20/03/2014

7.691.(20mar2014.17.44') Colômbia.


Colômbia é apoiada pelos EUA e tem um dos exércitos mais fortes...
País com o narcotráfico...
A guerrilha...
Vizinha da Venezuela...
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2seTEMbro2018
 Ai Colômbia...Tanto crime que não é notícia nos nossos “democráticos” media...

Asesinan dos líderes sociales en Colombia: Suman 158 en el año


 Crece la preocupación en la región por la violencia contra los dirigentes sociales.  

Uno de los asesinados ya había denunciado amenazas en su contra, pero las autoridades no garantizaron un esquema de protección.


Con el asesinato de dos dirigentes sociales, ocurridos entre el viernes y el domingo, ya son 158 los líderes sociales masacrados en Colombia desde que inició el año. 
Se trata de Oliver Herrera Camacho, presidente de la Junta de Acción Comunal dela vereda Brisas del Guayabero, y Alirio Antonio Arenas Gómez, presidente del Concejo Municipal de Convención y reconocido líder social de Ocaña, Norte de Santander.
El viernes por la noche, hombres armados llegaron a la residencia de Oliver en el municipio La Macarena y dispararon a muerte, según informó la  Confederación Nacional de Acción Comunal.
El homicidio se produjo a las 19H00 hora local y el hombre perdió la vida en el lugar del hecho, aunque alcanzó a ser llevado a un centro asistencial.
https://www.telesurtv.net/news/asesinatos-lideres-sociales-colombia-herrera-camacho-20180902-0010.html
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18jun2018
 Ai Colômbia... o acordo de paz com as FARC???
 https://www.facebook.com/teleSUR/videos/10155500025121179/?hc_ref=ARQTfboQi28WrhsstNUSaRQVukuaKx96--rWY39GlLoNUHQm5Z9OAhWE02dNagPfxQY
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Iván Duque é o novo Presidente da República
 Apesar de certo tom conciliador no discurso de vitória, o candidato da extrema-direita, que se impôs na segunda volta com 54% dos votos, defendeu alterações aos acordos de paz negociados em Havana.
 Iván Duque (ao centro) é o novo presidente da Colômbia; em Dezembro último, foi apresentado por Álvaro Uribe como o seu candidato à presidência

Iván Duque é o novo chefe de Estado da Colômbia, depois de ontem ter obtido 10,3 milhões de votos (53,98%). O candidato do Centro Democrático, partido liderado por Álvaro Uribe, que representa a extrema-direita e a oligarquia colombiana, com um legado de dezenas de milhares de desaparecidos e de ligação ao paramilitarismo, impôs-se na segunda volta das presidenciais a Gustavo Petro. O candidato da Colômbia Humana obteve 8 milhões de votos (41,81%).
Na primeira volta, disputada a 27 de Maio, Duque foi também o candidato mais votado, com mais de 7,5 milhões de votos (39,14%). Seguiu-se-lhe Gustavo Petro, candidato progressista e defensor dos acordos de paz, com mais de 4,8 milhões de votos (25,08%).
No discurso que fez após a confirmação da sua vitória, Duque, que será empossado a 7 de Agosto, disse que não irá rasgar os acordos de paz firmados com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP) e assumiu mesmo um tom conciliador ao abordar a questão da paz no país sul-americano.
Deixou claro, no entanto, que a paz na Colômbia «exige correcções», acrescentando que o seu governo irá efectuar «modificações para que a paz brilhe».
Ontem e hoje, vários meios fazem eco das palavras conciliadoras para afirmar que são «ocas», destacando que Duque não deixará de estar ao serviço da base política que o apoiou e que a sua eleição para a Casa de Nariño significa o regresso do uribismo, da extrema-direita, dos sectores que no país se opõem aos acordos de paz ao poder na Colômbia.

