2020
4A/75D/AVÔ
pensar/INTErrOGAR...questionar...duviDAR...ter ideias...
atreVER-me e não censurar-me...concluIR e ir ao terreno, à luta
e voltar a pensar/lutar
***
2019
III-LXXVIII-AVÔ
ao anoiteCER
TU E EU
fizemos aconTECER
instante d' entrosamento
d' entreLAÇOS
de bELOS gestos TERnos.
Voltei a rugIR como um leão
susPIREI
presSIonei o meu CORação
que (nota-se) está fraco
***
2018
2/75aVÔ
sou mui pequenininhOO
tb sei que sou gigante
em tanta acção
e dePOIS
sonhO, sonhOO, sonhOOO
*
5.55'.5"...a laranjeira plantado pelo meu saudoso irmão Virgílio (que acompanhei os últimos dias de vida, com a supercuidadora, minha cunhada) é o meu despertador matinal...passarada cantante... verDÃO-orquestra...ponto d' encontro de 1 bando...planeiam o dia...dão-me as dicas ambientais para + 1 jornada...
***
2017
Um+75avÔ
6.6.6"...oceano e camada de nuVENS confundem-se...a serra tb está escondida em NUvens densas a fervilhar condensAÇÕES...o CCCela e depósito d' Água...da minha casa da Cela d' Alcobaça que vos abRRaça: 1 bELO dia para todos(as)...
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10211821406202040&set=pcb.10211821406642051&type=3&theater
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5.55'.5"...a laranjeira plantado pelo meu saudoso irmão Virgílio (QUE ACOMPANHEI os seus últimos dias de vida, com a supercuidadora Minha cunhada) é o meu despertador matinal...passarada cantante... verDÃO-orquestra...ponto d' encontro de 1 bando...planeiam o dia...dão-me as dicas ambientais para + 1 jornada...
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10211821340600400&set=pcb.10211821341040411&type=3&theater
***
2016
75.avÔ
+1 extraordináRIO
AMAnheCER
*
abrir o dia
com palavras voadoras
plenas de soRRisos
*
td é importante em ti
quando estou contigo
mas o teu cheiro
ontem
tinha uma força especial
entrou dentro de mim
e fez-me soRRir
de olhos fechados
bem abertos para o ÂMAgo
eu e tu
tu e eu
nós
***
2019...memórias deste dia:
MinistéRIO da Cultura vai medalhar António Borges Coelho...Mérito Cultural...um percurso de vida caracterizado por uma intensa actividade política e académica..."(...) A História é a história dos homens e a história dos homens envolve a política. A École des Analles, que me influenciou também muito, deu particular importância à história económica e à história social; e a história social vem também da influência de Marx. Sobre esta história do marxista e do não- marxista posso-lhe dizer que sou marxista. Mas sou, de facto, no terreno? O Marx criou um modelo de História? Tudo isso é muito complicado. O Marx influenciou-me. A luta de classes? Sim, há a luta de classes. A ideia de luta de classes não é dele, ele pô-la em primeiro plano. Isso foi fundamental no meu trabalho e é fundamental hoje. Inclusive os que negam a obra de Marx utilizam-na brutalmente para evitar os seus efeitos. Agora se tudo é Marx? Antes e depois? Que ele envolveu tudo o que veio antes e que parou ali o movimento filosófico, social e político? Isso para mim é um absurdo. Olhando para o que escrevi, inicialmente fui muito marcado, mas fui desde logo marcado pelos Analles; e pelo [Vitorino] Magalhães Godinho, que li em Peniche — não li Marx em Peniche, li-o cá fora, antes de ir para a prisão. Os leitores e os historiadores voltados para a historiografia dirão muito melhor do que eu o que foram as minhas influências. Porque as minhas influências no sentido filosófico vêm muito de trás. Eu tive uma cultura filosófica, desde os gregos aos filósofos modernos. Li menos os filósofos contemporâneos, mas da história da Filosofia, li originais, não li o que é que escrevem sobre os originais. Que moldam e moldaram o meu pensamento. O próprio Espinosa. Fui à procura da influência dele, dos cristãos novos para a cultura portuguesa, e o que encontrei mais profundamente foi a ele próprio.
Já falou de Peniche como determinante, mas não falou em concreto sobre o que o levou à prisão. É uma história cheia de detalhes que ajudam a defini-lo.
Fui parar a Peniche porque era funcionário do PC e porque me entraram em casa duas brigadas da PIDE. Eu vivia numa casa na Rua dos Ferreiros, a Santa Catarina, e a casa tinha uma pia para a cozinha e uma pia para os humanos; tinha na sala uma divisória onde eu tinha um divã e os donos da casa tinham um quarto e tinham a cozinha. Entraram duas brigadas aí ao meio-dia e fui levado para a PIDE.
O que encontraram?
Uma mala cheia de papéis, impediram-me de chegar às janelas, mas quando cheguei ao poial da porta dei os gritos mais altos da minha vida. Viva a Liberdade! Viva a Democracia! E o último: Abaixo a PIDE! E quando disse “abaixo a PIDE!”, as pessoas que iam na rua viraram costas ao sentido de marcha e diziam "está ali um maluco qualquer"; "aquele gajo enlouqueceu". E lá vou eu lá para cima, para as salas da tortura. Mas quando ia a subir a escada, as calças tinham o bolso roto e o lenço começou-me a cair pelas pernas abaixo. Eu baixei-me para o apanhar e o PIDE dá um salto. "Onde é que está a pistola?" [risos] E lá vou, para fazer estátua, permanecer em pé. Estava lá uma cadeira e eu sentei-me na cadeira. O PIDE dizia-me que eu não podia estar ali sentado. Mas eu ficava, ate que vieram mais, viram que eu estava muito verde e acabaram o princípio da estátua e mandaram-me para as celas do Aljube, onde estive seis meses seguidos numa cela da largura do meu corpo, com muito pouca luz, com um bailique que descia à noite para eu dormir.
Como acha que sobreviveu a isso sem enlouquecer?
Eu tive um ataque. Fiz greve de fome nas celas, fui levado para a enfermaria, na enfermaria entrei em contacto com os vizinhos do Aljube e eles aperceberam-se e puseram-me numa cela durante uma semana em que não havia sequer luz. Era sempre escuro, sempre noite. A memória é a nossa defesa. (...)"
https://uniralcobaca.blogspot.com/2018/10/657614outubro20181010-antonio-borges.html
***
2018
Governo PSócrates lixou-me 7 anos a mais de trabalho do que contratei...AgHora em mAIo2018 não me pagaram o primeiro mês de pensão... o mesmo ministro Vieira da Silva, AgHora no governo PSCosta...Não metem trabalhadores na CGAposentações...Não há médicos nem enfermeiros porque a amiga UE, apoiada pelos pró/ euro PS.PSD.CDS preferem pagar vários mil milhões de euros de dívida (criada por quem?) e 7 mil milhões de euros de juros por ano!!!...Não querem promover o essencial: a renegociação da dívida
Faltam
158 enfermeiros no Hospital S. João porque o Governo PS prefere usar os
recursos do País para o pagamento dos juros da dívida pública (cerca de
35 mil milhões até 2022).
A dívida pública continua a ser um sorvedouro de recursos nacionais, travão ao desenvolvimento e instrumento de sujeição do País às grandes potências e ao grande capital. O País continua a despender por ano mais de 7 mil milhões de euros de recursos públicos para pagamento de juros e gasta mais de 2 mil milhões de euros nas PPP e em contratos SWAP, recursos que são indispensáveis para melhorar os serviços públicos, aumentar rendimentos e dinamizar o investimento e a produção nacional.
