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Galp Energia exerce opção para se tornar operador na concessão Aljubarrota-3 |
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A Galp Energia anunciou, em comunicado de 6 de junho, exercer a opção de se tornar o operador da concessão Aljubarrota-3, em conformidade com os termos do acordo de farm-in assinado com a Porto Energy em junho de 2012, no qual a Galp Energia adquiriu uma participação de 50% na concessão Aljubarrota-3. Paulo Inácio, presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, mostrou-se muito satisfeito com o investimento que a empresa vai efetuar no concelho, cujo valor ainda não é conhecido.
Segundo o comunicado da Galp Energia, a concessão Aljubarrota-3 abrange aproximadamente 300.000 acres, onde em 2012 o consórcio já perfurou o poço Alcobaça1, o qual apesar de ter encontrado indícios de gás no prospeto Alcobaça do pré-sal, não encontrou o reservatório. A participação de 50% que a Galp Energia detém na concessão estende-se a todos os intervalos estratigráficos, incluindo quaisquer potenciais alvos não convencionais de shale, pode ler-se.
Ainda segundo o mesmo comunicado, o papel de operador da concessão Aljubarrota-3 está em linha com a execução estratégica da Galp Energia, aumentando a sua experiência e aproveitando o conhecimento adquirido em projetos inovadores a nível mundial. A Galp Energia, enquanto operadora, vai delinear as diretrizes fundamentais para a orientação estratégica das atividades de exploração futuras na concessão.
Ao tornar-se operador, a Galp Energia tem oportunidade para desenvolver as capacidades e aumentar a experiência do seu capital humano, tanto na área de exploração como na gestão de projetos, o que representa uma vantagem competitiva para mitigar o risco de execução associado a projetos de exploração e produção, refere o comunicado da empresa.
O acordo de farm-in foi aprovado pela autoridade portuguesa de petróleo e gás, Divisão para a Pesquisa e Exploração de Petróleo (“DPEP”) em setembro de 2012. As duas empresas concluíram um acordo de operação conjunta no primeiro trimestre de 2013. O fecho da transação está sujeito à aprovação das autoridades regulatórias e governamentais. O portefólio de exploração da Galp Energia em Portugal também inclui várias participações em blocos offshore, nomeadamente participações de 30% em quatro blocos na bacia de Peniche e de 50% em três blocos na bacia do Alentejo.
Paulo Inácio, presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, referiu na reunião de câmara de 11 de junho, estar satisfeito por ser uma empresa portuguesa a acreditar na concessão Aljubarrota-3, mas admitiu que ainda não foi informado pela companhia de quais os investimentos ou quais as propostas que a empresa terá para esta concessão.
Mónica Alexandre
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14-06-2013 |
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ouTUbro2013
verdes e o gás de xisto
Projeto de Lei 456/XII
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2013-10-11 | Entrada
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2013-10-15 | Admissão
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2013-10-15 | Baixa comissão distribuição inicial generalidade
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Comissão do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local - Comissão competente
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2013-10-16 | Anúncio
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PROJETO DE LEI Nº 456/XII/3ª
APLICA UMA MORATÓRIA À EXPLORAÇÃO DE GÁS DE XISTO
Nota justificativa
A extração de gás de xisto tem pesados impactos sobre o ambiente e sobre a saúde pública, e a gravidade desses impactos tem sido bem demonstrada pela prática.
A exploração deste combustível fóssil não está profunda e realmente estudada do ponto de vista científico, mas subitamente, numa década, alargou-se bastante aquilo que era residual, intensificando-se a extração de gás de xisto nalgumas zonas do mundo, com particular incidência nos EUA (devido ao forte apoio público a esta indústria). O pretexto da auto suficiência, e sob a ânsia de gerar negócio, levou a que o financiamento, no âmbito da política energética de alguns países, acelerasse a extração de gás de xisto, que é feita através de métodos não convencionais. Dessa precipitação resultaram danos ambientais irreversíveis, designadamente nos EUA, no Brasil ou em Inglaterra, com forte contaminação de massas de água potável, com claro prejuízo direto para as populações e para a atividade agrícola, com destruição de ecossistemas relevantes ou com abalos sísmicos diretamente resultantes dessa exploração de gás.
