04/05/2015

7.537.(4maio2015.7.7) Neste dia...5maio...vou rELEVAR: 50.avÔ, Karl Marx, Jaime Salazar Sampaio, Mário Quintana, Arianne, Adele e a poesia de Joaquim Pessoa:

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2020
4A/50D/AVÔ
 Faz parte do processo histórico...Tenho muita paciência para o combate facebookiano...Há muito provocador e muito perfil falso a espalhar atrocidades...Vencer tanto medo reinante...Há muito ver e deixar andar...
*
DM da Língua Portuguesa...260 milhões de falantes...
*
Infecção oportunista está a dar-me cabo de 5 unhas das mãos! Que mais me irá acontecer?
*
Que fazer para ampliar valores em vez do bota-abaixo reinante...O trabalho colectivo realizador e exemplar...Reduzir o vazio e a pressa, com o teatro/música/dança/tertúlia/ser cidaDÃO...  
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2019
III-L-AVÔ
Queridaaaaaaaaaaaaaa
Gosto muito de tiiiii
Por muitos porMAIORES
                                 inTENSAmente vividos contigoo
Porque me fazes cresCER e sentIR mbem
porque há AMAnhã a 2...
***
2018
2/50aVÔ
aquELA pRENDA
D' aniversáRIO
DO OCEANO ATLÂNTICO
2 BOLSOS CHEIOS DE AREIA
para mostrar como é a vida:
susto de poder morrer
com a onda a fazer a tremer-me
não a da frente
mas a que me atacou por trás..
***
2017
UM+50avÔ
reSOLver uma questão
                          que proCURO
                                             soluAÇÃO
aconTECE
por x
duma forma inesperada...
ao aCORdar, nos restos dos sonhos
a trabalhar noutra coisa
a dormitar no sofá
em viAGEm
ouvindo o MARulhar do mar
                     ou das braças dos pinheiros
                         ou do inTENSO chilrear da passarada
                                                         na laranjeira do meu quintal
 ou após delíquios MARavILHA
ou na chuveirada
ou
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2016
50.avÔ
Amizade é muitoooooooo
Não queiras deixar-me de ser teu amigo

amor é óptimo e tem de ser
quase sempre
paixão
e quase sempre é efémero

a não ser o amor paternal, fraternal, filial...

mas a amizade pode ser infinita
com o essencial: VIVERdade
acrescentar + belos momentos
a fazermos o que gostamos
*
a beleza da vida
a natureza a surprender-nos
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2018
 4.44.4”...Museu Machado de Castro...Coimbra
by mim
 https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10214521261736741&set=pcb.10214521265656839&type=3&theater
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15h
1.ª DESCIDA LOUCA dos Guizos...sMARtinhooooo
org. do Concha Azul
carrinhos de rolamentos
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16h...poesia de Mário Cordeiro
auditório da Biblioteca
 https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10216689052084097&set=a.1147281327614.2022918.1394994988&type=3&theater
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...Hj, atenção a quem está ou vai ao Porto (Rua das Taipas, 135): inauguração d' exposição do alcobacense...Vou lá um dia destes...
Tomás Abreu
 https://www.facebook.com/events/245961292808484/
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2017
 a minha querida filha Irina Raimundo está nesta organização fantástica do INDIEJÚNIOR...de 3 a 14mAIo..."Filmes curtos e mais longos, com bonecos e imagens atuais, que divertem e nos fazem pensar. No IndieJúnior 2017 voltamos a ser crianças, mesmo quando levamos os nossos filhos. Sessões para toda a família aos fins de semana e festa do Bairro IndieJunior este domingo, dia 7 de maio. Venham, venham e tragam um miúdo ou graúdo também"
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 20.33'.02"...Casal da Maceda..Cela...d' Alcobaça que vos abRRaça .
by mim
 https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10211607316609934&set=pcb.10211607318089971&type=3&theater
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 PAREdes da vitóRIA...1 das 2 bandeiras azuis...d' ALCOBAÇA que vos abRRaça
by Adelino Pataias
 https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10155274467289819&set=pcb.10155274468189819&type=3&theater
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 hj.21h30'.no cine-teatro d' ALCOBAÇA que vos abRRaça...AO TEATRO...
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 altar dos nossos THE GIFT...embaixadores d' ALCOBAÇA que vos abRRaça...1.º NO TOP DE VENDAS...
 https://www.facebook.com/TheGiftOfficial/photos/a.128410800564497/1484833751588855/?type=3&theater
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2016...memórias deste dia:
S.marTINHOOOOOOO by Nanda Sereno
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1260199430676439&set=pcb.1260199550676427&type=3&theater
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2014
 está asSIM agHora...paREDES da VITóRIA...d'ALCOBAÇA que vos abRraça
By Adelino Pataias
 https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10152401162254819&set=a.10150262398389819&type=3&theater
*
Mais do que sentir
Poesia é viver
Morrer a cada segundo
Ouvir o mar e senti-lo com alma
Não apenas água salgada
São ondas revoltas
São alma de gente
Que lá ficou
Entre os beijos das sereias
E seu canto que mais não é que choro de poetas tristes clamando a musa que eleve a palavra
sonho eu com tudo isto
com tudo o que cabe num poema
de alma nua
são despojos de mim em versos!
 ***
2013
 hj é dia da mãe...Mia Couto: "Quando os seus ventres se arredondam, uma porção de céu fica acrescentada."
Do livro A Confissão da leoa"
Tela de Angela Felipe