Sem uma solução de renegociação, nos seus prazos, juros e montantes, como aquela que o PCP propôs e propõe, a dívida continuará a travar o desenvolvimento económico e social do nosso País por muitas décadas.
#pcp #renegociaradívida #defenderosns
* A dívida pública continua a ser um sorvedouro de recursos nacionais, travão ao desenvolvimento e instrumento de sujeição do País às grandes potências e ao grande capital. O País continua a despender por ano mais de 7 mil milhões de euros de recursos públicos para pagamento de juros e gasta mais de 2 mil milhões de euros nas PPP e em contratos SWAP, recursos que são indispensáveis para melhorar os serviços públicos, aumentar rendimentos e dinamizar o investimento e a produção nacional.
Sem uma solução de renegociação, nos seus prazos, juros e montantes, como aquela que o PCP propôs e propõe, a dívida continuará a travar o desenvolvimento económico e social do nosso País por muitas décadas.
#pcp #renegociaradívida #defenderosns
hj teremos a estreia de FLOR E O MAIOR TESOURO DA TERRA
um musical com o FILIPE DE MOURA, do Vimeiro, d' ALCOBAÇA que vos abRRaça
https://www.facebook.com/municipioalcobaca/photos/gm.233935117362432/1729114367171117/?type=3&theater
*
Eutanásia...2.491...Unir...
António Filipe (PCP):
Há
quem ataque o PCP mas não tenha lido/ouvido, com calma, as razões do
votar contra a PROVOCAÇÃO DA MORTE ANTECIPADA/Eutanásia/assistência ao
suicídio...O BE pela MARiana mortÁGUA, vergonhosamente, tentou colar o
PCP ao CDS e a Cavaco..."O debate para que hoje somos convocados nesta
Assembleia não se resume a um dilema da consciência individual de cada
um perante as circunstâncias da sua própria morte. Não. O que hoje aqui
está em discussão é uma opção de política legislativa do Estado, de
extrema complexidade e com profundas implicações sociais.
A opção legislativa sobre a eutanásia não pode ser apresentada como uma matéria de opção ou reserva individual, assente na autonomia da vontade que é reconhecida a cada indivíduo.
O princípio constitucional da inviolabilidade da vida humana implica, sejam quais forem as circunstâncias, um dever do Estado e da sociedade para com a defesa da vida e da dignidade da pessoa humana.
O que aqui somos chamados a discutir são as circunstâncias em que o legislador deve reconhecer aos cidadãos o direito a requerer a antecipação do fim da sua vida, que procedimentos devem ser adoptados para que o Estado deva deferir ou indeferir esse requerimento e qual será o modo da sua execução em caso de deferimento.
Ninguém vive nem morre sozinho. As situações que possam levar um cidadão a pedir a antecipação da sua própria morte são inseparáveis das condições em que lhe é dado viver os últimos tempos de vida. Que alguém pretenda antecipar o fim da sua vida porque não tem garantidos os cuidados necessários para um fim de vida sem sofrimento, ou porque lhe são recusados os meios materiais para que tenha um final de vida em condições de dignidade, ou porque não lhe é garantido o necessário apoio na falta de apoio familiar, só merece compreensão, solidariedade e apoio para que tenha uma verdadeira alternativa.
Mas que o mesmo Estado que não garante aos seus cidadãos as condições para um fim de vida digno, lhes garanta condições para pôr termo à vida em nome da dignidade, isso sim, é, para o PCP, inaceitável.
O PCP recusa por isso a ideia de que este seja um debate sobre a dignidade da vida ou da morte. A dignidade da vida não se assegura com a consagração legal do direito à antecipação da morte.
A vida humana não é digna apenas enquanto pode ser vivida no uso pleno das capacidades e faculdades físicas e mentais e a sociedade deve assegurar condições para uma vida digna em todas as fases do percurso humano. O PCP recusa por isso a ideia de que uma pessoa “com lesão definitiva ou doença incurável” ou “em sofrimento extremo” seja afectada por tal circunstância na dignidade da sua vida.
Não há nesta posição do PCP qualquer insensibilidade perante o sofrimento humano.
O PCP continuará a lutar para a concretização, no plano político e legislativo, de medidas que respondam às necessidades plenas dos utentes do Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente no reforço de investimento sério nos cuidados paliativos, incluindo domiciliários; na garantia do direito de cada um a recusar submeter-se a determinados tratamentos; na garantia de a prática médica não prolongar artificialmente a vida; no desenvolvimento, aperfeiçoamento e direito de acesso de todos à utilização dos recursos que a ciência pode disponibilizar, de forma a garantir a cada um, até ao limite da vida, a dignidade devida a cada ser humano.
A oposição do PCP à eutanásia radica na ideia de que o dever indeclinável do Estado é mobilizar os avanços técnicos e científicos para assegurar o aumento da esperança de vida e não para a encurtar.
A ciência já hoje dispõe de recursos que, se utilizados e acessíveis, permitem diminuir ou eliminar o sofrimento físico e psicológico. Cada cidadão dispõe já hoje de instrumentos jurídicos como o “testamento vital” para fazer valer a sua decisão individual quanto a atos clínicos que pretenda, ou não, receber. A prática médica garante o não prolongamento artificial da vida, respeitando a morte como processo natural e recusando o seu protelamento através da obstinação terapêutica.
Perante os problemas do sofrimento humano, da doença, da deficiência ou da incapacidade, a solução não é a de desresponsabilizar a sociedade promovendo a morte antecipada das pessoas nessas circunstâncias, mas sim a do progresso social no sentido de assegurar condições para uma vida digna, mobilizando todos os meios e capacidades sociais, a ciência e a tecnologia para debelar o sofrimento e a doença e assegurar a inclusão social e o apoio familiar.
O que se impõe é que o avanço e progresso civilizacionais e o aumento da esperança de vida decorrente da evolução científica sejam convocados para garantir uma vida com condições materiais dignas em todas as suas fases.
Dirão os proponentes das iniciativas em debate, que a possibilidade da morte antecipada que propõem em nada obsta ao investimento em cuidados paliativos. Mas o que ninguém poderá negar, se as iniciativas forem aprovadas, é que o mesmo Estado que não garante condições para eliminar o sofrimento em vida passa a garantir condições para o eliminar pela morte.
O projecto de sociedade que o PCP defende baseia-se numa concepção profundamente humanista, que não desiste da vida, que luta por condições de vida dignas para todos e que exige políticas que as assegurem desde logo pelas condições materiais necessárias na vida, no trabalho e na sociedade.
Ao contrário do que aconteceu em 1998 e em 2007 com a luta pela despenalização da interrupção voluntária da gravidez, a despenalização da eutanásia não viria resolver nenhum dos graves problemas sociais que afectam a sociedade portuguesa.
No caso da IVG, havia mulheres condenadas por ter abortado. Havia julgamentos em curso e humilhações públicas. Havia milhares de mulheres que punham a vida em risco por ter de recorrer ao aborto clandestino. Havia um flagelo social que era preciso resolver e o PCP lutou para que a Assembleia da República assumisse a responsabilidade de legislar sem estar dependente da incerteza de consultas referendárias, sempre em defesa da vida e da dignidade das mulheres.
