11/09/2016

3.349.(11seTEMbro2016.9.9.9) Golpe militar no Chile de Allende...11seTEMbro1973...Salvador Allende

11seTEMbro 1973
Pinochet apoiado pelos EUA acaba com o governo de unidade popular no Chile de Allende e Neruda...
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Salvador Allende
nasceu a 26jun1908
e morreu a 11seTEMbro1973...Santiago do Chile...Palácio Moncloa a ser bombardeado pelo golpe militar fascista de Pinochet/ apoiado pelos EUA
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11seTEMbro2018...POSTEI:
 1973...morre SALVADOR ALLENDE...1 vivaaaaa à sua luta...
Discurso do Presidente Salvador Allende, em 11 de setembro de 1973, dia do golpe de Estado que derrubou o governo da Unidade Popular e implantou a sanguinária ditadura militar comandada pelo general Pinochet. O Palácio presidencial foi bombardeado pelos militares e Allende morreu de armas na mão resistindo ao golpe.
“Seguramente, esta será a última oportunidade em que poderei dirigir-me a vocês. A Força Aérea bombardeou as antenas da Rádio Magallanes. Minhas palavras não têm amargura, mas decepção. Que sejam elas um castigo moral para quem traiu seu juramento: soldados do Chile, comandantes-em-chefe titulares, o almirante Merino, que se autodesignou comandante da Armada, e o senhor Mendoza, general rastejante que ainda ontem manifestara sua fidelidade e lealdade ao Governo, e que também se autodenominou diretor geral dos carabineros.
Diante destes fatos só me cabe dizer aos trabalhadores: Não vou renunciar! Colocado numa encruzilhada histórica, pagarei com minha vida a lealdade ao povo. E lhes digo que tenho a certeza de que a semente que entregamos à consciência digna de milhares e milhares de chilenos, não poderá ser ceifada definitivamente. [Eles] têm a força, poderão nos avassalar, mas não se detém os processos sociais nem com o crime nem com a força. A história é nossa e a fazem os povos.
Trabalhadores de minha Pátria: quero agradecer-lhes a lealdade que sempre tiveram, a confiança que depositaram em um homem que foi apenas intérprete de grandes anseios de justiça, que empenhou sua palavra em que respeitaria a Constituição e a lei, e assim o fez.
Neste momento definitivo, o último em que eu poderei dirigir-me a vocês, quero que aproveitem a lição: o capital estrangeiro, o imperialismo, unidos à reação criaram o clima para que as Forças Armadas rompessem sua tradição, que lhes ensinara o general Schneider e reafirmara o comandante Araya, vítimas do mesmo setor social que hoje estará esperando com as mãos livres, reconquistar o poder para seguir defendendo seus lucros e seus privilégios.
Dirijo-me a vocês, sobretudo à mulher simples de nossa terra, à camponesa que nos acreditou, à mãe que soube de nossa preocupação com as crianças. Dirijo-me aos profissionais da Pátria, aos profissionais patriotas que continuaram trabalhando contra a sedição auspiciada pelas associações profissionais, associações classistas que também defenderam os lucros de uma sociedade capitalista. Dirijo-me à juventude, àqueles que cantaram e deram sua alegria e seu espírito de luta. Dirijo-me ao homem do Chile, ao operário, ao camponês, ao intelectual, àqueles que serão perseguidos, porque em nosso país o fascismo está há tempos presente; nos atentados terroristas, explodindo as pontes, cortando as vias férreas, destruindo os oleodutos e os gasodutos, frente ao silêncio daqueles que tinham a obrigação de agir. Estavam comprometidos. A historia os julgará.
Seguramente a Rádio Magallanes será calada e o metal tranqüilo de minha voz não chegará mais a vocês. Não importa. Vocês continuarão a ouvi-la. Sempre estarei junto a vocês. Pelo menos minha lembrança será a de um homem digno que foi leal à Pátria. O povo deve defender-se, mas não se sacrificar. O povo não deve se deixar arrasar nem tranqüilizar, mas tampouco pode humilhar-se.
Trabalhadores de minha Pátria, tenho fé no Chile e seu destino. Superarão outros homens este momento cinzento e amargo em que a traição pretende impor-se. Saibam que, antes do que se pensa, de novo se abrirão as grandes alamedas por onde passará o homem livre, para construir uma sociedade melhor.
Viva o Chile! Viva o povo! Viva os trabalhadores! Estas são minhas últimas palavras e tenho a certeza de que meu sacrifício não será em vão. Tenho a certeza de que, pelo menos, será uma lição moral que castigará a perfídia, a covardia e a traição.”
https://enessooficial.wordpress.com/2013/09/11/ultimo-discurso-de-salvador-allende-11-de-setembro-de-1973/
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 Hj vamos assistir +1x ao reCORdar o 11seTEMbro2001 (3 mil mortos) e ao esquecimento do golpe militar fascista de Pinochet/EUA no Chile em 1973...Não podemos ignorar 60 mil mortos!!! Salvador Allende...Victor Jara...

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AVANTE

Há 45 anos o Chile acordou para um dia negro da história. No dia 11 de Setembro de 1973, um golpe militar com o envolvimento directo, ao mais alto nível, dos Estados Unidos depôs o governo progressista da Unidade Popular de Salvador Allende.


A traição do alto-comando militar, em particular do então comandante do Exército, general Pinochet, e a evidente desproporção de forças ditaram o êxito da intentona. A reacção e grande burguesia chilenas viam coroadas de sucesso a intensa campanha desestabilizadora contra o inédito processo de transformações que chegara a ser apelidado de «via chilena ao socialismo».

Não prometera Nixon fazer «guinchar a economia chilena», ainda Allende não tinha sido definitivamente eleito pelo Congresso, no seguimento da vitória nas urnas por maioria relativa de 4 de Setembro de 1970? Cercado em La Moneda, na manhã de 11 de Setembro, o presidente Allende rejeita o ultimato da Junta militar. Não renuncia e não se rende. A sua última mensagem ao país, pronunciada pouco antes de o palácio presidencial começar a ser selvaticamente bombardeado pelos golpistas, fica para a história como exemplo imperecível de dignidade e confiança no futuro. «Pagarei com a minha vida a lealdade ao povo (…), mas os processos sociais não se podem deter nem com o crime, nem com a força. A história é nossa e é feita pelos povos».

