24/07/2014

8.489.(24jul2014.9.9.9") Simón Bolívar

Nasceu a 24jul1783
e morreu a 17dez1830
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A revolução bolivariana actual
http://www.pcp.pt/revolu%C3%A7%C3%A3o-bolivariana-em-marcha
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trailer do LIBERTADOR
https://www.youtube.com/watch?v=qc4gBm8PcKw
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Simón Bolívar
Um povo ignorante é instrumento cego de sua destruição.” 
Frases - http://kdfrases.com


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Via avante 4dez 2003
http://www.avante.pt/pt/1566/temas/3281/
Miguel Urbano Rodrigues
A «Campanha Admirável» de Bolívar
recordada por Juvenal Herrera Torres
«O pensamento de Bolívar – tal como acontece com o pensamento de homens como Karl Marx - transcende os tempos. Tem e terá continuadores. Por isso se fala do pensamento bolivariano, como se fala do pensamento marxista. Cada qual, naturalmente, com os seus próprios esquemas e estilos. Um e outro, partindo de mundos e realidades diferentes, fizeram a critica fulminante da opressão existente e traçaram caminhos aos povos.»

Juvenal Herrera Torres, in Bolívar : La Libertad del Ser y del Pensar, pg 119.

Não é frequente sentir o desejo de escrever sobre um livro imediatamente depois de o ler.

Isso aconteceu agora com Bolívar y su Campaña Admirable(1).
Já conhecia outras obras do autor. Apreciara sobretudoSimón Bolívar-El hombre de América, presencia y camino (2), um ensaio fascinante sobre o grande revolucionário latino americano.

Juvenal Herrera Torres é um colombiano de Medellin , olhado como historiador maldito, no seu pais, pelos intelectuais da oligarquia.
Não lhe perdoam o esforço desenvolvido como universitário e escritor para «recuperar» Bolívar e reflectir sobre a actualidade do seu pensamento e da sua obra.

Quando o encontrei ha dias em Havana falámos durante muitas horas de Bolívar e da teia de calúnias que as forças mais reaccionárias do Continente continuam a tecer em torno do homem, do político e do revolucionário.
Desde a insurreição que abriu caminho à efémera I Republica na Venezuela, a vida de Bolívar foi um batalhar permanente pela independência e unidade dos povos da América Latina.

Precisamente por ter sido um revolucionário, o Libertador tornou-se um pesadelo para as forças que tudo fizeram para lhe destruir a obra e apagar a sua memória .Não podendo ignorar a sua intervenção na Historia, criaram o mito dos dois Bolivares: enaltecem o general vitorioso, mas satanizam o estadista, o pensador político, o reformador social.

Juvenal Herrera desmonta no seu ultimo livro essa tese fantasista. Para atingir o objectivo usa como instrumento uma das campanhas menos conhecidas de Bolívar .
O discurso do historiador é transparente e permite ao leitor, colocado no cenário temporal dos acontecimentos, acompanhar no dia a dia a historia em movimento. É dos actos e das palavras que nasce a evidência: entre o militar e o político não ha contradições, mas ,pelo contrário, uma grande harmonia. São complementares .

É natural que a memória da Campanha de Bolívar ,em 1812/13 seja muito incómoda para as oligarquias colombiana e venezuelana. Ela ficou a assinalar uma prodigiosa façanha militar, com implicações políticas continentais e chamou a atenção dos povos da América e para o génio do jovem que a concebeu e concretizou.

Bolivar, tinha apenas 29 anos quando em Cartagena - um dos últimos redutos , no Caribe , da rebelião contra a coroa espanhola – ofereceu os seus serviços ao Congresso de Nova Granada. O CORONEL MANUEL CATILLO E LABATUT ,QUE EXERCIAM ENTÃO O COMANDO MILITAR NAQUELE bastião independentista, NÃO levaram muito serio o pedido do jovem caraquenho que regressava derrotado de Puerto Cabello, na Venezuela. Mas, PERANTE A INSISTENCIA, CAMILO TORRES, PRESIDENTE DO CONGRESSO DA NOVA GRANADA, TOMOU A INICIATIVA DE LHE atribuir uma tarefa irrelevante: instalar-se com 70 homens em Barranca , um vilarejo no Baixo Magdalena. Ficou claro que a sua missão seria de simples vigilância. Estava- lhe vedado iniciar qualquer operação militar sem receber ordens de Cartagena.