Petro: «Aqui não há derrota. Não somos governo para já»

Falando para os seus apoiantes na capital do país, Bogotá, Gustavo Petro reconheceu a vitória de Iván Duque nas eleições presidenciais, mas sublinhando que «não se sente derrotado, quando 8 milhões de colombianos orgulhosamente livres votaram pela mudança, por uma Colômbia Humana», informa a Prensa Latina.
Disse ainda que esses 8 milhões de pessoas que nele votaram não vão deixar que «o novo governo possa seguir por caminhos que destruam o país e a sua juventude». «Não vamos permitir que a Colômbia volte para a guerra», declarou Petro.
Por isso, pediu ao povo colombiano que continue mobilizado, «para que a paz prevaleça».

FARC lança apelo à unidade em defesa da paz

Depois de conhecer os resultados eleitorais, o Conselho Político Nacional da Força Alternativa Revolucionária do Comum (FARC) afirmou que «nunca como agora se torna urgente a unidade de todos os sectores que acreditam no caminho da paz».
Numa conferência de imprensa em Bogotá, o partido que nasceu das FARC-EP mostrou-se disposto a reunir-se com o novo presidente eleito da Colômbia, para lhe expor os seus pontos de vista sobre a implementação dos acordos de paz.
Sabendo que Duque pretende alterar aquilo que foi firmado, em Cuba e na Colômbia, entre os dirigentes da guerrilha e o governo colombiano, a FARC afirmou que a «sociedade colombiana se deve unir em busca da paz integral e da ansiada reconciliação».
«Só a unidade, transformada em organização e mobilização, poderá travar a tentação de sectores que apoiaram Duque e que apenas pretendem aprofundar os ódios e as diferenças de todo o tipo, com o único fim de perpetuar os seus privilégios», disseram os representantes da FARC.
https://www.abrilabril.pt/internacional/ivan-duque-e-o-novo-presidente-da-colombia
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9ABRIL2018
Via TeleSUR:
Colômbia comemora mais um ano do desaparecimento físico de Jorge Eliécer #Gaitánum líder revolucionário, popular, antimperialista, que dedicou grande parte da sua vida a lutar contra as classes dominantes. Conheça sua história → http://bit.ly/2HpCdFa
Foto de teleSUR.
https://www.facebook.com/teleSUR/photos/a.10150565130246179.376197.186321186178/10155359351341179/?type=3&theater
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#Díanacionaldelamemoriaysolidaridad | o povo colombiano homenagem as vítimas de mais de meio século de conflito armado fazendo assim, que em um só dia se juntem as lutas do povo que se recusa a esquecer. Haverá reconciliação e paz para a Colômbia?
https://www.facebook.com/teleSUR/videos/10155359055386179/
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2abril2018
Nas duas últimas semanas, cinco líderes sociais foram mortos a tiro nos departamentos de Cauca, Meta e Antioquia. «É uma pedra no sapato do governo colombiano», diz a organização Somos Defensores. 
Belisario Benavidez Ordóñez e María Cruz Rojas, dos departamentos de Cauca e Meta, respectivamente, são as duas vítimas dos últimos dias. Segundo revela a TeleSur, o líder campesino e defensor dos direitos humanos, Belisario Benavidez Ordóñez, de 35 anos, foi morto por dois desconhecidos após sair de casa, acompanhado pelo filho de três anos e um sobrinho de 12.
O presidente do município de Rosas, Jesus Eduardo Diaz, explicou que, apesar da vítima estar com os dois menores, o assassino atirou quatro vezescausando-lhemorte imediata. O edil sublinhou ainda que Ordóñez era um reconhecido líder social e membro da Mesa de Participação de Vítimas, e que, devido à violência em El Patía, vivia no município há cinco anos.
Por sua vez, a líder campesina María Magdalena Cruz Rojas foi assassinada no município de Mapiripan, departamento de Meta. Num comunicado, a Fundação para Defesa dos Direitos Humanos e o Direito Internacional Humanitário do Oriente e Centro da Colômbia (DHOC) dá conta que a vítima estava com o marido e o filho numa quinta da família quando foi alvo de pessoas armadas e encapuzadas. 
Os restantes líderes assassinados desde o passado dia 22 de Março pertenciam ao departamento de Antioquia. 
Com estes novos casos, estima-se que sejam já cerca de 30 os líderes sociais assassinados em 2018. Numa nota de imprensa divulgada no início de Março, a organização Somos Defensores revelou que, em 2017, a violência contra activistas de direitos humanos e líderes sociais tirou a vida a 160 pessoas. No mesmo documento,  reconhecia que a morte dos líderes sociais é uma «pedra no sapato da política de paz do governo da Colômbia». 
Os líderes campesinos são defensores da reforma agrária e participam na substituição voluntária de cultivos ilícitos
Os líderes campesinos são defensores da reforma agrária e participam na substituição voluntária de cultivos ilícitosCréditos/ elcampesino.co
https://www.abrilabril.pt/internacional/prossegue-o-assassinato-de-camponeses-na-colombia
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31ouTUbro2017
«Os assassinatos de líderes sociais na Colômbia são sistemáticos e selectivos», afirmou a dirigente agrária no programa «Paz por Lozano», ontem transmitido pela TeleSur.
No oitavo dia da paralisação nacional que diversas organizações colombianas promoveram em defesa da implementação dos acordos de paz, Gómez Ortega afirmou que, este ano, já se registaram 130 assassinatos de líderes sociais, que foram seleccionados porque participam em associações de agricultores, no processo que visa promover o cumprimento dos acordos de paz, firmados em Havana entre as FARC-EP e o governo do país, e na substituição voluntária de cultivos ilícitos.
«São dirigentes que têm vindo a participar em debates, [na elaboração de] propostas; não são casos isolados, são companheiros que fazem parte dos processos, das organizações», disse a dirigente da Anzorc, citada pela TeleSur.
Referiu ainda que os assassinatos têm lugar em lugares que foram abandonados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo (FARC-EP), após a desmobilização, no âmbito do processo que conduziria à formação do partido político Força Revolucionária Alternativa do Comum (FARC). «Ali há outros grupos que estão a matar os líderes (...) para gerar medo e fazer com as populações não reivindiquem os seus direitos», disse.
A dirigente campesina mostrou-se preocupada pelo facto de a Justiça colombiana não proceder a uma investigação e questionou-se sobre as razões «de o governo não se pronunciar, não prender aqueles que estão a matar os nossos dirigentes campesinos».
Sobre os acordos de paz firmados em 2016 entre o governo colombiano e as FARC-EP, Gómez Ortega disse que o governo continua a não cumprir. «O povo está a mobilizar-se, está a exigir que sejam cumpridos, não apenas no que se refere à substituição de cultivos, mas os acordos que foram assinados, sobretudo o ponto respeitante à reforma rural integral».
Carmenza Gómez Ortega criticou ainda o facto de os programas para a substituição de cultivos, que fazem parte dos acordos de Havana, não contarem com financiamento, enquanto os da erradicação forçada o possuem.