 https://www.facebook.com/miacoutooficial/photos/a.298941346819589/512761242104264/?type=3&theater
*
PCP na linha certa...(...) Está na hora de cada trabalhador, cada português tomar nas suas mãos a defesa dos seus direitos, impor com a sua luta e o seu protesto o fim deste caminho desgraçado a que os querem amarrar.
É tempo de cada trabalhador, cada jovem, cada reformado, cada pequeno e médio empresário ou agricultor, cada português resistir e agir.
Toda a evolução da situação mostra que é necessário e urgente encontrar um novo caminho para Portugal em ruptura com a política de direita e o Pacto de Agressão.
Um caminho que se faz com o desenvolvimento da luta de massas! (...)

*
passos.portas querem empobrecer + e +...O REI VAI NU...vamos à luta 25 e 20 maio!!!
 https://www.facebook.com/STFPSN/photos/a.127987430601236/398138036919506/?type=3&theater
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2011
 12.34' a minha "conselheira"
Gisela Mendonça
recomendou o melhor para o DILP...daí que faça o mínimo: partILHAR convosco e...aquel'abRRaço com 1 das +bELAS poesias!!!
 A 5 de Maio, Dia Internacional da Língua Portuguesa, solto as palavras e lembro um dos seus maiores artesãos. Que bela língua é a nossa...Solta as tuas!!!

É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!

Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo.

Fernando Pessoa

 https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1856965477431&set=a.1181415429102&type=3&theater
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 a nossa Língua está de paraBÉNS...
 https://www.facebook.com/casadasletras.edicoes/photos/a.116771045029881/204796049560713/?type=3&theater
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2010
 já chega de privatizar...
 https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1418712303729&set=a.1174835286956&type=3&theater
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Dia da Língua Portuguesa e das Culturas...(no plural porque são várias), efeméride assinalada oficialmente em 49 países.
Muito interessante esta iniciativa em Cuba.

http://www.granma.cu/cultura/2017-05-02/debut-en-cuba-de-cine-en-lengua-portuguesa-02-05-2017-22-05-16

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hj é DM higienização das mãos...há que lavar bem as mãos...MAS NÃO À PILATOS...há que corAGIR com td a convicção!!!
A Organização Mundial da Saúde (OMS) comemora neste domingo, 5 de maio, o Dia Mundial da Higienização das Mãos. A data associa o quinto dia do quinto mês a cinco momentos da higiene das mãos: antes de contacto com o paciente, antes de realizar procedimento asséptico, após exposição a fluidos corporais, após contacto com um paciente e após contacto com áreas próximas ao paciente.