As tropas espanholas ocupavam então as principais cidades de Nova Granada, incluindo Santa Fé de Bogotá .

Pela audácia, imaginação, talento e concepção estratégica, aquilo que Bolívar fez nas semanas seguintes traz à memória- guardadas as proporções ,dados os seus insignificantes recursos humanos e materiais- campanhas de Alexandre, Aníbal, César e Bonaparte.

Em Barranca, Bolívar reforçou o seu destacamento de soldados famélicos com 130 voluntários, construiu dez balsas e navegou rio acima.
No dia 23 de dezembro atacou e tomou Tenerife, defendida por uma guarnição de 500 homens. Venceu.

Informou Cartagena da sua vitoria, mas não esperou pela resposta. Seguiu para o Norte pelo Magdalena e derrotou os espanhóis em Mompós. Encontra ali 15 barcos, e obtem a adesão de mais 300 voluntários.
As guarnições realistas –milhares de soldados e oficiais- ao saberem da sua aproximação abandonam as praças que ocupavam. Entra assim quase sem combater em El Banco, Chiriguaná, Tamalameque e Puerto Real.
Em apenas 17 dias limpou de tropas espanholas o Vale do Baixo Magdalena.

No inicio de janeiro de 1813, dispõe já de um pequeno exercito de 700 homens. Para financiar a campanha expropria os bens dos inimigos da independência nospueblos conquistados e estabelece o empréstimo obrigatório para os moradores ricos.

Antes de iniciar as operações militares, Bolivar tornara pública, em 15 de Dezembro, uma proclamação que ficou conhecida como o Manifesto de Cartagena, que antecipou, pelo rumo traçado e pelas opção ideológica., a Carta de Jamaica, o discurso no Congresso de Angostura , o pensamento do Congresso Anfictiónico do Panamá e o Projecto da Constituição da Bolívia.

O Manifesto de Cartagena é simultaneamente uma reflexão sobre a História e a síntese da sua futura estratégia revolucionaria. Segundo o filósofo Fernando Gonzalez,«está ali a historia da Revolução até 1813 e é e será sempre um ensinamento para a América do Sul».

Bolívar deixa entrever o seu objectivo imediato:

« A Nova Granada viu sucumbir Venezuela; por conseguinte, deve evitar os escolhos que destroçaram aquela .Para esse efeito apresento como medida indispensável para a segurança da Nova Granada a reconquista de Caracas ».

Em Cartagena de Índias e Tunja ,onde se instalara o Congresso, as notícias das vitorias de Boívar provocam reacções antagónicas. O povo recebe-as com entusiasmo. Os políticos, com poucas excepções, e os comandos militares afirmam que Bolívar violou as instruções recebidas e está actuando de maneira irresponsável. O coronel Manuel Castillo acha que é umdemente, que nada entende da arte da guerra.

Os comandantes espanhóis concluem que o jovem venezuelano vai permanecer onde está para consolidar as áreas reconquistadas .
Mas é outro o seu plano. Depois de simular que iria subir o Magdalena para atacar Bogotá , abandona o vale e ,numa manobra rapidíssima, toma a 8 de Janeiro a praça de Ocaña , ponto estratégico que domina a passagem da Cordilheira Oriental dos Andes.

Recrudesce em Tunja e Cartagena, entre os politiqueiros, o clamor contra o caudilho venezuelano.
Bolívar não rompe, mas não se submete. Pede autorização para avançar sobre Cucuta e Mérida, rumo a Caracas.

Castillo qualifica de «aventura quimérica» o projecto, próprio de uma «cabeça delirante».A desproporção de forças é efectivamente enorme. Enquanto Bolívar dispõe então de 1600 soldados mal alimentados ,mal vestidos e pior armados, as forças realistas ,sob o comando de Monteverde, contam com mais de 16 000 homens (e uma excelente artilharia)concentrados em lugares estratégicos.

Entretanto, os inimigos de Bolivar são derrotados militarmente na Costa pelos realistas e a relação de forças muda no Congresso. CAMILO TORRES,COM O APOIO SOLIDÁRIO DE ANTÓNIO NARIÑO- O GRANDE PRÓCER DA INDEPENDENCIA – CONSEGUE que Bolívar seja nomeado comandante –chefe . De repente, recebe autorização para avançar sobre a Venezuela.