Nos últimos dias, mais assassinatos

De acordo com a Contagio Radio, soube-se nas últimas horas que, no dia 29, um ex-combatente das FARC-EP foi morto no departamento de Putumayo. Por seu lado, no departamento de Antioquia, foi assassinado Ramón Alcides García, líder do processo de substituição de cultivos de uso ilícito no município e na região de Briceño, e membro da Marcha Patriótica.
Contagio Radio dá ainda conta da denúncia efectuada pela FARC no passado dia 26, de acordo com a qual uma família indígena terá sido assassinada na Vereda Buena Vista, no município de Mesetas (departamento de Meta). De acordo com a denúncia, em 2017 foram assassinados 28 membros de comunidades indígenas no país andino.
Os líderes sociais – camponeses, indígenas, afro-descendentes, defensores da reforma agrária, participantes na substituição voluntária de cultivos ilícitos – continuam a ser assassinados na Colômbia
https://www.abrilabril.pt/internacional/assassinatos-de-lideres-sociais-na-colombia-sao-sistematicos?from=onesignal
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VIA AVANTE 12ouTUbro2017
http://www.avante.pt/pt/2289/internacional/147168/
FARC é o novo partido colombiano

COMPROMISSO As antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC-EP) inscreveram-se na segunda-feira, 9, como partido político junto das autoridades eleitorais e vão disputar as eleições previstas para 2018.
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A sigla FARC mantém-se, mas é agora sinónimo de Fuerza Alternativa Revolucionaria del Comum, o «partido do povo colombiano», como escreveu no Twitter Rodrigo Londoño, conhecido como "Timochenko", chefe das ex-FARC-EP e do partido fundado em 1 de Setembro na sequência dos acordos de paz assinados com o presidente Juan Manuel Santos em Novembro de 2016.