Iniciava-se a contagem de 17 longos anos de dura resistência à ditadura sangrenta do general Pinochet. Até ao forçoso processo de «transição democrática» condicional e à entrega do poder presidencial, em 1990, vitória arrebatada através da luta persistente do povo chileno pela liberdade e a democracia, sempre acompanhada da expressão viva da solidariedade internacionalista. Após o fim da ditadura, Pinochet permaneceu chefe das Forças Armadas e depois senador vitalício, cargo por si criado mas a que teve que renunciar em 2002, escapando ao julgamento.

O processo em que foi acusado de sequestro e assassinato de presos políticos foi vergonhosamente arquivado, sob justificação do seu já estado de demência. Mas o extenso rol de crimes da ditadura nunca poderá ser apagado. Bastando citar as prisões arbitrárias em massa e o uso da tortura, as execuções sumárias de comunistas e outros antifascistas, a inenarrável crueldade dos crimes do estádio de Santiago convertido durante dois meses em campo de concentração (hoje estádio Victor Jara), o itinerário da Caravana da Morte, e a morte suspeita de Neruda. Combinados com o regime de férrea censura, a proibição dos partidos opositores, a perseguição da actividade sindical e a repressão laboral.

Golpe e Plano Condor

O golpe de 11 de Setembro e o fascismo chileno com Pinochet inserem-se no panorama da sinistra Operação Condor, levada a cabo pelo imperialismo norte-americano na América do Sul nos anos de 1970 e 1980, convertendo-se num seu expoente. São os anos de chumbo em que o mapa das ditaduras fascistas e da política de terror abarca grande parte da América do Sul, do Brasil e Bolívia ao Chile e Argentina.

O plano arquitectado por Kissinger, tendo como núcleo ideológico o anticomunismo, funcionou como instrumento subversivo e de terrorismo de Estado, visando o reforço do domínio incontestado do imperialismo dos EUA no seu quintal das traseiras, mediante o apoio das oligarquias nacionais e dos seus esbirros.

Passara uma década desde que Washington iniciara o bloqueio a Cuba em resposta ao triunfo da Revolução Cubana que, com o apoio da URSS, havia derrotado a invasão contra-revolucionária na Baía dos Porcos e proclamara o seu carácter socialista. O perfil terrorista da Operação Condor e das ditaduras fascistas na América Latina é inseparável da sua essência de classe e objectivos económicos, numa fase que coincide, no contexto internacional mais amplo da «Guerra Fria», entre outros factores, com o atoleiro da guerra no Vietname, até hoje a maior derrota militar dos EUA.

A ditadura chilena torna-se, na década de 1980, na montra da aplicação da cartilha económica da escola de Chicago de Milton Friedman. Sob o poder das baionetas, o Chile de Pinochet é um dos pioneiros do neoliberalismo à escala mundial, pontificando as privatizações em massa, a política de rigidez monetarista e financeirização e o curso de desresponsabilização social do Estado e precarização das relações laborais. No pano de fundo do processo de super-concentração da riqueza e do consequente inaudito aumento da polarização e desigualdades sociais e do empobrecimento de largas camadas da população chilena, dá-se a emergência de uma mais poderosa classe da alta burguesia, com maior integração nos circuitos e relações dominantes da economia mundial.

Detentor de uma das grandes fortunas do país, o actual presidente chileno Pinera, vencedor das últimas presidenciais e regressado ao poder este ano, depois de já ter cumprido um mandato entre 2010 e 2014, é um representante de proa destes sectores. E o texto constitucional vigente, apesar de importantes alterações, é ainda o da ditadura.

Cortar pela raiz

A conspiração golpista no Chile sabia ao que vinha. Apesar de quase três anos de campanha de demonização e desestabilização do governo da Unidade Popular, da promoção da violência pelas mãos da extrema-direita e do radicalismo de extrema-esquerda, da prática recorrente de assassinatos selectivos e actos terroristas, incluindo atentados bombistas contra infra-estruturas económicas, o imperialismo estava ciente do importante apoio popular ao governo de Allende.

Tanto era assim que o primeiro comunicado divulgado pela Junta golpista, na manhã do golpe, referia cinicamente no seu 3.º ponto: «Os trabalhadores do Chile podem ter a certeza que as conquistas económicas e sociais que alcançaram até à data não sofrerão modificações no fundamental.» Estas conquistas foram o resultado da aplicação do programa do governo da Unidade Popular, apontando a mudanças estruturais.

No breve período da sua existência, o governo de Allende logrou avanços sensíveis da reforma agrária e da erradicação do latifúndio. A banca comercial foi nacionalizada, assim como empresas e sectores estratégicos da economia – cobre, ferro, carvão, cimento, indústria química, papel, têxteis e comunicações – , conformando-se um influente sector empresarial de propriedade social. Que incluía ainda a energia (electricidade e petróleo) que já se encontrava no essencial nas mãos do Estado, tal como os caminhos-de-ferro. No plano social, foi dada prioridade à educação e combate ao analfabetismo; as pensões de reforma foram aumentadas e o sistema de segurança social alargado.

O imperialismo não esperou, contudo, pelas primeiras medidas do governo popular para agir. Allende, um dos fundadores do Partido Socialista do Chile, era um marxista assumido. Tornara-se, à quarta tentativa, o primeiro marxista a aceder ao poder pela via eleitoral. O apoio do PCC fora fundamental para o triunfo nas presidenciais de 1970 e os comunistas representavam a segunda força, em peso eleitoral, da coligação Unidade Popular. Em Washington era muita a inquietação. Era preciso impedir o surgimento de uma «segunda Cuba» e a propagação do «vírus comunista» no Cone Sul.



