29/11/2014

9.143.(29nov2014.17.44') Fenprof na luta pelo ensino artístico!!!PCP atento à falta de financiamento de Conservatórios e Academias de Música...inclusivé a de Alcobaça

10set2015
de novo menos financiamento...
Alcobaça sofre com corte de alunos e 
menos postos de trabalho!!!
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Via Jornal de Leiria
https://www.jornaldeleiria.pt/portal/index.php?id=11886
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Via DN
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4768307
Cortes drásticos no financiamento apanharam desprevenidas as famílias dos alunos de 97 conservatórios privados. Contando apenas 30% das escolas, ficam sem apoio 2519 estudantes.

A promessa de um ano mais tranquilo no ensino da Música - depois dos atrasos nos pagamentos em 2014 - transformou-se num pesadelo que apanhou desprevenidas escolas da área e as famílias de milhares de alunos, a poucas semanas do arranque do ano letivo. Em causa está uma redução drástica nos estudantes cofinanciados pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC) em 97 conservatórios privados. Medida que, em muitos casos, terá consequências até na organização das escolas públicas .
De acordo com um levantamento da Associação de Estabelecimentos do Ensino particular e Cooperativo (AEEP), ao qual o DN teve acesso, em apenas 30% destes 97 estabelecimentos há uma redução de 2519 alunos apoiados face ao último ano letivo. Números que, extrapolados ao universo da rede, representariam um corte de quase 8400 lugares disponíveis.
A distribuição dos cortes não é equiparada entre todas as ofertas. A AEEP aponta para um corte de 97% nas iniciações, uma oferta extracurricular do 1.º ciclo, de 79% no básico supletivo, que também é oferecido como complemento dos currículos escolares tradicionais; e de 16% no ensino básico articulado.
É este último corte que mais problemas cria às escolas públicas, porque parte do currículo dos alunos do articulado era oferecida por esses conservatórios, substituindo disciplinas como Educação Musical e Educação Visual e Tecnológica. Na Secundária Josefa de Óbidos em Lisboa, "mais de 50 alunos" do quinto ano de escolaridade tinham passado os testes para iniciar o primeiro ano do ensino artístico na Fundação Musical dos Amigos da Criança (AMAC), contou ao DN Teresa Beatriz Abreu, diretora desta fundação. Mas ontem esta professora teve de se deslocar à secundária para explicar aos pais que, afinal, "com a verba do ministério, só entram cinco" estudantes. "Neste momento, a própria Josefa de Óbidos já está a fazer a redistribuição destes alunos por várias turmas, porque o que costumava acontecer, com tantos alunos, era ser criada uma turma da música".

Nuno Crato deixa milhares de alunos sem ensino musical

por Pedro Sousa Tavares



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Via Lusa.Sol
Professores do ensino artístico em situação de pobreza
http://www.sol.pt/noticia/123350
Há professores a passar mal, sem dinheiro para alimentar os filhos, pagar a renda de casa ou deslocar-se para os locais de trabalho”, denuncia a Fenprof sobre a situação dramática que se vive no ensino artístico português.
Uma directora de escola hipotecou os próprios bens para pagar salários aos professores
Estas escolas vivem de fundos comunitários e do Estado que tardam em chegar, o que leva ao sistemático atraso no pagamento de salários aos docentes. Para socorrer esta situação, as direcções recorreram a empréstimos bancários para poder pagar Segurança Social e IRS dos seus trabalhadores, para não perderem o direito aos fundos.
Mas, como explica a estrutura sindical, os juros elevados destes créditos não são suportados pelo Estado ou pelos fundos. “Há escolas que já suspenderam a sua actividade e outras que o farão agora”, recorda a Fenprof.
A agência Lusa relata hoje o caso de uma directora de escola que hipotecou os bens para pagar salários e de um professor que pediu alargamento do empréstimo para comprar medicamentos. Estas são algumas das muitas histórias das escolas e docentes que vivem vidas desesperadas à espera das verbas prometidas pelo Ministério da Educação.
Em Portugal existem apenas seis escolas de ensino artístico público e foi através de parcerias entre o Ministério da Educação e Ciência (MEC) e as escolas privadas que o ensino da música e da dança se tornou acessível aos jovens de todo o país.
No entanto, o MEC ainda não pagou os serviços prestados pelos professores destas escolas, que dão aulas a alunos do ensino público. A Academia de Música de Almada, por exemplo, deixou recentemente de dar aulas e os professores estão sem salários desde Novembro, mesmo depois de a directora ter empenhado os seus bens pessoais.
Em Dezembro, quando contavam receber as verbas, as escolas foram informadas que os processos tinham sido enviados pela tutela para o Tribunal de Contas: proprietários e professores começaram a fazer contas às dívidas e empréstimos que contavam saldar.
Duarte Lamas, professor na Academia Musical dos Amigos das Crianças, em Lisboa, disse à Lusa que recentemente ficou sem dinheiro para pagar uma conta na farmácia. "Fui comprar medicamentos para a minha filha e quando ia pagar já não tinha plafond. Tive de ir ao banco pedir um alargamento do empréstimo e a situação resolveu-se mas conheço professores que tinham comprado casa há pouco tempo e por isso não podem pedir mais empréstimos estando numa situação muito complicada", desabafou Duarte Lamas.
Rui Paiva, professor que tem vivido os últimos meses sem ordenado, relatou histórias de colegas que já não conseguem pedir empréstimos e conhece mesmo o caso de um docente que perdeu a casa e, por isso, a custódia do filho.
No final de Janeiro, o Tribunal de Contas revelou que os processos tinham voltado a ser devolvidos ao ministério por falta de documentos.
Pedro Galhoz é pai de uma aluna que frequenta o ensino articulado da música e lamenta o que se está a passar sublinhando o empenho dos professores: "São profissionais que muitas vezes deixam de ganhar ordenado, não têm horas, não há reformas, não há nada, apenas a paixão pela arte".
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A Câmara e a Assembleia Municipal não podem ficar alheias!!!