Essa segunda parte da campanha foi o complemento natural da primeira..
O génio estratégico e táctico de Bolívar impôs-se. Confundir um adversário que no inicio tinha sobre ele uma superioridade de 10 para 1 foi a permanente preocupação do Libertador. Cartas suas com planos falsos apreendidas a mensageiros ajudaram muito. Nunca estava onde os peninsulares o imaginavam e caía sobre eles quando e onde era menos esperado. Em 23 de Maio entrou em Mérida .

Não cabe aqui uma síntese do que foi a sua cavalgada. No fim de julho destroçou os realistas em Targuanes, depois de os expulsar de Trujillo. Avança sobre Valência, ocupa-a, e no dia 6 de Agosto é recebido triunfalmente em Caracas, abandonada pelo exercito espanhol. Em apenas oito meses, durante os quais percorreu mais de dois mil quilómetros , varreu os espanhóis de um vastíssimo território, de ambos os lados da Cordilheira, e libertou Caracas.

O DECRETO DA «GUERRA A MUERTE!»

Juvenal Herrera chama a atenção no seu livro para a importância que assumiu na Campanha Admirável uma decisão de transcendental significado tomada por Bolívar : o polémico decreto de «Guerra a muerte!»
Ao ocupar Trujillo, apercebera- se da indiferença da população no recebimento daqueles que chegavam para a libertar.

Na Venezuela –contrariamente ao que ocorria em Nova Granada ,onde a herança da rebelião dos comuneros, no final do seculo XVIII, deixara raízes na consciência das massas – o povo não se tinha sentido representado no discurso dos próceres da I Republica. Esta fora obra de uma aristocracia de brancos descendentes de espanhóis que, embora invocando os ideais s da Revoluçao Francesa, mantinham a escravatura e desprezavam índios e mulatos e pretendiam conservar os seus privilégios O próprio Bolívar pertencia pelo nascimento a essa classe social .

Atentos ao sentimento das classes oprimidas, os realistas compreenderam que, mediante uma política demagógica, poderiam transformar em aliada a massa dos oprimidos. Por um lado desencadearam uma feroz repressão contra a classe dominante dos crioulos brancos. Simultaneamente, promoveram o levantamento dos negros ,dos índios escravizados, dos mestiços ,dos libertos. O clero ,ultra reaccionário, ajudou , exigindo fidelidade ao rei de Espanha, Fernando VII, que representava Deus .

Como sublinha Juvenal Herrera,«Bolívar não esquecia que muito mais de metade das forças realistas na Venezuela era formada por nativos que haviam adquirido o habito da obediência ao império, que nunca tinham sido livres e portanto nada sabiam de liberdade ,e ,assim, nessas circunstancias, a guerra de independência tinha ao mesmo tempo certo caracter de confrontação civil ».

Ao declarar por decreto uma guerra sem quartel aos ocupantes estrangeiros, Bolívar pretendeu «divorciar a fidelidade a Cristo da fidelidade ao Estado espanhol ». O objectivo era a «substituição do rei, como símbolo de fraternidade e justiça pela América e a Republica».
Vale a pena recordar que Carlos IV ,deposto por Napoleão, tinha declarado publicamente que «os americanos não têm necessidade de saber ler (...) basta que sejam reverentes para com Deus e o seu representante ,o Rei de Espanha».

«Ao opor a «guerra a muerte»ao ódio de castas e raças- comenta Juvenal Herrera- Bolívar indicou ao povo que a divisão nao se faria de acordo com o nível social ou a cor da pele , que a pátria era o património comum de todos os nela nascidos ».

A «Campanha Admirável» não visava a liquidar o domínio espanhol no Continente. A curto prazo não seria possível. Bolívar tinha consciência disso . Meses depois da retomada de Caracas, finda a guerra contra a França na Europa, a Espanha ficou com as mãos livres para combater a rebelião das colónias na América. Em breve, o general Pablo Morillo desembarcaria com um exérecito de 15 000 veteranos das guerras contra Napoleão. Dez anos de luta transcorreram ate à capitulação no Peru do ultimo exercito da Espanha na América do Sul .
Mas a Campanha Admirável foi ,alem de assombrosa façanha militar , uma experiência que permitiu a Bolívar conhecer melhor os povos da Região, reflectir sobre o tipo de instituições a eles adequadas e estruturar a sua concepção do exercito libertador.

Para o jovem general , o exercito deveria ser o braço armado do povo, um instrumento de garantia das liberdades e direitos dos cidadãos , ao serviço da nação , garantia futura da independência .

Datam dessa época os primeiros atritos com Santander, que , anos depois seria o seu maior adversário.

