06/10/2016

7.671.(6ouTUbro2016.13.31') Jesuítas

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http://www.jesuitas.pt/Jesu%C3%ADtas-em-Portugal-1.aspx
A Companhia de Jesus é um instituto religioso da Igreja Católica. Foi fundada por Sto. Inácio de Loiola e seus companheiros em 1540. A sua finalidade geral é a procura do maior serviço a Deus e à Igreja, colocando-se inteiramente à disposição do Papa. Assim, toda a actividade dos jesuítas visa a evangelização do mundo e, mais concretamente, a defesa da fé e a promoção da justiça em permanente diálogo cultural e inter-religioso.
A finalidade particular da Companhia de Jesus para cada membro é que atinja a perfeição cristã numa identificação crescente com Jesus Cristo e que se dedique com a mesma intensidade à perfeição dos outros. Para tal, o caminho proposto é o da espiritualidade inaciana. Ou seja, um modo de viver, estar e trabalhar que estejam imbuídos da pedagogia e sabedoria espiritual contidas nos Exercícios Espirituais segundo Sto. Inácio de Loiola.
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Padre António Vieira
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Scorsese
filme O SILÊNCIO
sobre 2 padres portugueses
jesuítas
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Uma ordem religiosa que mudou a história e correu mundo. O volume “Jesuítas – Construtores da Globalização” explora os contributos científicos, literários, artísticos e filosóficos da Ordem de Jesus. Disponível nas Lojas CTT.
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03 de Setembro de 1759: É decretada a expulsão dos Jesuítas de Portugal

A 3 de Setembro de 1759, o rei D. José I decretou a expulsão dos Jesuítas do país. Os primeiros padres saíram a 16 de Setembro rumo a Itália, para Civitate Vechia.

Algumas razões conduziram à sua expulsão, saída e consequente confiscação dos seus bens para a coroa: o terramoto de 1 de Novembro de 1755 levara à morte milhares de pessoas e à destruição do país. O pânico e o terror instalaram-se sobretudo em Lisboa. Os padres jesuítas, principais confessores e educadores da população, justificavam o terrível acontecimento como castigo divino, pela falta de manifestação de fé e de devoção. O respeitado padre Gabriel Malagrida chegou a proferir que só por meio de procissões e de orações se acalmava a ira de Deus.
O ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, empenhado na reconstrução do país, necessitava da energia da população para os trabalhos de remoção dos escombros e para a nova construção e justificando o terramoto como um fenómeno de causas naturais, repudiava a atitude dos padres, que prejudicavam a sua acção governativa.

Na noite de 3 de Setembro de 1758, o rei D. José I, sofreu um atentado, do qual escapou com ferimentos. A situação afectara-o em muito, o restabelecimento foi lento e o acontecimento recente do Terramoto, levara-o a refugiar-se em Belém, dado que se sucederam as réplicas sísmicas durante algum tempo. Vivia em pânico.

A investigação sobre o atentado e o processo judicial decorrente, conduziram à acusação e à prisão dos principais membros da família Távora, do Duque de Aveiro, respectivos criados envolvidos e à influência de alguns padres jesuítas, nomeadamente do padre Malagrida, confessor das famílias.
Em Janeiro de 1759, os implicados no crime de lesa-majestade, foram sentenciados e supliciados em Belém. Os seus bens tomados para a coroa e os jesuítas viram a sua influência e poder diminuídos, para além de recair sobre estes a suspeita do seu envolvimento, ainda que moral no atentado. A sua expulsão era iminente.

A 3 de Setembro desse mesmo ano, primeiro aniversário da tentativa de regicídio, um decreto real obrigava ao exílio de todos os jesuitas existentes no país. Foram presos os principais de cada colégio, reitores e padres mais influentes e conduzidos aos cárceres existentes na Junqueira e no forte de São Julião da Barra.