O gás de xisto é um combustível fóssil não convencional nas técnicas usadas para a sua extração, sustentadas na perfuração horizontal e na fratura hidráulica. E da extração deste gás já, comprovadamente, se apreenderam sérios riscos para a humanidade, designadamente (e sem qualquer ordem hierárquica):
a) Libertação de metano, um gás com um fortíssimo efeito de estufa, gerador de efeito de aquecimento global, no mínimo 25 vezes superior ao do CO2;
b) Risco sísmico, já diretamente demonstrado no noroeste de Inglaterra;
c) Utilização de grandes volumes de água, o que, num contexto de escassez de água, assume uma preocupação acrescida;
d) Contaminação atmosférica, de solos e de massas de água, devido aos produtos químicos perigosos usados nas técnicas de exploração;
e) Acumulação de resíduos decorrentes da perfuração e da extração, com carácter de alta perigosidade.
Ora, na exploração de gás de xisto tem-se caminhado, por este mundo, de vendas nos olhos, com muito pouca transparência, sem avaliação preventiva de impactos ambientais, sem envolvimento das populações e até com secretismos, promovidos pelas empresas de exploração, relativamente aos químicos largamente usados na fratura hidráulica. A agravar a situação, constata-se que o nível de produção dos poços de gás de xisto apresenta regularmente quebras intensas em apenas dois anos de exploração, levando depois a perfurações continuadas de novos poços. E pergunta-se: como é possível atingir-se esta dimensão de exploração de gás de xisto, com tantas incertezas e controvérsias científicas sobre a matéria, e com a constatação real de impactos gravíssimos sobre o Planeta e aqueles que nele habitam!
A resposta agora necessária é esta: o princípio da precaução não existe apenas para constar no papel e para parecer bem, mas existe para ser aplicado na prática! E esta é daquelas matérias que exige a aplicação efetiva do princípio da precaução, por tudo quanto já revelou e por tudo quanto ainda não se assegurou.
Há Estados-Membro da União Europeia que já aplicaram uma moratória relativa à extração de gás de xisto, tais como a França, a Bulgária ou nalgumas regiões da Alemanha. Alguns cantões da Suíça, vários Estados e governos locais dos EUA, África do Sul, Canadá ou o sul da Austrália são alguns outros exemplos de territórios que proibiram a fratura hidráulica, devido ao conhecimento ou à experiência concretamente vivida de prejuízos sofridos com graves impactos sobre o ambiente e a saúde pública. Na Alemanha, na Roménia e na República Checa pondera-se também uma moratória para proibir a extração de gás de xisto.
O Parlamento Europeu reconheceu que nem ao nível mundial, nem ao nível europeu existem estudos que garantam a fiabilidade ou a segurança da extração de gás de xisto. Mais, chama a atenção para estudos e experiências que geram absoluta legitimidade para uma grande preocupação, associada a riscos evidentes da exploração do gás de xisto, como aconteceu por exemplo no Brasil ou nos EUA com graves contaminações de linhas de água potável.
Perante este historial, aqui necessariamente sumarizado, conclui-se que deve constituir preocupação para os portugueses a prospeção de gás de xisto, autorizada pelo Governo na região Oeste, a realizar pela empresa Mohave Oil & Gas em acordo com a Gap Energia.
Desde logo, se temos o objetivo de trabalhar para uma sociedade de baixo carbono, permitir o desenvolvimento de atividades, que vão justamente no sentido de aumentar, e muito, a emissão de gases com efeito de estufa, é aniquilar o objetivo traçado. De seguida, é preciso referir que a nossa política energética deve ser trabalhada no sentido de se ganhar eficiência energética e de se apostar nas energias renováveis – são esses os grandes passos para reduzir a nossa dependência energética do exterior e para, simultaneamente, ter uma segurança ambiental e ao nível da saúde pública, que, sendo posta em causa, pode fazer o país perder muito dinheiro.