A CDU está solidária com a Academia de Alcobaça...
Com certeza vive com dificuldades porque o governo PSD.CDS não cumpre atempadamente com os financiamentos contratados...
Ainda não receberam a última tranche do ano lectivo passado e nada deste que já tem 3meses de funcionamento!!!
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2dez2014
Dia de LUTO

Escolas do Ensino Artístico de todo o país colocarão faixas pretas e divulgarão o Comunicado "Ensino Artístico em Ruínas" para sensibilizar os Cidadãos e o Governo dos actuais problemas de financiamento. Em defesa do Ensino Artístico.
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Academia de Música de Alcobaça
e de Dança!!!
aderiram à luta nacional!!!

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via região de cister

AMA adere ao dia de luto pelo ensino artístico

luto_ensino_artistico.jpg
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10204300944877083&set=p.10204300944877083&type=1&theater
Os Professores do Orfeão de Leiria convidam a população da cidade a juntarem-se a nós pelo Ensino Artístico em prol da Educação e da Cultura!
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Via Diário de Leiria

Professores do Orfeão de Leiria paralisam aulas hoje em protesto

Edição de: 


Os professores e funcionários do Orfeão de Leiria vão paralisar as actividades lectivas, hoje, como forma de protesto contra a “falta de pagamento” das verbas do Programa Operacional de Potencial Humano (POPH). "Não se trata de uma greve", mas de uma "paralisação das actividades lectivas", hoje, pelas 08h30, explicou Sónia Leitão, a porta-voz do grupo de docentes do Orfeão de Leiria que decidiram em reunião esta forma de protesto.
"As escolas estão à beira da asfixia. Estão sem capacidade financeira para pagar aos seus colaboradores. Há muitos professores com meses de vencimento em atraso, com ordens de despejo e sem dinheiro para pagar água e luz", revelou Sónia Leitão, sublinhando que, não obstante, continuam a leccionar
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Risco de encerramento de vários Conservatórios de Música

Nota do Gabinete de Imprensa dos Deputados do PCP ao PE, Bruxelas

Risco de encerramento de vários Conservatórios de Música

A deputada do PCP Inês Zuber questionou hoje a Comissão Europeia sobre a possibilidade de adequar as regras do Programa Operacional de Capital Humano (2014-2020) às necessidades especificas dos Conservatórios de Musica, e, no caso de ser possível, quais os procedimentos que devem ser seguidos.
A decisão tomada há três anos pelo Governo português de substituir o financiamento aos Conservatórios de Musica do Ensino Particular e Cooperativo, passando-o de verbas regulares do Orçamento de Estado para financiamento através do Programa Operacional para o Potencial Humano (POPH), comparticipado pelo Fundo Social Europeu, trouxe graves problemas para o normal funcionamento destas escolas. Neste momento, há varias escolas em risco de encerramento por falta de fundos.
Face a esta situação, a deputada do PCP Inês Zuber questionou hoje a Comissão Europeia sobre a possibilidade de adequar as regras do Programa Operacional de Capital Humano (2014-2020) ás necessidades especificas dos Conservatórios de Musica, e, no caso de ser possível, quais os procedimentos que devem ser seguidos.
PERGUNTA ESCRITA
Há 3 anos o governo português decidiu substituir o financiamento aos Conservatórios de Música do Ensino Particular e Cooperativo, passando-o de verbas regulares do Orçamento de Estado para financiamento através do Programa Operacional para o Potencial Humano (2007-2013), comparticipado pelo Fundo Social Europeu. Esta alteração trouxe graves problemas para o normal funcionamento destas instituições uma vez que as regras deste Programa (ao nível dos prazos, dos montantes, das formas de pagamento através de reembolso, entre outras) não se coadunam com as necessidades regulares de gestão destas escolas e com os compromissos que tinham já assumido perante professores e alunos. Por exemplo, se as regras do anterior POPH só permitem o financiamento das horas efectivas de formação que um professor dá, são estas escolas que têm que suportar todos os restantes custos associados ao contrato de trabalho do professor (subsídios de férias, entre outros). Sabemos que, neste preciso momento, há várias escolas em risco de encerramento por falta de fundos, o que significará uma perda irreparável na aprendizagem artística de vários jovens, nomeadamente daqueles que se situam nas zonas mais interiores do país.
Assim, pergunto à Comissão:
- Será possível adequar as regras do Programa Operacional de Capital Humano (2014-2020) (programa que substitui o “anterior POPH”) às necessidades específicas de gestão deste tipo de escolas?
- No caso de ser possível, quais os procedimentos que devem ser colocados em prática?