30out (calendário juliano)
e morreu a 9fev1881
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23ouTUbro2013
1a pitadinha de Fiódor Dostoiévski:
"sou um mestre na arte de falar em silêncio.
toda a minha vida falei, calando-me.
e vivi em mim mesmo tragédias inteiras
sem pronunciar uma palavra."
in "noites brancas".
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10205704992178663&set=a.1029365188983.3914.1670949754&type=3&theater
"Os homens rejeitam os seus profetas e destroem-nos, mas amam os mártires que eles próprios mataram"
Via José Eduardo Oliveira
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https://www.facebook.com/osgigantesdaliteratura/photos/a.715196891865469.1073741833.656653951053097/963148980403591/?type=1&theater
" Me consideram um idiota? Entro em algum lugar e penso: 'Pois bem, me consideram um idiota, mas apesar de tudo eu sou inteligente e eles nem adivinham."
in 'O Idiota'
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via página no facebook
https://www.facebook.com/pages/Crime-e-Castigo-Fi%C3%B3dor-Dostoi%C3%A9vski/112331058873824?hc_location=timeline
“ Existem nas recordações de todo homem coisas que ele só revela aos amigos. Há outras que não revela mesmo aos amigos, mas apenas a si próprio, e assim mesmo em segredo. Mas também há, finalmente, coisas que o homem tem medo de desvendar até a si próprio…”
Memórias do Subsolo /
https://www.facebook.com/SubsolodosClassicos/photos/a.697090750303643.1073741828.697082236971161/868324493180267/?type=1&theater
Humilhados e Ofendidos, 1861.
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“Pain and suffering are always inevitable for a large intelligence and a deep heart. The really great men must, I think, have great sadness on earth.”
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"In despair there are the most intense enjoyments, especially when one is very acutely conscious of the hopelessness of one's position."
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“A delicadeza e a dignidade é o próprio coração que ensina e não um mestre de dança.”
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"Sofrer e chorar significa viver."
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“A delicadeza e a dignidade é o próprio coração que ensina e não um mestre de dança.”
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"Sou um mestre na arte de falar em silêncio. Toda a minha vida falei calando-me e vivi em mim mesmo tragédias inteiras sem pronunciar uma palavra."
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"O segredo da existência humana reside não só em viver, mas também em saber para que se vive..."
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Via Maria Sobral Velez:
"Somos assim: sonhamos o voo, mas tememos a altura. Para voar é preciso ter coragem para enfrentar o terror do vazio.
(...)
O vazio é o espaço da liberdade,a ausência de certezas.Mas é isso que tememos: o não ter certezas.Por isso trocamos o voo por gaiolas. As gaiolas são o lugar onde as certezas moram."
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"O que vale mais: uma felicidade barata ou um sofrimento sublime?"
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Via Citador:

"A falta de liberdade não consiste jamais em estar segregado, e sim em estar em promiscuidade, pois o suplício inenarrável é não se poder estar sozinho."
"O amor é mestre, mas é preciso saber adquiri-lo, porque se adquire dificilmente, ao preço de um esforço prolongado; é preciso amar, de facto, não por um instante, mas até ao fim."
"A melhor definição que posso dar de um homem é a de um ser que se habitua a tudo."
"Conhecemos um homem pelo seu riso; se na primeira vez que o encontramos ele ri de maneira agradável, o íntimo é excelente."
"É muito fácil viver fazendo-se de tonto. Se o tivesse sabido antes, ter-me-ia declarado idiota desde a minha juventude, e poderia ser que, por esta altura, até fosse mais inteligente. Porém, quis ter engenho demasiado depressa, e eis-me aqui agora, feito um imbecil."
"Compara-se muitas vezes a crueldade do homem à das feras, mas isso é injuriar estas últimas."
"É melhor ser infeliz, mas estar inteirado disso, do que ser feliz e viver como um idiota."
"O segredo da existência humana reside não só em viver mas também em saber para que se vive."
"Um acto de confiança dá paz e serenidade."
"Tenho de proclamar a minha incredulidade. Para mim não há nada de mais elevado que a ideia da inexistência de Deus. O Homem inventou Deus para poder viver sem se matar."
"Podem ter a certeza de que não foi quando descobriu a América, mas sim quando estava a descobri-la, que Colombo se sentiu feliz."
"Às vezes o homem prefere o sofrimento à paixão."
"Prometer uma mudança, afinal de contas, reduz-se a mentir, por muito respeitável que seja quem promete."