E, por falar em dinheiro, que ganhos teriam os portugueses, ao nível da sua fatura energética, se fosse explorado gás de xisto em Portugal, quando a sua exploração é caríssima, bem como a sua desativação, e sabendo que esses custos são necessariamente incorporados na fatura a pagar pelos consumidores do país.
Há riscos que não se devem enfrentar – a exploração de gás de xisto, e tudo o que ela traz por consequência, é um deles. É por essa razão, e a exemplo de outros países, que o Partido Ecologista os Verdes propõe a introdução de uma moratória à exploração de gás de xisto em Portugal.
Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o Grupo Parlamentar Os Verdes apresenta o seguinte Projeto de Lei:
Artigo 1º
Entende-se por exploração de gás de xisto, a prospeção e a extração de hidrocarbonetos não convencionais, através de métodos de perfuração horizontal e de fratura hidráulica.
Artigo 2º
É adotada uma moratória, aplicada a todo o território nacional, à exploração de gás de xisto, sustentada no princípio da precaução, com vista à salvaguarda da saúde pública e da preservação ambiental.
Artigo 3º
A moratória referida no número anterior não se aplica para efeitos de investigação científica.
Assembleia da República, Palácio de S. Bento, 11 de Outubro de 2013
Os Deputados
Heloísa Apolónia José Luís Ferreira
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5nov2012
Afinal toda a propaganda deste furo rendeu, para já, para venda de 50% ações da MOHAVE à GALP e via cister.fm
MOHAVE NÃO ENCONTRA GÁS EM QUANTIDADES COMERCIALMENTE RENTÁVEIS
A Mohave e a Galp não encontraram, no furo da Quinta do Telheiro, em Alcobaça, gás natural em quantidades comercialmente rentáveis. Por isso mesmo, o consórcio vai agora começar a desmontar a plataforma e “deixar o terreno como estava”.
O furo atingiu a base do reservatório subterrâneo de hidrocarbonetos, aos 3,240 metros de profundidade, sem que se tivesse encontrado grandes quantidades de gás, daí que a empresa exploradora de hidrocarbonetos tenha decidido abandonar o local, a cerca de 700 metros do Mosteiro de Alcobaça.
Apesar de ainda haver muita informação para processar, Arlindo Alves, da Mohave, explica que “infelizmente” o gás encontrado não justifica a sua exploração comercial.
A empresa vai agora estudar toda a informação recolhida na Quinta do Telheiro e dentro de algumas semanas decidir onde irá prosseguir a prospeção no concelho. Isto porque os dados geológicos apontam para uma grande probabilidade da existência de reservatórios de hidrocarbonetos de grandes dimensões.
Depois de dois meses de perfuração, chega assim ao fim mais uma etapa da prospeção da Mohave, em Alcobaça, empresa que acredita haver todas as condições para se encontrar petróleo ou gás natural no concelho.
Em comunicado, a Porto Energy explica que o furo permitiu descobrir uma coluna de 300 metros de gás natural, preso por debaixo de um teto de sal grosso e que esse reservatório não ficou danificado, ou seja, o gás natural vai continua no mesmo lugar, depois de tapado o furo.
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17out2012
Presidente da Câmara acha que até final de outubro temos boas ou más notícias emr elação ao gás....Mohave oil para já descobriu SAL...O que lhe dá sinais positivos...na última reunião de câmara Paulo Inácio deu-nos a indicação de que até ao final do mês...
Também deu-nos cópia de um comunicado da empresa, em inglês...
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via cister.fm
SAL ATRASA GÁS NATURAL EM ALCOBAÇA
A Porto Energy divulgou que uma camada de sal mais espessa que o esperado levou a que a prospecção de gás natural que decorre em Alcobaça prossiga até aos 3300 metros de profundidade, depois de detectada a estrutura de sal a 2932 metros.
