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Hj 4 jan2014 há comício do PCP em Peniche
e teve Paulo Carvalho!!
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Via TVI
http://www.tvi24.iol.pt/politica/alvaro-cunhal-fuga-peniche-recriacao-40-anos-cadeia/1524684-4072.html
Um milhar de pessoas, entre elas o atual líder do PCP, Jerónimos de Sousa, assistiu esta sexta-feira à recriação da fuga do histórico comunista Álvaro Cunhal da cadeia política de Peniche há 54 anos.
A tenda instalada ao lado da Fortaleza de Peniche, com mais de trezentos lugares sentados, foi pequena para acolher o público, deixando muita gente em pé no interior e no exterior, a ver ao vivo ou através de televisores a encenação da fuga de Álvaro Cunhal da ex-prisão política, a 03 de janeiro de 1960.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, foi um dos presentes na iniciativa, que culmina a celebração dos 100 anos do nascimento do fundador do Partido Comunista Português (PCP).
«Esta recriação tem uma carga não apenas saudosista ou de memória, significou aquilo que Álvaro escreveu no título do livro "rumo à vitória". Nunca mais foi a mesma coisa, porque foi um golpe que abalou o fascismo, reforçou o partido e levou a abril», afirmou, no final, aos jornalistas o secretário-geral comunista.
Jerónimo de Sousa disse que recordar a fuga faz «olhar para a frente, procurando que os valores de abril retornem novamente a Portugal», incitando as «vítimas dos atuais cortes a lutar contra a brutalidade e a injustiça» das políticas do Governo e contra o «esquema que o Governo encontrou de contornar a Constituição da República».
O espetáculo repartiu-se entre uma dramatização do plano de fuga, ainda dentro da cadeia, e a encenação da descida das muralhas da antiga prisão pelos diversos panos amarrados entre si, de uma dezena de presos, entre os quais Álvaro Cunhal.
O espetáculo precedeu a inauguração, no interior da fortaleza, da exposição «Forte de Peniche - Local de Repressão, Resistência e Luta», que relata a história da prisão política, recordando as normas de funcionamento e vivências dos 2487 presos que por ali passaram e as várias fugas que ocorreram.
A mostra dá a conhecer documentação institucional da prisão, fotografias dos presos e outros materiais executados pelos reclusos, como cartas escritas aos familiares, jornais produzidos na clandestinidade.
Constam ainda objetos pessoais, como o relógio do falecido ator Rogério Paulo, que auxiliou Álvaro Cunhal na fuga, dois volumes de «As Farpas», de Ramalho Ortigão, usados para passar mensagens para o interior da prisão.
A exposição dá também a conhecer a onda de solidariedade internacional gerada em torno dos presos e que a nível local se traduzia no apoio dado pela comunidade às famílias dos presos, nomeadamente disponibilizando as habitações para aí ficarem alojadas.
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via rr
"Golpe que abalou o fascismo" foi recriado em Peniche
Fuga de Álvaro Cunhal da cadeia aconteceu há 54 anos e foi agora recordada por ocasião do centenário do líder histórico do PCP.
03-01-2014 23:56
Um milhar de pessoas, entre elas o actual líder do PCP, Jerónimo de Sousa, assistiu esta sexta-feira à recriação da fuga do histórico comunista Álvaro Cunhal da cadeia política de Peniche há 54 anos.
A tenda instalada ao lado da Fortaleza de Peniche, com mais de 300 lugares sentados, foi pequena para acolher o público, deixando muita gente em pé no interior e no exterior, a ver ao vivo ou através de televisores a encenação da fuga de Álvaro Cunhal da ex-prisão política, a 3 de Janeiro de 1960.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, foi um dos presentes na iniciativa, que culmina a celebração dos 100 anos do nascimento do fundador do Partido Comunista Português.
"Esta recriação tem uma carga não apenas saudosista ou de memória, significou aquilo que Álvaro escreveu no título do livro ‘rumo à vitória’. Nunca mais foi a mesma coisa, porque foi um golpe que abalou o fascismo, reforçou o partido e levou a Abril", afirmou, no final, aos jornalistas o secretário-geral comunista.
