22/10/2014

8.940.(22out2014.12.55') Mary Bento

Nasceu a 12mar1965
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Via facebook
Mary Bento
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é uma dos AMIGOS DAS LETRAS E UMA CONTADORA DE HISTÓRIAS

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No Al-creative
eu é que contei a história do quadro branco

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A 1nov2014
lança a sua 1ª obra


"A "História do Quadro Branco" não é mais do que uma metáfora que simboliza a necessidade do ser humano ser pertença a uma família, a um grupo e a uma sociedade, com quem se identifique e se potencie/cresça como indivíduo."
Apareçam!
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Capa de Gama Diniz
Ilustrações de Ana Mateus
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HISTÓRIAS
Via facebook da Mary Bento:

HISTÓRIA DO MENINO TOMÁS



               O Tomás era um menino muito especial. No dia do seu nascimento aconteceu uma “complicação” que o tornou
diferente. O Tomás não mexe muito bem as suas pernas e não tem equilíbrio. Por isso desloca-se numa cadeira igualmente especial.

                Foi a sua mãe que lhe explicou esta “complicação” que lhe aconteceu logo no início da sua vida. Os pais ficaram bastante assustados, pois com os seus dois irmãos tudo correu sem complicações quando nasceram.

                De início o Tomás não compreendia o que queria dizer “complicação”, mas depois conforme foi crescendo (agora tem 8 anos) foi percebendo que era complicado não andar, não correr, não saltar, não fazer ginástica tal como faziam os seus irmãos, os amigos e os colegas.

                Era também complicado não conseguir agarrar os objetos ou pessoas que não conseguia alcançar. Assim começou a imaginar o quanto seria bom ter uns braços muito compridos, para assim os poder alcançar ou abraçar, já que as suas pernas não lhe permitiam chegar até eles.

                 O menino Tomás conduz a sua cadeira especial. Foram os pais com a ajuda de outras pessoas amigas que lhe arranjaram esta
cadeira e o menino Tomás também começou a entender o significado das palavras Amor, Amizade e Solidariedade.

                 As pessoas gostavam dele e isso era mesmo muito bom.

                Na escola o menino Tomás tem os seus amigos. Ao conversar com eles descobriu que todos eram diferentes.

                A Ana era sardenta. Toda a gente lhe dizia que durante a noite as moscas lhe iam colocar as pintas no seu rosto. E todos se riam às gargalhadas. Também era parceira do Tomás nos Escuteiros.

                O Zé era cigano e tinha na sua família algumas atitudes e comportamentos diferentes dos restantes meninos. Mas era um rapaz muito simpático e trabalhador,porque ajudava os pais a vender na feira. E o Tomás gostava tanto de o ir lá ver. O Zé contou-lhe que a sua prima se iria casar com 15 anos, e o Tomás pensou:

- Isso é verdadeiramente diferente, tão diferente quanto eu sou dos outros meninos.

                Depois havia a Sara que tinha os olhos um bocadinho tortos. Ela brincava com os amigos que nunca sabiam bem para onde estava a olhar e ficavam todos baralhados. Era uma marota brincalhona, mas felizmente ia ser operada para melhorar os seus olhinhos.

                O menino Tomás pensava:

- Ainda não existem operações para resolver as “complicações” das minhas pernas, por isso vou ter de esperar. Talvez um dia aconteça.

                O Ricardo, ai ai o Ricardo nunca parava quieto. Parece que tomava uns comprimidos para ficar mais calmo. Era mesmo elétrico mas o Tomás gostava muito dele porque fazia muitas perguntas sobre a sua cadeira. E o Tomás pensava:

- Acho que vai ser um engenhocas

Andavam juntos na Catequese e a catequista tinha de ter muita paciência.

                A Rita adorava ler histórias e até escrever poemas. Quando ela lia os amigos ficavam todos calados a ouvir. Até o Ricardo vejam lá.

                O atleta Wilson, cujos pais vieram de Africa, era o rapaz mais forte do grupo de amigos e ajudava muito o Tomás a ultrapassar os obstáculos que encontrava com a sua cadeira especial. E eram tantos os obstáculos.

                 No início lá na escola só havia degraus o que deixava o Tomás muito triste e aborrecido, pois não podia brincar com os amigos
no intervalo. Depois construíram as rampas e tudo ficou mais fácil. Mas quando vai à rua ainda encontra muitos obstáculos e nem sempre consegue ir onde gostaria.

                 Lá na escola havia um menino, o Bruno, que andava sempre zangado, ralhava, faltava às aulas, e batia nos outros meninos.
Quando isso acontecia lá ia o Wilson salvar o Tomás e levá-lo para outro lugar.

                O Tomás ouvia os professores a falar de “bulling” uma palavra que não sabia explicar e a dizer que o Bruno tinha muitos problemas em casa.

                O Tomás e os seus amigos decidiram ajudá-lo. E assim devagarinho, começaram a convidá-lo para brincar com eles, para ouvir as histórias da Rita, para jogar na equipa do Wilson. Aos poucos começou a ir à Catequese e aos Escuteiros. E sabem uma coisa, parece que se esqueceu de andar zangado e a bater.

                Um dia todos estes amigos combinaram e foram visitar o Zé que se encontrava a vender na feira com os pais. O pai dele ensinou-os a pregoar para chamar os clientes. E eles começaram todos a pregoar. Fizeram tanto barulho que toda a gente veio ver o que se passava. E sabem que mais? Fizeram um bom negócio nesse dia.

                Digam lá se este não é um grupo diferente e feliz? O Tomás é um menino feliz por ter todos estes amigos.

                VIVA A AMIZADE!!!!!!!!!!



“A diferença está nos nossos olhos, nos nossos
pensamentos e por vezes no nosso coração”



                             13/07/14
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