A nova meta deverá ser alcançada até dia 24 deste mês e aumenta a expectativa dos investidores. A secção de sal grosso aumenta as incertezas mas é ao mesmo tempo um elemento encorajador que pode representar reservas de gás superiores aos 5 a 6 mil milhões de metros cúbicos estimados em Março de 2011.
Joseph Ash, presidente da Porto Energy, disse que “a prospecção realizada em Alcobaça apresenta leituras de gás elevadas, com um potencial para a sua exploração comercial”.
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3set2012
Álvaro vem a Alcobaça...se seguirmos a tradição de ministros virem a Alcobaça...Está de saída!!!Recebi 1 telefonema do Chefe de Gabinete a anunciar a visita hj...
Depois confirmaria...
Não confirmou!
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Da comunicação social percebo um grande objectivo:
Acho muito bem que o Presidente defenda que Alcobaça tenha resultados concretos se houver gás...
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Sobre o ministro vir cá...
É preferível não ir...
Não resistiria a criticá-lo, e ao seu governo, pelas políticas miseráveis contra quem trabalha e contra quem empreende!!!
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Presidente deu entrevista com MOHAVE no salão nobre:
via tintafresca.net
Testes da Mohave Oil & Gas Corporation duram 50 dias |
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Ministro da Economia visita exploração
de petróleo em Alcobaça |
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Arlindo Alves, Paulo Inácio e Rui Vieira
A Mohave Oil & Gas Corporation irá iniciar na próxima semana os trabalhos de exploração de gás e/ou petróleo na Quinta do Telheiro, em Alcobaça. O anúncio foi efetuado no dia 28 de agosto, pelo administrador da empresa Arlindo Alves. Os trabalhos que irão durar até se atingir uma profundidade máxima de 4 mil metros, durarão 50 dias, podendo depois continuar ou não de acordo com a descoberta que a empresa fizer após a perfuração. A autarquia solicitou à empresa a minimização dos níveis de ruído, uma vez que os trabalhos decorrerão 24h por dia, e de forma a não afetar os moradores das proximidades.
Estiveram presentes na conferência de imprensa que se realizou no salão nobre dos Paços do Concelho da Câmara Municipal de Alcobaça, o presidente Paulo Inácio, e em representação da Mohave Oil & Gas Corporation, o administrador da empresa Arlindo Alves e o geólogo Rui Vieira.
Paulo Inácio referiu que o município através dos seus técnicos, a PSP, os meios de Proteção Civil do concelho e os bombeiros efetuaram na manhã de 28 de agosto uma vistoria ao local onde está instalada a plataforma de perfuração e exploração da Mohave Oil & Gas Corporation, tendo sido reportado à autarquia a informação de que todas as condições de segurança estão salvaguardadas.
O autarca adiantou também que existe um relatório técnico de geologia, realizado pela empresa, que será ainda alvo de análise por parte dos técnicos da autarquia, mas que garante haver condições, de natureza geológica, para se avançar com os trabalhos. Arlindo Alves assegurou que “os vizinhos podem ficar tranquilos” porque “tudo está dentro da lei em termos de segurança.”
Paulo Inácio apelou à Mohave Oil & Gas Corporation para deligênciar por forma a diminuir os impactos, nomeadamente ao nível de ruído, que esta exploração poderá ter para as populações circundantes da zona. O autarca apelou ao bom senso quer por parte da empresa, quer por parte da população, admitindo poder haver “alguns transtornos” durante esta fase, uma vez que a perfuração se vai realizar 24 sobre 24h.
Segundo Arlindo Alves, estima-se que os trabalhos de exploração durem 50 dias, esperando atingir uma profundidade que deverá chegar aos 4 mil metros. Só após essas perfurações, será possível à empresa verificar se realmente existe petróleo, visto que não se sabe em concreto o que se vai encontrar, uma vez que só será possível descobrir com o desenrolar dos trabalhos que tipo de combustíveis se vão encontrar, se gás e/ou petróleo.