Jerónimo de Sousa disse que recordar a fuga faz "olhar para a frente, procurando que os valores de Abril retornem novamente a Portugal", incitando as "vítimas dos actuais cortes a lutar contra a brutalidade e a injustiça" das políticas do Governo e contra o "esquema que o Governo encontrou de contornar a Constituição da República".
O espectáculo repartiu-se entre uma dramatização do plano de fuga, ainda dentro da cadeia, e a encenação da descida das muralhas da antiga prisão pelos diversos panos amarrados entre si, de uma dezena de presos, entre os quais Álvaro Cunhal.
O espectáculo precedeu a inauguração, no interior da fortaleza, da exposição "Forte de Peniche - Local de Repressão, Resistência e Luta", que relata a história da prisão política, recordando as normas de funcionamento e vivências dos 2487 presos que por ali passaram e as várias fugas que ocorreram.
A mostra dá a conhecer documentação institucional da prisão, fotografias dos presos e outros materiais executados pelos reclusos, como cartas escritas aos familiares, jornais produzidos na clandestinidade.
Constam ainda objectos pessoais, como o relógio do falecido actor Rogério Paulo, que auxiliou Álvaro Cunhal na fuga, dois volumes de "As Farpas", de Ramalho Ortigão, usados para passar mensagens para o interior da prisão.
A exposição dá também a conhecer a onda de solidariedade internacional gerada em torno dos presos e que a nível local se traduzia no apoio dado pela comunidade às famílias dos presos, nomeadamente disponibilizando as habitações para aí ficarem alojadas.
Fuga de Álvaro Cunhal da cadeia aconteceu há 54 anos e foi agora recordada por ocasião do centenário do líder histórico do PCP.
03-01-2014 23:56
Um milhar de pessoas, entre elas o actual líder do PCP, Jerónimo de Sousa, assistiu esta sexta-feira à recriação da fuga do histórico comunista Álvaro Cunhal da cadeia política de Peniche há 54 anos.
A tenda instalada ao lado da Fortaleza de Peniche, com mais de 300 lugares sentados, foi pequena para acolher o público, deixando muita gente em pé no interior e no exterior, a ver ao vivo ou através de televisores a encenação da fuga de Álvaro Cunhal da ex-prisão política, a 3 de Janeiro de 1960.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, foi um dos presentes na iniciativa, que culmina a celebração dos 100 anos do nascimento do fundador do Partido Comunista Português.
"Esta recriação tem uma carga não apenas saudosista ou de memória, significou aquilo que Álvaro escreveu no título do livro ‘rumo à vitória’. Nunca mais foi a mesma coisa, porque foi um golpe que abalou o fascismo, reforçou o partido e levou a Abril", afirmou, no final, aos jornalistas o secretário-geral comunista.
Jerónimo de Sousa disse que recordar a fuga faz "olhar para a frente, procurando que os valores de Abril retornem novamente a Portugal", incitando as "vítimas dos actuais cortes a lutar contra a brutalidade e a injustiça" das políticas do Governo e contra o "esquema que o Governo encontrou de contornar a Constituição da República".
O espectáculo repartiu-se entre uma dramatização do plano de fuga, ainda dentro da cadeia, e a encenação da descida das muralhas da antiga prisão pelos diversos panos amarrados entre si, de uma dezena de presos, entre os quais Álvaro Cunhal.
O espectáculo precedeu a inauguração, no interior da fortaleza, da exposição "Forte de Peniche - Local de Repressão, Resistência e Luta", que relata a história da prisão política, recordando as normas de funcionamento e vivências dos 2487 presos que por ali passaram e as várias fugas que ocorreram.
A mostra dá a conhecer documentação institucional da prisão, fotografias dos presos e outros materiais executados pelos reclusos, como cartas escritas aos familiares, jornais produzidos na clandestinidade.