De Lisboa, os padres jesuítas partiram das suas principais casas: do Colégio e convento de Santo Antão, que logo foi transformado em Real Hospital de São José, substituindo o antigo e arruinado Hospital Real de Todos os Santos, localizado no Rossio, da Igreja e Casa professa de São Roque, transformada mais tarde em Misericórdia de Lisboa e centro assistencial dos mais necessitados, do Noviciado da Cotovia, na rua da Escola Politécnica, convento jesuita, que o Marquês de Pombal transformou em Colégio dos Nobres, para a educação dos filhos fidalgos e da nobreza citadina e finalmente do Convento de Arroios, também mais tarde convertido em hospital.

Partiram em barcos, escoltados pela guarda real e recolheram-se primeiro em Setúbal antes de partirem definitivamente do país.
Foram confiscados todos os bens e propriedades da Companhia de Jesus que reverteram para o Estado. O seu regresso a Portugal só foi permitido em 1858.
Aguarela representativa da expulsão dos Jesuitas, fotografia de Garcia Nunes, Arquivo Municipal de Lisboa, AFML - A59744
Aguarela representativa da expulsão dos Jesuitas, fotografia de Garcia Nunes, Arquivo Municipal de Lisboa, AFML - A59744

O Marquês de Pombal por Louis-Michel van Loo
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31 de Julho de 1566: Morre Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus

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15 de Agosto de 1534: Inácio de Loyola funda a Companhia de Jesus

A 15 de agosto de 1534, acompanhado de seis discípulos, Inácio de Loyola, espanhol, figura de grande dimensão espiritual e humana, pronuncia em Montmartre (Paris) votos de pobreza e castidade, formando um novo instituto religioso, a Companhia de Jesus. Mais tarde, em Roma, submetem-se ao serviço da Santa Sé. O papa Paulo III aprova a nova Ordem em 1540, mediante a apresentação por Inácio do esboço de uma regra, designada Formula Instituti

O lema da nova congregação é "defender e proteger a fé", visando-se o progresso espiritual dos fiéis. Para isso acentua-se o apostolado sacerdotal, caracterizado por uma grande mobilidade e capacidade de adaptação dos seus membros às contingências do mundo exterior. Para além dos três votos solenes (pobreza, castidade e obediência), alguns jesuítas pronunciam um quarto, o de obediência especial ao papa como chefe da Igreja e vigário de Cristo. Com uma hierarquia centralizadora, a Ordem é governada por um prepósito geral (cargo máximo dos jesuítas), eleito pela Congregação Geral, única e plena autoridade legislativa. A estrutura da Companhia é composta por noviços, coadjutores espirituais e professos. 

A defesa da reforma católica por teólogos jesuítas no Concílio de Trento (1545-1563) demonstra bem o contexto da época em que nasceu a Companhia de Jesus: a Contrarreforma católica em oposição à Reforma Protestante encetada por Lutero em 1527. Combater a Reforma e formar teólogos e padres capazes de combater as novas adversidades do século XVI são alguns objetivos que norteiam a aprovação papal das propostas de Sto. Inácio. Canisius e Acquaviva são alguns dos grandes nomes jesuítas desses tempos conturbados. A Companhia consegue também delinear uma espiritualidade própria, com a contemplação no mesmo plano que a meditação, a par do exame de consciência. Criam-se, ao mesmo tempo, por toda a Europa e Índia, estabelecimentos pedagógicos da Ordem, gratuitos no início, direcionados quer para a formação do clero quer para a educação e apostolado dos jovens. Em 1600, contavam-se já 245 colégios; 444 em 1626. 

A tarefa missionária dos Jesuítas é deveras importante, tal como o combate à Reforma Protestante e a reforma e instrução do clero. Várias missões são empreendidas pela Companhia em toda a América, especialmente nas colónias espanholas, no Brasil, e no Canadá francês (onde sucede o martírio de S. João Brébeuf em 1649). Na América Latina, face à brutalidade dos colonos sobre os Índios e à constante mobilidade das populações, os Jesuítas concebem as chamadasreduções, áreas onde os nativos eram agrupados sem qualquer sujeição à apropriação por parte dos colonos. Os Jesuítas davam-lhes formação religiosa e instalavam-nos em aldeias geridas por um sistema comunitário no qual os Índios participavam. A maior delas, a República dos Guaranis, fundada em 1609 no Paraguai, durou 150 anos até ser destruída pelos colonos. Também na China os missionários M. Ruggieri (1543-1607) e Matteo Ricci (1522-1560) enraizaram um Cristianismo adaptado às tradições e cultura locais, experiência lúcida que contudo originou algumas discussões na Companhia de Jesus, acerca, por exemplo, da cristianização do culto chinês dos antepassados. 

