medida irracional”, acrescentou, sustentando que “a urgência médico-cirúrgica não pode estar a norte, quando é para Lisboa que os doentes são transferidos”.
    Para o presidente da Câmara das Caldas da Rainha, Fernando Costa (PSD) “a proposta não é satisfatória” porque, após a reorganização hospitalar, não prevê “reativar valências” nem em Caldas nem em Torres que chegaram a existir na região, como a oftalmologia, a reumatologia e a urologia.
    Para o social-democrata, o encerramento do internamento e da urgência básica em Alcobaça vai também criar problemas de sobrelotação nas Caldas.
    Uma medida que o presidente da câmara de Alcobaça, Paulo Inácio (PSD), disse não coincidir “com as garantias dadas [pela ARS]” e espera não ver confirmada pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, quando for concedida aos autarcas do oeste uma audiência para ser apresentada a proposta final.
    Convicto de que a manutenção da urgência no Hospital de Alcobaça “é uma realidade que não está em causa”, Paulo Inácio afirmou que a câmara “não aceitará alterações substanciais” ao seu funcionamento.
    Apesar de ter negociado ainda com o Governo do PS a transformação do hospital em Unidade de Cuidados Continuados, o presidente da Câmara de Peniche, António José Correia (CDU) afirmou em comunicado ter ficado por clarificar “o enquadramento do serviço de urgência básico”.
    O comunista mostrou-se determinado a “tudo fazer para que a urgência se mantenha aberta 24 horas por dia”.
    A fusão dos serviços hospitalares tem sido contestada por partidos políticos e movimentos cívicos da região, estando agendada para dia 24 a realização de uma cordão humano em volta do hospital das Caldas da Rainha.
    A Lusa aguarda esclarecimentos da ARSLVT.
    A região Oeste de Lisboa é servida pelo Centro Hospitalar Oeste Norte (Caldas da Rainha), que abrange os concelhos de Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos e Peniche, e pelo Centro Hospitalar de Torres Vedras que serve Cadaval, Lourinhã, Torres Vedras e parte do concelho de Mafra.
    DYA/FYC.
    Lusa/Fim