"Não procures prémio, porque tens uma grande recompensa nesta terra: a tua alegria espiritual, de que só o justo pode desfrutar."
"A purificação pelo sofrimento é menos dolorosa que a situação que se cria a um culpado por uma absolvição impensada."
"Todas as mulheres sabem que os ciumentos são os primeiros a perdoar."
"A beleza salvará o mundo."
"Se queres vencer o mundo inteiro, vence-te a ti mesmo."
"Quanto mais gosto da humanidade em geral, menos aprecio as pessoas em particular, como indivíduos."
"Há momentos, e você chega a esses momentos, em que de repente o tempo pára e acontece a eternidade."
"Acontece que a mágoa verdadeira e indiscutível é às vezes capaz de tornar grave e resistente até um homem fenomenalmente fútil."
"A verdadeira verdade é sempre inverosímil; para lhe dar verosimilhança é preciso misturar-lhe um pouco de mentira."
"Sofrer e chorar significa viver."
"A vida é um paraíso, mas os homens não o sabem e não se preocupam em sabê-lo."
"Não é encerrando o teu próximo numa casa de saúde que provarás que tens razão."
"Não há assunto tão velho que não possa ser dito algo de novo sobre ele."
"Todos somos responsáveis de tudo, perante todos."
"A maior felicidade é quando a pessoa sabe porque é que é infeliz."
"A delicadeza e a dignidade é o próprio coração que ensina e não um mestre de dança."
"Partindo de uma liberdade ilimitada chega-se a um despotismo sem limites."
"O homem apercebe-se apenas das suas tristezas. Ele lida com a sua felicidade como algo natural."
"É claro e evidente que o mal se insinua no homem mais profundamente do que supõem os médicos socialistas. Em nenhuma ordem social é possível escapar ao mal e mudar a alma humana: ela própria é a origem da aberração e do pecado."
"A tragédia e a sátira são irmãs e estão sempre de acordo; consideradas ao mesmo tempo recebem o nome de verdade."
"Há coisas sobre as quais não só não se pode falar com inteligência mas é até falta de inteligência falar sobre ela."
"Nada serviu tanto o despotismo como as ciências e os talentos."
"Enamorar-se não é amar. Podemos enamorar-nos e odiar."
"Não há desgraças para os corações débeis. A desgraça requer um coração forte."
"É como na religião: quanto pior vive um homem ou quanto mais desamparado ou mais pobre é todo um povo, mais obstinadamente ele sonha com a recompensa no paraíso!"
"Não há ideia nem facto que não possam ser vulgarizados e apresentados a uma luz ridícula."
"A perversidade deve não somente ser autorizada, mas reconhecida como a saída mais razoável de cada ateu."
"Quando a gente mente, ou seja, coloca com astúcia alguma coisa que acontece com excessiva raridade ou nunca acontece, aí a mentira se torna muito mais verosímil."
"O homem teme a morte porque ama a vida, e assim a natureza ordenou."
"A víbora da vaidade literária infere por vezes mordeduras muito fundas e até incuráveis, particularmente aos homens limitados."
"Aos olhos do artista, o público é um mal necessário; é preciso vencê-lo, nada mais."
"O criminoso, no momento em que pratica o seu crime, é sempre um doente."
"Nem homem nem nação podem existir sem uma ideia sublime."
"Os criadores e os génios, no início da sua carreira, quase sempre, e muitas vezes até no fim, sempre foram considerados pela sociedade como uns parvos e uns loucos — é esta uma das observações mais triviais e sabidas."
"O homem é infeliz porque não sabe que é feliz, só por isso."
"Uma enorme massa de gente não está sobre a terra para mais do que dar à luz, após longos e misteriosos cruzamentos de raças, um homem que, entre mil, possua alguma independência."
"No nosso planeta só podemos amar sofrendo e através da dor. Não sabemos amar de outro modo nem conhecemos outro tipo de amor."
"Decididamente não compreendo por que é mais glorioso bombardear de projécteis uma cidade do que assassinar alguém a machadadas."
"A fé e as demonstrações matemáticas são duas coisas inconciliáveis."
"Não será preferível corrigir, recuperar, e educar um ser humano que cortar-lhe a cabeça ?"

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O Riso é o Melhor Indicador da AlmaAcho que, na maioria dos casos, quando uma pessoa se ri torna-se nojento olharmos para ela. Manifesta-se no riso das pessoas, na maioria das vezes, qualquer coisa de grosseiro que humilha a quem ri, embora essa pessoa quase nunca saiba que efeito o seu riso provoca. Tal como não sabe (ninguém sabe, aliás) a cara que faz quando dorme. Há quem mantenha no sono uma cara inteligente, mas outros há que, embora inteligentes, fazem uma cara tão estúpida a dormir que se torna ridícula.