Também em Portugal, e nomeadamente na missionação, os Jesuítas desempenharam um papel de relevo desde a sua instalação em Lisboa em 1540. Tendo sido Portugal a sua primeira província e um dos balões de ensaio para a experiência apostólica da Companhia, rapidamente se radicaram e cresceram entre nós os Jesuítas, quer no continente quer no ultramar. Em 1600 eram mais de 600, com uma universidade, colégios, hospitais, seminários e asilos por todo o País, com os seus membros rodeando as mais altas figuras da Nação, sobre os quais exerciam enorme influência. O seu projeto e métodos de educação e ensino dominavam quase todo o ensino normal em Portugal. Combatiam também as heresias e os cristãos-novos, aliando-se a princípio à Inquisição e ao clero secular. Atingiram grande poderio e riqueza. 

Na Índia e no Brasil empreenderam um esforço de missionação notável, assumindo-se como grandes difusores da cultura portuguesa e da nossa língua, para além da obra apostólica e artística. S. Francisco Xavier, José de Anchieta, Pe. António Vieira, Manuel da Nóbrega, para além de muitos outros, missionários e exploradores, são algumas das figuras cimeiras dos Jesuítas em Portugal. 


O século XVII é marcado, na história da Companhia, por tentativas de reforma tendentes sobretudo a suprimir o carácter hierárquico da estrutura e o governo vitalício. Intrigas e cabalas são tentadas, com o papa a resolver as contendas. Tudo isto demonstra a vitalidade e o poder atingidos pela Ordem ao fim de um século de vida. Passada esta fase agitada, a Ordem conhece um desenvolvimento e expansão vigorosos. 


Porém, o advento do Iluminismo, com as suas exigências racionalistas e a implantação de uma noção de Estado, origina mudanças de fundo na Companhia de Jesus. O seu sucesso e elevado número de colégios constitui, aos olhos dos seus velhos inimigos, um grande obstáculo à difusão dos ideais iluministas e das "luzes" da Razão. Simultaneamente, fortes tensões desencadeiam-se no seio da Ordem, com a sua divisão em várias sensibilidades, o que dificulta a sua defesa das ofensivas do exterior, a cair já num plano político, com difamações e ataques violentos. A forte ligação dos Jesuítas ao papa constitui um dos alvos preferenciais dos enciclopedistas e filósofos nos ataques à Companhia. 

Neste clima agressivo, a Companhia mantém a sua atividade cultural e educacional, a par do apostolado. O grande monumento de erudição hagiográfica - as Ata Sanctorum - é publicado em 1643 por Jean Bolland. Contudo, o século XVIII constitui o cenário de uma maior amplitude e gravidade no conflito entre os Jesuítas e o mundo intelectual da época. Começam, então, as expulsões da Companhia em vários países, cada vez mais influenciados por governantes "esclarecidos" (homens das "Luzes"). A primeira de todas ocorre em Portugal, em 1759, culminando uma perseguição por parte do Marquês de Pombal. Luís XV, em França, em 1764, condena a Ordem como "contrária ao direito natural". Em 1767, são expulsos de Espanha por Aranda, ministro de Carlos III. O golpe final será dado pelo papa Clemente XIV, que suprime a Companhia, em 1773, da Igreja Católica. 

Porém, alguns conseguem refugiar-se na Rússia, apoiados por Catarina II, mantendo viva a chama do projeto de Sto. Inácio de Loyola. Daí se espalham novamente pelo mundo a partir de 1814, quando o papa Pio VII restaura a Companhia. De 600 membros nessa data, o seu número nunca mais para de crescer, tornando-a na maior Ordem religiosa católica (36 000 em 1974), mau grado outras perseguições de que é alvo, como em França (1905), no México, na Alemanha (nas Guerras Mundiais) e na Espanha (na Guerra Civil). 