O ato de higienização previne doenças e reduz infecções, explica a farmacêutica-bioquímica Luciana Barbosa, doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP) e especialista em saúde da pele do trabalhador e em gestão da infecção hospitalar.

— Transformar a lavagem das mãos e o uso do álcool em gel em um hábito frequente é benéfico para todos e pode salvar mais vidas — ressalta Luciana.

Essas providências são ainda mais importantes em períodos de mudança de estação, quando as alterações no clima aumentam a circulação do vírus influenza, ocasionando um festival de espirros, coriza e tosse desencadeados por gripes, resfriados e alergias.

Segundo dados do Ministério da Saúde, pelo menos 2 mil pessoas morrem por ano no Brasil em consequência da gripe sazonal, a mais comum.

De acordo com o Centro de Controle e Prevenções de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e a Agência de Saúde Pública do Canadá, a proliferação do vírus da gripe cresceu este ano na América do Norte, que se deparou com alguns tipos de influenza mais difíceis de serem combatidos.

O Dia Mundial da Higienização das Mães foi introduzida pela OMS em 2007. A campanha Salve Vidas: Higienize as Mãos, objectiva melhorar a limpeza das mãos e reduzir as infecções relacionadas com a assistência à saúde, protegendo a segurança de pacientes, profissionais e demais usuários dos serviços de saúde, além de consciencializar, principalmente, pacientes e profissionais de saúde, de que esta é uma medida eficaz e prática para prevenir doenças e infecções contagiosas.https://www.facebook.com/photo.php?fbid=4270880624843&set=a.1029365188983.3914.1670949754&type=3&theater
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Hj ainda é: Dia Internacional da Parteira (ou Dia Internacional do Enfermeiro especialista em Saúde Materna e Obstétrica/Parteira), Dia Mundial do Trânsito e da Cortesia ao Volante,  e Dia Mundial da Asma
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1632...Morreu Frei Luís de Sousa..." Não há coisa que mais quebrante ânimos e línguas serpentinas, do que largar-lhes o campo com silêncio. "

"É tempo perdido animar para a batalha quem fica fora dela, e aconselhar virtude quem não é primeiro em segui-la. "

"Manuel de Sousa Coutinho, assim era o seu verdadeiro nome, nasceu em Santarém, cerca de 1555, e era filho do nobre Lopo de Sousa Coutinho e de uma senhora da casa dos condes dos Marialvas. Enquanto fidalgo dedicado às Letras e às Armas, seu pai influenciou profundamente a sua decisão de frequentar cursos regulares de Humanidades nos quais atingiu um elevado grau de cultura literária que lhe permitiu prosseguir o caminho das Letras.
Talvez como recompensa pelos serviços militares prestados por seu pai, foi, por alvará de 31 de março de 1572, considerado moço fidalgo, tendo manifestado, no seguimento da corrente da época no Ocidente, um grande fervor religioso que o animou a alistar-se como noviço na Ordem de Malta, então "a mais forte guarda avançada da Europa cristã contra a ameaça turca".
Em 1577, na Sardenha, é feito prisioneiro e levado pelos mouros para Argel, com o seu irmão André de Sousa Coutinho, tendo aí conhecido Cervantes. Posto em liberdade, foi para Valença, onde permaneceu e onde, sob o magistério do humanista valenciano Jaime Falcão, completou a sua formação cultural. A influência deste humanista vai ser homenageada na sua obra Ópera Poética, considerando-o como um mestre a quem devia todo o seu saber, nomeadamente o conhecimento da arte poética de Horácio.
Regressando a Portugal, rapidamente ganhou a confiança dos governadores do reino, que o colocaram num posto dos quadros militares do Estado.
Dois meses antes da invasão do duque de Alba, em 6 de abril de 1580, Manuel de Sousa Coutinho é nomeado alcaide-mor do Castelo de Marialva e capitão das ordenanças da vila e, em 1582, o rei Filipe II faz-lhe uma mercê de 200 mil réis anuais. Em dezembro deste mesmo ano, é promovido a fidalgo escudeiro.
Casou, em dezembro de 1583, com D. Madalena de Vilhena, viúva de D. João de Portugal, filho de D. Manuel de Portugal, a quem Luís de Camões endereçou a Ode VII como gratificação pelo patrocínio à publicação de Os Lusíadas. Do primeiro casamento de D. Madalena nasceram três filhos: D. Luís de Portugal (morto em Ceuta), D. Joana de Portugal e D. Maria de Vilhena, os quais foram educados pelo novo casal que, por herança da mãe de D. Madalena, era detentor de uma grande fortuna.
A partir de 1590, a família fixou-se em Almada, tendo Manuel de Sousa Coutinho desempenhado vários cargos na Misericórdia.
Aqui, e embora longe da cidade, nem sempre conseguiu afastar-se do bulício da capital e do desencanto da cena política e social do fim do século.
Em 1592, vai aproveitar uma quantia do dote do enteado para contratar e equipar uma expedição a Tânger e, em 1594, é promovido pelo rei a fidalgo cavaleiro com um aumento de moradia de 400 mil réis.
Em 1598, desempenha as funções de guarda-mor da saúde e de capitão-mor da gente de cavalo e de pé das milícias locais.
Porém, nem sempre a sua vida se norteou por esta pacatez. Assiste-se, então, a alguns conflitos com os governadores do Reino, que o notificaram da proibição de entrar no paço e na residência destes. Esta atitude foi enfrentada por Manuel de Sousa Coutinho com altivez.
Entretanto, assolada pela peste a cidade de Lisboa, a população começa a fugir e a Administração, procurando em Alcochete e Almada ares mais saudáveis, dá a Manuel de Sousa Coutinho ordens para despejar e abandonar a sua casa para que nela se pudessem alojar. Sentindo-se ofendido por esta atitude, este parte para Madrid e manda incendiar o palácio, defendendo, assim, o seu código de honra, recusando-se a cumprir imposições que considerava incompatíveis com a sua condição de fidalgo.
Regressa a Portugal em 1 de maio de 1600, publica a Ópera Poética de Jaime Falcão e recupera as suas funções de capitão-mor e guarda-mor da saúde pelas quais será compensado, em 1601, por Filipe III, com uma tença de 50 mil réis.
O gosto pela aventura "transporta-o" para lugares da América espanhola e apenas as saudades da pátria, da mulher e da filha o fazem regressar, conforme o próprio confessa no poema latino Navigatio Antartica.
Não se conhecem as verdadeiras razões que levaram Manuel de Sousa Coutinho e D. Madalena de Vilhena a procurarem o refúgio no claustro dominicano - ele em Benfica, com o nome religioso de Frei Luís de Sousa, e ela no Convento do Sacramento, em Lisboa, com o nome de Sóror Madalena das Chagas - assim como sobre a data e as razões da morte de sua filha. Este desconhecimento vai permitir os naturais comentários sobre a situação que com o tempo se transformariam numa lenda romanesca (chegada do forasteiro que conhecera nos lugares santos de Jerusalém alguém que dela ainda "muito se lembrava" e identificara na galeria dos retratos de família o de D. João de Portugal que todos pensavam morto em Alcácer Quibir. Perante esta situação D. Manuel de Sousa Coutinho propusera a profissão no convento). Esta lenda forneceu a matéria para Almeida Garrett escrever Frei Luís de Sousa. Lenda porque na verdade, e segundo Aníbal Pinto de Castro e Gladstone Chaves de Melo, in Introdução e fixação do texto da obra A vida de Frei Bartolomeu dos Mártires de Frei Luís de Sousa, edição Imprensa Nacional-Casa da Moeda, "à data do segundo casamento e depois deste, a morte de D. João de Portugal estava e fora documentalmente provada".
Por isso, e ainda de acordo com os autores citados, a decisão de professar parece estar ligada a um fervor religioso que assomou Portugal na época e que ambos os esposos aceitaram conscientemente e deliberadamente, desiludidos com o desconcerto do mundo, o que patenteia o espírito humanista de Manuel de Sousa Coutinho. Dividido ente o pecado e o dever, encontrará na religião e no casamento a sua via de realização pessoal. Repartido entre a aceitação do domínio estrangeiro e a consciência de que é um súbdito desse poder, este fidalgo enforma um "ser" em constante e dolorosa procura da identidade. Assim, vai encontrar a tranquilidade de espírito com o ingresso no convento, onde professou a 8 de setembro de 1614, conciliando a fé com o "seu sentido de cultura humanista", que a idade foi amadurecendo. Aqui, assumiu uma vida de "extrema pobreza, severa austeridade e rigorosa penitência", preenchendo os ócios com uma profunda dedicação aos cuidados corporais e espirituais dos doentes, como enfermeiro. É nesta altura que, rodeado de livros e de um ambiente propício à cultura, se dedica à literatura e ao seu enriquecimento espiritual, e escreve a História da Ordem dos Pregadores e a Biografia do Venerado Arcebispo de Braga, Frei Bartolomeu dos Mártires.
A sua obra reflete a sua cultura humanística, através das citações de Plínio, Ptolomeu, Políbio, Cícero, Diógenes de Laertes, Horácio, Tito Lívio, Plutardo, Séneca e outros, assim como de historiadores peninsulares, nomeadamente Frei Prudêncio de Sandoval.
Não cedeu à sedução da cultura livresca, dando maior importância à sua experiência de vida e da visão que desta foi formando "como bom aluno que fora da Universidade do Mundo". Esta experiência do mundo permitiu que as suas obras, graças ao seu profundo pendor criativo, se transformassem em verdadeiras "narrativas animadas" que fazem renascer figuras, casos e sentimentos, reconstruindo os factos como se os tivesse vivido e presenciado in loco. Este espírito criativo e renovador vai orientar a sua obra principal, A vida de D. Frei Bartolomeu dos Mártires, onde "o escritor, o biógrafo e o historiador se conciliam com harmonioso equilíbrio". Na verdade, e embora não esquecesse os aspetos biográficos que considerava importantes, delineou um fundo contextual, abordando aspetos sociais, geográficos e humanos. Preocupou-se, então, em pesquisar documentos e em visitar locais vivenciados pelo seu biografado, podendo, assim, com maior rigor, opinar sobre os factos narrados. Tendo um carácter panegírico e abonatório, a sua obra não contém nenhuma "inverdade" sobre a vida e o perfil de Frei Bartolomeu, marcados pela "humildade, caridade, pobreza, oração, frontalidade, sentido de dignidade episcopal, inteligência e tenacidade".

https://uniralcobaca.blogspot.com/2019/05/607355201955-frei-luis-de-sousa.html
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1818...Karl Marx... "A dívida pública tornou-se uma das mais enérgicas alavancas da acumulação original. Como com o toque da varinha mágica, reveste o dinheiro improdutivo de poder procriador e transforma-o assim em capital, sem que, para tal, tivesse precisão de se expor às canseiras e riscos inseparáveis da sua aplicação industrial e mesmo usurária. Na realidade, os credores do Estado não dão nada, pois a soma emprestada é transformada em títulos de dívida públicos facilmente negociáveis que, nas mãos deles, continuam a funcionar totalmente como se fossem dinheiro sonante. Mas também – abstraindo da classe dos que desocupados vivem de rendimentos assim criados e da riqueza improvisada dos financeiros que fazem de mediador entre governo e nação, como também da dos arrendatários de impostos, mercadores, fabricantes privados, aos quais uma boa porção de cada empréstimo do Estado realiza o serviço de um capital caído do céu – a dívida do Estado impulsionou as sociedades por acções, o comércio com títulos negociáveis de toda a espécie, a agiotagem, numa palavra: o jogo da bolsa e a moderna bancocracia."
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2014/03/765114mar201477-ha-131-anos-morre-karl.html
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1925...Jaime Salazar Sampaio..."ficou da infância a febre
de correr parado
pelas estradas

podes chamar-lhe versos
são viagens

ficou da infância a fisga
de arremessar ao vento

podes chamar-lhe versos
são pedradas"
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2016/04/814113abril201677-jaime-salazar-sampaio.html
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1947...Catalina Pestana... “Hoje sou uma pessoa melhor porque mergulhei no sofrimento indizível de mais de uma centena de miúdos”
 "Se eu fosse discreta não tinha havido processo. Vou carregar este fardo a vida toda com muita honra.” 
 “Quem está em julgamento é a guarda avançada, o grosso da coluna está cá fora”
 “Pode haver pedofilia na Casa Pia, em qualquer outra instituição do mesmo cariz, na minha casa, na casa de cada um de nós”
 “Nada ultra-passará as feridas que foram reabertas vezes sem conta com o processo casa Pia”
 “há uma Justiça para os pobres e outra para os ricos e poderosos. Se eu tinha dúvidas, perdi-as completamente” 
“Os miúdos contaram-me coisas horríveis. De tal maneira que Quando alguns saíam do meu gabinete eu vomitava.”
 https://uniralcobaca.blogspot.com/2018/12/947226dez20181001-catalina-pestana.html
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 1981...morreu na prisão Bobby Sands...católico do IRA, da Irlanda do Norte...após 66 dias de greve da fome..."Em 9 de abril, no meio da greve, Sands foi eleito para uma cadeira vacante no Parlamento britânico pelo distrito Fermanagh e South Tyrone, na Irlanda do Norte. O Parlamento, contudo, aprovou em seguida legislação para impossibilitar que condenados cumprindo pena em prisão fossem eleitos para o Parlamento.

Sua eleição e temores de violência no caso de morte atraíram atenção internacional para o protesto de Sands. Em sua última semana de vida, o papa João Paulo II enviou um representante pessoal a fim de instar Sands a suspender a greve. Ele recusou.

Em 3 de maio entra em coma e, no começo da manhã de 5 de maio, falece. Confrontos de rua explodem em Belfast durante dias e dezenas de milhares de pessoas acompanharam os seus funerais em 7 de maio.

Após a morte de Sands, a greve de fome prosseguiu e mais 9 homens perderam a vida antes que fosse suspensa em 3 de outubro de 1981, sob intensa pressão da Igreja Católica e dos familiares dos prisioneiros.

No dia seguinte ao fim da greve, o governo da primeira-ministra Margaret Thatcher concordou em ceder a algumas das exigências dos prisioneiros, inclusive o direito de trajar roupas civis e de receber correspondência e visitas. Foi-lhes permitido também mover-se mais livremente dentro do presídio e não mais estarem sujeitos a pesadas penalidades por recusar trabalhos prisionais. Todavia, nenhum reconhecimento de status de preso político lhes foi concedido."
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2017/05/60455maio201777-bobby-sands.html
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1994...morreu Mário Quintana...1 vivaaaaaaaaa à sua obra..."Maravilhas nunca faltaram ao mundo, o que sempre falta é a capacidade de senti-las e admirá-las."
"O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você."
"Nos foram dadas duas pernas para andar, as duas mãos para segurar,dois ouvidos para ouvir, dois olhos para ver … mas por que só um coração? Porque o outro foi dado a alguém para nos encontrar."

"O apanhador de poemas
Um poema sempre me pareceu algo assim como um pássaro engaiolado... E que, para apanhá-lo vivo, era preciso um cuidado infinito. Um poema não se pega a tiro. Nem a laço. Nem a grito. Não, o grito é o que mais o espanta. Um poema, é preciso esperá-lo com paciência e silenciosamente como um gato. É preciso que lhe armemos ciladas: com rimas, que são o seu alpiste; há poemas que só se deixam apanhar com isto. Outros que só ficam presos atrás das catorze grades de um soneto. É preciso esperá-lo com assonâncias e aliterações, para que ele cante. É preciso recebê-lo com ritmo, para que ele comece a dançar. E há os poemas livres, imprevisíveis. Para esses é preciso inventar, na hora, armadilhas imprevistas."
  em “Da preguiça como método de trabalho”,
pág.234
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2012/03/557319marco2012838-as-maos-de-meu-pai.html
***
1984
Arianne
https://www.youtube.com/watch?v=qklWnTVuodA&list=RDqklWnTVuodA#t=2
***
1985
Adele
https://www.youtube.com/watch?v=hLQl3WQQoQ0&list=RDhLQl3WQQoQ0
***
 e a poesia de Joaquim Pessoa
https://www.facebook.com/ALuaVoa/photos/a.746679182114157.1073741828.746659858782756/771376719644403/?type=1&theater
É provável, sim, é provável que ainda a ame, que ame nela o que antes soube amar, a cabeleira escura, o ventre inquietante, o peito guardando a alegria de um coração solar. Os meus olhos profundos sempre a contemplaram visivelmente perturbados, até mesmo perdidos, quando ela caminhava abrindo rasgões no ar que se fechavam depois à sua passagem para cingir-lhe os braços, os seios e as ancas. A sua boca tremeu na minha com a sede da música e o seu contacto era o do musgo e o da cinza, e dessas cerejas maduras pelo lume de maio. Não sei se estou a endeusá-la ou se ela é uma deusa. Não sei mesmo se conseguirei dizer dela quanto gostaria. Ela está tão perto do meu corpo que a minha pele se acende, e tão longe dos meus olhos que só poderei lembrá-la. Fizémos muito amor e sempre muitas vezes, sem que entre nós esvoaçasse uma minima sombra. Quando ficávamos tristes, é que o espanto crescia até ao minuto primeiro da tristeza. É uma mulher maravilhosa, o seu nome que importa?, tão frágil como um menino inocente, assim desamparada, correndo para a loucura como antes correu para os meus braços. Nenhuma paixão poderia doer-me mais. Nenhuma ternura poderia mimar-me tanto. O meu poema é uma casa erguida com a sua beleza, onde ela entra e de onde sai e algumas vezes se demora. Poderei dizer que o meu coração é uma sala vazia? A sua recordação ainda me perturba e disso tenho consciência. Amo-a ainda, ou não a amo já, é impossível dizer. Mas é provável, sim, é provável que ainda a ame.
 in 'Ano Comum'

*
GUARDAREI O FOGO (excerto)
*
Escreve-me como se ainda me amasses.
E eu guardarei o fogo. Dar-te-ei o sol. Talharei o sílex
para o coração azul do pássaro. E o tecido dos beijos
para vestir a pele das coisas mais agrestes.

Dividirei com a tua boca o feroz vinho da juventude
e cantarei contigo os salmos da paixão.
in
O POETA ENAMORADO (Os Poemas de Amor)
Prefácio de Guilherme Antunes. A publicar em breve
por Editora Edições Esgotadas.
*
https://www.facebook.com/Poetaspoemasepoesias/photos/a.381985865181535.83536.381791518534303/817194388327345/?type=1&theater
ENCONTREI-TE...

Encontrei-te em todas as noites que não pude ter-te, 
que não pude ver-te, não pude tocar-te.
Encontrei-te porque nunca saíste do meu corpo, dos meus pensamentos, da minha voz, dos versos mágicos que a vida escreve para mim.
Encontrei-te no aroma dos meus cabelos, na lembrança iluminada do teu último sorriso, e também nessa penumbra quente que um dia retirei das tuas coxas.
E fiz amor com o silêncio que deixaste.
Encontrei-te no meu olhar perdido, na tristeza das rochas, na infidelidade das ondas e no infindável território que a inquietação me deu a conhecer.
Encontrei-te na procura. Enquanto me doía procurar-te. Enquanto me desesperava saber de ti, reconhecer-te em tudo, em todos, em limites, indiferenças, solidões, vazios, secretos entusiasmos.
Encontrei-te debruçada no parapeito onde as crianças cantam com as vozes luzindo e penetrando em mim, como sempre penetrei em ti, cheio de coragem e de medos, pesquisador de estrelas, amante curvado sobre a tua boca, essa estrela úmida que sempre me soube ao vento adocicado da nudez.
Encontrei-te, ainda amarrada em mim, pedindo tudo, não exigindo mais do que a terra pede à chuva, na embriagante dor das cerejeiras que querem florir, como o teu corpo floria em minhas mãos e a tua voz nos meus ouvidos.
Encontrei-te, sim, sem precisar sequer de procurar-te.

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Joaquim Pessoa...e aquel'abRRação...para começar bem a sEMANA...
..." Abraça-me. Quero morrer de ti em mim, espantado de amor.
Dá-me a beber antes, a água dos teus beijos, para que possa levá-la comigo e oferecê-la aos astros pequeninos.
Só essa água fará reconhecer o mais profundo, o mais intenso amor do universo, e eu quero que dele fiquem a saber até as estrelas mais antigas e brilhantes.
Abraça-me. Uma vez só. Uma vez mais.
Uma vez que nem sei se tu existes."

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a pitadinha diária de Joaquim Pessoa
(...) O amor é um sucesso. E um fracasso. Uma obsessão. Uma doença. O rasto de um cometa. Um buraco negro. Uma estrela. Um dia azul. Um dia de paz.
O amor é um pobre. Um pedinte. O amor é um rico. Um hipócrita, um santo. Um herói e um débil. O amor é um nome. É um corpo. Uma luz. Uma cruz. Uma dor. Uma cor. É a pele de um sorriso. 


O amor é o início. O amor é o meio. O amor é o fim. O amor faz-te pensar, faz-te sofrer, faz-te agarrar o tempo, faz-te esquecer o tempo. O amor obriga-te a escolher, a separar, a rejeitar. O amor castiga-te. O amor compensa-te. O amor é um prémio e um castigo. O amor fere-te, o amor salva-te, o amor é um farol e um naufrágio. O amor é alegria. O amor é tristeza. É ciúme, orgasmo, êxtase. O nós, o outro, a ciência da vida.
O amor é um pássaro. Uma armadilha. Uma fraqueza e uma força.
O amor é uma inquietação, uma esperança, uma certeza, uma dúvida. O amor dá-te asas, o amor derruba-te, o amor assusta-te, o amor promete-te, o amor vinga-te, o amor faz-te feliz.
O amor é um caos, o amor é uma ordem. O amor é um mágico. E um palhaço. E uma criança. O amor é um prisioneiro. E um guarda.
Uma sentença. O amor é um guerrilheiro. O amor comanda-te. O amor ordena-te. O amor rouba-te. O amor mata-te.
O amor lembra-te. O amor esquece-te. O amor respira-te. O amor sufoca-te. O amor é um sucesso. E um fracasso. Uma obsessão. Uma doença. O rasto de um cometa. Um buraco negro. Uma estrela. Um dia azul. Um dia de paz.
O amor é um pobre. Um pedinte. O amor é um rico. Um hipócrita, um santo. Um herói e um débil. O amor é um nome. É um corpo. Uma luz. Uma cruz. Uma dor. Uma cor. É a pele de um sorriso.


In: 'Ano Comum'

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