Exemplo para hoje

A informação já desclassificada comprova largamente que a CIA lançou uma vasta operação encoberta para tentar impedir, numa primeira fase, a chegada ao poder de Allende – incluindo o assassinato do general René Schneider pela organização de extrema-direita Pátria e Liberdade – e, depois, para minar a sua gestão, assegurando o caldo necessário para o sucesso do golpe que viria a executar a 11 de Setembro.

Escassos dias depois do início de funções do novo governo chileno, o presidente Nixon confessava que «a nossa principal preocupação (…) é a possibilidade de que Allende se consolide e que a sua imagem perante o mundo seja um êxito». Segundo o próprio Kissinger – que há dias participou no elogio fúnebre ao senador McCain –, nos anos seguintes os EUA dedicaram-se à missão de estrangular a economia chilena.

Foram congelados os créditos bancários e a ajuda económica. Multiplicaram-se as acções de sabotagem da economia e a promoção de acções de protesto e desobediência de que são exemplo as marchas das caçarolas. O imperialismo apostou na exploração das reivindicações e descontentamento de sectores ligados à área dos transportes, distribuição e comércio. Os constrangimentos criados na economia, num quadro de expansão monetária e controlo de preços, provocaram intencionalmente a escassez de produtos e uma espiral inflacionária.

Num clima de efervescência social acentuam-se as divisões entre as forças da coligação governamental. O exército está em alvoroço. O imperialismo logra afastar o general Prats – assassinado mais tarde no exílio pelos serviços secretos da ditadura –, substituído no comando do Exército por Pinochet. A correlação de forças evoluía num sentido favorável ao golpe. Que irrompe na madrugada de 11 de Setembro com a tomada de Valparaíso pela Marinha, a coberto da participação nas manobras navais UNITAS, organizadas pelos EUA. Parte substancial da direcção do Partido Democrata-Cristão e da direita parlamentar dá a benção ao golpe.

Revisitar os meandros e as lições do golpe fascista chileno é particularmente oportuno no quadro actual, marcado pela profunda contra-ofensiva imperialista na América Latina. Salta à vista que o guião desestabilizador aplicado no golpe chileno é em grande medida replicado na guerra económica e campanha subversiva dirigidas contra a Venezuela bolivariana. Washington volta hoje a apregoar, com a maior desfaçatez, as virtudes da Doutrina Monroe.
Dirigentes progressistas, casos de Lula e Correa, alertaram para a existência de um novo Plano Condor. O ataque à Venezuela e o golpe no Brasil são peças essenciais da acção concertada e incisiva contra os processos progressistas e de cooperação latino-americanos. Não há que o subestimar. Na certeza de que, fruto da luta dos trabalhadores e dos povos, «mais cedo do que tarde se voltarão a abrir as grandes alamedas, por onde passa o homem livre para construir uma sociedade melhor».
  O golpe fascista da CIA contra Allende foi há 45 anos
Edição: 2336, 06-09-2018

 

  • Nuno Gomes dos Santos
Victor Jara foi assassinado por ser comunista e apoiante de Allende


Assassinos de Victor Jara condenados 45 anos depois…

Existe em Portugal, há muitos e fecundos anos, um grupo musical, chamado Brigada Victor Jara, que nos tem cantado músicas e letras de qualidade, assim homenageando o homem cujo nome escolheram como «padrinho» da banda. A escolha do nome não foi por acaso.
A Brigada, nascida em 1975, ainda os cravos de Abril se desfraldavam, defendia as mesmas liberdades, o mesmo futuro, a mesma solidariedade e a mesma justiça que Victor Lídio Jara Martinez, nascido em Santiago do Chile em 1932 e assassinado, nessa cidade, no dia 16 de Setembro de 1973, num estádio de futebol que agora (desde 2003) tem o seu nome, por soldados das forças de Pinochet, que tinham derrubado e assassinado o presidente eleito, Salvador Allende, três dias antes.
A morte de Victor Jara ficou a dever-se ao «criminoso» facto de ser comunista, apoiante de Allende, professor universitário, encenador de Teatro e elemento importante da Nueva Canción Chilena, como cantautor e membro do grupo Quilapayún.
Não foi uma morte qualquer. Várias versões foram postas a circular sobre ela mas, divergindo nos pormenores, confluem nisto: Jara foi torturado, as suas mãos foram esmagadas, e levou com mais de 40 tiros à queima-roupa sendo o seu corpo, como os de tantos outros seus compatriotas e camaradas, atirado para uma vala comum.
Quem o julgou foi a vontade dos que o mandaram prender, num estádio feito campo de concentração, deixando a condenação capital ao critério de iluminados soldados ao serviço da direita mais repugnante. Assim se fazia, sumariamente, a justiça à moda de Augusto Pinochet, com complacências deploráveis e incentivos, a norte, mal disfarçados.
Rouxinóis e gaiolas
O Chile foi o que foi com Pinochet e seus sequazes, mais os sujos apoios internacionais que a política de repressão e barbárie teve para subjugar um povo que havia escolhido um caminho socialista para o seu futuro, em eleições livres e democráticas. E nós nunca mais ouvimos ao vivo «Vientos del Pueblo» na interpretação do seu autor.
Só em 1990 o Estado chileno, por intervenção da Comissão da Verdade e Reconciliação, reconheceu oficialmente o assassinato de Jara no Estádio de Santiago.
A viúva de Victor Jara, Joan Turner Jara, e as duas filhas de ambos, moveram, em 2013, um processo contra Pedro Barrientos, ex-militar chileno emigrado para os EUA (onde, claro!, foi bem recebido), naturalizado americano e prosperando num negócio de carros usados. Barrientos sempre se proclamou inocente, mas o tribunal de Orlando declarou-o culpado, em 2016.
Agora, em meados de 2018, a justiça chilena decretou 18 anos de prisão para oito militares pelo homicídio do cantor e cinco anos para um oficial por encobrimento do acto.
Há indemnizações para as famílias das vítimas. Quarenta e cinco anos depois do crime… São os tempos de agora a fazer a justiça (?) possível. Porém, os que ainda estamos vivos não ouviremos nunca as canções que Victor Jara não teve tempo de escrever. Porque «Cortaram as asas ao rouxinol. Rouxinol sem asas não pode voar. Cortaram-te o bico rouxinol! Rouxinol sem bico não pode cantar».
Por certo que Francisco Fanhais, ao musicar e interpretar esta «Cantilena» de Sebastião da Gama, pensou, também, em Victor Jara, mais uma vítima da «defesa da democracia» exportada por quem ainda não percebeu (ou sabe-o muitíssimo bem, o que é pior…) que as gaiolas, por mais douradas que se presuma que sejam, não passam de prisões, políticas se enjaulam ideias, reais se albergam pessoas, abomináveis quando prendem crianças no limiar das fronteiras.
Gaiolas douradas só nas estórias incomuns de emigrantes regressados e filmados por serem excepção. De resto não são mais do que grades, impedimentos, ilhas sem portos de partida. Nem que tenham o tamanho de um estádio de futebol em Santiago do Chile.
 Assassinos de Victor Jara condenados 45 anos depois…
Edição: 2331, 02-08-2018

