15/10/2015

2.225.(15ouTU2015.8.8') O Terramoto de 1nov1755 em Alcobaça e em Lisboa

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22abril...no Dia Mundial da Terra e Dia Nacional do Património Geológico temos tantaaaaaaaaa beleza na Natureza...mas a beleza tem riscos espantosos...estamos em zona de risco de TERRAmotos...o magma que está por baixo de nós...os vulcões...lembram-nos como de 1 momento para o outro...
http://www.revistaport.com/video-americano-recria-de-forma-impressionante-o-terramoto-de-lisboa-em-1755/
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1noVEMbro2018
ao largo de Peniche
 https://www.sabado.pt/portugal/amp/sismo-de-52-sentiu-se-esta-madrugada-em-peniche?fbclid=IwAR1dI4Haz6KGvulZ-W60TBZIKV_XlOpt0pYOeEQkpcKFQJpF6au6ocpE--0
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1755.Lisboa


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 O sismo fez-se sentir na manhã de 1 de Novembro de 1755. O terramoto de 1755 em 4 atos: terramoto, maremoto, incêndio e pilhagem!
 https://1001topvideos.com/terramoto-de-lisboa-de-1755-por-etapas-resumido/
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O Terramoto de 1775 em Lisboa



Já imaginou como era Lisboa antes do terramoto de 1755 e o que se perdeu nesta catástrofe?
"Para lá de se terem perdido tesouros culturais incalculáveis (bibliotecas, livrarias, arquivos, recheio de palácios, etc.), ruíram igrejas, hospitais, monumentos, quase uma cidade inteira, que precisou de ser refeita, renascendo das cinzas como a fénix. Impossível aqui fazer o inventário de tudo o que 1755 levou consigo. 
Antes de mais a Rua Nova, com todo o seu esplendor e movimento. E o Paço da Ribeira, que nunca mais voltou a ser reconstruído, guardando-lhe o Terreiro apenas a memória, memória forte havemos de convir, já que nunca vingou a designação de «Praça do Comércio» desejada por Pombal. 
Com o terramoto caiu também o magnífico edifício da ópera, inaugurado sete meses antes, e o Hospital de Todos-os-Santos, no Rossio, com os seus 25 arcos ogivais de pedraria e o templo de arquitectura manuelina. 
Debaixo dos arcos ficava a ermida da Senhora do Amparo (no local onde é hoje a rua do mesmo nome) e do lado oposto (na actual Rua da Betesga) a roda dos enjeitados. Tudo desapareceu sem deixar rasto. Quase totalmente destruído ficou o Paço dos Estaos, onde funcionava a Inquisição (e que é hoje o Teatro Nacional), e o Convento de S. Domingos, também no Rossio. 
Em ruínas ficou o Convento do Carmo, o de S. Francisco, o de Santa Clara, o da Trindade, o da Boa-Hora e tantos outros. O incêndio levou nas chamas a Casa dos Vinte e Quatro, no Rossio, a Alfândega do Tabaco, as cadeias do Tronco e do Aljube, e um rol de igrejas impossível de nomear mas que se estima em mais de cem. No Bairro Alto, nenhuma rua foi poupada. Embora nunca se tenha podido fazer estatísticas rigorosas, o terramoto deve ter feito mais de 10 000 mortes numa população de cerca de 250 000 habitantes"
Alice Vieira, Esta Lisboa, 1993
Gravuras Arquivo Municipal de Lisboa
 https://ashistoriasnahistoria.blogspot.com/2015/10/o-terramoto-de-1775-em-lisboa.html
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 https://www.youtube.com/watch?v=RQFJSEeRaU0
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01 de Novembro de 1755: Terramoto de Lisboa