Em 1833 as missões são reiniciadas, graças ao vigor do prepósito geral Roothaan, partindo da Europa para as regiões missionárias tradicionais, adaptando-se, vigilantemente, às condições locais. A América foi uma das regiões privilegiadas, uma vez mais, como também a Índia e o Extremo Oriente, regiões donde provêm, atualmente, muitos dos efetivos da Companhia, que conta atualmente cerca de 24 000 em mais de 120 países. 

Portugal é um desses países, o mais antigo mesmo, pois foi entre nós que se fundou a primeira província (1546) da Companhia e um dos seus primeiros colégios (Colégio de Sto. Antão, em Lisboa), para além de um dos companheiros mais chegados de Sto. Inácio ser português, o Pe. Simão Rodrigues. Aqui se escreveram também muitas das páginas mais importantes da história dos Jesuítas, para além da contribuição, entre outras, por eles dada para a arquitetura portuguesa (como noutros países do sul da Europa), nomeadamente no que concerne ao denominado "estilo jesuítico", expressão própria do barroco, que eles ajudaram a difundir. A Companhia foi restaurada em Portugal no século XIX pelo Pe. Carlos J. Rademaker, no Colégio de Campolide.


Fontes: Infopédia
wikipedia (imagens)

Inácio de Loyola
Jesuítas na China
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/08/15-de-agosto-de-1534-inacio-de-loyola.html
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31 de Maio de 1491: Nasce Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus

Filho de um nobre basco de  família tradicional, Inácio foi o mais novo de treze irmãos e irmãs. Nasceu a 31 de Maio de 1491 no Castelo de Loyola, perto de Azpeitia, no País Basco. Quando jovem, foi soldado e lutou no cerco de Pamplona pelos franceses, em 1521, sendo gravemente ferido em combate. Na sua longa convalescença, leu muito sobre a vida de Cristo e dos Santos e, finalmente, resolveu dedicar a sua vida ao serviço de Deus. Após um ano de retiro na Catalunha, fez uma peregrinação a Jerusalém.
De 1524 a 1534, consagrou-se aos estudos e graduou-se mestre em letras pela Universidade de Paris. Nessa cidade, desenvolvia um trabalho evangélico junto ao povo e, como era leigo, despertou suspeitas entre as autoridades da Igreja. De qualquer forma, agrupou ao seu redor sete estudantes (entre os quais o futuro São Francisco Xavier) com o intuito de catequizar os muçulmanos na Palestina. Diante da impossibilidade da missão o grupo, agora com dez integrantes, apresentou-se ao papa Paulo III e colocou-se à sua disposição para quaisquer fins.
Assim fundou-se a Companhia de Jesus, em 1540, quando Paulo III deu à associação o título de ordem religiosa, da qual Inácio, padre desde 1537, foi o primeiro superior-geral, atribuindo-lhe como objectivo a reconquista católica em regiões protestantes. De facto, os jesuítas constituíram a linha-de-frente da Contra-reforma ao serviço do papado - ao qual prestavam um voto especial de obediência.
A educação foi considerada por Inácio de Loyola o principal instrumento de reconquista dos protestantes e de catequização dos gentios. Assim, os jesuítas fundaram missões, retiros, colégios e universidades. O seu papel na colonização do Brasil, por exemplo, merece destaque, em especial pela contribuição dos padres José de Anchieta e Antonio Vieira.
Inácio de Loyola modelou a espiritualidade elevada e dinâmica dos seus religiosos a partir do seu livro "Exercícios Espirituais". Faleceu a 31 de Julho de 1556 e foi canonizado  a 12 de Março de 1622.
wikipedia (Imagens)

Ficheiro:Ignatius Loyola.jpg
Inácio de Loyola
Ficheiro:Peter Paul Rubens33.jpg
Os milagres de Santo Inácio - Peter Paul Rubens
Fresco "Aprovação da Companhia de Jesus", onde Inácio de Loyola recebe a benção do Papa Paulo III 
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Padre Manuel da Nóbrega
18out1517
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http://estoriasdahistoria12.blogspot.pt/2016/10/18-de-outubro-de-1517-nasce-o-padre.html

18 de Outubro de 1517: Nasce o padre Manuel da Nóbrega, jesuíta português, um dos responsáveis pela evangelização dos índios no Brasil