 América Latina: unidade das forças de esquerda
Edição: 2329, 19-07-2018

 «Esperar sentado à soleira da porta da história que o capitalismo apodrecido se desmorone é afinal ajudar a que se perpetue»
Edição: 2328, 12-07-2018

 A História é nossa e fazem-na os povos!
Edição: 2327, 05-07-2018

A incessante luta pela soberania dos povos da América Latina
Edição: 2324, 14-06-2018

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4seTEMbro2018 postei:
 4set1970...Salvador Allende é eleito...EUA logo começaram a preparar o golpe militar...
 #EfeméridesteleSUR
Tal dia como hoje, no dia 4 de setembro de 1970, o Chile fazia história ao ser o primeiro país no mundo em escolher pela via democrática a um presidente socialista. A Vitória do povo chamou-Se Salvador Allende, semeando a esperança popular na América.
Confira aqui a nossa galeria de fotos > http://bit.ly/2MO3cQv

" hoje à noite, quando afaguem os seus filhos, quando procurarem o descanso, pensem no amanhã duro que teremos pela frente, quando tivermos que colocar mais paixão, mais carinho, para tornar cada vez maior ao Chile, e cada vez mais justa a Vida na nossa pátria ".

Salvador Allende, 4 de setembro de 1970.

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28mar2018

A REELEIÇÃO DE PUTIN BENEFICI A AMÉRICA LATINA, DIZ POLÍTICO CHILENO
A reeleição de Vladimir Putin como presidente da Rússia será positiva para a América Latina, afirma o secretário-geral do Partido Comunista do Chile Juan Andrés Lagos (na foto) em entrevista à Sputnik.
"Uma reeleição de Putin é muito favorável para a América Latina e, em particular, para o Chile", afirmou o político.

Lagos disse que a política externa da Rússia com a América Latina "tem sido muito interessante" e ele espera que Putin continue a "fortalecer os laços" com a região.

"A Rússia está procurando processos de aproximação e intercâmbio com a América Latina e isso é muito importante para o Chile, porque os países BRICS são as nações que começam a impulsionar a economia com maior clareza estratégica", afirmou.

O secretário-geral do PC chileno afirmou que para Santiago "é extraordinariamente importante fortalecer os laços com a Rússia, gerar maiores possibilidades de desenvolvimento económico e integração em diferentes níveis, apesar da distância entre nossos países". Destacou o apoio popular do dirigente russo e questionou os críticos do sistema eleitoral do país euro-asiático.

"Há muita gritaria em relação aos sistemas eleitorais de nações como a Rússia, mas eles não vêem as tremendas limitações que outros modelos eleitorais têm. Como os Estados Unidos, onde o actual presidente [Donald Trump] levou um milhão de votos a menos do que sua oponente, Hillary Clinton".

Lagos advertiu que existem "pressões americanas" que tentam diminuir as relações entre Moscovo e a América Latina.

O Partido Comunista do Chile pertence à coligação de centro-esquerda Nueva Mayoría, que actualmente está em oposição ao governo do presidente Sebastián Piñera.

Fonte: Sputnik

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avante...19.9.2013
 http://www.avante.pt/pt/2077/temas/127035/
40 anos sobre o golpe fascista no Chile
O Chile de Allende vive!

Cumpriram-se no dia 11 de Setembro 40 anos sobre o golpe fascista que derrubou o governo popular do Chile. Com Salvador Allende, os trabalhadores lançaram-se na transformação do país afrontando o imperialismo, que não perdoou a ousadia.
Quando foi eleito presidente do Chile, a 4 de Setembro de 1970, com 36,6 por cento dos votos à frente de uma ampla coligação de seis partidos, denominada Unidade Popular (UP) – fundada em 1969 e cuja espinha dorsal eram o Partido Socialista e o Partido Comunista do Chile –, Salvador Allende já havia percorrido o país, de «Arica a Magalhães». Entusiasta da efémera República Socialista de 1932, que durou 13 dias proclamando o objectivo de nacionalizar o cobre e o carvão; deputado e senador em diversos mandatos; ministro da Saúde do governo de Aguirre Cerda durante dois anos e meio (1939-1941); candidato às presidenciais de 1952, 1958, 1962 e 1964, Allende conhecia o Chile e os chilenos como poucos. Por onde passou, defendeu a democracia, a liberdade, o progresso e justiça social pelos quais se bateu, apoiado pelo forte e experimentado movimento operário chileno.

O imperialismo ainda procurou impedir a tomada de posse de Allende e do governo popular. Os planos existiam pelo menos desde 1969, quando reuniram em Washington três generais norte-americanos e quatro chilenos, entre os quais Auguto Pinochet. No encontro, os militares terão garantido que se Allende vencesse as eleições tomariam o poder, «nem que tenhamos que incendiar o Palácio de La Moneda».