O REFORMADOR REVOLUCIONÁRIO

Quando, finda a guerra, Bolívar tratou de aplicar na Grande Colômbia – Venezuela ,actual Colômbia, Panamá e Equador- as suas ideias libertárias, tornou-se inevitável o conflito com uma parcela ponderável dos seus generais e os defensores de um parlamentarismo caricatural inspirado em modelos europeus.

Bolívar libertou os escravos, determinou a restituição das terras aos índios, instituiu a educação gratuita , criou hospitais ,asilos e creches, protegeu a produção nacional da livre concorrência com as mercadorias importadas, incentivou a industria e o comercio, nacionalizou as minas e decretou o monopólio estatal das riquezas do subsolo, moralizou a Justiça. defendeu a soberania nacional no diálogo com os EUA e a Inglaterra, então a primeira potência mundial.

A sua ditadura do ano 28,tão caluniada pelas forças da direita ,foi um regime revolucionário e progressista que antecipou ideias da ditadura do proletariado, tal como a viria a definir Lenine quase um século mais tarde.
Para as oligarquias locais, que já detinham o poder económico , a independência deveria garantir-lhes o poder político. Opunham-se a mudanças de fundo nas estruturas sociais e económicas herdadas do império espanhol.

Bolívar concluiu que a vitoria militar seria inútil socialmente se não adoptasse uma política que permitisse a reconstrução do estado em beneficio das grandes maiorias. As suas ideias universais chocavam-se frontalmente com o regionalismo conservador, os egoismos de classe ,a arrogância e a mesquinhez da nova aristocracia militar.
A Igreja excomungou Bolívar, comparou-o a satanás. Os inimigos chamaram-lhe «caudilho dos descamisados», «monstro do género humano», «tirano libertador de escravos »,etc.

Para Santander, que considerava uma dádiva da Providencia a vizinhança dos EUA , o exército deveria ser o braço armado do estado oligárquico ,tal como o concebia . A propriedade privada era ,na sua con acepção da democracia , sagrada. Daí a sua irredutível oposição ao Bolívar revolucionário, quando este, ao regressar do Peru ,após cinco anos de ausência, alarmado com o espectáculo de miséria oferecido pelas massas oprimidas ,desabafou numa carta que lhe dirigiu :«Não sei como não se levantaram ainda todos estes povos e soldados ao concluírem que os seus males não vêm da guerra, mas de leis absurdas.»

Santander, ao tempo vice - presidente da Grande Colômbia, acusou-o de querer desencadear «uma guerra interior em que ganhem os que nada têm, que são muitos, e percam os que temos ,que somos poucos».

Não é de surpreender que Washington condenasse com veemência o projecto bolivariano de uma América Latina unida numa vasta confederação de Estados irmãos. Os governos de Monroe e de John Quincy Adams viram nele «um déspota militar de talento», o «louco da Colômbia» ,o libertador de negros . Os agentes consulares norte americanos no Peru financiaram múltiplas conspirações contra o revolucionário cujas ideias e actos eram incompatíveis com os projectos de Washington para o Sul do continente. Foi um desses diplomatas que incentivou a invasão do Equador pelo exército peruano. Outros deram apoio permanente ao general Ovando , responsável pelo assassínio do marechal Sucre, o mais puro dos grandes soldados de Bolívar.

Como recorda Juvenal Herrera no seu importante livro sobre a Campanha Admirável, assistiu-se naquela época ,tão mal estudada nas escolas da América Latina, a uma aliança de quantos se opunham à concretização «do ideal bolivariano que identificava a guerra de libertação com uma revolução social que extinguisse os privilégios e eliminasse todas as formas de opressão, elevando os habitantes ao nível de cidadãos» .

Sucre costumava dizer que Bolívar diferia de todos os seus companheiros porque tinha o dom de «ver o futuro».

