21/09/2014

8.744.(21set2014.7h7'7" da tarde) mesmo com pózinhos eleitorais...psd.cds querem lixar-nos!!!Grandes Opções do Plano para 2015

Via camarada Eugénio Rosa

http://nblo.gs/106i8U
As GOP´s para 2015: o mesmo caminho de destruição do país 


Eugénio Rosa – Economista – Este e outros estudos disponíveis em www.eugeniorosa.com Página 1 

AS GRANDES OPÇÕES DO PLANO PARA 2015: a mesma política de destruição da 
economia e da sociedade 

O governo acabou de apresentar a sua proposta das “Grandes Opções do Plano para 
2015 (Proposta de Lei 379/2014) onde constam as linhas mestras da sua política para 
2015, que servirão também de base para a elaboração do Orçamento do Estado para o 
próximo ano. E embora seja um documento com “muita parra e pouca uva” interessa 
conhecê-lo e analisá-lo pelo menos os aspetos essenciais (vamos limitar a análise ao 
aspetos que consideramos mais importantes, já que o documento do governo tem 160 
páginas) para se ficar a conhecer quais são as intenções do governo para o próximo ano. 

CONTINUAR COM A MESMA POLITICA EM 2015: eis o objetivo do governo 

A proposta de lei do governo começa por apresentar quais são os objetivos: (a) 
Transformação estrutural da economia portuguesa; (b) Sustentabilidade das Finanças 
Públicas; (c) Promoção da Solidariedade, Justiça, Segurança, Politica externa e Defesa 
Nacional. No entanto, todos estes objetivos se subordinam a um “enquadramento 
estratégico” que não é a transformação estrutural da economia portuguesa 
(modernização, aumento do valor acrescentado e da intensidade tecnológica, 
crescimento económico, etc.), mas sim à “estratégia de consolidação orçamental” (artº2º). 

E como tudo isto já não fosse suficiente, no artº 3º repete-se novamente o mesmo. Os 
objetivos: (a) Mudança e a transformação estrutural da economia portuguesa; (b) 
Finanças Públicas: desenvolvimento da estratégia orçamental; (c) Cidadania, justiça e 
segurança e estratégia orçamental; (d) Politica externa e Defesa Nacional; (e) Medidas 
setoriais. No entanto, sujeita-se todas estas políticas ao “enquadramento orçamental”, ou 
seja, à “sua compatibilidade com os compromissos internacionais”, isto é com a 
continuação da política de consolidação orçamental e do Tratado Orçamental (redução 
do défice para 2,5% e sua continuação nos anos seguintes, e redução da divida para 
60%, ou seja, a uma média anual de 4 pontos percentuais (6.800 milhões €/ano). 
Portanto, nada de novo: apenas a intenção, enquanto os portugueses o deixarem, de 

continuar a politica de destruição da economia e do tecido social em Portugal
(...)
A SEGURANÇA SOCIAL DEIXA DE SER, PARA O GOVERNO, UM DIREITO COMO DISPÕE A 
CONSTITUIÇÃO E PASSA A SER UMA “DADIVA” DA POLITICA ASSISTENCIALISTA 

Em relação à Segurança Social, o governo, e isso é claro nas GOP´s-2015, substituir o direito 
constitucional por um conjunto de programas de assistencialismo de combate à pobreza (é 
um novo paradigma que está em curso). A Segurança Social deixaria de ser um direito, como 
dispõe a Constituição da República e passaria a ser um conjunto de “dádivas” concedidas 
fundamentalmente aos mais pobres. Daí as GOP´s estarem recheadas de entidades (Redes 
Locais de Intervenção Social, IPSS), de programas (PES – Programa de Emergência Social), 
e de protocolos de cooperação (Protocolo de Cooperação) com esse objetivo. Mas tudo 
financiado com dinheiro público da Segurança Social (em 2014, rondam os 1.500 milhões €), 
tornando-se um negócio para muitas das centenas de organizações que proliferam em 
Portugal com o objetivo de auxiliar os pobres com dinheiros públicos. O governo, com a sua 
política, “produz” em massa pobres; e depois utiliza o dinheiro do Orçamento do Estado para 
encaminhar para essas entidades através da Segurança Social que depois elas, sem 
qualquer controlo eficaz por parte do Estado, o utiliza de acordo com os seus critérios 
concretos próprios, muitas vezes não apoiando os que efetivamente precisam mais mas sim 
aqueles que têm mais posses para pagar. Em relação à sustentabilidade da Segurança 
Social, o governo apenas ”propõe-se o aprofundamento de algumas medidas que têm vindo a 
ser tomadas” (pág. 165). Portanto, muito pouco, e mesmo com uma formulação muito 
obscura certamente para esconder os verdadeiros objetivos. E ficamos por aqui porque este 

texto já vai longo. Eugénio Rosa, edr2@netcabo.pt, 21.9.2014