A «ameaça» de uma vitória de Allende era real desde 1958, quando só a fraude eleitoral o derrotou por 30 mil votos. Em 1964, Washington investiu 20 milhões de dólares na campanha de Eduardo Frei e desencadeou uma operação mediática caluniosa de anticomunismo primário. Apostou na mesma táctica em 1970 quando o candidato da direita foi Jorge Allessandri, seguindo, aliás, a orientação de Henry Kissinger, que em Junho desse mesmo ano terá dito a Nixon «não vejo por que devemos ficar indiferentes enquanto um país cai no comunismo por causa da irresponsabilidade do seu povo».

Em 1965, Kissinger já havia ordenado uma ampla pesquisa – «Operação Camelot» – que escrutinou as tendências políticas e sociais dos chilenos, concluindo que, a existir uma segunda República Socialista na América Latina depois da Revolução cubana de 1959, esta seria, com elevado grau de probabilidade, no Chile. O imperialismo não o podia tolerar.

O «Plano de Contingência» gizado em 1969 acabou por não avançar devido à debilidade da Democracia-Cristã (DC). A DC e o presidente Eduardo Frei (1964-1970) tinham perdido base social de apoio ao não concretizarem as prometidas reformas agrária e da educação, e a criação de empregos na indústria, provocando um enorme descontentamento entre o proletariado urbano e rural, entre os camponeses sem-terra e os estudantes.

O proprietário do influente jornal El Mercúrio, Agustín Edwards, ainda foi à Casa Branca reunir com Richard Nixon, a 14 de Setembro de 1970, mas a fidelidade democrática do general René Schneider (assassinado a 22 de Outubro de 1970), que então comandava as forças armadas chilenas, terá consolidado a conclusão da falta de condições para uma intentona militar imediata.

Avanço...

O governo da UP, finalmente empossado em Dezembro de 1970 (apesar da tentativa desesperada da CIA de comprar votos de deputados), foi o primeiro onde participaram ministros operários: três comunistas e um socialista. Multidões mobilizam-se na defesa do programa de transformação social, que implementa serviços públicos de segurança social e saúde, democratiza o ensino e a cultura, reconhece direitos aos trabalhadores ou legaliza a acção e organização sindical e de classe.

Mas o Chile era um nação dependente. Cerca de dois terços do seu diversificado aparelho produtivo estava nas mão do capital estrangeiro; 80 por cento das matérias-primas eram importadas; a propriedade fundiária permanecia intacta e o serviço da dívida do país consumia centenas de milhões de dólares. Assim avançaram a reforma agrária, que, no total, distribuiu dois milhões e 400 mil hectares de terra; as nacionalizações de 16 dos 18 bancos comerciais e de cerca de 80 grandes empresas industriais.

O cobre era, no entanto, a moeda do Chile. As reservas daquele metal colocavam o país a ombrear, no sector, com os EUA e a URSS. Por isso Allende considerava que o resgate daquele recurso à rapina imperialista significava «a segunda independência». As norte-americanas Anaconda e Kenecott obtinham super-lucros com a exploração dos recursos minerais mas não investiam um tostão no território. A 11 de Junho de 1971, decidiu-se a expropriação de todas as explorações de cobre sem direito a indemnização.

...e resistência

Ao contrário do que supunham a reacção interna e externa, a política aplicada pelo governo popular não provocou o caos. Os progressos económicos e sociais surpreenderam. No primeiro ano, a produção industrial aumenta 11 por cento e o PIB 7 por cento; o desemprego cai para 4,8 por cento; o número de casas construídas aumenta 20 vezes; os salários tiveram um crescimento entre 40 e 120 por cento mas a inflação permaneceu controlada; os assalariados passaram a deter 59 por cento do rendimento nacional. Mesmo a pequena burguesia e as camadas intermédias beneficiam da política da UP.

Allende e a UP controlavam o poder executivo, mas não detinham o poder. A propriedade social só abrangia um terço da economia. Nem sequer no parlamento havia uma maioria progressista. Democratas-cristãos e o Partido Nacional, de extrema-direita, determinavam o ritmo legislativo.

O imperialismo norte-americano avança então com a estratégia de «fazer gritar de dor a economia chilena». A meta era derrubar o governo liderado por Allende nas legislativas de Março de 1973.

Ao bloqueio imposto pelos EUA após a nacionalização do cobre, juntou-se a sabotagem interna e o lockout patronal, no último trimestre de 1972. Os investimentos são congelados. Fábricas e estabelecimentos comerciais são encerrados. Os camionistas formam a «tropa de choque», mantendo a paralisação até ao derrube do governo popular. A geografia do Chile dava-lhes o poder de determinarem a circulação de mercadorias e bens. As senhoras da burguesia recrudescem o ritual diário de bater caçarolas vazias, iniciado com a visita de Fidel Castro ao Chile, em Novembro de 1971.

A URSS compra trigo à Austrália e envia-o para o Chile, e desbloqueia vários empréstimos. Cuba oferece simbolicamente um navio com açúcar. Os trabalhadores combatem a sabotagem e a greve patronal, à qual se haviam juntado algumas ordens profissionais. Esforçam-se por colocar a indústria, o comércio e os serviços públicos e privados a funcionar. Cerca de oito mil pessoas apresentam-se na capital, Santiago, para conduzirem transportes.

Apesar da inflação, do racionamento feroz, dos cacerolazos e da intensa campanha anticomunista, de difamação e propagação de boatos, interna e externa, a UP conquista 44 por cento dos votos nas eleições de Março de 1973. O imperialismo obtém a prova de que só uma acção de força pode derrubar o governo popular e Salvador Allende.




Crimes fascistas

Nos meses que antecedem o golpe fascista de 11 de Setembro de 1973, recrudesce a acção dos agentes secretos norte-americanos. O Brasil fascista e a Bolívia, que dois anos antes havia sido mergulhada numa ditadura, são plataformas giratórias de mercenários, armas e dinheiro para o golpe. Gasta-se o que for preciso por conta da Casa Branca e das multinacionais.