Nada parecido com isso está agora em causa. A morte antecipada nem sequer constava dos programas eleitorais apresentados em 2015, e ao invés, o que constitui um grave problema social que deve ser resolvido, é o da capacitação do SNS para dar resposta às necessidades de cuidados de saúde da população, incluindo ao nível dos cuidados paliativos, e o da criação de condições de apoio social que garantam condições de vida dignas a todos os cidadãos. Essa sim, deve ser a principal preocupação do legislador.
Os projectos que hoje aqui foram apresentados, assumem como preocupação, rodear a decisão sobre a morte antecipada de diversas cautelas processuais, de modo a evitar a acusação de que a legislação proposta poderia dar lugar a uma “rampa deslizante”, em que a eutanásia seria aplicada a casos não expressamente previstos pelo legislador.
Acreditamos que a intenção dos proponentes seja a de evitar essa “rampa deslizante”, mas isso não nos permite ignorar que nos poucos países europeus onde a eutanásia é permitida, e que são a excepção e não a regra, essa “rampa deslizante” é um facto indesmentível, e não se compadece com cautelas impostas pelo legislador.
Na Holanda, onde as cautelas da lei são muitas - o doente devia estar consciente, num sofrimento insuportável e sem perspetivas ou esperanças de melhoras – a eutanásia já representava, em 2016, 4% dos óbitos do país (6091 casos, incluindo 32 pessoas com demências e 60 pessoas com problemas psiquiátricos) e passou a ser aplicada também a doentes inconscientes desde que um médico considere que estão em sofrimento extremo. Na Suiça, pelo simples facto de na legislação o incitamento e assistência ao suicídio só ser punido se for motivado por “motivos egoístas”, instalou-se um verdadeiro negócio internacional da morte antecipada, de intenções supostamente benévolas e de tipo associativo, através de instituições designadas “dignitas” e “exit” que a troco de elevadas quantias se encarregam de ajudar ao suicídio. Os critérios são supostamente rigorosos: o doente tem de ter discernimento e manifestar a sua vontade consciente e livremente, o seu pedido tem de ser sério e reiterado, a sua doença tem de se revelar incurável, o sofrimento físico ou psíquico que o atinja tem de ser intolerável e o prognóstico do desfecho da doença tem de ser a morte ou, pelo menos, uma incapacidade grave. Tudo parece muito rigoroso, mas a natureza do capitalismo encarrega-se de tornar tudo muito mais fácil.
Poder-se-á dizer que nenhum dos textos hoje aqui apresentados permitiria supor que em Portugal acontecessem situações como essas. Mas a legislação da Suiça ou da Holanda também não. O legislador limitou-se a abrir cautelosamente a porta. Alguém mais se encarregou de a arrombar.
Não se trata, da nossa parte, de instaurar processos de intenções quanto aos resultados a que conduziria a aprovação da legislação que nos é proposta.
Trata-se apenas de não ter a ingenuidade de pensar que soluções legislativas iguais possam produzir inevitavelmente resultados diferentes.
Para o PCP, a eutanásia não é um sinal de progresso mas um passo no sentido do retrocesso civilizacional, com profundas implicações sociais, comportamentais e éticas.
Num quadro em que o valor da vida humana surge relativizado com frequência em função de critérios de utilidade social, de interesses económicos, de responsabilidades e encargos familiares ou de gastos públicos, a legalização da morte antecipada acrescentaria uma nova dimensão de problemas que não é possível ignorar.
Desde logo, introduziria um relevante problema social resultante da pressão do encaminhamento para a morte antecipada de todos aqueles a quem a sociedade recusa a resposta e o apoio numa situação de especial fragilidade ou necessidade.
O PCP decidiu votar contra todos os projectos que visem a legalização da eutanásia.
Não se trata de uma decisão tomada de ânimo leve. Respeitamos opiniões diversas baseadas em situações e sentimentos de particular sensibilidade.
Não ignoramos incompreensões e diferenças de opinião de pessoas que muito respeitamos e com que continuamos a contar nas muitas lutas que travamos todos os dias pela dignidade da pessoa humana e pela efectivação dos direitos fundamentais do nosso povo.
Mas a decisão do PCP é assumida com a convicção de traduzir um projecto político de transformação e progresso social e uma concepção humanista da vida.
A posição do PCP de recusa da eutanásia não radica em considerações morais ou religiosas. Radica na consideração de que o que deve prevalecer nas opções do legislador é o valor intrínseco da vida e não a valoração da vida humana em função da sua utilidade, de interesses económicos, ou de discutíveis padrões de dignidade social.
É a posição de quem identifica na acção do ser humano e na sua intervenção social o elemento transformador da realidade social e o elemento decisivo para os avanços científicos e tecnológicos que permitiram ao longo da história prolongar a esperança de vida e melhorar os indicadores de saúde e que, no sentido do progresso social, hão-de permitir debelar o sofrimento e a doença e assegurar condições de vida dignas a todos os cidadãos, em todas as fases da vida.
Disse.
12 posts informativos cujo 1.º: https://www.facebook.com/…/pcb.205042322…/2050422808610373/…
***A opção legislativa sobre a eutanásia não pode ser apresentada como uma matéria de opção ou reserva individual, assente na autonomia da vontade que é reconhecida a cada indivíduo.
O princípio constitucional da inviolabilidade da vida humana implica, sejam quais forem as circunstâncias, um dever do Estado e da sociedade para com a defesa da vida e da dignidade da pessoa humana.
O que aqui somos chamados a discutir são as circunstâncias em que o legislador deve reconhecer aos cidadãos o direito a requerer a antecipação do fim da sua vida, que procedimentos devem ser adoptados para que o Estado deva deferir ou indeferir esse requerimento e qual será o modo da sua execução em caso de deferimento.
Ninguém vive nem morre sozinho. As situações que possam levar um cidadão a pedir a antecipação da sua própria morte são inseparáveis das condições em que lhe é dado viver os últimos tempos de vida. Que alguém pretenda antecipar o fim da sua vida porque não tem garantidos os cuidados necessários para um fim de vida sem sofrimento, ou porque lhe são recusados os meios materiais para que tenha um final de vida em condições de dignidade, ou porque não lhe é garantido o necessário apoio na falta de apoio familiar, só merece compreensão, solidariedade e apoio para que tenha uma verdadeira alternativa.
Mas que o mesmo Estado que não garante aos seus cidadãos as condições para um fim de vida digno, lhes garanta condições para pôr termo à vida em nome da dignidade, isso sim, é, para o PCP, inaceitável.
O PCP recusa por isso a ideia de que este seja um debate sobre a dignidade da vida ou da morte. A dignidade da vida não se assegura com a consagração legal do direito à antecipação da morte.
A vida humana não é digna apenas enquanto pode ser vivida no uso pleno das capacidades e faculdades físicas e mentais e a sociedade deve assegurar condições para uma vida digna em todas as fases do percurso humano. O PCP recusa por isso a ideia de que uma pessoa “com lesão definitiva ou doença incurável” ou “em sofrimento extremo” seja afectada por tal circunstância na dignidade da sua vida.
Não há nesta posição do PCP qualquer insensibilidade perante o sofrimento humano.
O PCP continuará a lutar para a concretização, no plano político e legislativo, de medidas que respondam às necessidades plenas dos utentes do Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente no reforço de investimento sério nos cuidados paliativos, incluindo domiciliários; na garantia do direito de cada um a recusar submeter-se a determinados tratamentos; na garantia de a prática médica não prolongar artificialmente a vida; no desenvolvimento, aperfeiçoamento e direito de acesso de todos à utilização dos recursos que a ciência pode disponibilizar, de forma a garantir a cada um, até ao limite da vida, a dignidade devida a cada ser humano.