Manuel da Nóbrega foi um padre português que embarcou para o Brasil em 1549, com o governador-geral Tomé de Souza, chefiando o primeiro grupo de jesuítas. Sob o seu comando, estes padres deram início ao trabalho de catequização, isto é, a tentativa de conversão dos índios brasileiros à religião católica.
Manuel da Nóbrega nasceu em Sanfins do Douro, em Portugal, no dia 18 de Outubro de 1517. Era filho do desembargador Baltasar da Nóbrega e sobrinho de um chanceler-mor do Reino.Licenciou-se em direito canónico e filosofia, pela Universidade de Coimbra, em 1541. Três anos depois, tornou-se sacerdote da Companhia de Jesus, uma ordem religiosa fundada por Santo Inácio de Loyola em 1540. Os padres da Companhia eram conhecidos como jesuítas, ou “soldados de Cristo”.
O padre Manuel da Nóbrega era um ardente pregador do Evangelho. Durante 21 anos, prestou serviços na tarefa de colonização do Brasil. Ele dedicou-se à educação e à evangelização tanto dos filhos dos colonos como dos filhos dos índios. Como tinha muita capacidade de organização, dirigiu, a partir da Bahia, o trabalho de companheiros nas capitanias de Pernambuco, Porto Seguro e São Vicente. Participou da fundação das cidades de Salvador e do Rio de Janeiro.
Foi dele a iniciativa de criar o Colégio de São Paulo nos campos de Piratininga. O projecto foi concretizado por ele em conjunto com o padre José de Anchieta, em 1554, no que ficou marcado como o episódio da fundação da cidade de São Paulo. O local em que foi criado o colégio (e a cidade) é onde hoje fica o Pátio do Colégio, no centro de São Paulo.
Foram Manuel da Nóbrega e José de Anchieta que conseguiram estabelecer, em 1563, o acordo de paz com os índios tamoios, que eram aliados dos franceses. Reunidos em Iperoig, no litoral paulista, eles planeavam um ataque devastador à vila de São Vicente e ao porto de Santos. Ao conseguir pacificar os chefes tamoios, Nóbrega e Anchieta evitaram o massacre dos habitantes das primeiras cidades brasileiras, assegurando a presença portuguesa no sul do Brasil.
O padre Manuel da Nóbrega também teve importante papel na vitória sobre os franceses estabelecidos na baía da Guanabara. Após a expulsão dos invasores, em 1567, colaborou de modo decisivo no povoamento do Rio de Janeiro, núcleo iniciado em 1565 por Estácio de Sá. Morreu no Rio de Janeiro em 18 de Outubro de 1570, no dia em que completava de 53 anos.
Fontes: padre Manuel da Nóbrega. In Britannica Escola Online. Enciclopédia Escolar Britannica, 2014. Web,
wikipedia (imagens)

Selo português, comemorativo do 4º centenário da fundação da cidade de São Paulo, no Brasil, fundada por Nóbrega e o seu colaborador Anchieta.


Partida de Estácio de Sá, quadro de Benedito Calixto, mostra Nóbrega a benzer a esquadra que vai combater os franceses
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/10/18-de-outubro-de-1517-nasce-o-padre.html?fbclid=IwAR34Nnf4YN84kjXRbbp9KmzTZIOmh8ycRC7MYZvVlbNLFAQbiBM62tGK-Wc
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Via:
 https://blogdobrunotavares.wordpress.com/2016/08/02/a-missao-espiritual-do-padre-manuel-da-nobrega/

1500 anos depois…  (… senador romano Públio Lentulus Cornelius…) A Missão Espiritual de Manuel da Nóbrega.