O governo popular tenta desequilibrar as forças armadas a seu favor, mas os golpistas logram a substituição da esmagadora maioria dos chefes castrenses e colocam nos lugares-chave homens da sua confiança a poucos dias da intentona.

Salvador Allende e a UP procuram nova legitimação nas urnas e decidem um plebescito sobre a continuidade do seu governo. A 9 de Setembro, Allende chama Augusto Pinochet e Herman Brady e anuncia-lhes a consulta. Ambos percebem que têm de adiantar o golpe, alegadamente previsto para 14 de Setembro.


O golpe inicia-se na madrugada de 11 de Setembro de 1973, uma terça-feira. Nesse dia, Salvador Allende anunciaria publicamente o plebescito e inauguraria uma exposição antifascista que percorreria o país. Nos quartéis os golpistas assassinam sem clemência os que se lhes opõem. No Palácio de La Moneda, Salvador Allende e os que permanecem a seu lado, resistirão escassas horas, rodeados de tanques e bombardeados por aviões pilotados por norte-americanos, que haviam entrado no país a coberto dos exercícios militares conjuntos entre Chile e EUA, agendados para esses dias. Allende morre na refrega.

O Chile mergulha na noite fascista, da qual só sairá 17 anos depois. Milhares de pessoas são perseguidas, presas, torturadas, assassinadas, expulsas das universidades, empresas e locais de trabalho. O destino de muitas permanece incógnito.

Os fascistas converteram o Estádio Nacional, em Santiago, num gigantesco campo de concentração e tortura. Ali foi barbaramente assassinado o cantor Victor Jara. O poeta comunista e Nobel da Literatura Pablo Neruda, morrerá 12 dias após o golpe. A causa da sua morte está a ser investigada.

Todas as organizações revolucionárias, democráticas ou progressistas são proibidas. O parlamento é encerrado e só reabrirá em 1990. Nem os clubes desportivos podem realizar eleições. Os fascistas configuram o Estado à sua medida, da Administração à Justiça.

O terrorismo torna-se política de Estado com o Plano Condor de extermínio de antifascistas, comum às ditaduras chilena impostas pelo imperialismo também no Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai ou Uruguai.

O Chile passa a ser laboratório dos neoliberais liderados por Milton Friedman. A pobreza, a desigualdade e a exploração alastram ao mesmo tempo que o capital depredador reassume posições.

A iniquidade no acesso à Educação no Chile, qualificado actualmente por organismos internacionais como o sistema mais desigual do mundo, é apenas um exemplo das consequências da «receita» que o grande capital aplicou no Chile, e que continua a pretender impor a propósito da crise em que se encontra mergulhado.


Exemplo vivo

Quando se dirigiu pela última vez aos chilenos via rádio, Salvador Allende sublinhou que «a história é nossa e fazem-na os povos», e que «antes do que se pensa, de novo se abrirão as grandes alamedas por onde passará o homem livre para construir uma sociedade melhor». Os processos democráticos e progressistas, de sentido anti-imperialista e antimonopolista, em curso na América Latina, a luta e a resistência dos povos, no subcontinente e no mundo, dão-lhe razão.



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Fontes:

«Chile, el golpe y los gringos (Crónica de una tragedia organizada)», Gabriel García Márquez, 1974, disponível em http://www.telesurtv.net/articulos/2013/09/11/chile-el-golpe-y-los-gringos-cronica-de-una-tragedia-organizada-789.html

«Chile 1972-1973: Revolución y contrarrevolución», Mike González, disponível em http://www.rebelion.org/hemeroteca/internacional/mikeg070103.htm

«Kerry, Kissinger y el otro 11 de septiembre», Amy Goodman e Denis Moynihan, disponível em Http://www.democracynow.org/es/blog/2013/9/13/kerry_kissinger_y_el_otro_11_de_septiembre

«A direita e os EUA não queriam um socialismo com democracia no Chile. Seria contagioso», entrevista a Luis Corvalán, disponível em http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=22680

«O dia final de Salvador Allende», Mauricio Brum, disponível em http://www.sul21.com.br/jornal/todas-as-noticias/golpe-no-chile-40-anos/o-dia-final-de-salvador-allende/


«El derrocamiento de Allende, contado por Washington», Hernando Calvo Ospina, disponível em http://www.cubadebate.cu/categoria/autores/hernando-calvo-ospina/

«Chile, o outro 11 de Setembro», Albano Nunes, «Avante!» número 1973 de 22-09-2011


www.telesurtv.net



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 Homenagem ao povo do Chile


Foram não sei quantos mil

operários trabalhadores

mulheres ardinas pedreiros

jovens poetas cantores

camponeses e mineiros

foram não sei quantos mil

que tombaram pelo Chile

morrendo de corpo inteiro



Nas suas almas abertas

traziam o sol da esperança

e nas duas mãos desertas

uma pátria ainda criança



Gritavam Neruda Allende

davam vivas ao Partido

que é a chama que se acende

no Povo jamais vencido

o Povo nunca se rende

mesmo quando morre unido



Foram não sei quantos mil

operários trabalhadores

mulheres ardinas pedreiros

jovens poetas cantores

camponeses e mineiros

foram não sei quantos mil

que tombaram pelo Chile

morrendo de corpo inteiro.



Alguns traziam no rosto

um ricto de fogo e dor

fogo vivo fogo posto

pelas mãos do opressor.

Outros traziam os olhos

rasos de silêncio e água

maré-viva de quem passa

Uma vida à beira-mágoa.



Foram não sei quantos mil

operários trabalhadores

mulheres ardinas pedreiros

jovens poetas cantores

camponeses e mineiros

foram não sei quantos mil

que tombaram pelo Chile

morrendo de corpo inteiro.



Mas não termina em si próprio

quem morre de pé. Vencido

é aquele que tentar

separar o povo unido.

Por isso os que ontem caíram

levantam de novo a voz.

Mortos são os que traíram

e vivos ficamos nós.