Em 1830, quando ele morreu amargurado, as classes dominantes festejaram em todo o continente o seu desaparecimento físico. Estavam convictas de que a sua obra fora definitivamente destruída. Engano.
O Libertador desenvolveu uma unidade orgânica harmoniosa entre o pensamento e a acção. O seu exemplo ,as suas lições , a sua concepção da unidade latino-americana não foram esquecidos .Hoje , transcorridos 173 anos, o projecto revolucionário bolivariano permanece vivo e as suas bandeiras são retomadas em toda a América Latina
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1. Juvenal Herrera Torres, Bolívar y su Campaña Admirable,135 pgs, Ed de Corporación Bolivariana Símon Rodriguez, Medellin,Colombia ,2003.
2. Juvenal Torres Herrera, Bolívar, el hombre de América, presencia y camino,495 pgs, Universidade Autónoma de Guerrero, Mexico, 2001, 2ª edição.
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Via
http://www.rivalcir.com.br/frases/simonbolivar.html
"Se apenas um homem fosse necessário para sustentar o Estado, esse Estado 
não deveria existir; e ao fim não existiria." [ Simón Bolivar ] 

"Antes o solo nativo que nada. Nossa vida não é outra coisa senão a herança 
de nosso país." [ Simón Bolivar ] 

"A confiança tem de dar-nos a paz. Não basta a boa fé, é preciso mostrá-la, 
porque os homens sempre vêem e poucas vezes pensam." [ Simón Bolivar ] 

"Compadeçamo-nos mutuamente do povo que obedece e do homem que 
manda só." [ Simón Bolivar ] 

"Confio que meus compatriotas e o mundo inteiro possam avaliar justamente 
minha conduta, e decidir se algum se encontrou jamais em minhas 
circunstâncias, se algum me excedeu em sacrifícios pela pátria." [ Simón 
Bolivar ] 

"Quando eu perdesse tudo sobre a terra, ficaria a glória de ter enchido meu 
dever até a última extremidade, e esta glória será eternamente meu bem e 
minha dita... A glória está em ser grande e ser útil." [ Simón Bolivar ] 

"Moral e luzes são nossas primeiras necessidades." [ Simón Bolivar ] 

"Juro por Deus, juro por meus pais e juro por minha honra que não 
descansarei enquanto viver até que tenha libertado a minha pátria." [ Simón 
Bolivar ] 

"Se a natureza se opõe lutaremos contra ela e a faremos com que nos 
obedeça." [ Simón Bolivar ] 

"As nações marcham para sua grandeza ao mesmo passo que avança sua 
educação." [ Simón Bolivar ] 

"No ordem das vicissitudes humanas não é sempre a maioria da massa física a 
que decide, mas sim a superioridade da força moral que inclina para si a 
balança política." [ Simón Bolivar ] 

"Louvado seja aquele que correndo por entre os escombros da guerra, da 
política e das desgraças públicas, preserva sua honra intacta." [ Simón Bolivar 

"Como amo a liberdade tenho sentimentos nobres e liberais; e se costumo ser 
severo, é somente com aqueles que pretendem destruir-nos." [ Simón Bolivar 
"Todos os povos do mundo que lutaram pela liberdade exterminaram no final a 
seus tiranos." [ Simón Bolivar ] 

"Nossas discórdias têm sua origem nas duas mais copiosas fontes de 
calamidade pública: a ignorância e a debilidade." [ Simón Bolivar ] 

"Para o lucro do triunfo sempre foi indispensável passar pela senda dos 
sacrifícios." [ Simón Bolivar ] 

"O soldado bisonho crê que está tudo perdido desde que é derrotado uma 
vez." [ Simón Bolivar ] 

"O xadrez é um jogo útil e honesto, indispensável na educação da juventude." 
[ Simón Bolivar ] 

"É difícil fazer justiça a quem nos ofendeu." [ Simón Bolivar ] 

"Um soldado feliz não adquire nenhum direito para mandar na sua pátria. Não é o arbitro das leis nem do governo. É defensor de sua liberdade." [ Simón 
Bolivar ] 

"A justiça é a rainha das virtudes republicanas e com ela se sustenta a 
igualdade e a liberdade." [ Simón Bolivar ] 

"Os tiranos não podem acercar-se aos muros invencíveis de Colômbia sem 
expiar com seu impuro sangue a audácia de seus delírios." [ Simón Bolivar ] 

"A unidade de nossos povos não é simples quimera dos homens, senão 
inexorável decreto do destino." [ Simón Bolivar ] 

"A liberdade do novo mundo, é a esperança do universo." [ Simón Bolivar ] 

"Eu desprezei os graus e distinções. Aspirava a um destino mais honroso: 
derramar meu sangue pela liberdade de minha pátria." [ Simón Bolivar ] 

"Eu sou sempre fiel ao sistema liberal e justo que proclamou minha pátria."  
Simón Bolivar ] 

"Mais custa manter o equilíbrio da liberdade do que suportar o peso da 
tirania." [ Simón Bolivar ] 