Plataforma da Mohave
Segundo Rui Vieira, os trabalhos de pesquisa petrolífera são sempre transnacionais, envolvem várias nacionalidades tanto a nível dos meios materiais, como a nível humano, havendo neste caso particular, trabalhadores de origem portuguesa, alemã, brasileira, romena, italiana, que trazem à cidade um novo folgo económico, tão esperado nestes tempos de conturbação económica.
Rui Vieira referiu que “num caso de sucesso queremos que a região e as empresas da região sejam capazes de acompanhar esse sucesso” que “será uma mais valia ao nível da riqueza para a cidade e para a região”, já que em termos indirectos o contributo, nesta fase da exploração, para a economia local é de cerca de 1 milhão de euros, que se traduz ao nível do alojamento, restauração, sub-contratações de empresas locais, entre outras. O investimento total da Mohave ronda os 5,5 milhões de euros.
Paulo Inácio afirmou ainda que em relação às contrapartidas para os municípios onde decorrerem este tipo de intervenções, tudo irá fazer para salvaguardar os interesses do município, uma vez que “se o Estado salvaguarda retorno para si, é mais do que justo, à luz da lei internacional, que o mesmo aconteça para os municípios”, pelo que irá "fazer todas as deligências para que isso aconteça.”
Na ocasião Paulo Inácio informou que no próximo dia 3 de setembro, o ministro da Economi Álvaro Santos Pereira e o secretário de Estado da Energia Artur Trindade, irão visitar o local onde irão realizar-se os trabalhos de exploração e perfuração da Mohave Oil & Gas Corporation. Antes os governantes irão visitar o Parque de Negócios, por volta das 15h30.
Mónica Alexandre
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28-08-2012 |
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via cister.fm
PRESENÇA DA MOHAVE EM ALCOBAÇA REPRESENTA ENCAIXE FINANCEIRO DE UM MILHÃO DE EUROS
A Mohave acredita que o impacto económico na região, durante os 50 dias de prospeção, poderá atingir um milhão de euros.
Os cálculos foram feitos tendo em conta a presença de 50 trabalhadores, que irão dormir e comer em Alcobaça, assim como a contratação de serviços indiretos a empresas da região, explicou na segunda-feira, em conferência de imprensa, Rui Mendes, geólogo da Mohave.
O responsável estima também que o furo na Quinta do Telheiro possa custar entre 5 e 6 milhões de euros.
A Mohave começa na próxima semana a perfurar na Quinta do Telheiro à procura de gás natural e petróleo, num furo que poderá atingir os 4 mil metros de profundidade.
O calendário aponta para um prazo de aproximadamente 50 dias para se obter resultados concretos.
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VIA cister.fm
PETRÓLEO EM ALCOBAÇA PODE GERAR INVESTIMENTO DE 230 MILHÕES
O plano de desenvolvimento, para os próximos cinco anos, foi anunciado por Álvaro Santos Pereira em Alcobaça.
A Mohave Oil and Gas Corporation deverá investir em Portugal 230 milhões de euros nos próximos cinco anos, em parceria com a Galp Energia, na prospecção e exploração de gás natural em Portugal, de acordo com o plano de desenvolvimento que foi esta segunda-feira anunciado pelo ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira.
O projecto da Mohave e da Galp deverá permitir a criação de 200 postos de trabalho directos, e de 1.200 empregos indirectos, revelou Álvaro Santos Pereira, em Alcobaça, na cerimónia de transmissão de uma posição de 50% da concessão da Mohave à Galp Energia.
No ano passado, a Mohave já investiu 42 milhões de euros na prospecção de gás em Portugal, elevando para 127 milhões de euros o total já aplicado pela companhia norte-americana no mercado nacional. A Mohave é detida pelos canadianos da Porto Energy.