A oposição do PCP à eutanásia radica na ideia de que o dever indeclinável do Estado é mobilizar os avanços técnicos e científicos para assegurar o aumento da esperança de vida e não para a encurtar.
A ciência já hoje dispõe de recursos que, se utilizados e acessíveis, permitem diminuir ou eliminar o sofrimento físico e psicológico. Cada cidadão dispõe já hoje de instrumentos jurídicos como o “testamento vital” para fazer valer a sua decisão individual quanto a atos clínicos que pretenda, ou não, receber. A prática médica garante o não prolongamento artificial da vida, respeitando a morte como processo natural e recusando o seu protelamento através da obstinação terapêutica.
Perante os problemas do sofrimento humano, da doença, da deficiência ou da incapacidade, a solução não é a de desresponsabilizar a sociedade promovendo a morte antecipada das pessoas nessas circunstâncias, mas sim a do progresso social no sentido de assegurar condições para uma vida digna, mobilizando todos os meios e capacidades sociais, a ciência e a tecnologia para debelar o sofrimento e a doença e assegurar a inclusão social e o apoio familiar.
O que se impõe é que o avanço e progresso civilizacionais e o aumento da esperança de vida decorrente da evolução científica sejam convocados para garantir uma vida com condições materiais dignas em todas as suas fases.
Dirão os proponentes das iniciativas em debate, que a possibilidade da morte antecipada que propõem em nada obsta ao investimento em cuidados paliativos. Mas o que ninguém poderá negar, se as iniciativas forem aprovadas, é que o mesmo Estado que não garante condições para eliminar o sofrimento em vida passa a garantir condições para o eliminar pela morte.
O projecto de sociedade que o PCP defende baseia-se numa concepção profundamente humanista, que não desiste da vida, que luta por condições de vida dignas para todos e que exige políticas que as assegurem desde logo pelas condições materiais necessárias na vida, no trabalho e na sociedade.
Ao contrário do que aconteceu em 1998 e em 2007 com a luta pela despenalização da interrupção voluntária da gravidez, a despenalização da eutanásia não viria resolver nenhum dos graves problemas sociais que afectam a sociedade portuguesa.
No caso da IVG, havia mulheres condenadas por ter abortado. Havia julgamentos em curso e humilhações públicas. Havia milhares de mulheres que punham a vida em risco por ter de recorrer ao aborto clandestino. Havia um flagelo social que era preciso resolver e o PCP lutou para que a Assembleia da República assumisse a responsabilidade de legislar sem estar dependente da incerteza de consultas referendárias, sempre em defesa da vida e da dignidade das mulheres.
Nada parecido com isso está agora em causa. A morte antecipada nem sequer constava dos programas eleitorais apresentados em 2015, e ao invés, o que constitui um grave problema social que deve ser resolvido, é o da capacitação do SNS para dar resposta às necessidades de cuidados de saúde da população, incluindo ao nível dos cuidados paliativos, e o da criação de condições de apoio social que garantam condições de vida dignas a todos os cidadãos. Essa sim, deve ser a principal preocupação do legislador.
Os projectos que hoje aqui foram apresentados, assumem como preocupação, rodear a decisão sobre a morte antecipada de diversas cautelas processuais, de modo a evitar a acusação de que a legislação proposta poderia dar lugar a uma “rampa deslizante”, em que a eutanásia seria aplicada a casos não expressamente previstos pelo legislador.
Acreditamos que a intenção dos proponentes seja a de evitar essa “rampa deslizante”, mas isso não nos permite ignorar que nos poucos países europeus onde a eutanásia é permitida, e que são a excepção e não a regra, essa “rampa deslizante” é um facto indesmentível, e não se compadece com cautelas impostas pelo legislador.
Na Holanda, onde as cautelas da lei são muitas - o doente devia estar consciente, num sofrimento insuportável e sem perspetivas ou esperanças de melhoras – a eutanásia já representava, em 2016, 4% dos óbitos do país (6091 casos, incluindo 32 pessoas com demências e 60 pessoas com problemas psiquiátricos) e passou a ser aplicada também a doentes inconscientes desde que um médico considere que estão em sofrimento extremo. Na Suiça, pelo simples facto de na legislação o incitamento e assistência ao suicídio só ser punido se for motivado por “motivos egoístas”, instalou-se um verdadeiro negócio internacional da morte antecipada, de intenções supostamente benévolas e de tipo associativo, através de instituições designadas “dignitas” e “exit” que a troco de elevadas quantias se encarregam de ajudar ao suicídio. Os critérios são supostamente rigorosos: o doente tem de ter discernimento e manifestar a sua vontade consciente e livremente, o seu pedido tem de ser sério e reiterado, a sua doença tem de se revelar incurável, o sofrimento físico ou psíquico que o atinja tem de ser intolerável e o prognóstico do desfecho da doença tem de ser a morte ou, pelo menos, uma incapacidade grave. Tudo parece muito rigoroso, mas a natureza do capitalismo encarrega-se de tornar tudo muito mais fácil.
Poder-se-á dizer que nenhum dos textos hoje aqui apresentados permitiria supor que em Portugal acontecessem situações como essas. Mas a legislação da Suiça ou da Holanda também não. O legislador limitou-se a abrir cautelosamente a porta. Alguém mais se encarregou de a arrombar.
Não se trata, da nossa parte, de instaurar processos de intenções quanto aos resultados a que conduziria a aprovação da legislação que nos é proposta.
Trata-se apenas de não ter a ingenuidade de pensar que soluções legislativas iguais possam produzir inevitavelmente resultados diferentes.
Para o PCP, a eutanásia não é um sinal de progresso mas um passo no sentido do retrocesso civilizacional, com profundas implicações sociais, comportamentais e éticas.
Num quadro em que o valor da vida humana surge relativizado com frequência em função de critérios de utilidade social, de interesses económicos, de responsabilidades e encargos familiares ou de gastos públicos, a legalização da morte antecipada acrescentaria uma nova dimensão de problemas que não é possível ignorar.
Desde logo, introduziria um relevante problema social resultante da pressão do encaminhamento para a morte antecipada de todos aqueles a quem a sociedade recusa a resposta e o apoio numa situação de especial fragilidade ou necessidade.
O PCP decidiu votar contra todos os projectos que visem a legalização da eutanásia.
Não se trata de uma decisão tomada de ânimo leve. Respeitamos opiniões diversas baseadas em situações e sentimentos de particular sensibilidade.
Não ignoramos incompreensões e diferenças de opinião de pessoas que muito respeitamos e com que continuamos a contar nas muitas lutas que travamos todos os dias pela dignidade da pessoa humana e pela efectivação dos direitos fundamentais do nosso povo.
Mas a decisão do PCP é assumida com a convicção de traduzir um projecto político de transformação e progresso social e uma concepção humanista da vida.
A posição do PCP de recusa da eutanásia não radica em considerações morais ou religiosas. Radica na consideração de que o que deve prevalecer nas opções do legislador é o valor intrínseco da vida e não a valoração da vida humana em função da sua utilidade, de interesses económicos, ou de discutíveis padrões de dignidade social.
É a posição de quem identifica na acção do ser humano e na sua intervenção social o elemento transformador da realidade social e o elemento decisivo para os avanços científicos e tecnológicos que permitiram ao longo da história prolongar a esperança de vida e melhorar os indicadores de saúde e que, no sentido do progresso social, hão-de permitir debelar o sofrimento e a doença e assegurar condições de vida dignas a todos os cidadãos, em todas as fases da vida.