Na manhã de 1 de novembro, dia de Todos os Santos, ocorreu um violento terramoto em Lisboa, Setúbal e no Algarve. Na capital, onde se fez sentir mais intensamente - estudos posteriores levaram os geólogos a concluir que teria atingido uma intensidade de cerca de 9 graus na escala de Richter - foi acompanhado por um maremoto que varreu o Terreiro do Paço e por um gigantesco incêndio que, durante 6 dias, completou o cenário de destruição de toda a Baixa de Lisboa.
Este trágico acontecimento foi tema de uma vasta literatura, que se desenvolveu um pouco por toda a Europa e de que é exemplo o poema de Voltaire Le Désastre de Lisbonne (1756).
Lisboa já havia sentido, recentemente, alguns terramotos, como o de 1724 e o de 1750, este último precisamente no dia da morte de D. João V, mas ambos de consequências menores.Em 1755, ruíram importantes edifícios, como o Teatro da Ópera, o palácio do duque de Cadaval, o palácio real e o Arquivo da Torre do Tombo cujos documentos foram salvos, o mesmo não acontecendo com as bibliotecas dos Dominicanos e dos Franciscanos. Ao todo, terão sido destruídos cerca de 10 000 edifícios e terão morrido entre 12 000 a 15 000 pessoas.
Foi neste contexto de tragédia e confusão que Sebastião José de Carvalho e Melo, então secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, revelou as suas grandes capacidades de chefia e organização ao encarregar-se da restituição da ordem; enquanto as pessoas influentes e a própria família real se afastavam de Lisboa, Sebastião José de Carvalho e Melo (Marquês de Pombal) passou à prática a política de enterrar os mortos e cuidar dos vivos. Impediu a fuga da população ao providenciar socorros e ao distribuir alimentos. Puniu severamente os que se dedicavam ao roubo de habitações e de imediato começou a pensar na reconstrução de Lisboa.Neste mesmo ano, Manuel da Maia, engenheiro-mor do reino, já se encontrava a estudar o problema da reconstrução e levantava a questão de construir uma nova cidade sobre os escombros da antiga ou construir uma nova cidade em Belém, zona menos sujeita a abalos sísmicos. Escolhida a primeira das soluções, foi adotado um modelo em que eram proibidas as obras de iniciativa particular; os proprietários dos terrenos foram obrigados a reconstruir segundo o plano geral num espaço de 5 anos, sob pena de serem obrigados a vender os terrenos.
De um total de 6 plantas traçadas pelos colaboradores de Manuel da Maia, a escolhida foi a de Eugénio dos Santos, arquiteto do Senado da cidade, que chefiou os trabalhos até 1760, altura em que faleceu e foi substituído por Carlos Mardel, arquiteto húngaro imigrado em Portugal.À cidade medieval de ruas estreitas deu lugar um traçado racional de linhas retilíneas em que os prédios têm todos a mesma altura. De toda a cidade pombalina, assim designada por ter resultado da iniciativa do marquês de Pombal, destaca-se a praça do Comércio, majestosa "sala de entrada" na cidade, com a estátua equestre de D. José I, monarca da altura, da autoria do escultor Machado de Castro.
Terramoto de 1755 e Reconstrução Pombalina. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
Wikipedia (Imagens)


Resultado de imagem para relatos do terramoto de 1755

Gravura em cobre de 1755 mostrando Lisboa em chamas e o tsunami varrendo o portoFicheiro:1755 Lisbon earthquake.jpg
Ruínas de Lisboa. Após o terramoto os sobreviventes viveram em tendas nos arredores da cidade, como ilustra esta gravura alemã de 1755



Ficheiro:Lisbon1755hanging.jpg

Ficheiro:Convento do Carmo ruins in Lisbon.jpg
Ruínas do Convento do Carmo
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/11/01-de-novembro-de-1755-terramoto-de.html?fbclid=IwAR0sqFT2CjxQ06oCztMOiHJAvUs5GdqfwmAO4URL-kmHXJ4cLhLkd0XvosQ
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Lisboa antes do terramoto de 1755
 https://vimeo.com/67673625?fbclid=IwAR2dxPumfjccLFPxeWHMg1t5qGLYTa1JW9ls3wIHRVknYaJFFtbj3IFMHOY
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Sabe o que foi a "Real Barraca"?

O terramoto de 1755 causou milhares de vítimas, para além da destruição do Paço Real da Ribeira, da Casa da Índia, de igrejas e conventos, do Hospital de Todos os Santos, do Teatro da Ópera e de diversos palácios.
O monarca, D. José I, e a família real, que passara a noite em Belém, foram poupados. O soberano, receando a ocorrência de novos sismos, decidiu que, até ao fim dos seus dias, jamais viveria debaixo de tectos de pedra, mandando erguer um palácio de madeira e materiais leves. Como o Alto da Ajuda foi um dos locais menos afectados pela tragédia, ali construíram umas barracas que não eram dignas de um monarca. Decidiu-se posteriormente erigir um edifício em madeira que conseguisse  suportar possíveis abalos de terra, e assim, foi mandada erigir a Real Barraca, edifício no qual faleceu  D. José  em 1777.
Este paço serviu de residência da Corte durante cerca de três décadas, até à data da sua completa destruição (e de grande parte do seu valioso recheio) num incêndio que deflagrou na madrugada de 11 de Novembro de 1794, já no reinado de D. Maria I.  Nessa altura a família real recolheu ao Palácio de Queluz, e o Príncipe Regente D. João, aprovou a construção de raiz de um novo palácio no local da Real Barraca. Aprovado o projecto de Manuel Caetano de Sousa, foi assente a primeira pedra do novo Paço Real de Nossa Senhora da Ajuda em Maio de 1796 por José Pedro de Carvalho, Mestre da Repartição dos Pedreiros na Real Obra da Ajuda.

