10/02/2014

7.500.(10fev2014.7.37') PCP disposto a assumir responsabilidades...Tem alternativa

http://www.pcp.pt/estamos-prontos-assumir-todas-responsabilidades-que-o-povo-nos-queira-confiar
**
(...)


Como é que o país pode sair do sufoco em que se encontra se paga por ano sete mil milhões de euros de juros, que corresponde grosso modo ao Orçamento do Ministério da Educação!
Não há saída da crise sem que a questão dos juros, prazos e quantitativos se resolva. Os colonizadores e agiotas da Europa tudo fazem para prolongar a espoliação do país e encontraram um governo subserviente, pau mandado, uma espécie de comité de capatazes dos ditos mercados – dos grandes bancos, companhias de seguros e fundos especulativos.
Como é que o país sai do atoleiro em que se encontra sem aumentar a produção e o seu valor acrescentado, sem reindustrialização e dinamização do mercado interno?
Como é que o país sai do atoleiro se entrega, com as privatizações, empresas fundamentais ao estrangeiro que repatriam cada vez mais lucros e dividendos?
Como é que o país sai do atoleiro com a competitividade a ser continuamente esmagada pela política do Euro forte?
Como é que se sai do atoleiro com o sistemático corte de crédito às pequenas e médias empresas? Este é outro crime que conta com a absolvição dos partidos da banca – PSD, CDS e PS.
Como é que o país sai do atoleiro com uma política de concentração de riqueza, de desendividamento da banca e dos banqueiros que puseram a salvo os milhões dos negócios de agiotagem e agora querem o povo a pagar os prejuízos das suas actividades especulativas?
Nós acusamos este governo, e responsabilizamos o Presidente da República, e todas as instituições que com eles colaboram, por serem autores deste crime social, económico e financeiro que se está a praticar.
Um governo que muda as regras do jogo no meio da partida, um governo que legisla retroactivamente contra todos os princípios do direito, com a anuência do Presidente da República!
Sem uma política totalmente contrária a estas direcções não há saída do atoleiro mas sim a continuação da estagnação por longos e longos anos.
O país precisa de outra política, de uma política alternativa à política de direita!
Uma política alternativa que promova a valorização efectiva dos salários e pensões e uma melhor e mais justa distribuição da riqueza criada;
Uma política orçamental de combate ao despesismo e à despesa sumptuária e que esteja baseada numa componente fiscal de aumento da tributação dos dividendos e lucros do grande capital e de alívio dos trabalhadores, dos reformados, pensionistas e das micro, pequenas e médias empresas;
uma política de defesa e recuperação dos serviços públicos, em particular no que concerne às funções sociais do Estado;
Uma política capaz de afirmar a soberania do país e a afirmação do primado dos interesses nacionais.
O país não pode adiar por mais tempo uma mudança de rumo, uma verdadeira mudança alternativa e não as falsas e perversas soluções dos partidos do rotativismo nacional. Desses partidos com políticas siamesas. Os partidos do bipartidarismo de bengala que nos governa há quase 40 anos!
As soluções para os problemas que o país enfrenta só podem ser encontradas com um novo governo patriótico e de esquerda.
Um governo capaz de concretizar a nova política de que o país precisa, uma política que tenha como referência os valores de Abril e o respeito pela Constituição da República.
Uma verdadeira alternativa que tem o PCP como uma força indispensável na sua construção.
Deste Partido Comunista Português que é a grande e fidedigna força de Oposição à política de direita.
Deste Partido que é preciso tornar ainda mais forte no plano orgânico, no plano político e social. Mais forte para defender os interesses dos trabalhadores e do povo. Mais forte para assegurar os interesses do país e a soberania nacional.
Um partido mais forte em todas as frentes, incluindo no plano eleitoral e desde já na batalha que aí está para o Parlamento Europeu de 25 de Maio. Eleições em que o PCP concorre no âmbito da CDU.
Uma batalha eleitoral importante no combate que travamos no quadro de uma União Europeia marcada pelo aprofundamento do pilares neoliberal, federalista e militarista, cuja orientação tem importantes consequências na actual situação do nosso país.
Uma batalha eleitoral que terá de se traduzir numa importante campanha de esclarecimento a partir da situação do país e dos problemas nacionais, da denúncia da conivência das forças da política de direita nacional e do actual governo e da sua identificação com as orientações, objectivos e natureza do processo de integração capitalista europeu. Uma campanha de denúncia dos que, como o PS, se identificam com as concepções federalistas dominantes na União Europeia e os seus principais instrumentos de dominação que são responsáveis pelo rumo de desastre no país e na Europa. Uma Campanha que afirme o voto na CDU como a mais decisiva opção para assegurar o direito a um desenvolvimento soberano de Portugal e um outro rumo para a Europa. Uma campanha que identifique o voto na CDU como a mais segura contribuição para a inadiável derrota do governo e para dar força à construção da alternativa.
Somos um Partido que, como nenhum outro, desempenha um papel fundamental na dinamização da luta de massas, em estreita ligação à classe operária, aos trabalhadores e ao nosso povo pela solução dos seus problemas.
Um Partido que está pronto a assumir todas as responsabilidades que o povo lhe queira confiar, porque este é um Partido que não vira a cara à luta em nenhuma circunstância!
Um Partido com um ideal e um projecto capaz de construir um Portugal com Futuro, tendo como referência os valores de Abril!
Um Partido que mostra, com a sua história e o seu projecto, ser a grande força portadora da esperança e da confiança num Portugal com futuro! A grande força que esteve, está e estará sempre, do lado certo: do lado dos trabalhadores, do povo e de Portugal.