Disse.
12 posts informativos cujo 1.º: https://www.facebook.com/…/pcb.205042322…/2050422808610373/…
2016
s.MARtinho
by João Patrício
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by João Moura
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*
by Fernanda Matias
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1609470529381324&set=pcb.10154315990873969&type=3&theater
**
paREDES bY Adelino Pataias
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2015...memórias deste dia:
Como há 1 ano...Estamos na Luta...6jun vamos Marchar em e na LIBERDADE...A censura à governação ao serviço dos agiotas...2014
PCP censurou o governo PSD.CDS
http://www.avante.pt/pt/2113/assembleiadarepublica/130551/
(...) O que a situação do País evidencia é, garante o PCP, uma política patriótica e de esquerda que «retome os valores de Abril e dê cumprimento ao projecto de progresso e justiça social que a Constituição da República consagra»(...)
Intervenção de JSousa:
http://www.pcp.pt/perman%C3%AAncia-do-atual-governo-e-o-pro…
http://www.pcp.pt/em-que-realidade-%C3%A9-que-o-primeiro-mi…
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vivaaaaaaaaa Portugal... Pedro “Paquito” Ramalho é Campeão do Mundo de Jiu-Jitsu!.. do Team Manoel Neto JJ...
*
E hj Temos que dar paraBÉNS À orquestra da sf.VESTIARENSE (sou fã!!!) d'ALCOBAÇA que vos abRRaça
festeja 30, no dia 30, às 21h e 30'!!!
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10203755923287962&set=p.10203755923287962&type=3&theater
*
paREDES by Adelino Pataias
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10153350934564819&set=a.10150262398389819.346034.835759818&type=3&theater
*
Ana Moura em Alcobaça
na inauguração do Jardim do Amor
https://www.youtube.com/watch?v=JAgsROsJVnQ&list=PL69T7YWkeY3UfvmS3L3AI8XG4vSEwPr3u
*
hj e amanhã
Festa na EPADRCister
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2014/05/79878maio2014755-30maio-1-junho.html
*
Inauguração da obra da Levada
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2013/12/727827dez20131414-desmazelos-do-estado.html
*
hj e amanhã há a Semana do acordeão
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2014/04/788722abril2014188-alcobaca-e-terra-d.html
*
Hj os Gambuzinos fazem 2ª apresentação da
Comédia Mosqueta
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2014/05/805317maio2014843-passaroxnova-peca-dos.html
*
+1 para o mar d' eventos deste fds...hj e amanhã BÁRRIO EM FESTA...30 e 31 maio2015... 1 vivaaaaaaaaaa à freguesia do Bárrio no seu 82º aniversário
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2014/09/876824set2014848-4out20141930-festival.html
*
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10203755923287962&set=p.10203755923287962&type=3&theater
*
no mar d' eventos deste concelho...hj tb há Fados no CDPataiense, d'ALCOBAÇA que vos abRRaça
*
tb há festa à beira Lagoa de Pataias...d'ALCOBAÇA que vos abRRaça...Pataias é uma das 3 Universidades Séniores do nosso concelho...Saudamos estas 3 equipas extraordinárias!!!
*
Pisões tb continua em festa até 2.ª fª!!!...+1 festa neste mar d'eventos em ALCOBAÇA que vos abRRaça
*
tb hj às 21h30'...há teatro na Maiorga!!! em ALCOBAÇA que vos abRRaça é + fácil perguntar: O que não há hj???
https://www.facebook.com/oalcoa/photos/a.330641550287640.87229.330628883622240/985369124814876/?type=3&theater
***
2014...memórias deste dia:
PCP censurou o governo PSD.CDS
http://www.avante.pt/pt/2113/assembleiadarepublica/130551/
(...) O que a situação do País evidencia é, garante o PCP, uma política patriótica e de esquerda que «retome os valores de Abril e dê cumprimento ao projecto de progresso e justiça social que a Constituição da República consagra»(...)
Intervenção de JSousa:
http://www.pcp.pt/perman%C3%AAncia-do-atual-governo-e-o-prosseguimento-da-sua-pol%C3%ADtica-p%C3%B5e-em-causa-o-futuro-do-pa%C3%ADs
http://www.pcp.pt/em-que-realidade-%C3%A9-que-o-primeiro-ministro-vive
*
Pergunta de Francisco Lopes ao Primeiro-Ministro no debate da Moção de Censura do PCP ao Governo
http://www.pcp.pt/node/271770
*
Pergunta de Paula Santos ao Primeiro-Ministro no debate da Moção de Censura do PCP ao Governo
http://www.pcp.pt/node/271771
*
Pergunta de António Filipe ao Primeiro-Ministro no debate da Moção de Censura do PCP ao Governo
http://www.pcp.pt/node/271772
*
Pergunta de Paulo Sá
http://www.pcp.pt/node/271773
*
Carla Cruz
http://www.pcp.pt/node/271774
*
Miguel Tiago
http://www.pcp.pt/node/271775
*
João Oliveira
http://www.pcp.pt/node/271776
*
o texto da moção
http://www.pcp.pt/node/271748
*
NESTE DIA...logo de manhã...PCP CENSURA o governo psd.cds!!!
"O que a situação do País evidencia é, garante o PCP, uma política patriótica e de esquerda que «retome os valores de Abril e dê cumprimento ao projecto de progresso e justiça social que a Constituição da República consagra». Esta moção de censura, conclui-se no texto, «traduz o sentimento popular de rejeição da política de direita e do Governo que a executa» e corresponde à exigência de construção desta política alternativa.
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2014/05/815729maio201488-neste-dia30maiojpessoa.html
**
concerto dos Rolling no Rock in Rio - Lisboa
https://www.youtube.com/watch?v=g5W4k6vD2WY&list=RDg5W4k6vD2WY#t=3
*
https://www.youtube.com/watch?v=aRYokc3VBC4&index=27&list=RDg5W4k6vD2WY
*
NESTE DIA...há 12H-12'-12" começou o conCERto no RiR...inTERvalarr faz mbem à saúde!!!
*
d' AMANHÃ a 8junho ALCOBAÇA que vos abRRaça estará em POLVOROSA...além dos books.movies.exposições.feira do livro.conversas com escritores.lançamentos de livros.homenagem a Manoel de Oliveira...há festas populares de colectividades e religiosas, da freguesia e da orquestra do Bárrio...E DESPORTOOOOOOO E....
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2014/03/771324mar201488-de-31-maio.html
*
juíza prejudica quem sofre da diabetes...pela nossa saúde...partilhar e organizar o protesto...
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2014/05/816730maio201477-pela-nossa.html
*
3h33'3" é um bELO instante para partILHArr pitadinhas de FERNANDO NAMORA:
"ter-te suspensa
do meu lume
na fogosa boca
o ardume
a explodir
tu
ardida e intacta
sonho e nuvem
voz exacta
um soltar
de aves
em pânico
na relva do olhar"
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2014/04/78048abril20141355-fernando-namora.html
*
5h5'5" tá no segundo de partILHArr pitadinhas de NERUDA:
“Amo o pedaço de terra que tu és,
porque das campinas planetárias
outra estrela não tenho. Tu repetes
a multiplicação do universo.
Teus amplos olhos são a luz que tenho
das constelações derrotadas,
tua pele palpita como os caminhos
que percorre na chuva o meteoro.