Foram não sei quantos mil

operários trabalhadores

mulheres ardinas pedreiros

jovens poetas cantores

camponeses e mineiros

foram não sei quantos mil

que nasceram para o Chile

morrendo de corpo inteiro.

                        José Carlos Ary dos Santos
***
Vitor Dias: 
 http://otempodascerejas2.blogspot.pt/2011/09/nos-10-anos-do-11-de-setembro.html
 E, também como sempre tenho feito, não me impede de lembrar o outro 11 de Setembro, o de 1973 e no Chile, quando uma conspiração e golpe de Estado fomentados pelos EUA derrubou o governo democraticamente eleito de Salvador Allende com um seu infame cortejo de assassinatos, prisões e torturas.
(*) Devo honestamente referir que, apesar de não partilhar de certas teses no âmbito da conspiração ou provocação a respeito dos atentados de 11/9 de 2001, há aspectos que continuo a considerar muito estranhos e obscuros. Certamente por culpa minha, nunca percebi por exemplo se horas passadas à frente de computadores com simuladores  de vôo ou a frequência de escolas de brevetagem em que apenas se pilotam aviões de pequena dimensão são o bastante para  conduzir Boings ou 747 com a perícia demonstrada pelos terroristas que pilotaram os avões que embateram contra as Twin Towers. Creio que o 11/9 de 2001 não foi uma provocação política no sentido clássico do termo. Mas se tivesse sido, considerados os seus efeitos à escala mundial, teria sido a maior e mais sofisticada da história moderna, deixando o incêndio do Reichstag a muitas milhas de distância.








As Twin Towers em filmes




Uma produção da Slate.com

Como exemplo de que a dor não é incompatível
com a razão e a lucidez, ler aqui o depoimento
de
Robert Klitzman, Prof. na Universidade de Colúmbia,
e que perdeu uma irmã nos atentados de 11 de Setembro, intitulado
«The Uses and abuses of 9/11»





A ler aqui.


A não perder aqui.
«(...) Si el 11 de septiembre de 2001 puede entenderse, entonces, como una prueba en que se sondea la sabiduría de un pueblo, me parece que Estados Unidos, desafortunadamente, salió mal del examen. El miedo generado por una pequeña banda de terroristas condujo a una serie de acciones devastadoras que excedieron en mucho el daño causado por el estrago original: dos guerras innecesarias; un derroche colosal de recursos destinados al exterminio que podrían haber sido invertidos en salvar a nuestro planeta de una hecatombe ecológica y a nuestros hijos de la ignorancia; cientos de miles de seres muertos y mutilados y millones más desplazados; una erosión de los derechos civiles y el uso de la tortura por parte de los norteamericanos que le dio el visto bueno a otros regímenes para que abusaran aún más de sus poblaciones cautivas. Y, finalmente, el fortalecimiento en todo el mundo de un Estado de Seguridad Nacional que exige y propaga una cultura de espionaje, mendacidad y temor.(...)
***
 
 http://samuel-cantigueiro.blogspot.pt/2010/09/911-ny-onze-de-setembro-santiago-do.html
Desde 2001 que o ataque terrorista ao World Trade Center em Nova Iorque é lembrado em todos os media mundiais, por vários motivos e com as mais variadas intenções... incluindo a homenagem às vítimas. Entretanto, logo a seguir, este ataque serviu de pretexto para a invasão e destruição de um país que, comprovadamente, nada teve que ver com o ataque aos EUA, invasão que resultou no assassínio de centenas de milhares dos seus cidadãos, fossem homens, mulheres, ou simples crianças. Estas vítimas, aparentemente, pouco interessam aos media dominantes.

Desde 1973 que o ataque ao presidente legítimo do Chile, Salvador Allende e ao povo chileno, ataque desenhado, planeado, financiado e executado com a participação dos EUA (facto que já ninguém se dá ao trabalho de negar), resultou no assassínio de Allende e muitos milhares de chilenos, na implantação de uma das mais sangrentas ditaduras militares sob as patas infectas de Augusto Pinochet... e sempre com a ajuda dos EUA... desde 1973, como ia dizendo, que este ataque é praticamente ignorado por quase todos os media.

Depois de tantos anos em que a ausência de memória sobre o golpe no Chile é repetidamente denunciada por tanta gente, já não restam quaiquer ilusões de que o seu "esquecimento" por parte dos jornais, televisões, comentadores e politólogos, seja inocente. Trata-se de mais um "branqueamento" que cumpre objectivos.
 Por muitas razões, sendo a profunda injustiça desta discriminação apenas uma delas, enquanto tiver meios para o fazer, irei lembrando as vítimas chilenas do ataque terrorista norte-americano, sem que isso signifique qualquer forma de menor respeito pelas vítimas norte-americanas dos atentados de Nova Iorque.

“… Nas suas almas abertas
traziam o sol da esperança
e nas duas mãos desertas
uma pátria ainda criança…

… Por isso os que ontem caíram
levantam de novo a voz.
Mortos são os que traíram
e vivos ficamos nós.”
***

do 11 de Setembro, há 37 anos



HOMENAGEM AO POVO DO CHILE

Foram não sei quantos mil
operários trabalhadores
mulheres ardinas pedreiros
jovens poetas cantores
camponeses e mineiros
foram não sei quantos mil
que tombaram pelo Chile
morrendo de corpo inteiro

Nas suas almas abertas
traziam o sol da esperança
e nas duas mãos desertas
uma pátria ainda criança

Gritavam Neruda Allende
davam vivas ao Partido
que é a chama que se acende
no Povo jamais vencido
– o Povo nunca se rende
mesmo quando morre unido

Foram não sei quantos mil
operários trabalhadores
mulheres ardinas pedreiros
jovens poetas cantores
camponeses e mineiros
foram não sei quantos mil
que tombaram pelo Chile
morrendo de corpo inteiro.

Alguns traziam no rosto
um ricto de fogo e dor
fogo vivo fogo posto
pelas mãos do opressor.
Outros traziam os olhos
rasos de silêncio e água
maré-viva de quem passa
Uma vida à beira-mágoa.