Fontes: antt.dglab.gov.pt/real-barraca-quer-saber-mais
wikpédia


Pormenor da Real Barraca no cimo da colina da Ajuda, numa vista panorâmica de Lisboa desenhada em 1763 (Biblioteca Nacional de Portugal)
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/11/sabe-o-que-foi-real-barraca.html?fbclid=IwAR0y2vsP4QQkruop7l7BTkNt9KnHaagCLGBCvKI8uypmEx-AgzR8otA1ggQ
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Via João Moura:
https://www.facebook.com/informanuais/videos/908613235886986/
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publicada no tintafresca.net de nov 2005

O 1º de Novembro de 2005, nos 250 anos do Terramoto de 1755
J. Pedro Tavares *
No dia 1º de Novembro passam 250 anos sobre o Terramoto de 1755. Tratou-se da primeira grande catástrofe dos tempos modernos e o mais mortífero e destruidor abalo sísmico registado em Portugal. Atingiu a capital do reino, tendo destruído ou deixado inabitáveis mais de dois terços das cerca de vinte mil casas de Lisboa. Arruinou os seis hospitais, dos 65 conventos só deixou 11 sem perigo de ruína, destruiu 33 Palácios da grande nobreza, incluindo o Palácio Real, o Arquivo Real, a recém inaugurada Ópera do Tejo e a Igreja Patriarcal, símbolo buscado por D.João V para a aliança dos Poderes Espiritual e Temporal. D. José I não mais voltou a querer viver em Lisboa e preferiu a Real Barraca na Ajuda, Palácio efémero em madeira.
A catástrofe foi tripla, já que alem dos tremores de terra (o primeiro dos quais se sentiu cerca das 9.40 da manhã, quando muito povo estava nas igrejas naquele dia santo) seguiram-se o "tsunami" ou onda de cheia (de que temos hoje imagens dramáticas recentes da Ásia) e os incêndios. Isto é, a terra, a água e o ar, tudo se conjugou naquele dia de "Todos os Santos", para fazer Lisboa descer aos infernos.
O abalo psicológico e cultural foi de tal ordem, que toda a Europa ficou consternada. As correntes filosóficas sofreram uma revolução, tendo Voltaire dissertado sobre o Mal e a condição humana.
"Cuidem-se dos vivos e enterrem-se os mortos" marcou o início da recuperação, na célebre frase do quem foi o homem grande à altura do momento, o Marquês de Pombal. Lisboa renasceu dos escombros como uma Fénix, a reconstrução foi notável, fez-se o primeiro Regulamento anti-sísmico do mundo (ainda hoje Portugal tem da Regulamentação mais avançada), revolucionou-se a construção e introduziu-se a célebre e inovadora gaiola pombalina, ousaram-se planos urbanísticos que ainda hoje causam a nossa admiração.
O sismo fez-se sentir com igual fúria destruidora no Algarve, sendo seguido em intensidade pelo litoral Alentejano e depois pela Estremadura. Aí apanha a nossa Alcobaça, onde os registos ficam muito aquem das descrições que se encontram para Lisboa. Não era mal que fosse novidade para os Monges Cistercienses de Alcobaça, que registam diversos eventos desta natureza, como, por exemplo, o de 1531, em que caiu parte do frontespício, incluindo a imagem em pedra de Nossa Senhora, Padroeira de todas as Abadias Cistercienses. A imagem caiu sem qualquer quebra, o que foi considerado milagre, tendo sido colocada em nicho na Ala Sul do Claustro do Silêncio e alvo de outros milagres.
A hecatombe de 1 de Novembro de 1755, causou estragos diversos no Mosteiro de Alcobaça, sendo talvez os mais importantes a destruição parcial da Sacristia Manuelina e do Colégio da Conceição (O "Claustro Sul"). Outros estragos causou, mas fez-se sentir mais nas construções fundadas na rocha de arenito (grés, vulgo "piçarra") e na sua transição, do que nos aterros conquistados ao leito de cheia (novos Claustros). Para esses estaria guardada a catástrofe seguinte, a grande cheia de 1772.