Luís de Almeida *, Porto – Portugal

(Texto transcrito com o idioma português original)
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Pedro Álvares Cabral, em 22 de Abril de 1500, chegou ao Brasil, tocando seu 
solo pela  primeira vez, do hoje Estado de Bahia. Em 1549 chegam os primeiros jesuítas, 
sendo chefiados  pelo padre Manuel da Nóbrega, que muito trabalhou pela Grande 
Unidade Fraternal.  Lutando firmemente  contra  a  escravização  dos  nativos, fazendo seu trabalho  de  globalização  respeitando a natureza do índio e  preparando a vinda do Consolador. A  Companhia  de  Jesus,  de  tão  nefasta  memória,  inaugurou  um  dos  períodos  mais  lamentáveis da historia da humanidade, com o surgimento do “Tribunal da 
Santa Inquisição”, que  fez milhares de vitimas, em nome de Jesus. Todo este trabalho, foi originado 
pela mente doentia,  de seu fundador ­ Inácio de Loyola. Assim o papa Clemente XIV, tentou extingui­la,  em 1773,  com o seu “Dominus ac Redemptor”, exclamando com enorme tristeza, «Assino minha sentença  de morte, mas obedeço à minha consciência.»  Em Setembro de 1774, este homem, falece, vitima de envenenamento, por tal decisão.
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fundou a 1.ª  escola do Brasil,
em Salvador...
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manuel-da-nobrega

"(...) conheci de perto as angústias dos simples e as aflições dos degredados (...) quis o senhor, que (...) o serviço do Brasil não me saísse do coração. A tarefa evangelizadora continua. A permuta de nomes não importa" 

http://quemdisse.com.br/frase/dialogo-sobre-a-conversao-do-gentio/101901/
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“Se El-Rei determina povoar mais esta terra, é necessário que venham muitas mulheres órfãs e de toda qualidade, até meretrizes, porque há aqui várias qualidades de homens.”
http://geaciprianobarata.blogspot.pt/2016/04/padre-manuel-da-nobrega-frase.html
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http://educacao.uol.com.br/biografias/manuel-da-nobrega.htm
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Via José Eduardo Oliveira

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Padre Manuel da Nóbrega
Manuel da Nóbrega (Sanfins do Douro, Alijó, 18 de outubro de 1517 — Rio de Janeiro, 18 de outubro de 1570) foi um sacerdote jesuíta português, chefe da primeira missão jesuítica à América. As cartas enviadas a seus superiores são documentos históricos sobre o Brasil colónia e a acção jesuítica no século XVI.
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17seTEMbro2018
 As aulas do Hendrick Uwens em Lisboa constituíram o primeiro curso completo de Física em Portugal e incluíam o estudo de máquinas simples, como roldanas, e o plano inclinado. O livro de apoio a estas aulas era o Tratado da Estática, de 1645. 
(...)  Mais ainda, a qualidade de ambas as cópias manuscritas do tratado sugere que estavam feitas para circular entre engenheiros e professores de matemática em Portugal. Tendo em conta esta relevância histórica, é de admirar que ainda não tenha sido considerada a publicação de uma edição moderna do manuscrito. Ou, para dizer de outra maneira, é de admirar que as aulas de Uwens tenham passado completamente despercebidas até hoje, traduzindo bem a escassez do que ainda conhecemos sobre a nossa história científica.
 https://www.publico.pt/2018/09/17/ciencia/ensaio/o-jesuita-que-mudou-a-fisica-e-a-engenharia-em-portugal-1843898
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21 de Setembro de 1761: O jesuíta Gabriel Malagrida é executado, no último auto de fé, com condenação à morte, realizado em Lisboa.

Gabriel Malagrida foi um jesuíta italiano, nascido na vila de Managgio, a 18 de Setembro de 1689.

Desde criança deu provas de engenho e ao mesmo tempo duma tendência exagerada para o misticismo. Depois de completar em Milão os seus estudos entrou na Companhia de Jesus, em Génova, a 27 de Setembro de 1711.

