em Roslyn Heights, um subúrbio de Nova Iorque
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http://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=425
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9noVEMbro2016
http://expresso.sapo.pt/internacional/2016-11-09-Conhece-a-metafora-da-caixa-de-Pandora--Trump-abriu-a
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29ouTUbro2016
http://www.dn.pt/artes/interior/a-ressurreicao-de-richard-zimler-atraves-de-lazaro-5468853.html
O novo romance de Richard Zimler intitula-se "O Evangelho segundo Lázaro" e completa uma biografia desconhecida
O
leitor, seja ele qual for, quando ultrapassa as cinquenta páginas do
novo romance de Richard Zimler, O Evangelho segundo Lázaro, deveria ter a
possibilidade de se sentar com o escritor e poder-lhe fazer algumas das
inúmeras perguntas que a leitura deste livro lhe coloca. Aliás, o aviso
está feito na contracapa, ao inscrever-se o seguinte: "Irá certamente
perturbar alguns leitores e tocar profundamente outros." Podia pensar-se
que era mera propaganda. Não, não é, e com o avançar da leitura isso
irá confirmar-se.
A história da segunda
vida concedida a Lázaro por Jesus Cristo é um episódio bíblico do
Evangelho legado por São João por demais conhecido. Zimler resume-o
assim no cenário da nova vida em tom familiar: "Enquanto vou mastigando a
matzá quente que Mia me deu, os visitantes falam em tom reverente sobre
a prova da omnipotência de Deus que viram hoje - prova que toda a gente
naquele quarto testemunhou, exceto eu." Ainda se vai na página 42 e
faltam mais quatrocentas para relatar estas maravilhas miraculosas que
ao fim de tantos séculos de evolução o ser humano ainda aprecia tanto.
Até
porque Zimler mexe com as crenças do [alguns] leitor logo duas páginas à
frente, ao colocar em Lázaro uma das maiores preocupações dos humanos, o
estar de frente para a morte, mesmo que sem grandes respostas: "Não
tenho qualquer história espantosa para partilhar sobre o domínio de
Yeshua face à morte. Nem sequer sei como é a vida depois da morte.
Porque não vi nenhuma. Não regressei ao meu corpo com qualquer mensagem
profética cifrada na mente ou gravada nas mãos. Ou à minha alma foi
negada a autorização para entrar no Paraíso, ou nada do que lá
transpirou ficou retido na minha mente."
A
narrativa sobre Lázaro começa em definitivo com a partida de Jesus e
dos seus discípulos de casa de Lázaro, quando a fome lhe abre "um sulco
no ventre" e deseja ficar só. Ele está perante a idolatria em torno do
milagre de que foi vítima e pretende questionar as razões de quem está
morto e não sabe; de como a alma se desprende do corpo e o coração para
de bater para tudo regressar ao estado anterior; de como um fio do seu
sudário tem valor comercial para quem quer ser possuidor de uma
relíquia, ou seja, confessa-se ignorante do que lhe aconteceu e o vai
colocar na História do Cristianismo.
É a
esse imbróglio que o autor o vai buscar para protagonizar este romance.
Um texto que se torna surpreendente a cada página lida e que coloca o
leitor perante uma avidez indesejada de saber sempre mais. Onde entra o
poder narrativo de Zimler e um cenário que resulta de uma investigação
sobre a matéria, bem de uma enorme capacidade de regressar ao passado,
tudo respaldado pela dificuldade que esse transporte temporal acarreta
para a construção sucessiva de parágrafos e capítulos exigentes.
Esse
fator de sedução da escrita é um dos grandes mistérios deste novo
Evangelho, agora escrito por alguém a quem esta temática interessa e que
talvez nunca tenha ido tão longe na (re)construção de um tempo. A que
acresce a invenção da intriga sobre uma parte da vida de Lázaro que
nunca foi contada por ser desconhecida, a que tem origem três décadas
após a crucificação de Jesus.
Neste
âmbito, a surpresa que Zimler oferece é o preenchimento desse vazio
histórico com a criação de uma "aventura" religiosa que pretende
confirmar a grande ligação entre Lázaro e Jesus, amigos de infância, e a
sua utilização para concretizar os desígnios de uma Terra Prometida.
Quase que se poderia dizer que este renascer de Lázaro equivale a uma
situação semelhante no escritor Richard Zimler, que, talvez, se encontre
perante uma ressurreição dentro de uma obra bastante interessante no
seu todo desde que se o descobriu n'O último cabalista de Lisboa.
***abril2012
“Portugal foi terra das
oportunidades”
Num momento difícil para o escritor que nasceu na América, foi em
Portugal, a sua “terra das oportunidades”, que encontrou sucesso e
reconhecimento. No povo que o acolheu só mudaria “a falta de civismo”
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/mais-cm/domingo/detalhe/richard-zimler-portugal-foi-terra-das-oportunidades
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“Portugal foi terra das
oportunidades”
Num momento difícil para o escritor que nasceu na América, foi em
Portugal, a sua “terra das oportunidades”, que encontrou sucesso e
reconhecimento. No povo que o acolheu só mudaria “a falta de civismo”
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