Segundo a Lusa, seis dirigentes das FARC declararam ter entregado toda a documentação necessária, incluindo o certificado do depósito de armas concluído em 15 de Agosto, para poderem participar nas eleições legislativas de 2018.

«Cumprimos os nossos compromissos», assegurou Iván Márquez, líder da delegação da guerrilha às conversações de paz e hoje conselheiro político do novo partido. Sublinhando que agora «é tempo de o Governo cumprir os seus», Márquez lembrou que o Estado colombiano tem obrigações internacionais resultantes do acordo assinado após quatro anos de negociações em Havana, o qual garante no imediato dez lugares, cinco em cada câmara, à FARC, partido político, não obstante os seus candidatos terem de se apresentar ao escrutínio.

Os dirigentes do novo partido apelaram ao «diálogo» e à convergência com outras forças políticas, rejeitando as «revisões» do acordo pretendidas pela oposição de direita liderada pelo ex-presidente e actual senador Álvaro Uribe.

Congresso constituinte

O I Congresso Nacional das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP), realizado de 27 a 31 de Agosto sob o lema «Por um governo de transição para a reconciliação e a paz», marcou a conversão das FARC-EP em partido político.

Ao longo de cinco dias, cerca de 1200 delegados aprofundaram a análise sobre a situação no país, designadamente sobre o processo de paz em curso – dificuldades, desafios e perigos de incumprimento por parte das autoridades colombianas, e, consequentemente, sobre as respostas políticas necessárias à sua defesa, consolidação e concretização –, e adoptaram os elementos que estruturam as FARC-EP num partido político.

Reunidos em diversas comissões, cujas conclusões foram votadas pelo Congresso, os delegados definiram as linhas orientadoras do programa político do novo partido, apontaram a criação de uma plataforma unitária que projectam para o futuro, e aprofundaram a reflexão em torno da organização e do trabalho com as massas, em áreas como a saúde, educação, cultura, desigualdades entre homens e mulheres, nas questões étnicas, das vítimas do conflito ou da juventude.

O Congresso aprovou os estatutos do novo partido, incluindo a sua designação, e decidiu a realização, no espaço de um ano, de uma conferência para apreciar as conclusões e orientações agora adoptadas.

Do Congresso resultou a vontade inequívoca de cumprir os compromissos assumidos no Acordo de Paz, num contexto muito complexo, designadamente quanto à sua efectiva implementação – verificam-se recuos e atrasos significativos –, condicionada, também, pelas eleições para a presidência da Colômbia no próximo ano. Consciente das ameaças ao processo de paz, o qual se pretende com justiça social, o Congresso estabeleceu como prioridade a criação de um movimento que reúna uma frente muito ampla de organizações políticas e sociais na defesa daquele e na promoção da unidade.

Dezenas de convidados internacionais estiveram no Congresso, particularmente da América Latina e Caraíbas, mas também forças políticas da Europa, entre as quais o PCP, que se fez representar por João Pimenta Lopes, deputado do PCP no Parlamento Europeu.
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Via Avante 2out2014
http://www.avante.pt/pt/2131/temas/132357/
Entrevista a Maria Cepeda Castro e René Ayala
Construir uma
nova Colômbia
Parar a guerra é fundamental para abrir espaço à construção de um país de paz e justiça social, explicaram Maria Cepeda Castro e René Ayala, do Partido Comunista Colombiano, em conversa com o Órgão Central do PCP realizada durante a Festa do Avante!.