Resolvendo dedicar-se às missões, saiu de Génova em 1721, seguindo para o Maranhão, onde os seus superiores o designaram para pregar, sendo depois nomeado em 11 de Outubro de 1723 pregador do colégio do Pará, e ali o encarregaram dos alunos. Não cessava, contudo, de missionar na cidade e nas aldeias circunvizinhas, até que lhe ordenaram que voltasse ao Maranhão, sendo desde logo escolhido para reitor da missão dos Tobajáras. Na narrativa das suas missões não  falava senão em vozes misteriosas que o avisavam; tudo são milagres e prodígios. Malagrida julgava-se favorito do céu. Em 1727, por ordem dos superiores, voltou ao Maranhão para reger no colégio dos jesuítas a cadeira de belas letras, mas logo em 1728 voltou a catequizar os índios. Em 1735 começou a missionar entre os colonos, seguindo do Maranhão para a Baía, e dali a Pernambuco, voltando enfim ao Maranhão. Durante 14 anos, até 1749, conservou-se nestas missões granjeando neste tempo a fama de taumaturgo, e a denominação de apóstolo do Brasil. Em 1749 veio para a Europa, com a fama de santo, vindo tratar de arranjar dotações para os vários conventos e seminários que fundara. Em Lisboa foi acolhido como santo, e a imagem, que trazia consigo, foi conduzida em procissão para a igreja do colégio de Santo Antão. D. João V, nessa época, estava muito doente, e acolheu de braços abertos o santo jesuíta, fez-lhe todas as concessões que ele desejava, e chamou-o para junto de si na hora extrema. Foi Gabriel Malagrida quem assistiu aos últimos momentos do monarca. Em 1751 voltou ao Brasil, mas não foi bem recebido no Pará, onde governava então o irmão do Marquês de Pombal. Até 1754  Malagrida esteve no Maranhão missionando entre os cristãos.

Em 1751 voltou a Lisboa, por ser chamado pela rainha, viúva de D. João V, D. Maria Ana da Áustria e encontrou no poder o Marquês de Pombal. O Marquês que se propusera a “regenerar Portugal”, livrando-o da tutela dos jesuítas, não podia simpatizar com o taumaturgo. Não o deixando entrar na intimidade da rainha viúva, Malagrida partiu para Setúbal, onde depois teve a notícia da morte da soberana. O Marquês de Pombal não se importou com aquele jesuíta santo, enquanto as suas "santidades" não contrariavam os seus projectos, mas o conflito era inevitável. Aquando do terramoto de 1755,  Malagrida estava em Lisboa. Aquela catástrofe ocasionou um terror imenso na população da capital, e um dos grandes empenhos do Marquês de Pombal era levantar os espíritos abatidos. Para isso mandou compor e publicar um folheto escrito por um padre, em que se explicavam as causas naturais dos terramotos, e se desviava a crença desanimadora de que fora castigo de Deus, e de que eram indispensáveis a penitência e a compunção. Saiu a campo indignado o padre Malagrida escrevendo um folheto intitulado:Juizo da verdadeira causa do terremoto que padeceu a corte de Lisboa no 1.º de Novembro de 1755. Nesse folheto combatia com indignação as doutrinas do outro que Pombal fizera espalhar, atribuía a castigo de Deus o terramoto, citava profecias de freiras, condenava severamente os que levantaram abrigos nos campos, os que trabalhavam em levantar das ruínas da cidade, e recomendava procissões, penitências, e sobretudo recolhimento e meditação de seis dias nos exercícios de santo Inácio de Loyola. O Marquês de Pombal não era homem que permitisse semelhantes contrariedades. Mandou queimar o folheto pela mão do algoz, e desterrou Malagrida para Setúbal.  O jesuíta imaginava que, com o seu prestígio de taumaturgo, podia lutar contra a vontade do marquês, e parece, que de Setúbal escreveu mais uma carta ameaçadora e por isso Malagrida foi preso, transferido para o colégio da sua ordem em Lisboa, e no dia 11 de Janeiro de 1759, considerado réu de lesa-majestade, sendo transferido para as prisões do Estado. Sendo depois entregue à Inquisição, Malagrida foi condenado à pena de garrote e de fogueira, realizando-se o suplício no Rossio no auto de fé de 21 de Setembro de 1761. As suas cinzas foram espalhadas ao vento.



Auto de Fé



(…) que com baraço e pregão seja levado pelas ruas públicas desta cidade  até à Praça do Rossio e que nela morra morte natural de garrote, e que, depois de morto, seja seu corpo queimado e reduzido a pó e cinza, para que dele e de sua sepultura não haja memória alguma” 

Primeira página do acordão dos inquisidores no processo contra Gabriel Malagrida

 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/09/21-de-setembro-de-1761-o-jesuita.html
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