Não sei por que tal acontece, apenas quero salientar que a pessoa que ri, tal como a pessoa que dorme, não sabe a cara que faz. De uma maneira geral, há muitíssimas pessoas que não sabem rir. Aliás, isso não é coisa que se aprenda: é um dom, não se pode aperfeiçoar o riso. A não ser que nos reeduquemos interiormente, que nos desenvolvamos para melhor e que superemos os maus instintos do nosso carácter: então também o riso poderá possivelmente mudar para melhor. A pessoa manifesta no riso aquilo que é, é possível conhecermos num instante todos os seus segredos.
A alegria é um dos mais reveladores traços humanos, basta a alegria para revelar as pessoas dos pés à cabeça. Por vezes não há meio de percebermos o carácter de uma pessoa, mas basta ela rir para lhe conhecermos o feitio como às palmas das nossas mãos. Só as pessoas desenvolvidas do modo mais elevado e feliz sabem ser contagiosamente alegres, de uma maneira irresistível e benévola. Não falo de desenvolvimento intelectual, mas de carácter, do homem como um todo. Portanto: se quiserdes compreender uma pessoa e conhecer-lhe a alma não presteis atenção à sua maneira de se calar, ou de falar, ou de chorar, ou de se emocionar com as ideias mais nobres, olhai antes para ela quando se ri. Ri-se bem - é boa pessoa.
Observai depois todos os matizes: por exemplo, é preciso que o riso não pareça estúpido, por mais alegre e ingénuo que seja. Mal detecteis a mais pequena nota de estupidez num riso, ficai sabendo que a pessoa que assim ri é intelectualmente limitada, apesar de deitar cá para fora um sem-fim de ideias. Mesmo que o riso não seja estúpido, se vos parecer ridículo, nem que seja um pouquinho, ficai sabendo que não há na pessoa que o ri uma verdadeira dignidade, pelo menos uma dignidade suficiente. Por último, notai que, mesmo que um riso seja contagioso mas por qualquer razão vos pareça vulgar, também a natureza dessa pessoa é vulgar, que toda a nobreza e espírito sublime que tínheis visto nela ou são fingidos ou imitados inconscientemente, e que essa pessoa, no futuro, mudará inevitavelmente para pior, dedicar-se-á ao «útil», abandonando sem pena as ideias nobres como sendo erros e paixões da juventude.
(...) Apenas entendo que o riso é a mais certeira prova da alma. Olhai para uma criança: só as crianças sabem rir com perfeição, por isso são fascinantes. É abominável a criança que chora, mas a que ri alegremente é um raio do paraíso, é o futuro do homem quando ele, finalmente, se tornar tão puro e ingénuo como uma criança.
in 'O Adolescente'Os Verdadeiros Burros e os Falsos LoucosO mais esperto dos homens é aquele que, pelo menos no meu parecer, espontâneamente, uma vez por mês, no mínimo, se chama a si mesmo asno..., coisa que hoje em dia constitui uma raridade inaudita. Outrora dizia-se do burro, pelo menos uma vez por ano, que ele o era, de facto; mas hoje... nada disso. E a tal ponto tudo hoje está mudado que, valha-me Deus!, não há maneira certa de distinguirmos o homem de talento do imbecil. Coisa que, naturalmente, obedece a um propósito.
Acabo de me lembrar, a propósito, de uma anedota espanhola. Coisa de dois séculos e meio passados dizia-se em Espanha, quando os Franceses construíram o primeiro manicómio: «Fecharam num lugar à parte todos os seus doidos para nos fazerem acreditar que têm juízo». Os Espanhóis têm razão: quando fechamos os outros num manicómio, pretendemos demonstrar que estamos em nosso perfeito juízo. «X endoideceu...; portanto nós temos o nosso juízo no seu lugar». Não; há tempos já que a conclusão não é lícita.