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Decorre em Havana, Cuba, há quase dois anos, um diálogo de paz entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o governo colombiano. Em que ponto se encontra o processo?
Maria Cepeda Castro: Neste momento discute-se o ponto relativo às vítimas do conflito, no qual se incluem as resultantes dos crimes de Estado e de lesa humanidade praticados pelo paramilitarismo, aliado histórico do regime.

Esse é um facto novo do actual processo, como o é a participação popular, aliás como vinham reivindicando o Partido Comunista Colombiano e as forças democráticas e progressistas colombianas...
MCC: Exacto. O conjunto de iniciativas desenvolvidas antes e depois do início dos diálogos conseguiu impor a participação da sociedade civil em todo o processo, contrariando, aliás, o que defendia o governo, que pretendia reduzir as negociações a conversações entre representantes das FARC e do Estado.

Essa postura do governo traduzia uma tentativa de afastar dos diálogos a abordagem das questões políticas, sociais e económicas que estão na base do conflito, e, simultaneamente, reduzir um eventual acordo à capitulação da resistência?
MCC: Sim, o objectivo era que não se colocasse em causa o modelo político, económico e social vigente e do qual decorre a guerra.
René Ayala: Sempre defendemos o envolvimento do povo colombiano no processo de paz. A participação popular tinha que ser assegurada, até porque o povo colombiano é a primeira e maior vítima da confrontação armada.
Nesse sentido e no quadro das negociações, realizam-se amplos fóruns sobre cada um dos temas em apreço, iniciativas organizadas pela Universidade Pública da Colômbia, a primeira do país, que têm como entidade-garante o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
Outra novidade no actual processo face a anteriores negociações de paz – caso da ocorrida nos anos 80 e da qual resultou a formação da União Patriótica, que posteriormente foi barbaramente liquidada; caso dos diálogos realizados no México, nos anos 90, ou do processo levado a cabo, entre 1998 e 2002, em San Vicente de Caguán, que apesar de muito «satanizado» incluía muitas das questões que estão na base da guerra –; outra novidade, dizia, é o envolvimento de representantes de forças militares e policiais, ou seja, do aparelho repressivo do regime.
Por outro lado, a constituição da Comissão de Verdade Histórica, composta por dez investigadores, professores universitários, analistas do conflito, cinco propostos pela guerrilha e outros tantos pelo governo, é também muito importante. A ideia é que a Comissão estabeleça a verdade e contribua para que as vítimas tenham acesso à Justiça; que se identifique os aspectos profundos que geraram o conflito afastando a ideia propagandeada pelo ex-presidnete Álvaro Uribe e pelo imperialismo norte-americano sobre o carácter terrorista da resistência, evidenciando, ao invés, que se trata de uma guerra que surgiu da ausência de democracia, da concentração da posse da terra, entre outras razões.

Desafios aliciantes

Não é estranho que ao mesmo tempo que decorrem negociações em Havana, prossigam combates na Colômbia?
RA: Nós, comunistas, consideramos que é necessário um cessar-fogo bilateral. É fundamental para aprofundar a discussão sem desconfianças.
Por exemplo, quando camponeses e forças repressivas se enfrentam na região de Catatumbo, o contexto de confronto que se cria leva a que a população fique cada vez mais descrente num desfecho positivo das negociações. O mesmo sucede se os combates continuarem entre as FARC e o exército colombiano.

