20/02/2015

9.629.(20fev2015.16.50') José Rodrigues Brusco Júnior

Nasceu a 9dez1876
e morreu a 31jan1949
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José Rodrigues Brusco Júnior. Oficial do exército. Natural de Alpedriz, Alcobaça. Governador Civil. Condecorado com as medalhas militares de cobre, prata e ouro, da classe de comportamento exemplar (1898, 1908 e 1923). Medalha da rainha D. Amélia, pelas operações do Barué (1903). Medalha comemorativa do Corpo Expedicionário Português, França 1917-1918. Medalha de agradecimento da Sociedade Portuguesa da Cruz Vermelha (1921). Medalha da Vitória (1918). Filho de José Rodrigues Brusco Júnior e Maria Salgueiro Loureiro Brusco. Assentou praça no regimento de artilharia nº 2, em 19.1.1893. Efectuou o curso de administração militar, da Escola do Exército, em 1898. Promovido a alferes (1899), tenente (1903), capitão (1911), major (1918), tenente-coronel (1922). Passou à reserva em 1924, por doença. Foi destacado para Moçambique, onde efectuou duas comissões de serviço (1900-1902 e 1903-1906), tendo feito parte, em 1902, da coluna de operações ao Barué. Fez parte do Corpo Expedicionário Português, em França (1917-1918). Republicano convicto, em 10.5.1915, sofreu uma pena militar (pouco depois considerada sem efeito), por tomar parte em manifestações públicas, de carácter político, com «civis desordeiros» facto que tem a ver a com a violenta revolução que em 14.5.1915 levou à demissão de Pimenta de Castro e do seu governo ditatorial, e que ficou conhecida pelo Catorze de Maio. Do mesmo modo, em Janeiro de 1919, quando Vila Real foi atacada pelas for- ças da Junta Monárquica do Porto, apresentou-se voluntariamente ao serviço no quartel-general da 6ª divisão militar chefiada por Ribeiro de Carvalho, contribuindo empenhadamente na preparação da defesa de Vila Real. Foi na sequência desta intervenção que Rodrigues Brusco Júnior, por determinação do Governo da República, foi nomeado Governador Civil efectivo do Distrito de Vila Real, presidindo à sua tomada de posse o comandante da 6ª divisão do exército. Exerceu as suas funções, de 2.2.1919 em diante, a partir de Chaves,
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Foi o autor da publicidade à Ginja MSR
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http://www.ginja.pt/pt/index.php?id=50
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Via

http://memoriadarepublica.blogspot.pt/2012/11/tenente-coronel-jose-rodrigues-brusco.html

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Via Região de Cister

Fique a conhecer o Zé, um militar caricaturista que nasceu em Alpedriz

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http://www.regiaodecister.pt/pt/noticias/fique-conhecer-o-ze-um-militar-caricaturista-que-nasceu-em-alpedriz

Nasceu no final da década de 70 do século XIX e fez história no mundo das artes e carreira no mundo militar. José Rodrigues Brusco Junior nasceu em Alpedriz, desconhecendo-se por quantos anos viveu em terras de Cister. Diz quem sabe que regressava com frequência à sua terra Natal. É em Alcobaça que morre.
Através das suas mãos, depois de terminar os estudos no Colégio Militar em Lisboa, nasceu uma obra ímpar em Portugal. Dada a sua formação, ficou conhecido pelo humor que criou em torno da vida militar.
Aquando das comemorações dos 150 anos da caricatura em Portugal, Osvaldo Macedo de Sousa escreveu no livro ‘Humor militar’: “Não temos conhecimento das escolas frequentadas, se teve mestres, quais as suas preferências estéticas. Foi essencialmente um autodidata e, como tal, um indivíduo com sede enorme de conhecimento, de cultura”.
Desconhece-se a arma a que pertencia, mas a julgar pela sua obra plástica o tenente-coronel deveria ser militar de cavalaria. O facto de conhecer tão bem a anatomia dos cavalos, permitiu-lhe dissecar toda a sua anatomia, distorcê-la de forma graciosa ou satírica. “A Cavalaria será uma fonte infindável do seu espírito criativo, uma presença constante e determinante na sua obra”, acrescenta Osvaldo Macedo de Sousa.
A obra mais antiga que se conhece de Brusco Junior é um painel de azulejos que existiu na Fonte dos Talassas, na Rua Miguel Bombarda. Nesta obra, de 1911, via-se os monges de Cister a trabalhar, tendo o Mosteiro como pano de fundo. Quando a Fonte foi demolida, em 1972, os azulejos foram numerados e guardados, mas ninguém sabe do seu paradeiro.
O tenente-coronel de reserva participou em exposições, criou uma coleção de postais e também foi presidente da secção de Alcobaça da Liga de Combatentes. 
Foi Alcobaça que Brusco Junior escolheu para viver, depois de a mulher ter ficado cega após a morte do filho durante o parto. Por aqui, se dedica às lides artísticas e passava parte do seu tempo nas farmácias Campeão e Belo Marques (esta de um seu cunhado). Para a história, fica um homem de Alpedriz que ousou, há quase 100 anos, fazer humor através da caricatura, que assinava como Zé.