"Os bons costumes, e não a força, são as colunas das leis; e o exercício da 
justiça é o exercício da liberdade." [ Simón Bolivar ] 

"Os empregos públicos pertencem ao Estado; não são patrimônio de 
particulares. Nenhum que não tenha probidade, aptidões e méritos é digno 
deles." [ Simón Bolivar ] 

"Os legisladores precisam certamente de uma escola de moral." 
[ Simón Bolivar 

"Fugi do país onde um só exerce todos os poderes: é um país de escravos."  
Simón Bolivar ] 

"Do heróico ao ridículo não há mais do que um passo." [ Simón Bolivar ] 

"Compatriotas. As armas vos darão a independência, as leis vos darão a 
liberdade." [ Simón Bolivar ] 

"Formemos uma pátria a todo custo e tudo o demais será tolerável." 
[ Simón  Bolivar ] 

"A arte de vencer se aprende nas derrotas." [ Simón Bolivar ] 
***
A história da Colômbia
http://www.infoescola.com/colombia/historia-da-colombia/
Antes da chegada dos espanhóis às Américas, a região onde hoje está Colômbia era habitada por várias tribos indígenas que haviam atingido um bom nível de desenvolvimento, destacando-se a tribo muiscas, conhecidos também como chibchas.
Os primeiros espanhóis a pisarem em terras colombianas foram Alonso de Ojeda e João da Cosa em 1499. Posteriormente, várias expedições passaram pela região litorânea, até que, em 1525, foi fundada a primeira cidade da Colômbia: Santa Maria. Cartagena foi fundada oito anos depois, em 1533. Em 1538, Gonzalo Jiménez de Ojeda, após derrotar os índios chibchas, fundou a cidade de Santa Fé de Bogotá, e deu um nome ao país que se formava: Nova Granada. A região, rica em minerais, esteve sempre na mira dos piratas (corsários), e anos depois, dos franceses e ingleses.
Até 1717, a região da então Nova Granada era dependente da administração de Lima, no Peru. A partir desse ano, Bogotá passou a ser a capital de um novo vice-reinado, o vice-reinado de Nova Granada, que agregava os territórios correspondentes aos atuais Panamá, Equador, Venezuela e Colômbia.
Em 1811, Simón Bolívar, militar e político, proclamou a independência da então Nova Granada. Devido à resistência dos espanhóis, somente em 1819, foi criada a República da Colômbia, foi promulgada a primeira constituição, e Simón Bolívar foi declarado presidente. Em 1821, a região era chamada de Grã-Colombia, sendo que a liderança dessa grande área era de Simón Bolívar.
A partir de 1830, com a morte de Bolívar, Equador e Venezuela se tornaram independentes. A independência do Panamá ocorreu em 1903.
Em 1849, são formados os dois partidos políticos colombianos: o Liberal e o Conservador. A rivalidade entre eles deu inicio a uma guerra civil em 1899, conhecida como a Guerra dos Mil Dias, que teve fim em 1903. Instaurou-se então um período de relativa paz.
Em 1948, com o assassinato do líder liberal Jorge Eliecer Gaitán, explodiu novamente a rivalidade entre liberais e conservadores. A violência teve inicio em Bogotá e se espalhou pelo interior do país, levando milhares à morte. O conflito levou os partidos rivais a um acordo. Os líderes deram respaldo a um golpe militar (1953 e 1958) e resolveram que o poder seria compartilhado.
Porém, alguns líderes liberais que viveram a violência, nas décadas de 30 e 40, insatisfeitos com o acordo, instituíram as Forças Armadas da Colômbia (Farc), em 1964.
Após as Farc, outras organizações de guerrilheiros foram fundadas, como o Exército de Libertação Nacional (ELN) e o Movimento revolucionário 19 de abril (M-19). Atualmente o M-19 é um partido político.
A partir dos anos 70, os Cartéis do Narcotráfico se estabelecem na Colômbia, implantando um poder paralelo. O país passou a produzir cocaína em grande escala na década de 80, já em parceria com as Farc.
A luta contra o narcotráfico é iniciada em 1984. Na década de 90 os Estados Unidos se envolvem na guerra contra o narcotráfico, caçando os lideres dos cartéis. Na época foi preso o narcotraficante, líder do cartel de Medellín, Pablo Escobar.
Atualmente, a Colômbia é a maior produtor de cocaína do mundo, abastecendo principalmente os Estados Unidos. As Farc dominam cerca de 20% do território colombiano, e conta com aproximadamente 17 mil guerrilheiros.