Admitamos que é assinado um acordo de paz entre as FARC e o Governo colombiano. O que se segue?
MCC: Tem de seguir-se uma reforma constitucional, uma nova Constituição onde os pontos acordados tenham condições e espaço para se materializarem. Essa é uma reivindicação que mantemos e para a qual procuramos mobilizar amplos sectores da sociedade.
Foi a luta e unidade que assegurou a constituição, em pleno contexto de reeleição do presidente Juan Manuel Santos, do Conselho Nacional da Paz, onde estão representadas muitas organizações sociais e cujo funcionamento, tendo carácter constitucional, não depende da vitória ou derrota de Santos.
A luta e a unidade do conjunto de forças democráticas, progressistas e de esquerda em torno da Colombianos pela Paz contribuiu decisivamente para o início e para o conteúdo das actuais negociações. Essa é uma experiência que importa reter.
RA: A paz não se conquista apenas com a assinatura de um acordo, ainda que esse seja um passo importante e que o texto final contenha compromissos sobre as causas profundas do conflito. A luta social segue.
A questão central agora, porém, é para a guerra, interromper o ciclo de morte, assassinatos, deslocados de guerra e refugiados, de confrontação armada com todas as suas consequências. É necessário, simultaneamente, assegurar que não persistem os elementos que estão na base do conflito e, por conseguinte, façam regressar a guerra impedindo a transformação democrática da Colômbia.
A proposta de constituição de uma Assembleia Nacional Constituinte vai nesse sentido. Isto é, a paz com justiça social tem de traduzir-se num quadro normativo de direitos políticos, económicos e sociais para a maioria dos colombianos.

As mudanças progressistas na América Latina ajudaram ao desencadeamento do processo de paz. Integrar esse movimento de cooperação soberana é o futuro da Colômbia?
MCC: É difícil responder porque na Colômbia tudo é muito incerto. O país sempre foi um bastião dos EUA. Pela sua posição geopolítica serviu de território avançado do imperialismo na subjugação da América do Sul. A paz não vai ser uma panaceia e, como dizia o René, há que prosseguir a luta e enfrentar os processos políticos e sociais decorrentes.
Creio, no entanto, que parte da burguesia colombiana considera que o modelo assente no paramilitarismo já não é rentável.

Os resultados das recentes eleições presidenciais e parlamentares são expressão dessas dificuldades que referem?
RA: Juan Manuel Santos deve a sua reeleição à esquerda. Apesar de rechaçarmos o modelo que representa o actual presidente – antipopular, anti-social, antilaboral –, considerámos que o mais importante era garantir a continuidade do processo de paz, parar a guerra e travar a personagem sinistra que é Álvaro Uribe, cuja proposta política que protagoniza tem claros contornos e conteúdos fascistas e fascizantes.
Santos tem, assim, uma dívida histórica com a esquerda, por isso não pode chantagear o povo ou ameaçar que vai abandonar o processo de paz.
As forças mais avançadas não têm representação parlamentar, porém continuam a trabalhar para a unidade das forças democráticas e progressistas, dar força à Marcha Patriótica, criar condições para o reforço político, social e eleitoral de um projecto capaz de disputar o poder no país.
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Via avante 4dez2003
Miguel Urbano Rodrigues
http://www.avante.pt/pt/1566/temas/3281/
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António Costa e as FARC na FAvante
8set2006
http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=645729
O ministro da Administração Interna, António Costa, afirmou ontem que está a proceder a "diligências" sobre a presença da organização terrorista colombiana FARC, na Festa do "Avante!"
António Costa relatou os resultados das averiguações já efectuadas: o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) "não tem registo da entrada de nenhum elemento das FARC em Portugal" e, além do mais, dos 77 colombianos que este ano obtiveram visto de entrada em Portugal, nenhum o pediu dizendo que vinha para participar na festa do "Avante!".
O ministro sublinhou que o SEF só controla as "fronteiras externas" (portos e aeroportos). Os colombianos que representaram as FARC podem ter entrado pelas fronteiras terrestres, sem qualquer controlo.
Enquanto isto, o embaixador colombiano em Portugal, Plinio Apuleyo Mendoza, enviou ao ministro dos Negócios Estrangeiros uma carta para "manifestar as suas inquietudes" e "pedir explicações". Ao jornal colombiano El Pais, disse que o que mais o escandalizou foi a presença oficial na festa da revista oficial das FARC, "Resistencia".
No Parlamento, CDS e PSD acusaram o PCP de falta de legitimidade para falar de terrorismo. Evocando afirmações do deputado Jorge Machado que qualificou como "actividade terrorista" a detenção e transporte ilegal de prisioneiros que tem vindo a ser imputada à CIA, o CDS criticou o que disse ser "um manifesto paradoxo".