De tanta lua foram para mim teus quadris,
de todo o sol tua boca profunda e sua delícia,
de tanta luz ardente como mel na sombra
teu coração queimado por longos raios rubros,
e assim percorro o fogo de tua forma beijando-te,
pequena e planetária, pomba e geografia”
*
Hj arrancámos com a página CDU 2013 Autárquicas...Vamos renovar a equipa...Vamos melhorar programas...Vamos continuar a trabalhar para as pessoas e causas de todo o concelho... Estamos confiantes de que vamos eleger a Primeira Presidente de Câmara de Alcobaça: Vanda Furtado Marques!
*
amanhã 10.30...no aud. Biblioteca e depois no Castelo d' Alcobaça que vos abRRaça...Uma excelente ideia duma educadora, com as suas crianças do seu jardim de infância (Casal dos Ramos - Cela) uma escritora da infância e...
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=4857928215365&set=a.1304142612946.2037760.1511918102&type=3
***das constelações derrotadas,
tua pele palpita como os caminhos
que percorre na chuva o meteoro.
De tanta lua foram para mim teus quadris,
de todo o sol tua boca profunda e sua delícia,
de tanta luz ardente como mel na sombra
teu coração queimado por longos raios rubros,
e assim percorro o fogo de tua forma beijando-te,
pequena e planetária, pomba e geografia”
*
Hj arrancámos com a página CDU 2013 Autárquicas...Vamos renovar a equipa...Vamos melhorar programas...Vamos continuar a trabalhar para as pessoas e causas de todo o concelho... Estamos confiantes de que vamos eleger a Primeira Presidente de Câmara de Alcobaça: Vanda Furtado Marques!
*
amanhã 10.30...no aud. Biblioteca e depois no Castelo d' Alcobaça que vos abRRaça...Uma excelente ideia duma educadora, com as suas crianças do seu jardim de infância (Casal dos Ramos - Cela) uma escritora da infância e...
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=4857928215365&set=a.1304142612946.2037760.1511918102&type=3
2013...memórias deste dia:
não podemos ignorar o 1º feriado roubado pelo CDS.PSD.portas.passos.cavaco
https://www.youtube.com/watch?v=s53v4BbUWXY&feature=youtu.be
*
2 pitadinhas: Nuno Júdice e a bb bela baía de S.Mart.do Porto...d'alcobaça que vos abRRaça
'Ao fazer a mala, tenho de pensar em tudo o que lá
vou meter para não me esquecer de nada. Vou ao
dicionário e tiro as palavras que me servirão
de passaporte: uma linha
de horizonte, a altitude e a latitude,
um lugar de passageiro insistente. Dizem-me
que não preciso de mais nada; mas continuo
a encher o saco. Um pôr-do-sol para que
a noite não caia tão depressa, o toque dos teus
cabelos para que a minha mão os não esqueça,
e aquele pássaro num jardim que nasceu
nas traseiras da casa, e canta sem saber
porquê. E outras coisas que poderiam
parecer inúteis, mas de que vou precisar: uma frase
indecisa a meio da noite, a constelação
dos teus olhos quando os abres, e algumas
folhas de papel onde irei escrever o que a tua ausência
me vem ditar. E se me disserem que tenho
excesso de peso, deixarei tudo isto em terra,
e ficarei só com a tua imagem, a estrela
de um sorriso triste, e o eco melancólico
de um adeus.'
foto by José Eduardo Oliveira
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=4368131656058&set=a.1029365188983.3914.1670949754&type=3
*
1bELA pitadinha de Neruda
"
Não te amo como se fosses a rosa de sal, topázio, ou flechas de cravos
que propagam o fogo; Te amo como se amam certas coisas obscuras,
secretamente, entre a sombra e a alma. Te amo como a planta que não
floresce e leva dentro de si, oculta, a luz daquelas flores, e, graças a
teu amor, vive escuro em meu corpo o apertado aroma que ascendeu da
terra. Te amo sem saber como, nem quando, nem onde.Te
amo assim, diretamente sem problemas nem orgulho; Assim te amo porque
não sei amar de outra maneira, senão assim deste modo que não sou nem
és...
Tão perto que tua mão sobre o meu peito é minha, tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho. Antes de amar-te, amor, nada era meu: Vacilei pelas ruas e as coisas, nada contava nem tinha nome, o mundo era do ar que esperava. E conheci salões cinzentos, túneis habitados pela lua, hangares cruéis que se dependiam, perguntas que insistiam na areia. Tudo estava vazio, morto e mudo, caído, abandonado, decaído... Tudo era inalianavelmente alheio, tudo era dos outros e de ninguém, até que tua beleza e tua pobreza, de dádivas encheram o outono. "
(A Dança, Pablo Neruda)
Tão perto que tua mão sobre o meu peito é minha, tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho. Antes de amar-te, amor, nada era meu: Vacilei pelas ruas e as coisas, nada contava nem tinha nome, o mundo era do ar que esperava. E conheci salões cinzentos, túneis habitados pela lua, hangares cruéis que se dependiam, perguntas que insistiam na areia. Tudo estava vazio, morto e mudo, caído, abandonado, decaído... Tudo era inalianavelmente alheio, tudo era dos outros e de ninguém, até que tua beleza e tua pobreza, de dádivas encheram o outono. "
(A Dança, Pablo Neruda)
***
2011..memórias deste dia:
poemas da sophia:
https://www.facebook.com/notes/230652066951690/
*
Estão abertas as inscrições!
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=214562328576964&set=p.214562328576964&type=3&theater
*
em alcobaça há AMIGO(s) com bailarina e zé gil no palco... e TV com marionetas..apreciem a 4ª emissão!!!
https://www.youtube.com/watch?v=YnYomDs6-T8
***
1431...morre (na fogueira) Joana d' Arc...Condenada por bruxaria/heresia...
"Joana
D'Arc foi queimada numa fogueira em praça pública a 30 de Maio de 1431
na cidade francesa de Rouen. A jovem filha de camponeses liderou a luta
contra a ocupação inglesa em 1429, na Guerra dos Cem Anos.
Napoleão
Bonaparte certa vez disse: "Um francês pode fazer milagres ao ver a
independência do país ameaçada". Ainda hoje, Joana D'Arc é um símbolo
nacional para os franceses. Vários livros com a sua biografia e diversos
filmes foram lançados sobre a ingénua, porém corajosa filha de
lavradores do interior da França.
Joana
D'Arc nasceu em Domrèmy-la-Pucelle na noite de Epifania de 1412. Já em
vida, se havia tornado uma lenda, as pessoas queriam vê-la e tocá-la. Em
1429, entrou para a história da França ao escrever uma carta ao chefe
da ocupação inglesa:
"Rei
da Inglaterra, auto intitulado regente do Império Francês, entregue à
virgem enviada por Deus, imperador do céu, a chave de todas as cidades
que Sua Alteza tomou dos franceses. Se não o fizer, Sua Alteza já o
sabe, eu sou general. Em todo lugar na França que encontrar da sua
gente, vou expulsá-la."
Teria
sido ousadia ou ingenuidade a oferta feita por Joana, então com 16
anos, ao seu rei, Carlos VII, de expulsar os invasores ingleses de
Orleães e assim ajudá-lo a garantir-se no trono da França? Ao
apresentar-se como enviada divina, ajudou a projectar o seu nome na
história.
Oficialmente,
ninguém contestava a necessidade de expulsar os britânicos. Mesmo
assim, o rei e os seus consultores preferiram mandar averiguar quem era
aquela jovem. Doutores, religiosos, guerreiros, ninguém encontrou
ressalvas à pura Joana, apenas o bem, a inocência, a humildade, a
honestidade e a submissão.