As diferentes espessuras das paredes das naves do Mosteiro, que diversos autores teorizam como correspondentes a diversas fases construtivas ou a diferentes Mestres de Obra, na opinião do signatário não são mais do que reforços estruturais devidos a acidentes sísmicos, disfarçados com os quatro altares das naves e órgão. Curiosamente, as maiores destruições aparentes referidas de 1755 correspondem a obras edificadas já em período pós-medievo.
Recordar que, no perto de um século de final de vida Abacial, houve um ciclo de 17 anos que deixou a sua marca nefasta em Alcobaça: o Terramoto em 1755, a grande cheia de 1772, a Revolução Francesa de 1789, que extinguiu a Ordem em França em 1790, o início das Invasões Francesas em 1808 e os desacatos e incêndios no Mosteiro em 1811, o início da Guerra Civil em 1828, que culminaria com a fuga da comunidade monástica em 1833 e a extinção da Ordem em 1834.
É curioso notar que esta espiral cíclica de hecatombe se iniciou com o Terramoto de 1755 e como que subiu de intensidade na qualidade da catástrofe seguinte, até à última, a que a Ordem sucumbiu.
Mas Alcobaça é eterna. Tal como Florença, ricas em Património e em Cultura, periodicamente fustigadas pela adversidade. Alcobaça volta sempre a renascer em brilho acrescido de génio cisterciense e também alcobacense. Em desafio respondido, em riqueza acrescida, em glória projectada no tempo e no espaço. Ou não fosse Alcobaça Terra de Cultura e de Paixão.
* Engenheiro ConsultorPresidente da Assembleia Geral da ADEPA
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O José Eduardo Oliveira ainda escreveu hoje no seu blogue
sobre este assunto...
http://jeroalcoa.blogspot.com/
Memória dos efeitos do Terramoto em Alcobaça
Voltamos ao tema ,mais uma vez, em
1 de Novembro de 2009.
Quem é que não é sensível a esta grande catástrofe do dia 1 de Novembro de 1755!?
Grandes jornais nacionais fizeram “cadernos” notáveis sobre os 250 anos do terramoto de 1755.Confesso que impressionado pela sua leitura, nomeadamente pelos trabalhos do “Expresso” de 22 de Outubro e da “Visão” de 27 de Outubro de 2005, resolvi à minha dimensão, pesquisar alguma coisa sobre os efeitos que o terramoto teria causado ao tempo em Alcobaça.É dessa pesquisa documental e de algumas conversas com alcobacenses ilustres que apurei o que o leitor pode ler seguidamente.“Estragos profundos no castelo e em casas”[1]“Um violento terramoto sacudiu Alcobaça e a sua periferia destruindo a Sacristia e o Refeitório do Mosteiro e derrubando as estátuas de D.João III, D.Henrique e D.João IV em falta na Sala dos reis, do Mosteiro. As nascentes do Rio Alcoa haviam secado completamente, só voltando a brotar a água aos 6-11-1775” [2]“O castelo de Alcobaça serviu durante muito tempo de forte prisão até que foi arruinado pelo terramoto de 1755”[3]De uma conversa com o Dr. Rui Rasquilho, especialmente em relação aos danos que o terramoto de 1755 teria causado no Mosteiro de Alcobaça, referiu-me algumas precisões em relação aos dados que entretanto eu já tinha pesquisado.A abóbada da sacristia que caiu não foi a da parte de fora, pelo que os danos resultantes do terramoto nesta área do Mosteiro não foram tão catastróficos como é geralmente admitido. No entanto a Porta das Sacristia que chegou aos nossos dias não é da época.O Colégio de Nossa Senhora da Conceição , que se situava por de trás do que é hoje a Ala Sul, foi gravemente afectado pelo sismo.[4]Também as abóbadas da Hospedaria , na Ala Norte, abriram grandes fendas.Caiu dos seu pedestal a estátua de D.Afonso Henriques, a mesma que veio a ser atingido por um raio em 1957.
Está por fazer uma investigação mais detalhada sobre este tema que eventualmente se poderia centrar nos arquivos nacionais que referirão através das relações de obras, outros danos nomeadamente em zonas do Mosteiro onde mais tarde esteve instalado o “Lar Residencial”.
