11/06/2012

5.785.(11junho2012.17.42') ABANDONEI A REUNIÃO ÀS 16.37' NÃO ESTIVE PARA OUVIR UM PROVOCADOR QUE NÃO SE APERCEBEU QUE NEM QUORUM TINHA PARA FALAR EM REUNIÃO DE CÂMARA!!!


ABANDONEI A REUNIÃO ÀS 16.37' 
NÃO ESTIVE PARA OUVIR UM PROVOCADOR QUE NÃO SE APERCEBEU QUE NEM QUORUM TINHA PARA FALAR EM REUNIÃO DE CÂMARA!!!


ver postagem 5.771.
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2012/06/57716junho201288-ordem-de-trabalhos.html

a reportagem do tintafresca.net


José Acácio Barbosa e Rogério Raimundo protestam contra intervenções do presidente
    Vereadores do PS e CDU abandonam reunião
    da Câmara de Alcobaça
           

    Rogério Raimundo, José Vinagre e Paulo Inácio
       Os vereadores José Acácio Barbosa e Rogério Raimundo abandonaram a reunião de Câmara de Alcobaça, no dia 11 de junho, em protesto com “a atitude provocatória” do presidente Paulo Inácio. A reunião iniciou-se com a presença de Paulo Inácio, Herminio Rodrigues, José Vinagre, José Acácio Barbosa, Jorge Agostinho e Rogério Raimundo, mas, a determinada altura, saiu Jorge Agostinho e José Vinagre ausentou-se por alguns minutos. Paulo Inácio respondia a Rogério Raimundo sobre a reorganização das freguesias, tendo comparado o vereador da CDU a Salazar, levando José Acácio Barbosa a sair da sala por breves instantes, determinando de imediato falta quórum. Perante a nova situação, Rogério Raimundo abandonou também a reunião, tendo os trabalhos sido interrompidos.

       A situação verificou-se na reunião de Câmara de 11 de junho, no dia em que Mónica Batista vereadora da Educação e Cultura esteve ausente por ter sido mãe recentemente. Após a saída dos vereadores José Acácio Barbosa (PS) e Rogério Raimundo (CDU), Paulo Inácio interrompeu a reunião e convocou os restantes vereadores para uma breve reunião, voltando depois ao Salão Nobre dos Paços do Concelho, para decretar o fim da reunião de Câmara por falta de quórum.

       Em declarações aos jornalistas, Paulo Inácio considerou “inacreditável o aproveitamento relativamente à ausência de um vereador por motivos de força maior (Mónica Batista) sabendo que causava um caso político a saída dos vereadores, provocando a falta de quórum”. O autarca afirmou que o que se passou foi “um combate de encaixe político, em que ninguém faltou aos patamares mínimos da educação”, acusando os vereadores da oposição de só terem capacidade de encaixe para criticar os outros e não para ouvir.

       O presidente da Câmara Municipal de Alcobaça sublinhou que os vereadores da oposição sabiam que esta tomada de posição resultaria no impedimento da continuação desta reunião, ressalvando que “os atos ficam com quem os pratica, mas isso nunca irá fazer com que o presidente de Câmara deixe de responder politicamente nos termos que bem entende. “

       Paulo Inácio afirmou que os vereadores da oposição “não sabem encaixar democraticamente as críticas que podem ser feitas quer de um lado quer de outro. Estou perfeitamente de consciência tranquila, acho que foi uma ação destituída de qualquer razão e politicamente inaceitável. O edil admitiu que ficou “surpreendido por serem os dois partidos a abandonar, mas os munícipes cá estarão para interpretar esta tomada de posição conjunta”.

        
       
    Paulo inácio, Hermínio Rodrigues, José Acácio Barbosa
    e Jorge Agostinho
       Por seu lado, Hermínio Rodrigues mostrou-se solidário com Paulo Inácio, neste ato que “é tudo menos político”, acrescentando que “o que se passou aqui foi tudo menos democracia. Foi o abandono por parte da oposição de uma reunião de Câmara, que é o ato mais simbólico desta casa. Fiquei sem perceber o porquê, não só da CDU mas também do PS, do abandono da reunião.”

       O vereador social-democrata José Vinagre também se mostrou solidário com o presidente da Câmara, referindo que “é lamentável para mim, num dia que deveria ser um dia de festa por Mónica Batista ter sido mãe, haver um aproveitamento da sua ausência, para provocar esta situação.”

       Em declarações ao Tinta Fresca, José Acácio Barbosa acusou Paulo Inácio “de desde o início da reunião denotar uma atitude despropositada e arrogante para com os intervenientes”, lembrando que já havia colocado uma questão a Paulo Inácio sobre a saída de um elemento dos quadros de direção do Cine-Teatro de Alcobaça à qual Paulo Inácio “respondeu que não tinha que dar justificações sobre as suas decisões internas”. O autarca do PS lembra que “o vereador da oposição tem o direito à informação”, pelo que “esta resposta desde logo me indignou.”

       No entanto, “a gota de água” para José Acácio Barbosa surgiu após a intervenção do vereador Rogério Raimundo quando o presidente fez uma comparação depreciativa da sua intervenção, comparando o autarca da CDU a Salazar”. José Acácio Barbosa lembrou que “já não é a primeira vez que isto acontecesse.”

       Em suma, José Acácio Barbosa afirmou ao Tinta Fresca que “as respostas aos munícipes de forma despropositada, a falta de resposta à minha questão e o tom provocatório à intervenção de Rogério raimundo levou a que usasse o meu direito de me indignar perante tal atitude e abandonasse a reunião de Câmara.”

       Por sua vez, Rogério Raimundo afirmou ao Tinta Fresca que abandonou a reunião de Câmara “por não haver quórum” e porque “não estava para aturar um provocador que nem se apercebeu que não tinha quórum para continuar a reunião.” O vereador da CDU lembrou que “já não é a primeira vez que Paulo Inácio diz que sou mais conservador do que Salazar”, considerando que “tenho poder de encaixe, não tenho é tempo a perder com provocações.” O vereador ressalvou quer não teve intenção de provocar falta de quórum e que só após a sua saída verificou que José Acácio Barbosa não iria voltar, deixando aos munícipes a interpretação de toda a situação.
     
       Mónica Alexandre