A Mohave e a Galp já iniciaram entretanto a perfuração do poço Alcobaça1, na área de concessão Aljubarrota-3. Este teste deverá levar 45 a 55 dias, para tentar extrair gás natural a aproximadamente 3 mil metros de profundidade.
Na cerimónia , o ministro da Economia sublinhou que Portugal “tem de capitalizar de forma sustentada o elevado potencial dos nossos recursos naturais”. “E a indústria extractiva de petróleo e gás, tal como a indústria mineira, também pode criar oportunidades de crescimento e desenvolvimento no país”, afirmou.
As estimativas da Mohave, reveladas em Março, apontam para a existência de volumes potenciais de gás na ordem dos cinco a seis milhões de metros cúbicos no subsolo de Alcobaça.
De acordo com o geólogo Rui Vieira, da Mohave, se as expectativas da empresa se confirmarem, tal poderá significar uma produção de “dois milhões de metros cúbicos de gás por dia, durante cerca de oito a dez anos”.
A petrolífera Galp Energia adquiriu em Junho uma participação de 50% no consórcio de exploração da concessão Aljubarrota-3. Para entrar no projecto, a Galp Energia assume metade dos custos do desenvolvimento. A fatia dos encargos relativos às actividades de exploração já levadas a cabo (custos afundados) ascende a 4,3 milhões de dólares (3,4 milhões de euros) para a petrolífera portuguesa, segundo comunicado publicado junto da CMVM em Junho. Com os custos decorrentes das actividades futuras de exploração, o valor a pagar pela Galp atingirá 7,8 milhões de dólares (6,3 milhões de euros).
Câmara de Alcobaça poderá receber parte dos lucros
A Câmara Municipal de Alcobaça poderá vir a receber parte dos lucros que a Mohave espera obter com a exploração na Quinta do Telheiro.
Apesar de Portugal não ter ainda legislação sobre os Royalties Municipais, o ministro da economia mostrou, esta segunda-feira, abertura para se criar uma lei que inclua as autarquias nos lucros das prospeções “onshore”.
Segundo o Álvaro Santos Pereira, o desenvolvimento do país não faz sentido sem o desenvolvimento regional e local, daí estar a ser preparada uma nova legislação que tenha em conta a distribuição dos lucros pelas autarquias.
Paulo Inácio, presidente da câmara municipal de Alcobaça, mostra-se optimista sobre esta abertura mostrada por Álvaro Santos Pereira, mas quando questionado sobre números, referiu que ainda é muito cedo para se poder realizar qualquer tipo de cálculos.
É preciso saber primeiro se o Estado vai optar por transferir uma percentagem dos lucros que recebe ou se vai obrigar a empresa a pagar uma taxa maior, dando esse acréscimo ao município de Alcobaça.
Primeiro texto: Jornal de Negócios
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via tintafresca.net
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Mohave investe 230 milhões de euros
em Portugal nos próximos 5 anos |
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Arlindo Alves, Joseph Ash, Artur Trindade, Santos Pereira, Paulo Inácio, Palha da Silva e Stephen Whyte
O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, anunciou em Alcobaça, no dia 3 de setembro, a aprovação por parte do Governo do plano geral de trabalhos de desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos, apresentado pela Mohave Oil & Gas Corporation. A empresa canadiana propõe-se investir em Portugal, ao longo dos próximos 5 anos, cerca de 230 milhões de euros. O plano representa também a criação de 200 postos de trabalho diretos e cerca de 1400 indiretos. A empresa espera ainda produzir cerca de 8 mil barris de petróleo bruto destinado, após tratamento, a gás e/ou petróleo, segundo adiantou o CEO da Mohave Joseph Ash.
O anúncio foi feito à margem da visita do ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira e do secretário de Estado da Energia Artur Trindade ao local onde irão realizar-se os trabalhos de exploração e perfuração da Mohave, na Quinta do Telheiro, em Alcobaça. Antes da deslocação ao local, a comitiva visitou o Parque de Negócios de Alcobaça, onde esteve presente uma exposição representativa de algumas das principais empresas do concelho, e onde se assinou o protocolo de aquisição de 50% de uma das concessões da Mohave em Portugal, pela Galp Energia.
