01/09/2014

8.636.(1set2014.18.18') Dia Nacional das Bandas Filarmónicas 2014. A posição da Confederação Portuguesa das Colectividades...

https://www.facebook.com/confederacao.colectividades?fref=ts

DIA NACIONAL DAS BANDAS FILARMÓNICAS - MAFRA – 31 DE AGOSTO DE 2014

DIA NACIONAL DAS BANDAS FILARMÓNICAS
MAFRA – 31 DE AGOSTO DE 2014

Exº Senhor Secretário de Estado da Cultura
Exº Senhor Presidente da Camara Municipal de Mafra
Exº Senhor Presidente da Confederação Musical Portuguesa
Exº senhores e senhoras autarcas
Exº senhores e senhoras
Caros colegas dirigentes associativos, maestros e músicos.

Em nome da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto, saúdo todos os presentes e o Dia Nacional das Bandas Filarmónicas.
Estamos hoje aqui para, por antecipação, comemorar o Dia Nacional das Bandas Filarmónicas (1 de Setembro). Por decisão do Governo e após longos anos de proposta por parte das Confederações este dia foi oficialmente declarado em 2013.
A comemoração deste dia não é um mero capricho das confederações nem uma dádiva do Governo. É antes o reconhecimento que faltava a este importante movimento que ao longo de quase três séculos, vem dando ao povo português a oportunidade de contactar com essa bela arte que é a música.
Quando vemos uma Banda de Música em cima de um palco, vemos convívio, solidariedade, transmissão de conhecimentos e valores. Vimos a cooperação intergeracional que tantas vezes é apresentada como algo raro e nas Bandas é tão natural como o ar que respiramos. Não são raros os casos que a mesma família de músicos se apresenta em três gerações em cima de um palco. Não são raros os casos em que o namoro, a relação mais regular e por vezes o casamento, tiveram o seu início nas aulas de música da Banda.
Quem não vi já uma Banda desfilar pela rua com crianças a acompanhar, com adultos a aplaudir e com os idosos nas varandas a recordar tempos passados. Quem não viu já uma Banda a acompanhar uma procissão ou mesmo o funeral de pessoa veneranda. Quem não viu já os músicos de uma Banda a tocar no “Cavalinho das Marchas Populare” ou em formato de Orquestra Ligeira. As Bandas são embaixadores de cultura, dentro e fora do nosso país.
Permitem a jovens e a adultos, conhecer outros lugares, sejam as grandes cidades, sejam as mais recônditas aldeias. A economia local e nacional ganha muito com a existência desta actividade cultural e, os cofres do Estado, recebem mais do que os apoios financeiros que presta.
Na génese desta actividade cultural, estão homens, mulheres e jovens que, de forma regular, persistente e competente, se dedicam à música como profissão ou como passatempo. Estamos a falar dos Maestros, pessoas que vivem a música como algo que faz parte de si próprios.
Muitos iniciaram-se nas Bandas que mais tarde vão dirigir. Estamos a falar de crianças que “sobem à estante” num dia e, quando dão por isso, passaram anos. A Banda foi a sua escola, o seu conservatório. Muitos descobrem nas Bandas Filarmónicas a vocação para uma vida. As Bandas filarmónicas são ainda essenciais na prevenção social pela via da inclusão e contribuem para a coesão social.
Nada disto existiria se não existissem as Colectividades enquanto entidades coletivas. E não haveria colectividades se não existissem homens e mulheres dedicados ao voluntariado associativo. Os dirigentes associativos são o suporte de toda a actividade cultural onde se inserem as Bandas.
É por tudo isso que reafirmamos que o Dia Nacional das Bandas Filarmónicas não é um capricho nem uma dádiva, mas sim o reconhecimento devido a todos aqueles que contribuem para que em Portugal existam mais de 600 Bandas Filarmónicas, centenas de Maestros e dezenas de milhares de músicos.
A assinalar este dia, aqui, em Mafra, foi inaugurado o Núcleo Documental de Partituras que era uma das propostas existentes por parte das Confederações e tão bem foi interpretado pelo Senhor Secretário de Estado. A cooperação entre o Poder Central e o Poder Local, permitiram cumprir este objectivo.
Destacamos a forma como foi conduzido todo o processo, ao terem sido convidadas as Confederações desde o início, numa clara manifestação de respeito pela autonomia mas também de cooperação e parceria.
Estas comemorações, distinguem ainda 3 Bandas Filarmónicas, 1 Maestro, 1 Dirigente e 1 Músico. Temos consciência que existem neste país, dezenas ou centenas de Bandas e de individualidades que merecem esta distinção. O processo que conduziu a esta seleção foi transparente e contou com a colaboração das duas Confederações, do Gabinete do Senhor Secretário de Estado, do Museu da Música e da Câmara Municipal de Mafra. A todos sem exceção, desejamos deixar aqui o nosso reconhecimento e apreço.
Aos distinguidos, fica o nosso profundo reconhecimento pelo seu valor, exemplo e votos de muitos êxitos no futuro e de estimulo para continuarem a promover e a produzir cultura e, em particular, música filarmónica.

Bem hajam!
Augusto Flor
Presidente da Confederação Portuguesa
das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto
***