Joana
apareceu para salvar os franceses justamente no momento em que eles
acreditavam que apenas um milagre poderia ajudá-los. E a Joana vestida
de guerreiro, um enviado de Deus, incorporou esta esperança. O povo via
nela a concretização de um antiga profecia, segundo a qual a França
seria salva por uma virgem. Uma propaganda ideal para a corte. Era a
oportunidade para motivar as suas tropas, que a esta altura estavam com a
imagem um tanto desgastada.
Joana, a salvadora. Com o passar dos séculos, ela foi apelidada de bruxa, prostituta, santa, feminista, nacionalista, heroína.
Orleães
estava sitiada pelos ingleses há seis meses. Um contingente de cinco
mil homens pretendia forçar os 30 mil habitantes a entregar-se. Apesar
de não ser um integrante activo nos planos dos militares franceses, o
espírito de luta de Joana – e talvez apenas a sua presença – trouxe a
vitória aos franceses.
No
dia 8 de Maio de 1429, ela foi festejada pelos moradores de Orleães
como enviada divina. E seguiram-se ainda muitas vitórias até à coroação
de Carlos VII em Reims. Os ingleses, derrotados, iniciaram uma
conspiração contra Joana, que acusavam de bruxaria. Ela foi presa em
1430, julgada em Rouen por heresia por um tribunal eclesiástico
presidido por Pierre Cauchon, bispo de Beauvais, foi condenada e
queimada viva na praça Vieux-Marché de Rouen, em 30 de Maio de 1431.
Carlos VII, que nada fez para salvá-la, esperou até à reconquista de
Rouen, em 1450, para proceder à revisão do seu processo, que culminaria
na sua absolvição (1456).Em 9 de Maio de 1920, cerca de 500 anos depois
de sua morte, Joana D'Arc foi canonizada pelo Papa Bento XV - era a
Santa Joana D'Arc. Em 1922 foi declarada padroeira de França."
https://uniralcobaca.blogspot.com/2014/06/834228jun2014118-franca.html
***
1536...O (super-criminoso) rei Henrique VIII casa-se com Jane Seymour...11 dias depois da execução de Ana Bolena...
Tornou-se dama de companhia da Rainha Catarina em 1532, porém pode tê-la
servido antes, em 1527 e após o divórcio de Henrique VIII e Catarina,
Jane passou a servir a sua antecessora Ana Bolena. O primeiro relato de
interesse de Henrique VIII em Jane Seymour foi no começo de 1536, pouco
antes da morte de Catarina de Aragão.
Registos dizem que Jane tinha um rosto infantil e uma personalidade modesta.
Henrique VIII casou-se com Jane no Palácio de Whitehall em Londres, no
dia 30 de Maio de 1536, apenas 11 dias após a execução de Ana Bolena.
Como parte dos preparativos para o casamento real, os emblemas de falcão
e as iniciais de Ana foram rapidamente substituídas por emblemas
pessoais de Jane, uma fénix passando por um castelo a arder e rosas
Tudor pintadas de vermelho e branco. Como votos para o casamento real,
David Starkey afirma que Henrique VIII teria feito o mesmo em cada um
dos seus casamentos. O rei jurou:
“Eu,
Henrique, tomo-te como minha esposa em matrimónio, para ter e manter-te
deste dia em diante, para o melhor ou pior, na riqueza ou na pobreza,
na saúde e na doença, até que a morte nos separe e além disso eu
comprometo a ti a minha fidelidade. “
De acordo com Alison Weir, o casamento de Jane com o rei foi marcado por
celebrações públicas, mas de acordo com a biógrafa de Jane, Elizabeth
Norton, o casamento foi mantido em segredo por alguns dias e como
aconteceu com o casamento de Henrique com Ana, não houve anúncio
oficial em vez disso, Jane foi gradualmente sendo apresentada ao povo
como rainha.
Jane estabeleceria uma estreita relação com a primogénita de Henrique,
Maria Tudor. Os alegres, luxuosos e extravagantes espectáculos reais,
que haviam atingido o seu auge durante o tempo de Ana Bolena, foram
substituídos por uma rigorosa aplicação de decoro. Jane proibiu a moda
francesa que Ana Bolena anteriormente havia introduzido. Conservadora
politicamente, o seu único envolvimento relatado em assuntos nacionais
foi em 1536, quando solicitou ao rei perdão para os participantes na
peregrinação da Graça. Sendo prontamente advertida por Henrique sobre o
destino que a sua antecessora encontrou, quando “interferiu nos seus
assuntos”.
No início de 1537, Jane ficou grávida. Em Setembro de 1537 deu à luz o
tão cobiçado herdeiro varão, o futuro rei Eduardo VI de Inglaterra, às 2
horas da manhã do dia 12 de Outubro de 1537, no Palácio de Hampton
Court.
Eduardo foi baptizado no dia 15 de Outubro de 1537, sem a presença da
sua mãe. Ambas as filhas do rei, Maria e Elizabeth, estiveram presentes e
acompanharam a criança durante a cerimónia. Após o baptismo, ficou
claro que Jane Seymour estava seriamente doente.
O parto de Jane Seymour havia sido difícil, durando duas noites e três
dias, provavelmente porque o bebe não estava bem posicionado. Segundo a
biógrafa do Rei Eduardo, Jennifer Loach, a morte de Jane Seymour pode
ter sido devido a uma infecção bacteriana contraída durante o parto.
Jane Seymour morreu no dia 24 de Outubro de 1537, no Palácio de Hampton
Court.
O seu funeral realizou-se no dia 12 de Novembro de 1537 na Capela de St.
George, no Castelo de Windsor. Jane foi a única das esposas de Henrique
a receber o funeral de uma Rainha. Quando morreu em 1547, Henrique foi
enterrado ao lado de Jane no túmulo que havia feito para ela, a seu
pedido."
https://uniralcobaca.blogspot.com/2018/09/26907setembro20181010-henrique.html
*** 1640...morre o pintor Rubens...1 vivaaaaaaaaa à sua obra... " são monstros personificando Peste e Fome, os parceiros inseparáveis da Guerra. No chão, virando as costas, encontra-se uma mulher com um alaúde quebrado representando a Harmonia ... Aqui também é uma mãe com um filho nos braços, indicando que a fecundidade, a procriação e a caridade são frustradas pela Guerra, que corrompe e destrói. tudo."
"Eu ainda não estava inclinado a viver a vida de um celibatário ... Eu tomei uma jovem esposa de família honesta, mas de classe média, embora todos tentassem me persuadir a fazer um casamento na corte. Mas eu temia o orgulho, aquele vício inerente da nobreza, particularmente naquele sexo, e é por isso que escolhi alguém que não corasse para me ver pegar meus pincéis nas mãos. E para dizer a verdade, teria sido difícil para mim trocar o inestimável tesouro de liberdade pelos abraços de uma velha."