Foram não sei quantos mil
operários trabalhadores
mulheres ardinas pedreiros
jovens poetas cantores
camponeses e mineiros
foram não sei quantos mil
que tombaram pelo Chile
morrendo de corpo inteiro.

Mas não termina em si próprio
quem morre de pé. Vencido
é aquele que tentar
separar o povo unido.
Por isso os que ontem caíram
levantam de novo a voz.
Mortos são os que traíram
e vivos ficamos nós.

Foram não sei quantos mil
operários trabalhadores
mulheres ardinas pedreiros
jovens poetas cantores
camponeses e mineiros
foram não sei quantos mil
que nasceram para o Chile
morrendo de corpo inteiro.

José Carlos Ary dos Santos
 http://ocheirodailha.blogspot.pt/2010/09/memoria-do-11-de-setembro-ha-37-anos.html
***
 O comunista, cantor, Victor Jara vai para o estádio nacional com outros milhares de chilenos...assassinado após tortura a 15.9.
 https://www.youtube.com/watch?v=en8yqVxuT-U
***

 https://www.facebook.com/photo.php?fbid=948025931879259&set=a.157158434299350.34477.100000155840614&type=3&theater
 11 de Setembro um dia negro para o mundo.
Dia em que um presidente eleito pelo seu povo é assassinado com o apoio dos Estados Unidos da América.
Dia em que aconteceram os atentados às torres gémeas com o sistema de navegação aéreo desligado em todo o território Norte-americano.
Dias que mudaram o mundo, para muito pior.

***
postagem que fiz em 2009
luis cilia
http://www.youtube.com/watch?v=JTbnOhXSy44
*
http://www.youtube.com/watch?v=_uCC-venMtU
*
Quilapayun canta “El Pueblo Unido Jamas Sera Vencido” em Santiago, diante do Palácio presidencial de La Moneda, poucos dias antes do golpe militar fascista de Augusto Pinochet do 11 de Setembro de 1973.
El pueblo unido jamás será vencido
(Sergio Ortega)
El pueblo unido, jamás será vencido,el pueblo unido jamás será vencido…
De pie, cantarque vamos a triunfar.Avanzan yabanderas de unidad.Y tú vendrásmarchando junto a míy así verástu canto y tu bandera florecer.La luzde un rojo amaneceranuncia yala vida que vendrá.
De pie, lucharel pueblo va a triunfar.Será mejorla vida que vendráa conquistarnuestra felicidady en un clamormil voces de combate se alzarán,diráncanción de libertad,con decisiónla patria vencerá.
Y ahora el pueblo
que se alza en la lucha
con voz de gigante
gritando: ¡adelante!
El pueblo unido, jamás será vencido,
el pueblo unido jamás será vencido…
La patria está
forjando la unidad.
De norte a sur
se movilizará
desde el salar
ardiente y mineral
al bosque austral
unidos en la lucha y el trabajo
irán,la patria cubrirán.
Su paso ya
anuncia el porvenir.
De pie, cantar
el pueblo va a triunfar.
Millones ya,
imponen la verdad,
de acero son
ardiente batallón,
sus manos van
llevando la justicia y la razón.
Mujer,con fuego y con valor,
ya estás aquí
junto al trabajador.
Y ahora el pueblo
que se alza
en la lucha
con voz de gigante
gritando: ¡adelante!
El pueblo unido, jamás será vencido,
el pueblo unido jamás será vencido…
***

Vientos del Pueblo de Víctor Jara

 https://www.youtube.com/watch?v=q3A8EysX4gI
 Hace algún tiempo tenia en mente hacer un video con esta canción de Víctor Jara, que si bien fué escrita a principios de los 70's, hay muchas cosas que tienen en común con la etapa política y social que vivimos los mexicanos.
Hay muchas cuentas pendientes con el pasado, con gente tan detestable de la derecha y alguna que otra de la izquierda (digase Marcos y Cárdenas), pero como decía Victor Jara en su canción: "...La estrella de la esperanza continuará siendo nuestra...".
***

26 de Junho de 1908: Nasce Salvador Allende, presidente do Chile assassinado em 1973.

Salvador Allende nasceu a 26 de junho de 1908, em Valparaíso, no Chile e faleceu a 11 de setembro de 1973. Formou-se em Medicina mas dedicou a sua vida à política. Aderiu ao partido socialista quando este foi fundado em 1933, tornou-se deputado do Congresso em 1937 e foi ministro da Saúde em 1939.Em 1970, decidiu candidatar-se pela coligação Unidade Popular, e concorreu às eleições presidenciais chilenas.
Muitos dos analistas políticos da altura temiam a candidatura de Allende, por ela significar a aliança de socialistas, comunistas e outros partidos e grupos de esquerda menos significativos, cujos seguidores mais extremistas preconizavam um desprezo pela "legalidade burguesa", que consideravam um obstáculo às alterações político-económicas que pretendiam implementar.
Como forma de contrariar este medo que se podia generalizar, Salvador Allende frisou, várias vezes, o facto de se pretender vincular a um governo democrático e constitucional, tarefa que lhe foi facilitada pelo facto de os seus apoiantes não serem militantes dos partidos que a coligação englobava.
O desejo de Allende era implementar o socialismo de um modo pacífico e legal, aquilo a que chamou "la via chilena".
As eleições realizaram-se a 4 de setembro de 1970, e o candidato da Unidade Popular obteve o maior número de votos (36,6%), deixando o segundo candidato a pouca percentagem de distância (35,3%). Como não houve maioria por parte de nenhum partido, o Congresso teve de nomear o presidente, tradicionalmente o candidato com maior número de votos. A tradição foi respeitada e, a 24 de outubro desse ano, Allende confirmou-se como o primeiro presidente marxista livremente eleito em todo o mundo.

Salvador Allende. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
wikipedia (Imagem)


https://www.youtube.com/watch?v=CEbj0gazEVMSalvador Allende
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 https://www.youtube.com/watch?v=hLK0HyatM70
Arquivo: S.Allende 7 dias ilustrados.JPG