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Favante 2001
http://www.publico.pt/politica/noticia/festa-do-avante-solidarizase-com-colombia-e-palestina-38905
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História
http://www.infoescola.com/colombia/historia-da-colombia/
Antes da chegada dos espanhóis às Américas, a região onde hoje está Colômbia era habitada por várias tribos indígenas que haviam atingido um bom nível de desenvolvimento, destacando-se a tribo muiscas, conhecidos também como chibchas.
Os primeiros espanhóis a pisarem em terras colombianas foram Alonso de Ojeda e João da Cosa em 1499. Posteriormente, várias expedições passaram pela região litorânea, até que, em 1525, foi fundada a primeira cidade da Colômbia: Santa Maria. Cartagena foi fundada oito anos depois, em 1533. Em 1538, Gonzalo Jiménez de Ojeda, após derrotar os índios chibchas, fundou a cidade de Santa Fé de Bogotá, e deu um nome ao país que se formava: Nova Granada. A região, rica em minerais, esteve sempre na mira dos piratas (corsários), e anos depois, dos franceses e ingleses.
Até 1717, a região da então Nova Granada era dependente da administração de Lima, no Peru. A partir desse ano, Bogotá passou a ser a capital de um novo vice-reinado, o vice-reinado de Nova Granada, que agregava os territórios correspondentes aos atuais Panamá, Equador, Venezuela e Colômbia.
Em 1811, Simón Bolívar, militar e político, proclamou a independência da então Nova Granada. Devido à resistência dos espanhóis, somente em 1819, foi criada a República da Colômbia, foi promulgada a primeira constituição, e Simón Bolívar foi declarado presidente. Em 1821, a região era chamada de Grã-Colombia, sendo que a liderança dessa grande área era de Simón Bolívar.
A partir de 1830, com a morte de Bolívar, Equador e Venezuela se tornaram independentes. A independência do Panamá ocorreu em 1903.
Em 1849, são formados os dois partidos políticos colombianos: o Liberal e o Conservador. A rivalidade entre eles deu inicio a uma guerra civil em 1899, conhecida como a Guerra dos Mil Dias, que teve fim em 1903. Instaurou-se então um período de relativa paz.
Em 1948, com o assassinato do líder liberal Jorge Eliecer Gaitán, explodiu novamente a rivalidade entre liberais e conservadores. A violência teve inicio em Bogotá e se espalhou pelo interior do país, levando milhares à morte. O conflito levou os partidos rivais a um acordo. Os líderes deram respaldo a um golpe militar (1953 e 1958) e resolveram que o poder seria compartilhado.
Porém, alguns líderes liberais que viveram a violência, nas décadas de 30 e 40, insatisfeitos com o acordo, instituíram as Forças Armadas da Colômbia (Farc), em 1964.
Após as Farc, outras organizações de guerrilheiros foram fundadas, como o Exército de Libertação Nacional (ELN) e o Movimento revolucionário 19 de abril (M-19). Atualmente o M-19 é um partido político.
A partir dos anos 70, os Cartéis do Narcotráfico se estabelecem na Colômbia, implantando um poder paralelo. O país passou a produzir cocaína em grande escala na década de 80, já em parceria com as Farc.
A luta contra o narcotráfico é iniciada em 1984. Na década de 90 os Estados Unidos se envolvem na guerra contra o narcotráfico, caçando os lideres dos cartéis. Na época foi preso o narcotraficante, líder do cartel de Medellín, Pablo Escobar.
Atualmente, a Colômbia é a maior produtor de cocaína do mundo, abastecendo principalmente os Estados Unidos. As Farc dominam cerca de 20% do território colombiano, e conta com aproximadamente 17 mil guerrilheiros.
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via notícias ao minuto
http://www.noticiasaominuto.com/mundo/191211/presidente-da-colombia-urina-nas-calcas-em-discurso#/615/0