"decidi forçar-me a cortar este nó dourado de ambição [para retratar a nobreza por mais tempo] a fim de recuperar minha liberdade. Percebendo que uma aposentadoria desse tipo deve ser feita enquanto a pessoa está subindo e não caindo; que se deve deixar a Fortuna enquanto ela ainda é favorável ... Eu aproveitei a ocasião de uma curta e secreta viagem para me lançar aos pés de Sua Alteza e implorar, como única recompensa por tantos esforços, a isenção de tais atribuições [diplomáticas] e permissão para servi-la em minha própria casa. Esse favor que obtive com mais dificuldade do que qualquer outro que ela já me concedeu ... Agora pela graça de Deus ... Estou levando uma vida tranquila com minha esposa e filhos e não tenho pretensões no mundo do que viver em paz "
https://uniralcobaca.blogspot.com/2019/05/760430maio201977-peter-paul-rubens.html
https://www.youtube.com/watch?v=fU_KkO4DN9s
***
1778...morre Voltaire...1 vivaaaa à sua obra: (pseudónimo de François-Marie Arouet): "Queres ter uma ideia do amor, vê os pardais do teu jardim; vê os teus pombos; contempla o touro que se leva à tua vitela; olha esse orgulhoso cavalo que dois valetes teus conduzem à égua em paz que o espera, e que desvia a cauda para recebê-lo; vê como os seus olhos cintilam; ouve os seus relinchos; contempla os seus saltos, cambalhotas, orelhas eriçadas, boca que se abre com pequenas convulsões, narinas que se inflam, sopro inflamado que delas sai, crinas que se revolvem e flutuam, movimento imperioso com o qual o cavalo se lança para o objecto que a natureza lhe destinou; mas não tenhas inveja, e pensa nas vantagens da espécie humana: elas compensam com amor todas as que a natureza deu aos animais, força, beleza, ligeireza, rapidez. Há até mesmo animais que não sabem o que é o gozo. Os peixes escamados são privados dessa doçura: a fêmea lança no lodo milhões de ovos; o macho que os encontra passa sobre eles e fecunda-os com a sua semente, sem saber a que fêmea eles pertencem. A maior parte dos animais que copulam só têm prazer por um sentido; e, assim que esse apetite é satisfeito, tudo se extingue. Nenhum animal, com excepção de ti, conhece os entrelaçamentos; todo o teu corpo é sensível; os teus lábios, sobretudo, gozam de uma volúpia que nada cansa, e esse prazer só pertence à tua espécie; enfim, tu podes a qualquer tempo entregares-te ao amor, os animais têm o seu tempo específico. (...) Por isso, estás acima dos animais; mas, se gozas de tantos prazeres que eles ignoram, em compensação quantas tristezas os animais não fazem ideia! "
in 'Dicionário Filosófico
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2014/05/816629maio20141755-voltaire.html
***
1846...Fabergé...O dos Ovos...
http://uniralcobaca.blogspot.com/2019/04/314621abril201999-ovos-de.html
***
1928...Agnès Varda..."É um presente a felicidade."
https://uniralcobaca.blogspot.com/2019/04/91222ab201999-agnes-varda.html
***
1958
Marie Fredriksson do grupo ROXETTE
https://www.youtube.com/watch?v=yCC_b5WHLX0&list=PLjssIYvtZavGGCpokJ5d6LfYcGGJjHmgq
***
Tds os dias estamos na causa da saúde...Hj é dia mundial da EM..."...comemora-se, desde 2009, o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, uma inflamação crónica e degenerativa do sistema nervoso central que afecta mais de cinco mil pessoas em Portugal e dois milhões em todo o Mundo"
https://uniralcobaca.blogspot.com/2012/10/604125out201277-coloquio-sobre.html
***
e para começar bem o dia poemas de Joaquim Pessoa:
*
2013
a pitadinha diária de Joaquim Pessoa
Dia 21.
Em Lisboa estão os teus olhos e as minhas mãos. E abraçam-se. O tempo velho repousa, aconchega-se a si mesmo enquanto estamos vivos. O sonho é uma visita mágica à realidade, e frente ao mar cada dia é o mesmo dia. Trago-te estas rosas porque não sei beijar. O vazio é uma verdade que nos esgota, a mais cara experiência da alma. E do corpo. Pedes-me amor como se pedisses mais amor ao mundo, mas hoje o meu corpo faz anos, hoje o meu sorriso perdeu o ouro que tinha, faço apenas um novo esforço para salvar a memória. Gostava de gostar de viver. Gostava de me transtornar no teu corpo imperturbável e perturbá-lo. E perturbá-lo. Oiço repetir palavras gastas, compromissos com gente feliz que se aplica a mastigar o que é mortal, o que é moral, as pequenas dores da carne da tristeza e do engano. Não me chames. Não me digas nada. Estou dentro de mim e não quero sair.
in Ano Comum
* 2014
NESTE DIA 30maio...começar com Joaquim Pessoa ...
"Pego na tua mão e beijo-a. Pego na tua mão e danço. Pego na tua mão e apresso o movimento da terra à volta de nós dois. Pegar na tua mão é viver de novo a vida de uma forma inteira. Inspiro-te. Respiro-te. O cansaço é doce, estupendo, para sempre. À nossa volta tudo arde no fogo verde desta primavera, e a inquietação é um fruto excitante, por colher.
Não pares. Continua a dançar comigo. Como se fizéssemos amor."
*
https://www.facebook.com/ALuaVoa/photos/a.746679182114157.1073741828.746659858782756/782658495182892/?type=1&theater
Tu dizes que tenho um rosto cheio de palavras felizes, e eu oiço-te
com lágrimas novas porque necessito de ti e do sol. Já não tenho
aquele riso das crianças que brincam com a água, visto agora mui-
tos silêncios elegantes, e o coração demasiado fraco estremece tri-
unfante, carregando com dificuldade a minha espada branca, lance-
lote das causas indefensáveis e das ideias inesperadas.
Hoje não, mas talvez amanhã ou depois de amanhã, eu possa sair
para a rua e para o meio da multidão com a força que a tua beleza
me dá e, quem sabe, possa inspirar-me nas pessoas que decerto
verei a dançar, e poderei, enfim, resistir seja ao que for, ao sonho,
aos nomes, aos sins, aos cercos, e a tudo o que na minha vida ti-
ve provavelmente cedo demais.
Mesmo entre cem mil pessoas estarei apenas contigo.
in
O POETA ENAMORADO (Os Poemas de Amor).
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Pego na tua mão e beijo-a. Pego na tua mão e danço. Pego na tua mão e apresso o movimento da terra à volta de nós dois. Pegar na tua mão é viver de novo a vida de uma forma inteira. Inspiro-te. Respiro-te. O cansaço é doce, estupendo, para sempre. À nossa volta tudo arde no fogo verde desta primavera, e a inquietação é um fruto excitante, por colher.
Não pares. Continua a dançar comigo. Como se fizéssemos amor. em "Ano Comum"
Arte - Fabian Perez
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Dia 220.
A minha cabeça é um troféu que a morte quer. Vi-lhe o focinho húmido algumas vezes, a querer furar, a querer empurrar o tempo para a frente em busca de um memorável insulto, a tentar impedir que se manifestem os minutos mais rebeldes. E nunca entrei em pânico. Olhei-a sempre como um assassino que sempre se atrasou, que nunca conseguiu estar no sítio certo à hora certa. Por túneis ou searas, avenidas modernas, cidades soterradas, andará a exalar o seu hálito patético, fazendo contas, acertando contas, conferindo resultados.
Tenho contra ela uma pedra. A pedra da desaparição. Mais imortal que o âmbar, mais rápida que os olhos da moreia. Aquela pedra onde está escondido o anjo e onde se transforma o pólen no cristal da espera.
Um dia alguma coisa falhará e o encontro de frente será inevitável. Espero estar a adormecer ou a beber cerveja, ou mesmo a ver atentamente um daqueles programas repletos de dunas e de árvores muito brancas, filhas de uma floresta de dias esquecidos, os mesmos que se vão acumulando nas ruínas do tempo.
in ANO COMUM
LITEXA EDITORA
imagem A Scenery Of Loss