Constam ainda objectos pessoais, como o relógio do falecido actor Rogério Paulo, que auxiliou Álvaro Cunhal na fuga, dois volumes de "As Farpas", de Ramalho Ortigão, usados para passar mensagens para o interior da prisão.
A exposição dá também a conhecer a onda de solidariedade internacional gerada em torno dos presos e que a nível local se traduzia no apoio dado pela comunidade às famílias dos presos, nomeadamente disponibilizando as habitações para aí ficarem alojadas.
A tenda instalada ao lado da Fortaleza de Peniche, com mais de 300 lugares sentados, foi pequena para acolher o público, deixando muita gente em pé no interior e no exterior, a ver ao vivo ou através de televisores a encenação da fuga de Álvaro Cunhal da ex-prisão política, a 3 de Janeiro de 1960.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, foi um dos presentes na iniciativa, que culmina a celebração dos 100 anos do nascimento do fundador do Partido Comunista Português.
"Esta recriação tem uma carga não apenas saudosista ou de memória, significou aquilo que Álvaro escreveu no título do livro ‘rumo à vitória’. Nunca mais foi a mesma coisa, porque foi um golpe que abalou o fascismo, reforçou o partido e levou a Abril", afirmou, no final, aos jornalistas o secretário-geral comunista.
Jerónimo de Sousa disse que recordar a fuga faz "olhar para a frente, procurando que os valores de Abril retornem novamente a Portugal", incitando as "vítimas dos actuais cortes a lutar contra a brutalidade e a injustiça" das políticas do Governo e contra o "esquema que o Governo encontrou de contornar a Constituição da República".
O espectáculo repartiu-se entre uma dramatização do plano de fuga, ainda dentro da cadeia, e a encenação da descida das muralhas da antiga prisão pelos diversos panos amarrados entre si, de uma dezena de presos, entre os quais Álvaro Cunhal.
O espectáculo precedeu a inauguração, no interior da fortaleza, da exposição "Forte de Peniche - Local de Repressão, Resistência e Luta", que relata a história da prisão política, recordando as normas de funcionamento e vivências dos 2487 presos que por ali passaram e as várias fugas que ocorreram.
A mostra dá a conhecer documentação institucional da prisão, fotografias dos presos e outros materiais executados pelos reclusos, como cartas escritas aos familiares, jornais produzidos na clandestinidade.
Constam ainda objectos pessoais, como o relógio do falecido actor Rogério Paulo, que auxiliou Álvaro Cunhal na fuga, dois volumes de "As Farpas", de Ramalho Ortigão, usados para passar mensagens para o interior da prisão.
A exposição dá também a conhecer a onda de solidariedade internacional gerada em torno dos presos e que a nível local se traduzia no apoio dado pela comunidade às famílias dos presos, nomeadamente disponibilizando as habitações para aí ficarem alojadas.
Via RTP
http://videos.sapo.pt/SKeEZZmt7YFGz4VOShuv
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Via facebook
Tó-Zé Correia
Na recriação histórica da Fuga de Presos Políticos ocorrida a 3 de janeiro de 1960, a actriz MARIA JOÃO LUIS interpretando magistralmente o brilhante poema "HOJE HÁ GAIVOTAS" de João Monge
Excerto:
"Em todas as casas há um coração suspenso
e uma janela sobre o mar
As crianças recolheram a casa
e o mar, sempre o mar, estende as longas crinas
de cavalo azul nas paredes de pedra
É noite
É a espada líquida da noite
..."
Forte de Peniche
A evasão que fragilizou Salazar e devolveu a liderança ao PCP
por JOÃO CÉU E SILVAHoje
Era dada como impossível uma fuga que, afinal, libertou dez comunistas.
A fuga de dez presos políticos do Forte de Peniche em 1960, a prisão mais vigiada de Portugal, dava um bom argumento para um filme de Hollywood. Se fosse Steven Spielber o realizador, o argumento privilegiaria a arriscada aventura do grupo de dez fugitivos, mas se Clint Eastwood dirigisse o filme, o foco seria em Álvaro Cunhal.