A Mohave Oil & Gas Corporation começou esta semana os trabalhos de perfuração, que se estima durarem 50 dias, esperando atingir uma profundidade que deverá chegar aos 4 mil metros. A Mohave, a operar em Portugal há vários anos, já investiu no nosso país 127 milhões de euros, dos quais cerca de 48 milhões em 2011, e irá investir cerca de 230 milhões de euros no âmbito deste plano de desenvolvimento, ao longo dos próximos 5 anos.
Carla Moreira (Arfai-IGM), Paulo Inácio, Artur Trindade e Álvaro Santos Pereira
Na ocasião, Álvaro Santos Pereira referiu que o Governo aprovou recentemente em Conselho de Ministro “uma Estratégia Nacional para os Recursos Geológicos, em que pela primeira vez em 30 anos são estabelecidas as linhas orientadoras e estratégicas para este sector, adaptando-o finalmente ao século XXI”, e passando a vê-la como “uma fonte potencial de captação de investimento, de criação de emprego e de receita para o Estado.”
Além dos dividendos a criar para o Estado, a indústria dos hidrocarbonetos pode ser uma “alavanca do desenvolvimento regional”, onde “os recursos têm de ser explorados onde existem, trazendo consigo uma melhoria da qualidade de vida das populações locais”, salientou Álvaro Santos Pereira.
Joseph Ash, CEO da Mohave Oil & Gas Corporation, reforçou o entusiasmo da empresa em começar os trabalhos em Alcobaça, garantindo que “a economia local irá sentir os efeitos da nossa estada aqui”, já que a empresa irá investir “nos próximos 5 anos, 230 milhões de euros em Portugal” e “criar 200 postos de trabalho diretos e cerca de 1400 indiretos”. Recorde-se que a Mohave Oil & Gas Corporation tem em Portugal 5 concessões que se estendem desde Torres Vedras até à Figueira da Foz. O responsável adiantou também, que segundo estudos que a empresa já dispõe, a estimativa de produção de hidrocarbonetos será de cerca de “8 mil barris diários de petróleo bruto”, destinados a petróleo e/ou gás.
Por seu turno, Paulo Inácio, presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, congratulou-se pelo investimento que a Mohave Oil & Gas Corporation está a fazer no concelho, e apelou ao ministro da Economia para que o Governo estude e aprove legislação que permita aos municípios receberam contrapartidas pela exploração de hidrocarbonetos nos seus concelhos.
Visita à plataforma da Mohave
Após a visita à plataforma de perfuração da Mohave Oil & Gas Corporation, Álvaro Santos Pereira destacou em declarações aos jornalistas que “pela primeira vez temos um plano geral de trabalhos de desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos, apresentado por uma empresa em Portugal” e que estarmos “a falar também em cerca de 230 milhões de euros que serão investidos em Portugal, que terão um impacto muito assinalável para a economia local e nacional."
O ministro considera que “este investimento dá indícios bastante animadores de que haverá petróleo em Portugal” e é “um sinal de confiança nos nossos recursos naturais”, lembrando que “nós precisamos de aproveitar da melhor forma a exploração dos nossos recursos naturais e é isso que vamos fazer”.
Em resposta ao pedido efetuado por Paulo Inácio relativamente às contrapartidas para os municípios, Álvaro Santos Pereira referiu que “no âmbito dos recursos geológicos, o desenvolvimento regional e as comunidades locais são fundamentais, porque não se pode fazer investimento sem as comunidades locais”, pelo que “obviamente que isso será uma questão a tratar pelo Estado".
Mónica Alexandre |
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04-09-2012 |
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3set2012
via facebook JERO
Bom dia Alcobaça.Bom dia Sr.Ministro
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