Valorsul/EGF
Autarquias tomam posição conjunta contra privatização
A intenção de privatizar a Valorsul surge sem que as autarquias tenham sido consultadas tendo a decisão sido tomada unilateralmente pelo Governo. Na ocasião foi explicado que os municípios ficaram ainda impedidos de adquirir as ações do Estado, apontando claramente para a venda a privados de um negócio que defende o interesse público e tem resultados financeiros positivos (cinco milhões de euros de lucro em 2013).
Numa primeira fase, as autarquias vão enviar uma carta ao Presidente da República, sensibilizando-o para este assunto e solicitando que não promulgue o decreto-lei que permite o processo de privatização. Caso se torne necessário, outras posições e ações serão tomadas na defesa da continuidade da Valorsul como empresa pública cujos acionistas são, igualmente, clientes e fornecedores da matéria-prima que assegura o seu bom funcionamento.
A privatização da Valorsul seria prejudicial em toda a linha, como explicitou Bernardino Soares, presidente da Câmara Municipal de Loures: «É uma decisão que, a concretizar-se, prejudica os municípios que têm aqui um investimento de muitos anos e um empenho inquestionável; prejudica as populações porque, por detrás deste tipo de opção, estará o aumento do tarifário a aplicar, com prejuízos para o ambiente e para o interesse geral, pois esta empresa tem um papel importantíssimo na área de intervenção ambiental, que só existe porque é o interesse público que a comanda e não um qualquer interesse privado».
Na conferência de imprensa marcaram presença os autarcas de Alenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Cadaval, Lisboa, Loures, Lourinhã, Nazaré, Odivelas, Peniche, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira.