Vídeo Presidente da Colômbia urina nas calças em discurso

Em pleno discurso televisivo para a sua campanha de reeleição à Presidência da Colômbia, Juan Manuel Santos urinou nas calças em frente a todos os presentes. As imagens do momento rapidamente se espalharam pelas redes sociais, mas o Presidente já veio negar qualquer tipo de incontinência, conta o The Independent.
Presidente da Colômbia urina nas calças durante discurso
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Reuters
É, talvez, o momento mais caricato e também embaraçoso da campanha de reeleição de Juan Manuel Santos à Presidência da Colômbia.
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O atual Presidente e novamente candidato urinou nas calças enquanto discursava à frente de várias pessoas e jornalistas, estando o discurso a ser emitido nas televisões do país.
A cor clara das calças que usava e mancha em torno da zona da breguilha denunciaram o episódio, mas Juan Manuel Santos não pareceu incomodado e continuou a discursar como se nada tivesse acontecido.
Segundo o The Independent, o Presidente de 62 anos desvalorizou o sucedido e negou qualquer tipo de problema relacionado com incontinência. Em 2012, Juan Manuel Santos retirou um tumor na próstata.
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31aGOSTO2018
 Livro maia é o mais antigo documento pré-colombiano, confirma instituto mexicano
 

O Instituto Nacional de História e Antropologia do México confirmou na quinta-feira a autenticidade do livro maia Glorier Codex, descoberto há 54 anos e considerado o mais antigo documento pré-colombiano.
"O Códice Maia do México é autêntico e apresenta-se como o manuscrito pré-hispânico legível mais antigo do continente americano", disse o antropólogo Diego Prieto Hernández, diretor-geral do Instituto Nacional de Antropologia e História, no início do Simpósio El Códice Maya, antes Grolier.
De acordo com analistas, o texto pictográfico foi escrito entre os anos 1021 e 1154 (D.C.) e é mesmo o mais antigo documento da era pré-colombiana, ou seja, antes das chegada dos europeus ao continente americano. A vida útil terá sido de 104 anos, detalha o instituto numa nota publicada no seu site.

Com este reconhecimento, o Glorier Codex -- do qual restam apenas 10 páginas - passa a ter uma nova denominação: Códice Maia do México.
Vendido a um colecionador mexicano em 1964, o código foi exibido pela primeira vez no Grolier Club, em Nova Iorque, em 1971. Mais tarde, em 1974, Josue Saenz acabou por devolver o livro às autoridades.
Durante anos, vários arqueólogos duvidaram da sua autenticidade, ou pelo 'design' simples, ou por ter sido saqueado de uma caverna no sul de Chiapas, estado mexicano onde um terço da população é descendente dos maias.
Na verdade, "o estilo difere de outros códigos maias que são conhecidos e comprovados como autênticos", lê-se num comunicado do mesmo instituto, que justifica a simplicidade com a escassez dos recursos da época.
"Como o livro foi escrito tão cedo, foi criado numa era de relativa pobreza em comparação com os outros trabalhos".
Cerca de três outros "livros" maias sobreviveram a uma tentativa dos conquistadores espanhóis de destruir os artefactos maias nos anos 1500.
O Glorier Codex contém uma série de observações e previsões relacionadas com o movimento astral de Vénus.
Embora estudos anteriores tenham apoiado a autenticidade do texto, este reconhecimento dita o fim das dúvidas e da controvérsia.
"Durante muito tempo, críticos disseram que o estilo não era maia e que era 'o mais feio' deles em termos de figuras e cores", disse a pesquisadora do instituto Sofia Martinez del Campo.
"Mas a austeridade do trabalho é explicada por sua época. Quando as coisas são escassas, usa-se o que se tem em mãos", concluiu.
Os textos maias são escritos numa série de glifos silábicos, nos quais uma figura pintada com determinado estilo representa uma sílaba.
O Códice será exibido durante um mês, de 27 de setembro até final de outubro, na Feira Internacional do Livro de Antropologia e História.
https://www.dn.pt/cultura/interior/instituto-mexicano-confirma-que-livro-maia-e-o-mais-antigo-documento-pre-colombiano-9782528.html
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