Realizadores à parte, com visões colectivas ou de heróis, o que aconteceu nessa noite de há cinco décadas exactas é um filme cujo argumento ainda não terminou de ser escrito, porque os participantes que estão vivos vão atrasando com novas revelações a versão final. Não será por essa razão que esta escapada à Steve McQueen, de uma prisão também virada para o mar, passou despercebida à época e ainda hoje, com a evocação em Peniche pelo secretário- -geral do PCP, desperta curiosidade, por ser daquelas cenas impossíveis de acontecer, inverosímeis mesmo num filme de acção.
Aliás, se fosse preciso fazer uma sequela destas aventuras de comunistas a fugir à PIDE, não faltariam episódios igualmente inspiradores. Como o de Dias Lourenço, que saiu da solitária da mesma fortaleza num acto de magia, ou de António Gervásio a deixar a prisão de Caxias ao volante do automóvel de Salazar, aí estacionado.
Em Peniche, o argumento foi fácil de conceber porque havia um final já decidido como sendo o melhor: uma fuga que libertasse dez dos mais importantes dirigentes comunistas. Antes de aparecer a palavra "fim" neste filme, ainda se veriam imagens de duas consequências desta fuga: a ida para a luta clandestina dos dez fugitivos e o rolar de cabeças dos responsáveis por esta acção ter sido bem sucedida.
Em 1960, a última coisa que Salazar precisava para animar a eterna contestação do Partido Comunista Português ao, também, eterno regime ditatorial do Estado Novo era esta fuga. A prisão, na casa do Luso, de Álvaro Cunhal, Militão Ribeiro e Sofia Ferreira em 1949 fora uma glória para a actividade da polícia política, que reforçara os seus poderes e actuação a qualquer preço. A fuga, por seu lado, era uma glória para a máquina partidária que sobrevivia na clandestinidade mesmo com constantes quedas de militantes.
O dia 3 de Janeiro de 1960 não era o marcado para a evasão do forte de Peniche, mas uma mudança de guardas obrigou a antecipar em uma semana a "operação". Pelas 16.00, no largo frente à prisão, o actor Rogério Paulo deu o sinal de início: abrir e fechar o porta-bagagens do carro de modo a que os presos das celas do lado norte o vissem. A seguir ao jantar, pela 19.00, os guardas apitaram a dar ordem para os presos voltarem às celas. Começa aqui o primeiro ponto crítico, quando Álvaro Cunhal regressa ao Pavilhão C sob a escolta de um guarda prisional. O fugitivo Guilherme Carvalho aproxima-se e adormece com uma toalha embebida em clorofórmio o guarda, que desmaia. Os dez detidos que vão fugir dirigem--se, então, para a porta do refeitório que dá para o exterior do forte. É o segundo momento crítico, para o qual contam com a conivência de um dos guardas, Jorge Alves, a quem o PCP pagou uma avultada soma (150 contos) para utilizar a sua posição de vigilância e o seu capote para fazer atravessar os detidos até ao muro que os separa da liberdade. O terceiro momento crítico dá-se quando o GNR se apercebe que em vez de cinco ou seis presos tem dez e foge ele mesmo pelos lençóis que permitiam aos detidos escorregar parede abaixo. Mesmo assim, conseguem realizar a fuga espectacular que abalou o regime e marcou a agenda da contestação.
4jan2014
Amália Rodrigues também cantou
http://www.youtube.com/watch?v=0-_7BqY7e-8&feature=share
Abandono
Amália Rodrigues
Por teu livre pensamento
Foram-te longe encerrar
Tão longe que o meu lamento
Não te consegue alcançar
E apenas ouves o vento
E apenas ouves o mar
Levaram-te a meio da noite
A treva tudo cobria
Foi de noite numa noite
De todas a mais sombria
Foi de noite, foi de noite
E nunca mais se fez dia.
Ai! Dessa noite o veneno
Persiste em me envenenar
Oiço apenas o silêncio
Que ficou em teu lugar
E ao menos ouves o vento
E ao menos ouves o mar.
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Camarada Guilherme Antunes saudou: