22abril...no Dia Mundial da Terra e Dia Nacional do Património Geológico temos tantaaaaaaaaa beleza na Natureza...mas a beleza tem riscos espantosos...estamos em zona de risco de TERRAmotos...o magma que está por baixo de nós...os vulcões...lembram-nos como de 1 momento para o outro...
http://www.revistaport.com/video-americano-recria-de-forma-impressionante-o-terramoto-de-lisboa-em-1755/
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1noVEMbro2018
ao largo de Peniche
https://www.sabado.pt/portugal/amp/sismo-de-52-sentiu-se-esta-madrugada-em-peniche?fbclid=IwAR1dI4Haz6KGvulZ-W60TBZIKV_XlOpt0pYOeEQkpcKFQJpF6au6ocpE--0
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1755.Lisboa
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O sismo fez-se sentir na manhã de 1 de Novembro de 1755. O terramoto de 1755 em 4 atos: terramoto, maremoto, incêndio e pilhagem!
https://1001topvideos.com/terramoto-de-lisboa-de-1755-por-etapas-resumido/
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O Terramoto de 1775 em Lisboa
Já imaginou como era Lisboa antes do terramoto de 1755 e o que se perdeu nesta catástrofe?
"Para lá de se terem perdido
tesouros culturais incalculáveis (bibliotecas, livrarias, arquivos,
recheio de palácios, etc.), ruíram igrejas, hospitais, monumentos, quase
uma cidade inteira, que precisou de ser refeita, renascendo das cinzas
como a fénix. Impossível aqui fazer o inventário de tudo o que 1755
levou consigo.
Antes de mais a Rua Nova, com todo o seu esplendor e movimento. E
o Paço da Ribeira, que nunca mais voltou a ser reconstruído,
guardando-lhe o Terreiro apenas a memória, memória forte havemos de
convir, já que nunca vingou a designação de «Praça do Comércio» desejada
por Pombal.
Com
o terramoto caiu também o magnífico edifício da ópera, inaugurado sete
meses antes, e o Hospital de Todos-os-Santos, no Rossio, com os seus 25
arcos ogivais de pedraria e o templo de arquitectura manuelina.
Debaixo
dos arcos ficava a ermida da Senhora do Amparo (no local onde é hoje a
rua do mesmo nome) e do lado oposto (na actual Rua da Betesga) a roda
dos enjeitados. Tudo desapareceu sem deixar rasto. Quase totalmente
destruído ficou o Paço dos Estaos, onde funcionava a Inquisição (e que é
hoje o Teatro Nacional), e o Convento de S. Domingos, também no
Rossio.
Em
ruínas ficou o Convento do Carmo, o de S. Francisco, o de Santa Clara, o
da Trindade, o da Boa-Hora e tantos outros. O incêndio levou nas chamas
a Casa dos Vinte e Quatro, no Rossio, a Alfândega do Tabaco, as cadeias
do Tronco e do Aljube, e um rol de igrejas impossível de nomear mas que
se estima em mais de cem. No Bairro Alto, nenhuma rua foi poupada.
Embora nunca se tenha podido fazer estatísticas rigorosas, o terramoto
deve ter feito mais de 10 000 mortes numa população de cerca de 250 000
habitantes"
Alice Vieira, Esta Lisboa, 1993
Gravuras Arquivo Municipal de Lisboa
https://ashistoriasnahistoria.blogspot.com/2015/10/o-terramoto-de-1775-em-lisboa.html*
https://www.youtube.com/watch?v=RQFJSEeRaU0
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01 de Novembro de 1755: Terramoto de Lisboa
Na
manhã de 1
de novembro, dia
de Todos os
Santos, ocorreu um
violento terramoto em
Lisboa, Setúbal e
no Algarve. Na
capital, onde se
fez sentir mais
intensamente - estudos
posteriores levaram os
geólogos a concluir
que teria atingido
uma intensidade de
cerca de 9
graus na escala
de Richter -
foi acompanhado por
um maremoto que
varreu o Terreiro
do Paço e
por um gigantesco
incêndio que, durante
6 dias, completou
o cenário de
destruição de toda
a Baixa de
Lisboa.
Este
trágico acontecimento foi tema de uma
vasta literatura, que
se desenvolveu um
pouco por toda
a Europa e de que é
exemplo o poema
de Voltaire Le Désastre de
Lisbonne (1756).
Lisboa
já havia sentido,
recentemente, alguns
terramotos, como o
de 1724 e o de 1750, este
último precisamente no
dia da morte
de D. João V, mas
ambos de consequências
menores.Em 1755,
ruíram importantes edifícios, como o Teatro
da Ópera, o
palácio do duque
de Cadaval, o
palácio real e
o Arquivo da
Torre do Tombo
cujos documentos foram
salvos, o mesmo
não acontecendo com
as bibliotecas dos
Dominicanos e dos
Franciscanos. Ao todo,
terão sido destruídos
cerca de 10
000 edifícios e
terão morrido entre
12 000 a 15 000 pessoas.
Foi
neste contexto de
tragédia e confusão
que Sebastião José
de Carvalho e
Melo, então secretário
de Estado dos
Negócios Estrangeiros e
da Guerra, revelou
as suas grandes
capacidades de chefia
e organização ao
encarregar-se da restituição da ordem; enquanto as pessoas influentes e a própria
família real se
afastavam de Lisboa,
Sebastião José de
Carvalho e Melo
(Marquês de
Pombal) passou
à prática a
política de enterrar
os mortos e
cuidar dos vivos.
Impediu a fuga
da população ao
providenciar socorros e
ao distribuir alimentos. Puniu severamente os que se dedicavam
ao roubo de
habitações e de
imediato começou a
pensar na reconstrução
de Lisboa.Neste
mesmo ano, Manuel
da Maia, engenheiro-mor
do reino, já
se encontrava a
estudar o problema
da reconstrução e
levantava a questão
de construir uma
nova cidade sobre
os escombros da
antiga ou construir
uma nova cidade
em Belém, zona
menos sujeita a
abalos sísmicos. Escolhida a primeira das
soluções, foi adotado
um modelo em
que eram proibidas
as obras de
iniciativa particular; os proprietários dos
terrenos foram obrigados a reconstruir segundo o plano geral
num espaço de
5 anos, sob
pena de serem
obrigados a vender
os terrenos.
De
um total de
6 plantas traçadas
pelos colaboradores de
Manuel da
Maia, a
escolhida foi a
de Eugénio dos
Santos, arquiteto do
Senado da cidade,
que chefiou os
trabalhos até 1760,
altura em que
faleceu e foi
substituído por Carlos Mardel,
arquiteto húngaro imigrado em Portugal.À cidade
medieval de ruas
estreitas deu lugar
um traçado racional
de linhas retilíneas
em que os
prédios têm todos
a mesma altura.
De toda a
cidade pombalina, assim
designada por ter
resultado da iniciativa
do marquês de
Pombal, destaca-se a
praça do Comércio,
majestosa "sala de
entrada" na cidade,
com a estátua
equestre de D. José I, monarca da
altura, da autoria
do escultor Machado de Castro.
Terramoto de 1755 e Reconstrução Pombalina.
In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora,
2003-2012.Wikipedia (Imagens)
.jpg)
Ruínas de Lisboa. Após o terramoto os
sobreviventes viveram em tendas nos arredores da cidade, como ilustra esta
gravura alemã de 1755
Ruínas do Convento do
Carmo
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Lisboa antes do terramoto de 1755
https://vimeo.com/67673625?fbclid=IwAR2dxPumfjccLFPxeWHMg1t5qGLYTa1JW9ls3wIHRVknYaJFFtbj3IFMHOY
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Sabe o que foi a "Real Barraca"?
O
terramoto de 1755 causou milhares de vítimas, para além da destruição
do Paço Real da Ribeira, da Casa da Índia, de igrejas e conventos, do
Hospital de Todos os Santos, do Teatro da Ópera e de diversos palácios.
O
monarca, D. José I, e a família real, que passara a noite em Belém,
foram poupados. O soberano, receando a ocorrência de novos sismos,
decidiu que, até ao fim dos seus dias, jamais viveria debaixo de tectos
de pedra, mandando erguer um palácio de madeira e materiais leves. Como
o Alto da Ajuda foi um dos locais menos afectados pela tragédia,
ali construíram umas barracas que não eram dignas de um monarca.
Decidiu-se posteriormente erigir um edifício em madeira que conseguisse
suportar possíveis abalos de terra, e assim, foi mandada erigir a Real Barraca, edifício no qual faleceu D. José em 1777.
Este paço
serviu de residência da Corte durante cerca de três décadas, até à data
da sua completa destruição (e de grande parte do seu valioso recheio)
num incêndio que deflagrou na madrugada de 11 de Novembro de 1794, já no reinado de D. Maria I. Nessa altura a família real recolheu ao Palácio de Queluz, e o Príncipe Regente D. João, aprovou a construção de raiz de um novo palácio no local da Real Barraca. Aprovado o projecto de Manuel Caetano de Sousa, foi assente a primeira pedra do novo Paço Real de Nossa Senhora da Ajuda em Maio de 1796 por José Pedro de Carvalho, Mestre da Repartição dos Pedreiros na Real Obra da Ajuda.
Fontes: antt.dglab.gov.pt/real-barraca-quer-saber-mais
wikpédia
Pormenor da Real Barraca no cimo da colina da Ajuda, numa vista panorâmica de Lisboa desenhada em 1763 (Biblioteca Nacional de Portugal)

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Via João Moura:
https://www.facebook.com/informanuais/videos/908613235886986/
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publicada no tintafresca.net de nov 2005
O 1º de Novembro de 2005, nos 250 anos do Terramoto de 1755
J. Pedro Tavares *
No dia 1º de Novembro passam 250 anos sobre o Terramoto de 1755. Tratou-se da primeira grande catástrofe dos tempos modernos e o mais mortífero e destruidor abalo sísmico registado em Portugal. Atingiu a capital do reino, tendo destruído ou deixado inabitáveis mais de dois terços das cerca de vinte mil casas de Lisboa. Arruinou os seis hospitais, dos 65 conventos só deixou 11 sem perigo de ruína, destruiu 33 Palácios da grande nobreza, incluindo o Palácio Real, o Arquivo Real, a recém inaugurada Ópera do Tejo e a Igreja Patriarcal, símbolo buscado por D.João V para a aliança dos Poderes Espiritual e Temporal. D. José I não mais voltou a querer viver em Lisboa e preferiu a Real Barraca na Ajuda, Palácio efémero em madeira.
A catástrofe foi tripla, já que alem dos tremores de terra (o primeiro dos quais se sentiu cerca das 9.40 da manhã, quando muito povo estava nas igrejas naquele dia santo) seguiram-se o "tsunami" ou onda de cheia (de que temos hoje imagens dramáticas recentes da Ásia) e os incêndios. Isto é, a terra, a água e o ar, tudo se conjugou naquele dia de "Todos os Santos", para fazer Lisboa descer aos infernos.
O abalo psicológico e cultural foi de tal ordem, que toda a Europa ficou consternada. As correntes filosóficas sofreram uma revolução, tendo Voltaire dissertado sobre o Mal e a condição humana.
"Cuidem-se dos vivos e enterrem-se os mortos" marcou o início da recuperação, na célebre frase do quem foi o homem grande à altura do momento, o Marquês de Pombal. Lisboa renasceu dos escombros como uma Fénix, a reconstrução foi notável, fez-se o primeiro Regulamento anti-sísmico do mundo (ainda hoje Portugal tem da Regulamentação mais avançada), revolucionou-se a construção e introduziu-se a célebre e inovadora gaiola pombalina, ousaram-se planos urbanísticos que ainda hoje causam a nossa admiração.
O sismo fez-se sentir com igual fúria destruidora no Algarve, sendo seguido em intensidade pelo litoral Alentejano e depois pela Estremadura. Aí apanha a nossa Alcobaça, onde os registos ficam muito aquem das descrições que se encontram para Lisboa. Não era mal que fosse novidade para os Monges Cistercienses de Alcobaça, que registam diversos eventos desta natureza, como, por exemplo, o de 1531, em que caiu parte do frontespício, incluindo a imagem em pedra de Nossa Senhora, Padroeira de todas as Abadias Cistercienses. A imagem caiu sem qualquer quebra, o que foi considerado milagre, tendo sido colocada em nicho na Ala Sul do Claustro do Silêncio e alvo de outros milagres.
A hecatombe de 1 de Novembro de 1755, causou estragos diversos no Mosteiro de Alcobaça, sendo talvez os mais importantes a destruição parcial da Sacristia Manuelina e do Colégio da Conceição (O "Claustro Sul"). Outros estragos causou, mas fez-se sentir mais nas construções fundadas na rocha de arenito (grés, vulgo "piçarra") e na sua transição, do que nos aterros conquistados ao leito de cheia (novos Claustros). Para esses estaria guardada a catástrofe seguinte, a grande cheia de 1772.
As diferentes espessuras das paredes das naves do Mosteiro, que diversos autores teorizam como correspondentes a diversas fases construtivas ou a diferentes Mestres de Obra, na opinião do signatário não são mais do que reforços estruturais devidos a acidentes sísmicos, disfarçados com os quatro altares das naves e órgão. Curiosamente, as maiores destruições aparentes referidas de 1755 correspondem a obras edificadas já em período pós-medievo.
Recordar que, no perto de um século de final de vida Abacial, houve um ciclo de 17 anos que deixou a sua marca nefasta em Alcobaça: o Terramoto em 1755, a grande cheia de 1772, a Revolução Francesa de 1789, que extinguiu a Ordem em França em 1790, o início das Invasões Francesas em 1808 e os desacatos e incêndios no Mosteiro em 1811, o início da Guerra Civil em 1828, que culminaria com a fuga da comunidade monástica em 1833 e a extinção da Ordem em 1834.
É curioso notar que esta espiral cíclica de hecatombe se iniciou com o Terramoto de 1755 e como que subiu de intensidade na qualidade da catástrofe seguinte, até à última, a que a Ordem sucumbiu.
Mas Alcobaça é eterna. Tal como Florença, ricas em Património e em Cultura, periodicamente fustigadas pela adversidade. Alcobaça volta sempre a renascer em brilho acrescido de génio cisterciense e também alcobacense. Em desafio respondido, em riqueza acrescida, em glória projectada no tempo e no espaço. Ou não fosse Alcobaça Terra de Cultura e de Paixão.
* Engenheiro ConsultorPresidente da Assembleia Geral da ADEPA
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O José Eduardo Oliveira ainda escreveu hoje no seu blogue
sobre este assunto...
http://jeroalcoa.blogspot.com/
Memória dos efeitos do Terramoto em Alcobaça
Voltamos ao tema ,mais uma vez, em
1 de Novembro de 2009.
Quem é que não é sensível a esta grande catástrofe do dia 1 de Novembro de 1755!?
Grandes jornais nacionais fizeram “cadernos” notáveis sobre os 250 anos do terramoto de 1755.Confesso que impressionado pela sua leitura, nomeadamente pelos trabalhos do “Expresso” de 22 de Outubro e da “Visão” de 27 de Outubro de 2005, resolvi à minha dimensão, pesquisar alguma coisa sobre os efeitos que o terramoto teria causado ao tempo em Alcobaça.É dessa pesquisa documental e de algumas conversas com alcobacenses ilustres que apurei o que o leitor pode ler seguidamente.“Estragos profundos no castelo e em casas”[1]“Um violento terramoto sacudiu Alcobaça e a sua periferia destruindo a Sacristia e o Refeitório do Mosteiro e derrubando as estátuas de D.João III, D.Henrique e D.João IV em falta na Sala dos reis, do Mosteiro. As nascentes do Rio Alcoa haviam secado completamente, só voltando a brotar a água aos 6-11-1775” [2]“O castelo de Alcobaça serviu durante muito tempo de forte prisão até que foi arruinado pelo terramoto de 1755”[3]De uma conversa com o Dr. Rui Rasquilho, especialmente em relação aos danos que o terramoto de 1755 teria causado no Mosteiro de Alcobaça, referiu-me algumas precisões em relação aos dados que entretanto eu já tinha pesquisado.A abóbada da sacristia que caiu não foi a da parte de fora, pelo que os danos resultantes do terramoto nesta área do Mosteiro não foram tão catastróficos como é geralmente admitido. No entanto a Porta das Sacristia que chegou aos nossos dias não é da época.O Colégio de Nossa Senhora da Conceição , que se situava por de trás do que é hoje a Ala Sul, foi gravemente afectado pelo sismo.[4]Também as abóbadas da Hospedaria , na Ala Norte, abriram grandes fendas.Caiu dos seu pedestal a estátua de D.Afonso Henriques, a mesma que veio a ser atingido por um raio em 1957.
Está por fazer uma investigação mais detalhada sobre este tema que eventualmente se poderia centrar nos arquivos nacionais que referirão através das relações de obras, outros danos nomeadamente em zonas do Mosteiro onde mais tarde esteve instalado o “Lar Residencial”.
O Engº. José Pedro Duarte Tavares no seu trabalho “Hidráulica –Linhas Gerais do Sistema Hidráulico Cisterciense em Alcobaça”, publicado no “Roteiro Cultural da Região de Alcobaça-A Oeste da Serra dos Candeeiros”[5] refere que no “Conjunto Edificado Monumental do Mosteiro de Alcobaça os efeitos da grande cheia de 11 de Novembro de 1772 causaram maiores prejuízos que o Terramoto do dia de Todos os Santos de 1755”.
Ainda em relação à Sacristia Manuelina escreveu Dom Maur Cocheril no seu livro “Alcobaça Abadia Cisterciense de Alcobaça” “que foi destruída pelo terramoto de 1755.Dela nada mais restam que o átrio da abóbada manuelina , verosimilmente análoga à da sacristia desaparecida , a porta de entrada e, do lado exterior, os contrafortes”.[6]
O mesmo autor sustenta na mesma obra [7] que “as estátuas dos reis de Portugal … da sala dos Reis…assentes em mísulas… a meia altura das paredes… no terceiro quartel do século XVIII …constava de vinte e três estátuas. Actualmente (Edição de 1981) consta (a colecção)só de dezanove estátuas e acaba na de D.José I. As que faltam foram partidas”.E deixámos propositadamente para o final o registo do Vigário José de Almeida Brandão, que na sua obra “Memória Paroquial” refere os grandes estragos em Alcobaça com a minúcia que se segue:“… no rossio, fronteiro ao Mosteiro, a maior parte das casas ruiu e, nas oito ruas , nos becos e cantos sem saída que então havia em Alcobaça ,as que o megacismo não derribou, ficaram abaladas e desaprumadas, e rendida quase toda a cantaria das janelas.O Real Mosteiro…igualmente padeceu ruína…com muito mais avolumada perda com respeito ao primor, valentia e custo das suas arruinadas partes. As abóbadas da sua grande e sumptuosa Igreja se abalaram e raxinaram com medonhas aberturas; o mesmo sucedeu ao seu grande refeitório… As abóbadas da sua sacristia se abateram e caíram por terra com considerável perda…Todas as mais abóbadas dos seus principais dormitórios e da noviciaria e enfermaria se arruinaram… Todas as mais partes de que se constitue o grande corpo do dito Mosteiro experimentaram gravíssima ruína caindo muitas paredes, e a capa de cantaria, que ornava a parte exterior da sua Igreja para a parte sul; e da mesma sorte alguns dos fortes arcos que fortificavam a capela-mor na sua circunferência pela parte exterior, e assim mesmo muitas colunatas do regular sobre claustro, que ornavam e firmavam seus primorosos arcos. O mesmo sucedeu ao claustro da Real Hospedaria e esta nas sua paredes e abóbadas recebeu tal ruína que a faz inabitável…Por efeito do formidável abalo de terra, o abundante manancial da Chaqueda, que abastecia o Mosteiro e a povoação criada à sua sombra,estancou, ficando sem água os frades e os outros moradores de Alcobaça.Por isso, logo a 5 daquele fatal mês de Novembro a Comunidade acompanhada de infinito povo foi em procissão ao mesmo sítio onde a água nascia…e ali fez uma breve prática o Revº.Pe. Fr. Luís de S.Bento, Dom Abade que então era do Colégio da Conceição de Alcobaça… e todos tiveram a consolação de ver a fonte restituída ao seu curso natural prodigalizando com dantes a sua copiosa corrente”.Por aqui nos ficamos com a sensação… que haverá ainda muito mais para pesquisar.Mas quem dá o que tem…J
ERO[1] “VISÃO”Edição Especial – 27 de Outubro de 2005
[2]“Espaços ADEPA 1”,a pgs. 33” Alcobaça na panorâmica dos Sismos do continente português “.Texto de Domingos José Soares Rebelo.
[3] “Breve História de Alcobaça”a pgs.20, de Bernardo Villa Nova e Silvino Villa Nova.
[4] Imagem de “Alcobaciana”-Colectânea Histórica, Arqueológica, Etnográfica e Artística da Região de Alcobaça, por Aires Augusto Nascimento.
[5] Edição da C.M.Alcobaça com direcção e organização da ADEPA
[6] Pgs. 53 de “ Alcobaça Abadia Cisterciense de Alcobaça” .
[7] Pgs..97 de“Alcobaça Abadia Cisterciense de Alcobaça”