in "Diário de um Escritor"A Prisão DouradaTenta fazer esta experiência, construindo um palácio. Equipa-o com mármore, quadros, ouro, pássaros do paraíso, jardins suspensos, todo o tipo de coisas... e entra lá para dentro. Bem, pode ser que nunca mais desejasses sair daí. Talvez, de facto, nunca mais saisses de lá. Está lá tudo! "Estou muito bem aqui sozinho!". Mas, de repente - uma ninharia! O teu castelo é rodeado por muros, e é-te dito: 'Tudo isto é teu! Desfruta-o! Apenas não podes sair daqui!". Então, acredita-me, nesse mesmo instante quererás deixar esse teu paraíso e pular por cima do muro. Mais! Tudo esse luxo, toda essa plenitude, aumentará o teu sofrimento. Sentir-te-ás insultado como resultado de todo esse luxo... Sim, apenas uma coisa te falta... um pouco de liberdade.
in "O Movimento de Liberação"
A Liberdade de EscolhaRealmente, se um dia de facto se descobrisse uma fórmula para todos os nossos desejos e caprichos - isto é, uma explicação do que é que eles dependem, por que leis se regem, como se desenvolvem, a que é que eles ambicionam num caso e noutro e por aí fora, isto é uma fórmula matemática exacta - então, muito provavelmente, o homem deixaria imediatamente de sentir desejo.
Pois quem aceitaria escolher por regras? Além disso, o ser humano seria imediatamente transformado numa peça de um orgão ou algo do género; o que é um homem sem desejos, sem liberdade de desejo e de escolha, senão uma peça num orgão?
in "Cadernos do Subterrâneo"***
11 de Novembro de 1821: Nasce o escritor russo Fiodor Dostoievski, autor de "Crime e Castigo", "O Idiota", "Os Irmãos Karamazov".
Notável escritor russo, Dostoievski
nasceu a 11 de novembro
de 1821, em Moscovo, e passou a maior parte da sua existência em São Petersburgo, onde morreu em 1881. Recebeu uma educação marcadamente religiosa, o que o levou naturalmente a interessar-se pelos mais humildes. A sua primeira novela, Pobre Gente, é muito apreciada pelos críticos da época, que veem nela o primeiro romance social russo. As novelas seguintes são recebidas com menos entusiasmo. Considera
o socialismo como uma atualização da moral cristã, o que o leva a frequentar grupos de ideias radicais. Preso e deportado para a Sibéria, essa difícil experiência
permite-lhe aprofundar as suas reflexões espirituais, cristalizadas na
figura de Cristo, e nos seus companheiros de infortúnio
descobre a grandeza
da "alma russa".
Em 1860
encontra-se em São
Petersburgo e, com
o irmão Miguel, edita a revista O Tempo (e mais tarde A Época), onde proclama as suas ideias liberais, enraizadas,
contudo, na defesa
das tradições nacionais. Publica Humilhados e Ofendidos
e Recordações da
Casa dos Mortos, obras baseadas nas suas vivências como deportado.
Uma viagem a Paris e a Londres termina com as suas ilusões sobre a sociedade ocidental, ao ser confrontado com o materialismo e com o individualismo mesquinho
do mundo moderno. Para Dostoievski, o racionalismo concebe o ser humano de uma forma demasiado redutora, enquanto a natureza emocional e inclinada aos excessos do escritor sonda na alma humana o mistério, a capacidade de se afundar nos maiores abismos e de alcançar as maiores plenitudes. Em A Voz Subterrânea (1864),
o primeiro dos seus romances "metafísicos",
o autor cria o "anti-herói", um tipo de personagem muito explorado pela literatura do século XX. Crime e Castigo (1866), de inspiração cristã, aborda
a problemática da culpa e da redenção. O Jogador
(1867) é baseado na sua própria experiência. O Idiota
(1868) revela uma personagem que simboliza
um ideal humano de bondade e de fé. Seguem-se O Eterno Marido (1870), Os Possessos
(1872) e O Adolescente (1875). A
obra-prima Os Irmãos
Karamazov (1880) opõe a natureza e a civilização e aborda os grandes problemas metafísicos: Deus, o bem e o mal, a liberdade humana. Nos últimos anos da sua vida, preocupa-se em expor a sua visão da história, da religião, da arte, da política, em ensaios a que chamou Diário de um Escritor. Conseguiu finalmente reunir a unanimidade da aclamação dos seus contemporâneos. Na obra de Dostoievski, encontram-se presentes, dir-se-ia profeticamente, os
problemas que vão ocupar a literatura e a filosofia de todo o século XX.
In
Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia
(Imagens)
Retrato de Dostoyevsky - Vasily Perov,
1872
Dostoyevsky em Paris,
1863
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/11/11-de-novembro-de-1821-nasce-o-escritor.html?fbclid=IwAR1y-3cOZXMqS96F3SDktzsgouracCy54rulyErFL-pBS8DRU_Xt6FbKUfQ***