(.. .)A política patriótica e de esquerda é uma política de aumento da produção nacional que tem como prioridade a substituição de importações por produção nacional sem prejuízo do estímulo às exportações.
Produção nacional com uma política de desenvolvimento e promoção industrial que garanta a recuperação de indústrias básicas estratégicas (siderúrgica; metalurgia associada à valorização de metais básicos; metalomecânicas, eletromecânicas, elétricas e eletrónicas; química pesada; reparação e construção naval), o fortalecimento de indústrias de alta tecnologia (química fina, farmacêutica, aeronáutica e espacial, tecnologias da informação e comunicação e automação, novos materiais e biotecnologia).
Produção nacional com uma política de apoio à agricultura e às pescas, em particular no apoio aos pequenos produtores e na defesa das fileiras existentes.
Produção nacional com uma política de apoio à agricultura e às pescas, em particular no apoio aos pequenos produtores e na defesa das fileiras existentes.
Produção nacional com a reanimação e reforço do objeto estatutário da Empresa de Desenvolvimento Mineiro, com vista à retoma da prospeção, desenvolvimento, exploração e transformação de minérios.
Produção nacional com o reforço do investimento público virado para o crescimento económico, a valorização do mercado interno, a dotação dos meios necessários à Caixa Geral de Depósitos visando o financiamento direto da economia.
Produção nacional com o reforço do Sector Empresarial do Estado e o apoio às micro, pequenas e médias empresas com imposição de preços máximos dos fatores de produção (crédito, seguros, energia, telecomunicações, portagens, etc.) e a alteração das regras fiscais mais gravosas.
Produção nacional aproveitando a capacidade, experiência, conhecimento, e qualificação dos trabalhadores e do povo português, em particular dos mais de um milhão e meio de desempregados, das jovens gerações, numa estratégia de aproveitamento dos recursos nacionais visando o pleno emprego.
Uma política para produzir mais e dever menos, para criar mais riqueza e mais emprego.
Uma política para produzir mais e dever menos, para criar mais riqueza e mais emprego.
A política patriótica e de esquerda que propomos exige a recuperação pelo Estado do comando democrático da economia, do sector financeiro e de outros sectores básicos e estratégicos, pondo fim às privatizações, assegurando a efetiva subordinação do poder económico ao poder político e a adoção de uma política onde as empresas e instituições públicas – no plano dos seus investimentos, consumos, parcerias – privilegiem o aparelho produtivo nacional.
A política patriótica e de esquerda que o País precisa é uma política de valorização do trabalho e dos trabalhadores, dos salários – incluindo o salário mínimo-, reformas, pensões e de outros rendimentos e prestações sociais garantindo o aumento do poder de compra da população, indispensável por razões sociais e por razões económicas, a par do combate à precariedade e ao desemprego.
A política patriótica e de esquerda é a política da defesa e garantia das funções sociais do Estado, dos direitos sociais e de serviços públicos de qualidade, em particular na saúde, na educação, na proteção social, rejeitando o aumento da idade da reforma, pondo fim à destruição da administração pública e ao despedimento e retirada dos direitos aos seus trabalhadores.
A política patriótica e de esquerda que apresentamos é uma política de libertação do país das imposições supranacionais, contrárias ao interesse do seu desenvolvimento, a defesa da soberania política, económica e orçamental, designadamente nas relações com a União Europeia e no plano da União Económica e Monetária, afirmando o primado dos interesses nacionais, diversificando as relações económicas e financeiras.
Esta é a política indispensável, urgente e inadiável, cuja concretização passa pela demissão do Governo, a convocação de eleições legislativas antecipadas, abrindo o caminho a uma alternativa política patriótica e de esquerda vinculada aos valores de Abril.
Este caminho é possível.
O caminho da alternativa que está nas mãos dos trabalhadores e do povo, dessa força que ontem encheu as ruas e praças do nosso País e que crescerá neste Maio de resistência, luta e confiança, por um Portugal com futuro.
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http://www.youtube.com/watch?v=yjyLYAfDwqY&feature=youtu.be