O Engº. José Pedro Duarte Tavares no seu trabalho “Hidráulica –Linhas Gerais do Sistema Hidráulico Cisterciense em Alcobaça”, publicado no “Roteiro Cultural da Região de Alcobaça-A Oeste da Serra dos Candeeiros”[5] refere que no “Conjunto Edificado Monumental do Mosteiro de Alcobaça os efeitos da grande cheia de 11 de Novembro de 1772 causaram maiores prejuízos que o Terramoto do dia de Todos os Santos de 1755”.
Ainda em relação à Sacristia Manuelina escreveu Dom Maur Cocheril no seu livro “Alcobaça Abadia Cisterciense de Alcobaça” “que foi destruída pelo terramoto de 1755.Dela nada mais restam que o átrio da abóbada manuelina , verosimilmente análoga à da sacristia desaparecida , a porta de entrada e, do lado exterior, os contrafortes”.[6]
O mesmo autor sustenta na mesma obra [7] que “as estátuas dos reis de Portugal … da sala dos Reis…assentes em mísulas… a meia altura das paredes… no terceiro quartel do século XVIII …constava de vinte e três estátuas. Actualmente (Edição de 1981) consta (a colecção)só de dezanove estátuas e acaba na de D.José I. As que faltam foram partidas”.E deixámos propositadamente para o final o registo do Vigário José de Almeida Brandão, que na sua obra “Memória Paroquial” refere os grandes estragos em Alcobaça com a minúcia que se segue:“… no rossio, fronteiro ao Mosteiro, a maior parte das casas ruiu e, nas oito ruas , nos becos e cantos sem saída que então havia em Alcobaça ,as que o megacismo não derribou, ficaram abaladas e desaprumadas, e rendida quase toda a cantaria das janelas.O Real Mosteiro…igualmente padeceu ruína…com muito mais avolumada perda com respeito ao primor, valentia e custo das suas arruinadas partes. As abóbadas da sua grande e sumptuosa Igreja se abalaram e raxinaram com medonhas aberturas; o mesmo sucedeu ao seu grande refeitório… As abóbadas da sua sacristia se abateram e caíram por terra com considerável perda…Todas as mais abóbadas dos seus principais dormitórios e da noviciaria e enfermaria se arruinaram… Todas as mais partes de que se constitue o grande corpo do dito Mosteiro experimentaram gravíssima ruína caindo muitas paredes, e a capa de cantaria, que ornava a parte exterior da sua Igreja para a parte sul; e da mesma sorte alguns dos fortes arcos que fortificavam a capela-mor na sua circunferência pela parte exterior, e assim mesmo muitas colunatas do regular sobre claustro, que ornavam e firmavam seus primorosos arcos. O mesmo sucedeu ao claustro da Real Hospedaria e esta nas sua paredes e abóbadas recebeu tal ruína que a faz inabitável…Por efeito do formidável abalo de terra, o abundante manancial da Chaqueda, que abastecia o Mosteiro e a povoação criada à sua sombra,estancou, ficando sem água os frades e os outros moradores de Alcobaça.Por isso, logo a 5 daquele fatal mês de Novembro a Comunidade acompanhada de infinito povo foi em procissão ao mesmo sítio onde a água nascia…e ali fez uma breve prática o Revº.Pe. Fr. Luís de S.Bento, Dom Abade que então era do Colégio da Conceição de Alcobaça… e todos tiveram a consolação de ver a fonte restituída ao seu curso natural prodigalizando com dantes a sua copiosa corrente”.Por aqui nos ficamos com a sensação… que haverá ainda muito mais para pesquisar.Mas quem dá o que tem…J
ERO[1] “VISÃO”Edição Especial – 27 de Outubro de 2005
[2]“Espaços ADEPA 1”,a pgs. 33” Alcobaça na panorâmica dos Sismos do continente português “.Texto de Domingos José Soares Rebelo.
[3] “Breve História de Alcobaça”a pgs.20, de Bernardo Villa Nova e Silvino Villa Nova.
[4] Imagem de “Alcobaciana”-Colectânea Histórica, Arqueológica, Etnográfica e Artística da Região de Alcobaça, por Aires Augusto Nascimento.
[5] Edição da C.M.Alcobaça com direcção e organização da ADEPA
[6] Pgs. 53 de “ Alcobaça Abadia Cisterciense de Alcobaça” .
[7] Pgs..97 de“Alcobaça Abadia Cisterciense de Alcobaça”